RENATO SANTOS 17/07/2017 O Brasil está mesmo mergulhado na CLEPTOCRACIA, o triste dessa história é a prisão da liberdade de Imprensa, quando se envolve uma das mais poderosas organizações na política fica difícil em falar de parcialidade, não dos profissionais e sim dos seus dirigentes corruptos, com a influência na Política e com os petistas no poder.
Até que ponto uma empresa de comunicação tem prestar este tipo de serviço, ser escrava do sistema, atender os interesses políticos e religiosos, ou de grupos e não ser uma Imprensa Livre, para exercer seu verdadeiro papel a sociedade, nada disso seria assim se houvesse verdadeiramente a liberdade de expressão no País, se as empresas de comunicação não se corrompessem na nesse mundo quem manda é a CLEPTOCRACIA, não passa de um jogo pelo PODER e perigoso para a DEMOCRACIA, mais uma vez o que estamos vendo é esse poder podre e assassino.
Uma reportagem exclusiva exibida neste domingo em horário nobre da Rede Record de Televisão acarretou grande "polêmica", em se tratando de revelações consideradas "bombásticas", que envolvem diretamente uma das principais rivais da rede de televisão de Edir Macedo, ao se referir à maior emissora de televisão do país: a Rede Globo de Televisão, de propriedade da família do jornalista, já falecido, Roberto Marinho.
A longa reportagem da TV Record foi exibida no programa "Domingo Espetacular", apresentado pelos jornalistas Paulo Henrique Amorim e Janine Borba. A reportagem considerada "exclusiva" se baseou nas investigações da Polícia Federal e Ministério Publico Federal e principalmente, em relação ao suposto acordo de colaboração premiada que poderá ser fechado entre o provável delator e ex-ministro da Fazenda durante os governos petistas de Lula e Dilma, Antônio #Palocci.
'Mansão' de donos da Globo, alvo da Lava Jato
De acordo com os desdobramentos das investigações e conforme apresentado na reportagem do programa 'Domingo Espetacular", da TV Record, neste domingo (16) à noite, o ex-ministro Antônio Palocci poderá "complicar" substancialmente a situação das Organizações Globo, cujo verdadeiro "império" das telecomunicações pertence à família Marinho. Se um acordo de colaboração premiada se concretizar entre o ex-ministro Palocci e a força-tarefa de investigação da Operação #Lava Jato de Curitiba, que é conduzida pelo juiz Sérgio Moro, haveria grande probabilidade de que o petista esclareça pontos "obscuros" relacionados ao envolvimento da Rede Globo na maior operação de combate à corrupção na história contemporânea do país.
Segundo a reportagem da TV Record, documentos ligariam obra considerada ilícita dos Marinho, em referência a uma mansão de praia, localizada e ilegalmente construída em uma região de preservação ambiental em Paraty, litoral do estado do Rio de Janeiro.
Alguns documentos inerentes ao caso, dão conta de que estariam em nome de uma empresa, cuja cadeia societária, evidenciam que os papéis são relacionados à offshores investigadas no âmbito da Operação Lava Jato. A "grave" situação consistiria em demonstrar que o imóvel não estaria no nome dos donos de fato. O imóvel litorâneo estaria em nome da Agropecuária Veine, com Celso de Campos como sócio-administrador.
Outro fator considerado "intrigante", é que segundo dados apresentados pela Receita Federal, a empresa supra-citada teria como endereço um apartamento residencial localizado em Copacabana, no Rio de Janeiro, tendo no quadro de sócios uma outra empresa: a Vaincre LLC, que está domiciliada no exterior. A empresa respectiva teria como representante legal por procuração uma ex-funcionária do INSS, Lúcia Cortes Rosemburge, já aposentada desde o período de 2008.
Os investigadores descobriram que o endereço cadastrado da empresa está incompleto desde 2005, sem informações básicas como cidade, estado e país.
Tudo isso leva a crer, de acordo com as investigações, que haveriam, na verdade, a utilização de offshores suspeitas em paraísos fiscais, com o propósito de se adquirir a mansão atribuída à família Marinho, segundo Ministério Público e Polícia Federal.
É um grupo contra outro nesse caso GLOBO que apoia o PT e quer tirar do PODER que não se prostitui do seu lado e o OUTRO, a RECORD que tem interesses com a IGREJA UNIVERSAL para ficar no poder, as demais são as chamadas " maria vai com as outras", e temos ainda aqueles que querem ver o circo pegar fogo e os palhaços saírem queimados, e tem os isolados solitários que tem muito credibilidade, pois grupos poderosos passaram anos idiotizando um povo sem cultura, educação, mas sonhadores.
Será que queremos ficar livres de verdade da CLEPTOCRACIA, acredito que sim, mas, em primeiro lugar os brasileiros precisam a começar mudar seu hábitos, não ficarem presos na questão de não renovar, somos acomodados, e não damos a chance para pessoas que não fazem parte do nosso meio, grupos, isso é em todos os setores de nossas vidas, precisamos mudar esse tipo de pensamento em todos os níveis, seja na igreja, trabalho, etc.
