RENATO SANTOS 17/01/2017 Os executivos brasileiros estão entre os mais otimistas do mundo. Segundo pesquisa da PricewaterhouseCoopers(PwC), uma consultoria estrangeira, esses empresários projetam um cenário mais positivo para o futuro da própria companhia e para o crescimento da economia global.
Esses dados constam em um levantamento que foi divulgado durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça). Para essa edição, que é a 20ª do documento, a consultoria entrevistou cerca de 1,4 mil diretores-executivos (CEO) ao redor do mundo.
A pesquisa pergunta a esses empresários o que eles esperam para o crescimento da própria empresa para os próximos 12 meses. No Brasil, 57% se declararam muito confiantes. Já a média global ficou um pouco menor, 38% acreditam em futuro mais próspero.
Sobre a economia, 43% dos brasileiros apostam em uma melhora da atividade econômica do globo nos próximos 12 meses. Na média da pesquisa, essa perspectiva foi de 29%. O documento também aponta quais os três principais mercados de interesse das empresas brasileiras.
Nesta edição, a lista começa com Estados Unidos e segue com China e Argentina. Os vizinhos da América do Sul se tornaram um importante comprador dos carros brasileiros e ajudou a garantir bons resultados para o setor em 2016.
Crescimento sustentável
Em entrevista à Folha de S. Paulo e ao Valor Econômico, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, fez uma avaliação positiva sobre a atividade econômica no Brasil. O executivo, que está em Davos para o Fórum Econômico Mundial, ponderou que o crescimento no País será mais sustentável.
Entre outras coisas, ele afirmou que o ritmo de expansão brasileiro "não será voo de galinha", uma expressão usada por economistas para se referir a países que tem movimentos de crescimento econômico seguidos por outros de queda, semelhante a um voo de galinha, que não consegue se manter em grandes alturas.
Decisões empresariais para aumentar os lucros
Os executivos ouvidos pela PWC listaram, ainda, o que eles pretendem fazer ou esperam que ocorra para expandir a empresa ou aumentar o lucro. Para 90% dos entrevistados brasileiros, a expectativa era de obter crescimento orgânico.
Esses mesmos empresários também esperavam obter melhores resultados com redução de custos (86% deles deram essa resposta), novas estratégia e parcerias (62%), fusões e aquisições (45%), colaborar com empresas ou start-ups (43%), terceirização (19%) e vender os negócios ou sair do mercado (19%).
Fonte: Portal Brasil, com informações da PricewaterhouseCoopers