A Polícia Federal realiza neste sábado (18) uma operação para combater organização criminosa que teria praticado fraude milionária contra a Caixa Econômica Federal relacionada à Mega-Sena em 2013. A Caixa informou à PF que se trata do maior desvio de recursos de história da instituição.
A Operação Éskhara ocorre simultaneamente em Goiás, Maranhão e São Paulo por meio de mandados de prisão preventiva, busca e apreensão e condução coercitiva.
A PF diz que a quadrilha abriu uma conta bancária em Tocantinópolis (TO) para receber um falso prêmio da Mega-Sena no valor de R$ 73 milhões. Ao ser creditado, o valor foi distribuído por diversas outras contas bancárias. O gerente da agência da Caixa na cidade já foi preso e há a suspeita de participação de um suplente de deputado federal do Maranhão.
Segundo os investigadores relataram à Agência Estado, o suplente teria comprado um avião com o dinheiro desviado da CEF e teria a intenção de usá-lo numa fuga. Até o final da manhã, a PF não havia localizado o suspeito para cumprir o mandado de prisão expedido contra ele e outras quatro pessoas. Nenhuma delas foi presa até então. A PF não informou os nomes de nenhum dos envolvidos.
Conforme relatos, houve perseguição em alguns locais com pistas falsas sobre o paradeiro dos envolvidos. A Justiça também autorizou o cumprimento de dez mandados de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva (quando a pessoa é levada a prestar depoimento e liberada em seguida) nos Estados do Goiás, Maranhão e São Paulo.
Em nota, a Caixa afirma que acionou a PF assim que foi constatada a fraude, que acompanah o caso e está à disposição da PF para colaborar com as investigações.
Mais:
Já foram recuperados 70% do dinheiro desviado, informou a PF. O gerente da agência onde a conta foi aberta esta preso antes da operação batizada de Éskhara ser deflagrada. A PF não informou se ele colaborou com a investigação.
Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, receptação majorada, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem chegar a 29 anos de prisão.
As investigações prosseguem porque há a possibilidade de existirem outros fraudadores. A Agência Estado apurou que a PF que trabalhou em parceria com o Ministério Público do Tocantins não tinha a intenção de deflagrar a operação já neste sábado, mas antecipou para evitar vazamento de informação.
A operação da PF ocorre no momento em que a CEF tenta abafar uma crise após a revelação pela revista IstoÉ de que se apropriou de R$ 719 milhões de saldos de contas bancárias de clientes que foram encerradas por iniciativa do banco.
O Ministério Público Federal no Tocantins (MPF-TO) denunciou nesta quarta-feira sete suspeitos de envolvimento na fraude considerada como a maior já sofrida pela Caixa Econômica Federal, através de um falso prêmio da Mega-Sena. Apesar das sete denúncias oferecidas, a promotoria afirmou que as investigações continuam e que mais pessoas podem ser acusadas.
De acordo com a Polícia Federal, a fraude consistiu na abertura de uma conta corrente na agência da Caixa em Tocantinópolis, em nome de uma pessoa fictícia, criada para receber um falso prêmio da Mega-Sena no valor aproximado de R$ 73 milhões. Em seguida, o dinheiro creditado foi transferido para diversas contas. Todos os denunciados vão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, falsidade de documento público, uso de documento falso e lavagem de bens e valores.
A DENUNCIA
Segundo a denúncia, os mentores do golpe são os irmãos Alberto Nunes Tugeiro Filho e Paulo André Pinto Tugeiro. Os dois coordenavam as ações de Antonio Rodrigues Filho e Talles Cardoso, que intermediaram a participação de Márcio Xavier de Lima como titular da falsa conta corrente que recebeu o dinheiro. A participação de um gerente de agência da Caixa era fundamental para a realização da fraude, e coube a Ernesto Vieira, suplente do deputado federal Ernesto Vieira Carvalho Neto (PMDB-MA), o contato com Robson Nascimento, que na época respondia pela agência da Caixa em Tocantinópolis.
Crime planejado
O MPF aponta que o crime começou a ser planejado em outubro de 2013, dois meses antes de ser aplicado. Em novembro de 2013, Robson teria recebido uma proposta para que pagasse indevidamente um prêmio de loteria. Para isso, seria necessária a participação de um gerente da Caixa. O grupo apresentaria uma Declaração de Acréscimo Patrimonial (DAPLoto), documento emitido pelo banco para o pagamento de bilhete de loteria premiado.
No dia 5 de dezembro de 2013, Márcio Xavier de Lima e Paulo André Pinto Tugeiro dirigiram-se à agência de Tocantinópolis e foram atendidos por Robson, que já os esperava. O então gerente recebeu um envelope com uma DAPLoto em nome de Márcio Xavier Gomes de Souza referente ao concurso 0952 da Lotofácil, validada em 5 de dezembro de 2013 com pagamento para a mesma data do valor líquido de R$ 73.094.415,90.
