RENATO SANTOS 01/03/2017 Muitas noticias sobre os acontecimentos na VENEZUELA, uma delas é o direito de ser mãe!Muitas venezuelanas estão indo para Roraima, no norte do Brasil, para dar à luz. Elas recorrem à infraestrutura da área da saúde e aproveitam uma das garantias da legislação nacional.
Por Elianah Jorge, correspondente da RFI na Venezuela
A Venezuela vive uma diáspora de cidadãos que fogem das consequências de um cenário econômico e social delicado. Entre eles está a escassez de alimentos e remédios, inclusive de anticoncepcionais, o que está acarretando um “baby boom” no país governado por Nicolás Maduro.
Boa Vista fica a duas horas da fronteira da Venezuela. A capital roraimense é referência para as gestantes das cidades fronteiriças, porém, nos últimos meses, o perfil das parturientes mudou.
“Nós recebíamos pacientes da fronteira, de Santa Helena de Uairén, que é a primeira cidade da Venezuela perto da fronteira com o Brasil. Mas agora recebemos de toda a Venezuela. Praticamente dobrou o número de atendimentos em relação ao ano passado”, explica a médica Marcia Monteiro, que trabalha na Maternidade Nossa Senhora de Nazaré, a principal de Roraima:
SUS arca com os custos
Em 2015, 453 venezuelanas deram à luz nesta maternidade de Roraima. Até novembro deste ano o número subiu para 688. Os custos são arcados pelo Sistema único de Saúde, o SUS. Em casos de internação, a despesa pode chegar a R$ 1.690.
Telma Lage é advogada e coordenadora do Centro de Migração e de Direitos Humanos da Diocese de Roraima. Ela trabalha diretamente dando apoio a cerca de 20 venezuelanas.
"São mulheres que fogem da fome na Venezuela e buscam aqui dar à luz para garantir a regularização da sua permanência e a da criança. Também buscam a questão da qualidade no atendimento e no atendimento posterior ao parto, por exemplo, com a questão das vacinas. Elas dizem que lá não existe este sistema”, diz.
Alguns dos entrevistados pela RFI Brasil não descartam que boa parte desTas venezuelanas foram a Roraima ter filhos para poder regularizar sua estadia em território brasileiro.
“Ter um filho no Brasil é garantia absoluta de que você vai ficar regular porque é só dar entrada nos papéis porque é garantido ao pai ou à mãe de um brasileiro e, se tiver outros menores de 18 anos, para a reunião familiar é direito a todos que tenham uma documentação brasileira”, explica Telma.
Consequências para Roraima
Toda essa situação vem gerando consequências para o estado de Roraima. Paulo Linhares, secretário adjunto de Saúde de Roraima, exemplifica como o estado vem se moldando para dar suporte aos estrangeiros:
“Foi montado um Comitê organizado pela Defesa Civil do estado de Roraima, no Corpo de Bombeiros, com quase todas as secretarias - as mais envolvidas com o problema, para que a gente possa organizar estratégias em relação ao aumento do número de venezuelanos aqu", afirma.
E continua: "Em relação à saúde é preciso buscar ajuda financeira com o Ministério da Saúde. Atualmente tentamos fazer o atendimento mais rápido aos venezuelanos. É preciso aguardar e torcer para que a crise na Venezuela passe o mais rápido possível e que eles consigam resolver os próprios problemas.”
RENATO SANTOS 01/03/2017 O governo Federal de Michel Temer precisa resolver a situação dos venezuelanos no Brasil mais rápido possível, eles pediram asilo politico , mas estão com dificuldades de renovação.
Brasil cancelou um benefício que permitia a residência temporária de venezuelanos que fugissem da crise econômica de seu país, uma polêmica decisão adotada apenas 24 horas depois que a norma entrou em vigência.
A decisão tomada pelo Conselho Nacional de Imigração (CNI) que cancela a concessão de residência a cidadãos de países fronteiriços, que entrem por via terrestre, por até dois anos, atinge especialmente milhares de venezuelanos que chegam ao estado de Roraima, no Norte do Brasil.
O cancelamento foi comunicado em um breve despacho publicado na quinta-feira, mas sem detalhar as razões. "Não teve nenhum esclarecimento ou justificativa até o momento por parte do CNI. É uma decisão grave", disse nesta sexta-feira (24) Camila Asano, coordenadora da ONG Conectas, uma das várias entidades que assinaram um comunicado criticando a decisão.