Em depoimento diante do juiz Sergio Moro, nesta quinta (20), o ex-ministro Antonio Palocci negou que tenha recebido pagamento de vantagens indevidas em benefício próprio ou em nome do PT em troca de defender os interesses da Odebrecht nos governos Lula e Dilma. Por outro lado, em jogada com sua defesa, Palocci sinalizou que pode arrastar para a Lava Jato nomes de mercado financeiro e grandes empresas de comunicação que teriam pedido "grande montantes de recursos" no início do primeiro mandato de Lula. Isso para mostrar que não era apenas a Odebrecht que exercícia forte lobby na política.
Na rodada de perguntas feitas por seu advogado, Palocci foi confrontado sobre a existência de uma planilha onde constam valores que a Odebrecht diz que seram "provisões" destinadas ao financiamento de campanhas do PT. A planilha apresenta valores que Marcelo Odebrecht afirmou que foram repassados ao partido em troca de aprovações de dois projetos do interesse do grupo, pelo menos.
Palocci negou que tenha negociado propina com a empresa, mas admitiu que "tomou conhecimento" da história de "provisões da Odebrecht ao PT" ainda no governo Lula. Segundo ele, pouco antes da eleição de 2014, a Odebrecht fez chegar ao ex-presidente a informação de que havia, "além daquilo que havia sido comprometido na campanha [doação oficial], uma provisão em torno de R$ 200 milhões."
"Lula me preocurou porque essa pessoa lhe falou que eu deveria saber disso. Ele estava surpreso, estranhando, achei ele irritado. Eu também fiquei muito surpreso com 'previsão'. Eu disse que não sabia de nada. Fui atrás de Marcelo e disse que nunca tratamos com a empresa através de provisões", disse Palocci.
Segundo o ex-ministro, "nesse momento, Marcelo tentou construir um entendimento comigo de que isso acontece, de que ele havia me falado que eles trabalham dessa maneira na empresa, fazendo provisões." Palocci afirma que, sentindo-se desconfortável, pediu a Marcelo que esclarecesse a história com Emilio Odebrecht, que teria conhecimento de que a relação da Odebrecht com o PT se dava de maneira institucional. Depois, o petista afirmou que voltou a Lula e disse que resolveu o "mal entendido".
"Passados dois meses, uma pessoa me procurou, numa conversa estranha, um empresário querendo saber de contribuição de campanha, ambientes eleitorais, como a gente lidava com isso.
A pessoa é minha amiga, achei a conversa estranha. Ele foi inconveniente, mas não foi desrespeitoso. Ele percebeu que eu rechacei e ele parou o assunto.
Eu só fui entender dois meses depois, quando um banqueiro me procurou e disse que estava ali mandatado por pessoa do governo, e queria dizer que vai cuidar das coisas de financiamento de campanha, provisões, usou a mesma palavra. Queria saber se eu poderia ajudar.
Eu queria saber se a presidente Dilma sabia que ele estava ali. Ele disse que não, mas estava ali em nome de uma pessoa do primeiro escalão do governo", comentou Palocci.
Nesse momento, começa o mistério. "Eu pediria para não declinar nomes nesse momento, mas em sigilo eu falo o que o senhor quiser. É que essa audiência é pública, mas fico à disposição para lhe dizer o que o senhor achar adequado", disse Palocci. Moro, por outro lado, não demonstrou interesse.
"Essa pessoa me disse que iria cuidar dos recursos [ao PT]. Eu disse tudo bem, mas não sabia como funcionava isso. Ele estranhou, achou que eu iria dar vários dados e informações. Eu disse que não tinha nada a informar. Ai ele entrou no assunto de provisões da Odebrecht, dizendo que se eu falasse, a gente poderia capitalizar esses recursos. Eu disse que ele estava mal informado."
"Você é uma grande personalidade do meio financeiro, se procurar a Odebrecht, eles vão esclarecer isso com facilidade, não precisa de mim", disse Palocci.
"Esse assunto deu muita cria, inclusive nos assuntos relacionados à Lava Jato. Só peço licença ao senhor para não declinar nomes, o senhor decide se lhe interessa ou não, e eu me prontifico a lhe falar tudo ou a quem o senhor determinar", reforçou.
O advogado de Palocci, então, questionou uma declaração anterior, em que o ex-ministro disse que grandes empresas de comunicação também receberam atenção do governo, assim como a Odebrecht.
"Olhando o cenário de hoje, parece que todos os governos só trabalham em função da Odebrecht. O que eu procurei demonstrar é que o primeiro problema que tive quando sentei na cadeira de ministro da Fazenda foi o setor da construção civil."
"O que isso tem a ver com Odebrecht?", perguntou Moro. Ao que Palocci respondeu: "O governo muitas vezes salva empresas, em situações de emergência, usando o limite da lei."
Palocci, nesse momento, denotou que o governo Lula recebeu de empresas de comunicação pedidos por "grandes montantes de recursos".