Márcio Xavier de Lima tinha uma carteira de identidade falsificada em nome de Márcio Xavier Gomes de Souza, expedida pela Secretaria de Segurança Pública do Ceará (SSP-CE) a partir de uma certidão de nascimento também falsa, obtida com ajuda dos demais comparsas.
Robson abriu uma conta em nome de Márcio Xavier Gomes de Souza usando um comprovante de residência em nome de uma mulher. Com as investigações, Ernesto foi apontado como o responsável por entregar o comprovante para a abertura da conta.
Apesar de estar de férias entre os dias 2 e 30 de dezembro, Robson acessou o sistema financeiro da Caixa com sua senha e fez várias transações. O gerente da agência autenticou a DAPLoto apresentada pelo grupo e debitou a quantia na subconta para pagamento de prêmios de loterias. O crédito foi realizado na conta corrente do falso Márcio Xavier Gomes de Souza. Paulo André Pinto Tugeiro demonstrava conhecer todo o sistema operacional da Caixa, e ajudou Robson nos comandos operacionais para a conclusão do golpe. Ernesto Vieira observava toda a movimentação, e Alberto Tugeiro controlava e dava suporte ao grupo nas imediações da agência, segundo o MPF.
Antes considerado apenas como um personagem fictício, Márcio Xavier de Lima foi identificado após a conclusão das diligências da Polícia Federal.
Depois de aplicar o golpe, os suspeitos dividiram os R$ 73 milhões em partes diferentes. Caberia R$ 8 milhões a Robson, R$ 5 milhões a Ernesto e R$ 4,75 milhões a Márcio Xavier. Os outros R$ 45,5 milhões seriam divididos entre Alberto Nunes Tugeiro Filho e Paulo André Pinto Tugeiro, que repassariam a cota de Antonio Rodrigues Filho e Talles Henrique.
Após transferir o dinheiro para a conta aberta em nome do falso Márcio Xavier Gomes de Souza, Robson realizou 15 transferências para outras nove contas. A maior parte, R$ 42 milhões, foi transferida para a conta da pessoa jurídica Phama Transportes, administrada por Alberto Tugeiro e que tem como pessoa de confiança Antonio Rodrigues Filho. Desse valor, R$ 32 milhões foram depois transferidos para a conta de Talles Henrique e pulverizado para diversas outras em operações menoes. Antonio Rodrigues também adquiriu sete veículos novos, todos emplacados em São Paulo. Ernesto adquiriu uma aeronave.
Grupo tentou outro golpe no Piauí
Segundo o MPF, o grupo agiu mais uma vez tentando golpe similar na agência da Caixa de Parnaíba (PI), onde Alberto Nunes Tugeiro Filho compareceu com uma DAPLoto com seu nome como ganhador do prêmio da Mega-Sena do concurso 1521. O valor do falso bilhete era de R$ 25 milhões. O valor não chegou a ser recebido pelos suspeitos, afirrmou a promotoria.
Nota da Caixa Econômica Federal
Sobre o assunto, a área de loterias da CAIXA vem esclarecer:
- As bolas utilizadas nos sorteios são numeradas e coloridas para facilitar a identificação. Todas elas possuem o mesmo peso e diâmetro. São de borracha maciça e são pesadas periodicamente. Tanto as bolas quanto o equipamento utilizado para os sorteios são fabricados por uma empresa francesa de notória especialização internacional em equipamentos para sorteio de loterias, a RYO CATTEAU.
- Para atribuir transparência e lisura ao processo, a CAIXA realiza os sorteios de todas as loterias federais em lugares abertos, com a presença e participação de pessoas e órgãos de imprensa pertencentes à comunidade local.
- Os sorteios são realizados no Caminhão da Sorte, unidade móvel que percorre todo o Brasil. Desde 1998, o Caminhão já visitou 294 municípios. É por meio desse veículo que a CAIXA democratiza o sorteio fazendo com que a população, tanto de grandes capitais como de cidades de interior, possa acompanhar de perto todo o processo.
- O evento dos sorteios conta com a participação do público local. O sorteio das bolas é acompanhado e validado formalmente por empregados da CAIXA e por outras duas pessoas do público que atuam como auditores populares. Os números sorteados, bem como a identificação dos auditores populares, são registrados em ata.
- Os globos são eletro-mecânicos e permanecem girando em velocidade constante até que alguém do público presente acione o controle remoto para ejeção da bola.
- Não existe nenhum inquérito na Polícia Federal que envolva qualquer denúncia ou desvio na gestão das Loterias da CAIXA e/ou na prática dos sorteios.
- Também inexistem matérias exibidas pelas emissoras de televisão Rede Globo e Band com referência ao tema. Tais assertivas podem ser facilmente confirmadas com uma simples consulta a esses órgãos de imprensa.