"Há um fluxo intenso de entrada de venezuelanos por Roraima, e a política anulada era boa porque criava a oportunidade de solicitar residência temporária", afirmou Asano.
A Procuradoria-Geral do Brasil, por meio da Procuradoria Federal dos Direitos dos Cidadãos, manifestou sua "surpresa" e solicitou "esclarecimentos públicos necessários".
Em meio à polêmica, a assessoria de comunicação do CNI disse que divulgaria uma nota sobre o incidente durante a tarde.
Status de refugiado
Após o cancelamento da norma, as pessoas que pretendiam regularizar sua situação no país deverão voltar a ter quase como única opção de permanência a solicitação do status de refugiado, pedido que aumentou exponencialmente, chegando a saturar a capacidade de verificação das autoridades.
Os pedidos passaram de um em 2010 para 1.805 em 2016, segundo dados do Ministério da Justiça coletados em Roraima.
A resolução permitia regularizar o status migratório com documentação e informação básica que comprovasse, entre outras coisas, que os solicitantes não tinham antecedentes criminais.
Apesar de não ter cifras exatas, estima-se que milhares de venezuelanos já tenham cruzado a fronteira em busca de trabalho, assistência médica e produtos que não encontram em seu país, que sofre com a inflação mais alta do mundo, além de sérios problemas de desabastecimento.
RENATO SANTOS 01/03/2017 Caso do vácuo chamado ORDEBRECHT . Precisou acontecer para a ARGENTINA ACORDAR. O presidente Mauricio Macri inaugura na manhã desta quarta-feira (01) as sessões de 2017 do Congresso argentino.
Em seu discurso, Macri deve anunciar que a recessão econômica no país acabou. Ele também deve pedir que os legisladores argentinos aprovem uma lei que penalize as empresas por corrupção.
A nova lei vai permitir, entre outras coisas, que a Justiça argentina multe a empreiteira brasileira Odebrecht que confessou ter pago US$ 35 milhões em propina na Argentina.
A legislação também deve possibilitar acordos econômicos e de delação premiada com a Odebrecht ou com qualquer uma das 98 empresas investigadas hoje na Argentina como consequência da corrupção no Brasil.
Márcio Resende, correspondente da RFI em Buenos Aires
Em seu discurso de abertura das sessões legislativas, o presidente argentino, Mauricio Macri, vai pedir a aprovação da chamada Lei de Responsabilidade Penal das Pessoas Jurídicas. Pode parecer mentira, mas hoje, mesmo se quisesse, a Justiça argentina não poderia multar nem chegar a um acordo com a Odebrecht que confessou ter pago 35 milhões de dólares em subornos na Argentina, entre 2007 e 2014.
Sem uma lei que estabeleça um regime de penas às empresas que subornarem funcionários públicos, a ação da Justiça é bem limitada. O código penal argentino só prevê sanções por corrupção para pessoas físicas. Para as empresas, nem sequer estão previstas sanções administrativas.
A Odebrecht já chegou a acordos econômicos e de cooperação com Panamá, Peru, Colômbia, República Dominicana e Equador, mas a Argentina não pôde nem multar a construtora brasileira. A nova lei será crucial para o combate à corrupção na Argentina, mas ele também beneficiará o Brasil porque as revelações de uma empresa no país podem auxiliar nas investigações da Justiça brasileira.
Exigência da OCDE
A iniciativa de alterar o código penal para penalizar empresas em casos de corrupção, lavagem de dinheiro e outros ilícitos é uma exigência da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), à qual a Argentina quer se integrar. Mas, sem dúvida, o caso Odebrecht pressiona a Argentina por uma legislação contra a corrupção empresarial.
No caso das pessoas físicas, a lei que permite a delação premiada individual é de outubro passado. Tem poucos meses de vida. E, em boa parte, foi decidida pelo exemplo do sucesso das delações premiadas da Lava Jato no Brasil.
Esses dois elementos ajudam a explicar por que a Argentina é um dos países mais atrasados na investigação de subornos da Odebrecht, quando comparada, na região, com Peru ou com Colômbia, por exemplo. As investigações nos países vizinhos estão estruturadas em mais de 90% em provas obtidas através de delações, algo que só agora a Argentina conhece. Atualmente, 98 empresas ligadas às empreiteiras brasileiras envolvidas na Lava Jato estão sendo investigadas no país.
