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sábado, 17 de março de 2018

Facebook, E-mail , WhatsApp Não, Marielle não foi casada com Marcinho VP, não engravidou aos 16 e não foi eleita pelo Comando Vermelho <<>> A quem Interessa Agredir a Imagem da Vereadora <<>> Direita e Esquerda Respeitem Uma Vida







RENATO  SANTOS   17/03/2018  Esta  correndo  nas redes  sociais  uma  foto  do  suposto  envolvimento  da vereadora  executada,  com o traficante  do  rio de Janeiro. 

Antes  quero  deixar  claro  que a GAZETA CENTRAL  ( BLOG),  tem uma linha editorial  séria  e  com ética no jornalismo, não  compartilhamos  com  "  noticias", falsas, acreditamos que  os nossos  leitores  devem ser respeitados, mas  afirmamos  parem de serem  alienados.

A  direita  esta caindo  na armadilha  perigosa  sem perceber, enquanto a esquerda  esta se fortalecendo, ambos  não respeitam uma  vida humana,  continua  publicando mentiras  e outro  esta fazendo  jabá  com a  situação me refiro  ao PT, respeitem a vereadora  e  a IMPRENSA precisa  trabalhar  mais  e levar a sério  seu papel.

Com a  participação da jornalista  Juliana Granjeia  iremos  republicar  a contra  mentira, ela pode ser de qualquer  partido  de linhas ideologicas diferentes  da minha, mas , precisamos levar a  sério.


Por Tai Nalon e Ana Rita Cunha
17 de março de 2018, 13h20
 

Uma série de informações falsas circulam nas redes sociais desde a morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) na noite da última quarta-feira (14). 

Uma corrente de WhatsApp reproduzida pela desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Marilia Castro Neves e um tweet do deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) replicaram o boato de que Marielle foi casada com um traficante e tinha associação com o crime. O tweet do deputado foi deletado, mas o estrago já estava feito: nada disso é verdade.
Veja, abaixo, o que Aos Fatos checou — e continua apurando ao longo do dia.

FALSO
Engravidou aos 16 anos.
Morta na última quarta-feira (14), Marielle tinha 38 anos de idade e uma filha de 19, chamada Luyara Santos. Isso significa que ela engravidou entre os 18 e 19 anos — e não aos 16.
"Mataram a minha mãe e mais 46 mil eleitores! Nós seremos resistência porque você foi luta! Te amo", escreveu sua filha nas redes sociais.

FALSO
Ex-esposa do Marcinho VP.
Conforme já mostrou o site Boatos.org, Marielle nunca foi casada com ex-traficante — seja lá qual Marcinho VP a corrente de WhatsApp insinua ser. 

É que existem dois Marcinhos: Márcio Amaro de Oliveira, traficante carioca que atuava na favela Santa Marta, em Botafogo, zona sul do Rio, e Márcio dos Santos Nepomuceno, traficante carioca do Complexo do Alemão, zona norte da capital fluminense.

O primeiro morreu em 2003, dentro do presídio de Bangu 3, e é o personagem central do livro "Abusado", do jornalista Caco Barcellos. 

Integrante do Comando Vermelho, estava preso desde abril de 2000, quando foi encontrado no Morro do Falet, no Rio Comprido, zona norte do Rio. Ele estava foragido desde 1997 fora do Rio. 

Ou seja, a cronologia não bate: na época de sua prisão, Marielle tinha em torno de 20 anos, já tinha uma filha e estudava em pré-vestibular comunitário na Maré. Antes disso, ele sequer estava no Rio.
O Marcinho VP menos midiático é Márcio dos Santos Nepomuceno, preso desde 1997. 

Foi capturado em Porto Alegre, mas, desde então, também já esteve em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e em Catanduvas, no Paraná. 

A data e os locais também inviabilizam a narrativa de que Marielle fora casada com o traficante.
Até uma imagem tem sido distribuída nas redes afirmando ser de Marielle e algum dos Marcinhos VPs. 
No entanto, ela não retrata nenhum dos dois. 
DESMENTINDO A  FOTO 
Um leitor enviou à equipe o rastro original da imagem: um fotolog com uma publicação de 13 de agosto de 2005.
Ainda segundo a divulgação de sua candidatura, registrada junto ao TSE(Tribunal Superior Eleitoral), Marielle é solteira.
No ato de registro de candidatura, Marielle também apresentou certidão da Justiça Federal no Rio de Janeiro que certifica que: "em pesquisa nos registros eletrônicos armazenados no Sistema de Acompanhamento e Informações Processuais, a partir de 25/04/1967, até a presente data, exclusivamente na Seção Judiciária do Rio de Janeiro, com sede na Cidade do Rio de Janeiro, que contra: 

MARIELLE FRANCISCO DA SILVA, ou vinculado ao CPF: 086.472.877-89, NADA CONSTA, na Seção Judiciária do Rio de Janeiro". Outras certidões de mesmo teor estão aqui e aqui.
Amigos da vereadora morta no Rio também negam a informação e repudiam a tentativa de associá-la ao tráfico de drogas. No Facebook, a sobrinha de Marielle, Annie Caroline, afirma: "por favor, não compartilhe áudios de outras pessoas dizendo que é minha tia. 