- A CAIXA criou uma página para que a sociedade também acompanhe onde acontecem os sorteios das Loterias Federais. Basta acessar o endereço www.caixa.gov.br e clicar em CAMINHÃO DA SORTE embaixo de LOTERIAS.
- Desde seu lançamento, em 1996, por intermédio de 653 sorteios, a Mega-Sena já pagou o total de R$ 3,3 bilhões para mais de 4 milhões de bilhetes premiados (em suas 3 faixas de premiação).
- Considerando que o maior patrimônio das Loterias CAIXA - que é a credibilidade, não pode ser atacado com tamanha leviandade, mesmo em se tratando de bri\ncadeira de mau gosto, a CAIXA está buscando o rastreamento da origem e da retransmissão das mensagens registradas e identificadas na Internet, visando à adoção das providências cabíveis à espécie.
Superintendência de Loterias e Jogos da CAIXA.
Nota da funcionária do HSBC sobre o e-mail gerador da corrente pela Internet
Há alguns dias atrás foi me repassado um e-mail com uma mensagem sobre suspeita de fraude na Mega-Sena. Repassei para vocês sem ter noção dos desdobramentos que poderiam implicar tal ato.
Estou me retratando pelo mesmo meio de comunicação que é a Internet declarando publicamente que não confeccionei o referido e-mail/ mensagem, apenas repassei a mensagem enviada por uma amiga, que também recebeu de outra pessoa. Infelizmente, tirei o histórico dessas retransmissões e ficou apenas com o meu nome.
Este correio foi replicado para varias pessoas em todo o Brasil tendo como emitente meu nome e as mesmas tem me ligado para saber se a informação é verdadeira.
Não tenho esta informação e claro que não tenho provas para tal.
Peço que repassem novamente para todas as pessoas que enviaram anteriormente como eu estou fazendo.
Gostaria de agradecer as pessoas que me ligaram com o intuito de me alertar sobre o ocorrido, bem como me aconselhar a esta retratação.
Desde já agradeço a atenção e serve como alerta a todos os internautas.
Patrícia Alberti Valenza
HSBC Bank Brasil S.A.
Concessão de Crédito
SME
g1.globo.com/.../falso-ganhador-da-mega-sena-e-preso-apos-fraude-mili...
29 de jan de 2014 - O falso ganhador da Mega-Sena, Márcio Xavier de Lima, está preso na Casa de Prisão Provisória de Araguaína. Ele é suspeito de ser um dos ...
www.youtube.com/watch?v=3ULq2MxwOGI
27 de dez de 2013 - Vídeo enviado por mundomudado2010
É só pensar, se todos os jogos são números, porque a mega sena acumula .... eu acho que é fraude porque ...
ultimosegundo.ig.com.br/.../policia-federal-investiga-fraude-de-r-73-mil...
Polícia Federal investiga fraude de R$ 73 milhões na Mega-Sena. Por iG São Paulo | 18/01/2014 14:27 - Atualizada às 18/01/2014 17:10. Texto. Imprimir ...
noticias.terra.com.br/.../mpf-acusa-7-por-fraude-milionaria-contra-mega-...
5 de fev de 2014 - O Ministério Público Federal no Tocantins (MPF-TO) denunciou nesta quarta-feira sete suspeitos de envolvimento na fraude considerada ...
www.numeromania.com.br/caixa_r.html
Nos últimos dias, circulou pela Internet mensagem apócrifa a respeito de supostasfraudes que ocorrem na Mega-Sena, uma das loterias administradas pela ...
www.canaldootario.com.br/blog/mega-sena-acumulada/
16 de fev de 2014 - Mas o verdadeiro detalhe que chama a atenção para este fato é que já é a 8ª vez que a Mega-Sena acumula desde a descoberta da fraude ...
www1.folha.uol.com.br/.../1400409-envolvido-em-fraude-da-mega-sena...
20 de jan de 2014 - A quadrilha que desviou R$ 73 milhões da Caixa forjando um bilhete de Mega-Sena cometeu erros grosseiros, segundo a Polícia Federal, ...
brasil.estadao.com.br/.../geral,bando-desvia-r-73-mi-da-mega-sena-a-maior...
18 de jan de 2014 - Operação da PF foi deflagrada em três Estados; segundo o banco, 70% do dinheiro já foi recuperado.
www.boatos.org/original/leia-integra-texto-fala-fraude-mega-sena.html
13 de set de 2013 - A Polícia Federal desconfiou que estivesse havendo algum tipo defraude na MEGA SENA e, mal começaram as investigações, pegaram ...
noticias.uol.com.br/.../pf-realiza-operacao-para-combater-fraude-miliona...
18 de jan de 2014 - A Polícia Federal deu início na manhã deste sábado (18) à operação Éskhara, que ocorre simultaneamente em três Estados para tentar ...