Odebrecht ainda não foi punida na Argentina
Por enquanto, o governo argentino não pretende punir a Odebrecht. Ao contrário de países como Peru, Colômbia, Panamá, República Dominicana e Equador que multaram, chegaram a acordos econômicos com a Odebrecht, suspenderam a empresa brasileira de novas licitações e até cancelaram projetos, o próprio presidente Mauricio Macri não indicou sanções à empresa.
Em resposta à pergunta da reportagem da RFI sobre o tema, o presidente argentino disse que "se a Odebrecht confessar com quem fez transações aqui, poderá continuar trabalhando na Argentina no futuro".
As delações da Odebrecht no Brasil vão chegar à Argentina a partir de 1º de junho, quando vence a cláusula de confidencialidade das delações premiadas no acordo entre a Justiça brasileira e a empreiteira sobre atos de corrupção praticados pela empresa no exterior. O fim desse sigilo pode causar um terremoto político no país. A essa altura, a Argentina estará em plena campanha eleitoral para as eleições legislativas de outubro.
O governo acredita que as delações da Odebrecht vão beneficiar uma vitória governista, porque o período de subornos na Argentina foi até 2014, quando a ex-presidente Cristina Kirchner estava no poder. Alguns dos ex-ministros e ex-secretários dela já são investigados.
Mas existe uma pedra no caminho do governo. A imagem do presidente Macri poderia sair afetada através da sua família. Em algumas obras, a Odebrecht fez parcerias com a empreiteira argentina IECSA e o dono dessa empresa é Ángelo Calcaterra, primo do presidente Macri. E já existem indícios de que a IECSA teria participado dos subornos pagos pela empreiteira brasileira na Argentina.
RENATO SANTOS 01/03/2017 O vácuo chamado ORDEBRECHT, chegou também na VENEZUELA, não só no governo de NICOLAS MADURO, mas de uma oposição falsa e que enganou os venezuelanos no País.
Segundo a agência de notícias Um dos principais líderes da oposição na Venezuela, Henrique Capriles, foi denunciado ao Ministério Público por suspeita de ter recebido US$ 3 milhões em subornos da empreiteira Odebrecht. Ele foi candidato à eleição presidencial venezuelana contra Hugo Chávez em 2012 e contra Nicolás Maduro em 2013.
"Estamos pedindo que a Procuradoria ordene uma medida cautelar para alienar e onerar os bens que sejam propriedade do senhor Capriles, provenientes do delito, e que seja declarada medida privativa de liberdade", assinalou o presidente da Frente Anticorrupção da Venezuela e próximo do governo Luis Tellerías. "Já no Brasil é feita uma investigação e foi ordenado ao banco suíço que entregue os movimentos sobre os depósitos da Odebrecht a Capriles", afirmou Tellerías.
O líder opositor assegura que as contratações com a Odebrecht foram feitas durante a gestão como governador do Diosdado Cabello, deputado e um dos líderes do chavismo.
Em janeiro, o Ministério Público anunciou que solicitou à Interpol uma ordem de captura contra uma pessoa, que não foi identificada. Sem mencionar o nome de Capriles, o presidente Nicolás Maduro disse que "há um governador envolvido" que poderia ir preso.
Em 15 de fevereiro, a Procuradoria informou que a Justiça venezuelana congelou as contas bancárias e os ativos da Odebrecht no país, depois do escândalo de subornos da empreiteira envolvendo funcionários do governo em vários países da América Latina.
RENATO SANTOS 01/03/2017 O nosso País esta no caos, mas claro ninguém esta interessado nessa questão, o caos da IMPUNIDADE.
Ah não esquecendo que o PMDB é o responsável pelo que o País está passando, na década de 80, estávamos saindo do regime militar e só tínhamos dois partidos ARENA e o MDB, hoje conhecido PMDB, foi uma armadilha, a qual colocou nesse inferno, depois veio seus filhotes entre eles PSDB e PT.
Estamos pior que CUBA e VENEZUELA juntas, e não falo só na grande prostituta chamada política, mas em todas as esferas do governo Estadual, Federal e Municipal, e nos poderes JUDICIAS, até mesmo na RELIGIÃO, que fazem barganhas com políticos para se beneficiarem.
O jornal Le Monde que chegou às bancas na tarde desta terça-feira (28) dá novamente destaque para a política brasileira. Com o título “Brasil, o reinado da impunidade”, a correspondente do vespertino em São Paulo tenta explicar o contexto atual do país.
A jornalista Claire Gatinois diz que diante do processo da Lava Jato, que se aproxima cada vez mais do presidente Michel Temer, o chefe de Estado parece estar tentado se proteger de uma possível acusação.