Por favor, não diga que ela era envolvida com o Comando Vermelho. E, essencialmente, não vá nas postagens da minha prima dizer que ela é filha do Marcinho VP e que minha tia engravidou aos 16. 

Isso foi o cúmulo pra perceber o quanto as pessoas são insensíveis com a dor de uma filha".
Reportagem do G1 publicada neste sábado (17) mostra, inclusive, que Marielle ajudou na apuração da morte do policial civil Eduardo Oliveira em 2012. 

À época, Marielle era assessora da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e lotada no gabinete do deputado Marcelo Freixo (PSOL).
"Tenho pena por escreverem esse absurdo. 

Deveriam orar mais para que não aconteçam com elas. É triste ver o que a pessoa fez por outras e não ter reconhecimento. 'Ah porque não fez para X, Y, Z'. 

Ela fez por muita gente, para família de policiais. Porque eu sou de família de policial. 

Fico muito triste com o que escrevem, não era nem para levar a sério", disse a mãe do policial, Rose Vieira.
Marielle morava com sua mulher e sua filha na Tijuca, na zona norte do Rio.

FALSO
Eleita pelo Comando Vermelho.
Não fica claro o que significa ser "eleita pelo Comando Vermelho". 
O Complexo da Maré, onde Marielle se criou, é dominado por duas facções criminosas rivais: o Comando Vermelho, que detém o poder de regiões como Nova Holanda e Parque Maré, e o Terceiro Comando Puro — que se concentra em regiões maiores, como a Baixa do Sapateiro, a Vila do Pinheiro, a Vila do João. Há também regiões dominadas por milícia, mas são minoritárias.
Marielle mantinha fortes laços sobretudo na Baixa do Sapateiro, no Morro do Timbau e no Conjunto Esperança, onde passou sua infância, juventude e vida adulta — e onde o domínio sequer é do Comando Vermelho.
Trata-se de uma comunidade que, com a ausência de policiamento e de políticas do Estado, está conflagrada. 

As duas facções criminosas disputam o local — e o TCP parece estar em situação mais favorável.
No entanto, não há qualquer nexo entre a disputa de territórios do CV na Maré e a eleição de Marielle. 

A vereadora foi eleita com 46,5 mil votos, dentre os quais apenas 1,6 mil foram de eleitores da Maré e arredores. 

A informação é do jornal Extra e demonstra que outros candidatos das favelas não conseguiram se eleger para a Câmara de Vereadores sem os votos de outras regiões da cidade. Para se ter uma ideia, o Complexo da Maré tem mais de 130 mil habitantes, segundo o Censo 2010.
O eleitorado de Marielle, segundo mapa do jornal O Globo com base em dados do Tribunal Regional Eleitoral do Rio, se concentrou sobretudo nas zonas eleitorais do Leblon e da Gávea, de Copacabana e de Copacabana, Ipanema e Lagoa — regiões ricas da cidade. 

Botafogo, Urca, Humaitá e Jardim Botânico também tiveram forte participação em sua eleição, assim como as zonas eleitorais do Catete, da Glória e da Lapa, além daquelas no Maracanã e na Tijuca.

As bandeiras defendidas por Marielle vão ao encontro daquelas endossadas por movimentos que lutam pelo fim da violência perpetrada pelo tráfico e pelas incursões policiais na região. 

Sem UPPs (Unidades de Polícias Pacificadoras), a estratégia de combate ao crime em suas comunidades não é permanente. 

Policiais entram em suas favelas com regularidade em situação de conflito, o que expõe a população local e os próprios agentes da polícia. Era contra essa vulnerabilidade que Marielle militava.
"Do tráfico não se cobra a lei e o respeito. Eu cobro essa postura é do Estado", disse Marielle no Twitter.

FALSO
E ela foi eleita pelo Comando Vermelho. A favela bancou ela. O tráfico, o tráfico bancou ela, o tráfico colocou ela lá dentro.
A frase consta de um vídeo divulgado nas redes sociais e que essencialmente reproduz as falsidades já desmentidas nesta checagem. 

No Youtube, em um perfil que defende intervenção militar, tem mais de 3 mil visualizações, mas um leitor de Aos Fatos, que sugeriu a checagem, recebeu uma versão por WhatsApp. 