No final da audiência, quando Moro abriu espaço para Palocci falar o que quisesse, o ex-ministro reiterou a declaração enigmática.
"Fico à sua disposição hoje e em outros momentos, porque todos os nomes e situações que eu optei por não falar aqui, por sensibilidade da informação, estão à sua disposição o dia que o senhor quiser. Se o senhor estiver com a agenda muito ocupada, a pessoa que o senhor determinar, eu imediatamente apresento todos esses fatos com nomes, endereços, operações realizadas e coisas que vão ser certamente do interesse da Lava Jato."
E completou: “Acredito que posso dar um caminho, que talvez vá dar um ano de trabalho, mas é um trabalho que faz bem ao Brasil.”
ITALIANO
Palocci ainda apresentou a Moro duas provas de que ele não é o "italiano" que aparece em comunicações da Odebrecht. A primeira é uma mensagem em que Marcelo diz que não havia encontrado o italiano na diplomação de Dilma Rousseff. Palocci mostrou fotos suas no evento. O segundo indício é um e-mail de Marcelo Odebrecht para Alexadrino Alencar, onde este último diz: "Falei com Palocci e Palocci me disse que Itália e GM [Guido Mantega] estiveram com a presidente". Palocci disse que a mensagem demonstra que Itália era uma terceira pessoa.
Confrontado por um e-mail que mostra que Branislav Kontic, seu ex-assessor parlamentar, teria agendado em 2009 uma reunião entre Marcelo e "italiano", Palocci respondeu que poderia ter sido reunião com qualquer político. Várias vezes, disse, ele pediu a Marcelo para conversar com outras lideranças do PT, e o então assessor fazia a ponte.
Palocci também negou que tenha tratado de pagamentos no exterior com João Santana e Monica Moura, responsáveis pelas últimas campanhas do PT. Ele disse que quando recebia cobranças do casal, entrava em contrato com o tesoureiro do partido - José de Fillippi Jr ou João Vaccari Neto - para que ele resolvesse as questões.
CONTRIBUIÇÃO
"Eu nunca operei contribuições [para campanhas do PT], porque não era meu papel. Eu dizia aos empresários para atenderem os tesoureiros do partido", disse Palocci. Ele também comentou que, nas poucas vezes em que buscou apoio financeiro para eleições, chegou a tratar desse assunto por telefone e deixava "claro" que queria "coisa com recibo", ou seja, doação oficial.
REFIS DA CRISE
Palocci também falou sobre o chamado Refis da crise. Delatores da Odebrecht dizem que fizeram doações ao PT em contrapartida à aprovação desse projeto.
O ex-ministro explicou o contexto da aprovação do Refis e disse que ele não teve participação no episódio, pois tratava-se de tema do governo, ou seja, de competência de Guido Mantega.
Ele contou que o lobby da Odebrecht começou, na verdade, pela aprovação da Medida Provisória 460, que tratava de revogar um benefício que "foi dado no passado, 10% do IPI de exportações era dado como crédito para empresas. E todas as empresas estabeleceram uma tese jurídica de que isso não poderia ser extinto. Marcelo queria anular a anulação desse imposto."
"Eu disse a ele [Marcelo Odebrecht] que eu não poderia jamais apoiar a MP porque eu era contra ela e, segundo, porque minha posição era decisiva para o processo. Porque na bancada do PT [na Câmara], em questões econômicas, eu era consultar às vezes em caráter decisivo. E o PT era um dos poucos partidos que se colocavam contra a medida, que envolvia R$ 100 bilhões. Eu disse que se fosse aprovada, eu trabalharia para ela ser vetada."
No final, a MP foi "aprovada amplamente no Congresso e eu e Guido Mantega trabalhamos para ser vetado pela presidência". Semanas depois, o Supremo Tribunal Federal "chamou o processo e decidiu que os valores retidos pelas empresas deveriam ser devolvidos e que esse crédito de exportações não existia mais. E aí no Refis da crise [foi sugerido], se propôs o parcelamento desses pagamentos. Eu não participei diretamente disso. Era coisa de governo."
Segundo Palocci, Marcelo mandou e-mails para ele querendo discutir o Refis da crise. "Eu disse para ele que era uma questão muito tecnica, que ele deveria procurar o Ministério da Fazenda."
O ex-ministro ainda disse que no caso do Refis, "ali não estava se fazendo bondade nenhuma. Só estavam decidindo a forma que as empresas deveriam pagar [pelo fim do crédito do IPI das exportações]. Se não, no fundo, ninguém iria pagar."
"Há uma grande mudança no estilo e gestão da empresa até 2008, 2009, quando Marcelo Odebrecht assume. Antes, tinha a liderança que se pode ver na pessoa de Emílio Odebrecht uma atitude diferente em relação às suas agendas, a flexibilidade das posições. Isso mudou bastante. Antes tinha uma empresa com percepção de Brasil e mundo, e Marcelo já era um guerrilheiro das causas da empresa."