No entanto, a tática não está passando despercebida, comenta a correspondente, lembrando que Temer teve até que fazer, em meados de fevereiro, uma coletiva para garantir que “o governo federal não tenta proteger ninguém”.
No entanto, lembra a jornalista, o presidente ressaltou durante essa coletiva que apenas um indiciamento justificaria a demissão de um de seus ministros. “E como os processos são muito lentos no Brasil”, relata Le Monde, com uma média de 14 meses de espera para os casos envolvendo políticos no poder, o governo Temer estaria protegido até o final de seu mandato, em 2018.
“Muitíssimo impopular, Temer não para de dar sinais ambíguos”, analisa a jornalista. Ela relata, por exemplo, a escolha recente de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal. A correspondente explica que o ex-ministro é conhecido por sua simpatia pelo presidente, o que suscita questões sobre sua nomeação. Mesmo se ele não vai herdar todos os processos do juiz Teori Zavascki, que cuidava da Lava Jato, Moraes será o revisor do processo no plenário, comenta o texto.
Tudo vai terminar em pizza ?
Além disso, continua o vespertino francês, a reputação linha-dura de Moraes, que deu a entender que defendia a tortura, além do fato de ter apoiado o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não ajudam a melhorar sua imagem. Seguem ainda as escolhas de Osmar Serraglio , que substitui Alexandre de Moraes e defendeu a destituição de Dilma Rousseff, e de Moreira Franco, que já foi citado dezenas de vezes na Lava Jato, continua relata a jornalista.
A correspondente do Le Monde comenta que todos esses eventos recentes levam o país a se questionar sobre o peso de Foro Privilegiado. “Um privilégio que se transformou em uma ferramenta muito cômoda para desacelerar ou até mesmo enterrar algumas investigações”, pode-se ler nas páginas do jornal francês.
Para dar uma ideia da impunidade que reina no Brasil, a jornalista tenta explicar aos leitores franceses a existência daquela famosa expressão no país segundo a qual, uma hora ou outra, os processos na justiça terminam em pizza. “Se formos ouvir os mais cínicos, tudo leva a crer que Temer já estaria esquentando a sua pizza quatro queijos”, escreve a correspondente do Le Monde.
RENATO SANTOS 01/03/2017 Antes de mais nada precisamos tomar muito cuidado com as informações passadas pelas rede sociais, que na realidade podem ser desencontradas e com falácias, mas, por outro lado temos que ficar atentos e em alerta total, trata-se da epidemia da febre amarela a qual foi feita uma matéria, em janeiro pela BBC, e outras fontes de informação fonte do Ministério da Saúde e Fiocruz, a qual a GAZETA CENTRAL ( BLOG), pesquisou para não haver dúvidas.
"A probabilidade de levar uma picada de Aedes aegypti no Rio durante o Carnaval é 99,9%. É inescapável.
As pessoas ficaram preocupadas com Olimpíada, Copa do Mundo. Isso é besteira. Imagine se chega alguém com febre amarela no Rio no Carnaval.
Para Massad, no entanto, o governo deveria elaborar uma estratégia para ampliar a vacinação contra a febre amarela em todo o país, incluindo as zonas costeiras, onde estão alguns dos maiores centros urbanos, que não são consideradas endêmicas.
De acordo com o ministério, apenas os Estados de Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro estão fora da Área com Recomendação para Vacinação (ACRV) de febre amarela.
Mas enquanto ainda não se explica como o vírus se manteve fora das cidades durante os últimos 75 anos - mesmo com o aumento da infestação pelo Aedes aegypti - o pesquisador continua preocupado.
"Desde 1940 não temos ciclos, no Brasil, de transmissão deste vírus pelo Aedes aegypti, só pelo Haemagogus. A morte de macacos perto de pessoas mostra que um ciclo que deveria estar limitado ao ambiente das matas está mais perto das áreas onde vivem humanos. E quando eles estão próximos, é mais fácil para o mosquito passar o vírus para uma pessoa", explica.
Macacos
Atualmente, 15 municípios mineiros estão em situação de alerta para a febre amarela.
Também estão sendo monitoradas cidades onde ainda não houve casos em humanos, mas que registraram mortes de macacos possivelmente causadas pela doença.
O monitoramento ocorre normalmente no Brasil todos os anos, especialmente entre dezembro e maio, considerado o período de maior probabilidade de transmissão da febre amarela.