A afirmação sobre o financiamento da campanha da vereadora é, conforme Aos Fatos apurou, falsa.
Segundo dados disponíveis no TSE, a campanha à vereadora de Marielle Franco arrecadou R$ 92.193,33. 23% do financiamento veio da Direção Municipal e Estadual do PSOL, 8%, de doação da campanha à prefeitura de Marcelo Freixo e 3%, de recursos da própria candidata.
O restante da receita da campanha da vereadora foi financiado por 48 pessoas físicas. 
Desse total, 11 delas fizeram doação de prestação de serviço somando um valor estimado de doação de R$ 18.200. 

Entre as pessoas físicas que doaram mais de R$ 2 mil, estão dois professores, três pesquisadores de institutos de pesquisas, um advogado e dois funcionários estaduais. 

Nenhum deles é ou foi parte de nenhum processo judicial criminal, segundo os dados do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro consultados a partir dos CPFs dos doadores. 

Os dados estão nas bases do TSE e podem ser consultados aqui.
Colaborou Julianna Granjeia

Desembarcadora Marília Castro Neves Fez Comentário no áudio do WhatsApp Sobre a Vereadora Marielle Franco que Pertencia ao CV do Rio de Janeiro









RENATO  SANTOS  Brasileiro  estão caindo  na mentira  e acreditando  como se  fosse  verdade,  doutrina  comunista,  uma noticia  " fabricada"  pelo áudio  do  whatsApp, ainda  da  percussão  a  uma  massa  de  manobra  é lamentável.



A  gazeta  central (  blog), conseguiu  o trecho  tão polêmico  do áudio  que  circula  nas redes  sociais, através  do  whatsApp,  no  youtube.

ATENÇÃO! CHEGOU A FAKE QUE TODOS ESTAVAM ESPERANDO!!!

A Desembargadora Marília Castro Neves ouviu num áudio que circula no WhatsApp que Marielle Franco pertencia ao Comando Vermelho. 

A Desembargadora tem o direito de acreditar no que quiser, mas NÃO TEM o direito de divulgar como verdade isso em suas redes sociais simplesmente por conta de seu cargo público! Obviamente já foi publicado na Folha e na Veja. 

Ou seja, mesmo que a história seja uma grande mentira para os leitores desses veículos, que infelizmente não são poucos, já é uma verdade absoluta.

A DESEMBARGADORA TERÁ DE PROVAR O QUE DISSE.


A acusação feita pela desembargadora Marília Castro Neves, contra a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), de que ela era ligada à facção criminosa do Comando Vermelho (CV) foi baseada em uma fake news, que está repercutindo nas redes. A informação é do DCM

Além da desembargadora, pelo Twitter, o deputado e presidente do DEM-DF, Alberto Fraga, postou o seguinte: “Conheçam o novo mito da esquerda, Marielle Franco. 

Engravidou aos 16 anos, ex-exposa do Marcinho VP, usuária de maconha, defensora de facção rival e eleita pelo Comando Vermelho, exonerou recentemente 6 funcionários, mas quem a matou foi a PM”.
A fonte desse boato é um áudio de WhatsApp, transferido depois para o YouTube e outras plataformas, de uma suposta “conversa vazada” entre traficantes do Comando Vermelho. Ouça o áudio:




Morre um monte de gente todo dia e ninguém faz esse estardalhaço." Mas ela fazia. Todos os dias. E morreu por isso!

Temos que ter Cuidado Tanto a Esquerda como a Direita de Não Jogar o País No Inferno <<>> Desembargadora Precisa Responder Pelos Seus Atos<<>> Se sabia Por que Não fez Nada Antes? Afirma a Dona da Caneta <<>> A Vereadora Foi Eleita com a ajuda do Crime Organizado <<>> Pergunto Qual Facção Doutora ? E Por que Não Fez alguma Coisa Antes ?








RENATO SANTOS  17/03/2018  Fico  imaginando  o grau de perigo  que  todos nós  corremos,  quando  uma  desembarcadora  do  Tribunal de Justiça  acusa  a ex vereadora ( falecida), de estar  engajada  ao  crime  organizado.  



Se  ela sabia  disso  por que  não entrou  com uma  ação criminal, agora, vir  a  público  e acusar  é  fácil "  defunto  não fala", isso  é radicalismo  e mostra  que  o nosso  País  esta  dividido  em duas  partes. 

Tanto esquerda  como direita  estão jogando  o País  dentro de um inferno, não estou aqui dizendo  que a  vereadora  é  uma  " santa",  todos  nós sabemos  como funciona  os bastidores  da  política.  

Mas  acusar  uma pessoa  sem provas, ai  é  viajar  na "  maionese"  , por  outro  lado, essa  mesma  desembarcadora  esta fazendo  "  o  jogo"  de uma das regras  mais perigosa  do comunismo, "  acusar".

A desembargadora Marilia Castro Neves afirmou nas redes que a vereadora foi eleita com a ajuda do crime organizado.