A bióloga Marcia Chame, coordenadora da Plataforma Institucional de Biodiversidade e Saúde Silvestre na Fiocruz Rio, diz que as autoridades de saúde no Brasil já haviam percebido que os surtos extravasam o ambiente das florestas aproximadamente a cada sete anos e atingem mais seres humanos no interior do país.
"Este surto maior é cíclico e, por isso, já há atenção sobre isso. Isso tem relação com todas as atividades humanas que invadem a floresta. E no Brasil também temos um processo importante de perda de ambientes naturais", disse à BBC Brasil.
Segundo ela, o aumento das mortes de macacos - principais hospedeiros do vírus no ciclo de transmissão silvestre - é o principal indicativo de que o surto pode estar se aproximando das populações humanas.
"Em 2009, no Rio Grande do Sul, as pessoas chegaram a matar os macacos, achando que eles transmitiam a doença, mas ele nos presta um serviço, porque é o sentinela. É importante notificar as autoridades dessas mortes."
Na Fiocruz, a equipe liderada por Chame tenta entender o que causa esses surtos de maior proporção na tentativa de evitar, também, que o vírus volte às cidades.
"Estamos modelando a ocorrência de febre amarela contra 7,2 mil parâmetros ambientais, climatológicos e outros, para tentarmos identificar que variáveis que causam isso, mas é muito complexo", explica.
"Elas acontecem em ambientes diferentes, com espécies de macacos e de mosquitos vetores diferentes. Precisamos que a população nos ajude a identificar esses animais e o que está ao redor dos locais onde são encontrados - empreendimentos imobiliários, construções."
O receio, diz ela, é que com a diminuição das áreas florestais, animais que foram infectados frequentem cada vez mais os centros urbanos em busca de alimento e abrigo. Lá, eles também poderiam ser picados pelo Aedes aegypti, abundante nas cidades brasileiras.
Retorno
Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda que todas as pessoas que moram ou têm viagem planejada para áreas silvestres, rurais ou de mata verifiquem se estão vacinadas contra a febre amarela. Em geral, a vacina passa a fazer efeito após um período de dez dias.
O risco de que moradores de áreas endêmicas e até ecoturistas contraiam o vírus e o levem para cidades maiores é a principal preocupação dos especialistas. Na verdade, eles ainda tentam descobrir por que isso não ocorreu até agora.
"Ainda é um desafio entender como a febre amarela não voltou para os centros urbanos, já que temos um grande número de pessoas que vão a áreas endêmicas para turismo ou a trabalho e voltam para cidades infestadas de Aedes aegypti", diz Eduardo Massad.
Vacina
O Ministério recomenda a vacina para pessoas a partir de nove meses de idade que vivem nas áreas endêmicas ou viajarão para lá e a partir dos seis meses, em situações de surto.
Segundo a pasta, todos os Estados estão abastecidos com a vacina e o país tem estoque suficiente para atender a todas as pessoas nestas condições.
OS SINTOMAS
Dor de cabeça, acompanhada de vômitos, náuseas, pele e olhos amarelados e sangramentos são alguns dos sintomas da febre amarela. Um dos mosquitos transmissores da febre é o Aedes Aegypti, que também é o causador da dengue. E é o flavivírus, o causador da febre amarela. Eles são comuns na África, América Central e América do Sul.
Os maiores locais de epidemias são nos países africanos, mais precisamente na zona central do continente.
No Brasil, a febre ataca todas as regiões, entretanto, mais fortemente nas áreas silvestres como as encontradas na região norte. Se um mosquito atinge um macaco e, logo depois um ser humano, a doença será transmitida com certeza.
Outra forma, é por meio da picada de um desses mosquitos: aedes aegypti, nas áreas urbanas e haemagogus, nas zonas silvestres.
A vacina contra a febre amarela é eficaz e tem a validade de dez anos. Ela é disponibilizada gratuitamente nos postos de saúde. O Ministério da Saúde costuma dar orientações para os viajantes daqui e, principalmente, dos que vêm do exterior.
O Brasil recomenda a vacinação aos que se destinam às zonas de mata. Alguns países da América do Sul e da África, cobram um certificado, chamado de Certificado de Vacinação – CIV, da cor amarela.
Para quem viaja rumo à África ou alguns países da América do Sul, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, disponibiliza, nos guichês encontrados em aeroportos, portos, passagens de fronteiras ou nas Sedes da Coordenação, a troca do cartão CIV.
Apenas o portador do cartão é que pode solicitar a troca do mesmo e deve estar portando o documento oficial com fotografia: Carteira de Identidade, Passaporte ou Cédula Profissional (OAB, CRM, CREA e etc.).
Os menores de idade devem apresentar, caso não tenham a carteira de identidade, a Certidão de Nascimento.
A febre amarela apresenta sintomas muito semelhantes aos da gripe. No entanto, se tratar em casa, sem ao menos ir ao médico, é uma escolha que pode acarretar em morte, caso seja a febre.
Por isso, de acordo com o Ministério da Saúde, alguns sintomas mais comuns da doença são: febre alta e calafrios, mal-estar, vômitos, dores no corpo, peles e olhos com icterícia (amarelados), sangramentos (gengiva, estômago, nariz, etc.), fezes mais escurecidas e diminuição da urina.
Uma das dicas que o Ministério da Saúde disponibiliza é: se o indivíduo observar que há, no respectivo local onde ele esteve, a presença de primatas não humanos mortos ou doentes, deve contatar a autoridade de saúde mais próxima, pois as pessoas não imunizadas podem adquirir a doença.
A febre amarela é muito perigosa, uma vez que não existem tratamentos específicos dessa doença. Há formas de prevenção, que são bem eficazes e de longa duração. O Ministério adverte que devem ser tomados os mesmos cuidados que se têm em relação à dengue. O melhor a fazer é, no caso da manifestação dos sintomas, ir ao médico e informá-lo sobre o caso. E sempre lembrar de dizer se viajou, ou não, antes de sentir alterações.
O QUE É FEBRE AMARELA?
A febre amarela é uma doença infecciosa provocada pelo Arbovírus do gênero Flavivírus (vírus da doença). Ela se manifesta em áreas de cerrados e florestas. No Brasil, é mais comum a manifestação dela na região norte. A doença ocorre tanto nas zonas rurais quanto nas cidades. A febre se propaga através do mosquito chamado Haemagogus ou mesmo do Aedes Aegypti – o também transmissor da dengue. A febre amarela ocorre nas zonas tropicais, bastante encontrado no continente africano, na América do Sul e América Central.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, não há casos da febre, em áreas urbanizadas, desde a década de 1940. No Brasil, pesquisadores desenvolveram uma vacina bastante eficaz e sua validade dura cerca de dez anos. A febre amarela não pode ser transmitida de pessoa para pessoa, apenas através da picada dos mosquitos Aedes Aegypti ou Haemagogus. O vírus se mantém por intermédio dos macacos, que contribuem para o ciclo dos agentes causadores.
Uma vez que o indivíduo é picado pelo transmissor da febre amarela, a vítima estará fadada a sintomas totalmente desagradáveis. Sangramentos de partes do corpo, tanto internas quanto externas, alguns enjoos e outros. O nome febre amarela é devido a coloração dos olhos e da pele, por meio de icterícia (doença caracterizada por certa amarelidão na pele e na membrana externa branca do olho, chamada esclerótica).
A febre amarela é uma doença que causou muitos transtornos, principalmente no ramo das ciências. Ela foi o motivo de vários debates e bastante polêmica entre os especialistas. Todavia, após estudos avançados, munidos de novidades técnicas da área da biologia molecular, os pesquisadores descobriram que a doença originou-se na África.
Os primeiros registros de doenças com características semelhantes as da febre amarela, surgiram em meados do século XVII, nos escritos da cultura maia, em 1648, na cidade de Yucatan, no México. Outro caso, agora confirmado, foi na Europa, onde a febre virou epidemia, em 1730, na região que, hoje, pertence à Portugal e Espanha. Na época, houve mais de 2000 mortes por causa da febre amarela.
A doença também chegou ao país norte americano; porém, nos séculos XVIII e XIX. Aconteceram diversos surtos da epidemia da febre amarela no país norte-americano. O vírus chegou no país através das embarcações que chegavam à costa, vindos dos países asiáticos, como também, do Caribe.
No Brasil, a procedência desses casos se dá mais nas regiões silvestres – uma vez que nas áreas urbanas, a febre amarela foi erradicada em 1942, quando houve o último caso da epidemia, na região norte, no estado do Acre. A febre voltou a ameaçar no final da década de 70, quando um dos mosquitos transmissores, o Aedes Aegypti, voltou para o país.
De acordo com o Ministério da Saúde, a febre amarela é uma doença letal. Dos 662 casos confirmados da epidemia, no período entre 1980 a 2004, foram 339 mortes, ou seja, mais de 50% das ocorrências levaram pessoas a óbito. Por isso, a doença deve ser tratada com seriedade.