Mais  uma vez  iremos  debater  "  massa  de manobra",  sem pesquisar  e sem se aprofundar  vão  compartilhando, curtindo  o que  uma  insânia publicou  nas redes  sociais. 

É  lamentável  como existe  a tal  "  massa",  um povo  completamente  alienado, se um político  afirmar  que  viu  a  vereadora  vendendo  "  bolacha "  na esquina  do Rio  , eles  acreditam, não é  por que  é  do partido  PSOL, tem  ideologias  diferentes  da minha  que irei  postar  no  blog algo  tão baixo  do que  as atitudes  da vereadora.


O PSOL vai entrar com representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a desembargadora Marilia Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que acusou Marielle Franco de ser “engajada com bandidos”.
O texto, que está sendo preparado, deve ser protocolado no início da semana.
A desembargadora publicou a mentira em seu perfil no Facebook: “A questão é que a tal Marielle não era apenas uma ‘lutadora’, ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu ‘compromissos’ assumidos com seus apoiadores. Ela, mais do que qualquer outra pessoa ‘longe da favela’ sabe como são cobradas as dívidas pelos grupos entre os quais ela transacionava”.


Criticada, excluiu o post. Veja o absurdo:



Será? Que Nós Brasileiros Passamos do Real e Viramos Radicais A Morte da Vereadora : Pra alguns Defendia Bandido Para Outros Era Negra e Lutava Pelos Direitos Humanos <<>> E a Imprensa, redes sociais , lucravam E o Povo Massa de Manobra de pessoas que gritavam Queremos o Fim da Policia Militar <<>> PSOL Precisa esclarecer Esses Pensamentos







RENATO SANTOS  17/03/2018   A  imprensa  vendeu  seus jornais,  lucrou  com  o assunto do cadáver  da  Vereadora, só  pela razão  que ela  defendia  os " manos",  ja  dizia  um professor  de jornalismo  "  somos  urubus". 

O que  falar  da  televisão  principalmente  da  globo,  e  as informações  nas redes  sociais, a  morte  de  outras  mulheres  vítimas  dos defensores  de criminosos  nem se quer passou  por perto, isso  mostra  que a  população  é  mesmo  massa de manobra.



"Não tenho por que lamentar a morte de quem defendia bandido" versus "Marielle morreu porque era negra, mulher e contra a intervenção militar no Rio". 

Esta é apenas uma das facetas da batalha ideológica provocada nas redes sociais brasileiras pelo assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, do PSOL, na última quarta-feira.

Só no Twitter, segundo levantamento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV Dapp), o caso teve 567,1 mil menções em 19 horas — entre as 22h do dia 14 de março, minutos depois do crime, e as 17h do dia 15 de março. Na noite de quarta, foram registrados 594 tuítes por minuto sobre o tema.

"É um dos maiores picos do ano sobre eventos relacionados à segurança, quase tão grande quanto as menções à intervenção federal no Rio, quando ela foi anunciada", disse à BBC Brasil a pesquisadora da FGV Ana Luisa Azevedo, uma das responsáveis pelo levantamento.

'Tudo aponta para possível envolvimento de policiais', afirma coordenador criminal do MPF no Rio sobre Marielle

Marielle era uma das 32 mulheres negras entre 811 vereadores eleitos em capitais brasileiras

Segundo a pesquisa, as palavras "negra", "mulher", "execução" e "executada" estão entre as dez mais usadas nas mensagens sobre a vereadora.

Elas ajudariam a expressar as interpretações majoritárias sobre o assassinato: a de que a morte de Marielle Franco seria um símbolo da perseguição a líderes de minorias por um estado autoritário e a noção de que minorias estão sujeitas a violência por agentes de segurança, especialmente se forem críticas às corporações policiais. As investigações não permitem endossar até o momento tais opiniões.

"A execução da Marielle é uma amostra clara de que a intervenção começou de fato contra a justiça, contra a democracia. Assim como no passado", disse uma participante do Twitter.


Por outro lado, houve quem considerasse que a morte da vereadora seria uma prova de que suas críticas à violência policial seriam uma defesa dos criminosos que a teriam vitimado. Tampouco é possível afirmar isso à luz das investifgações por enquanto.

"PSOL defende tanto bandido e agora quer justiça?", questionou um usuário do microblog.


Em resposta a isso, muitos posts também expressavam frustração e decepção com comentários que comemoravam — ou se recusavam a lamentar — a morte da vereadora. 


Na reclamação, valia inclusive compartilhar conversas privadas no WhatsApp, como fez uma mulher. "Não acredito que alguém tão próxima de mim pense assim", desabafou.


Mulher compartilhou conversa por whatsapp em rede social

Mulher compartilhou conversa por whatsapp em rede social

Reprodução
Ana Luisa Azevedo, no entanto, afirma que comentários críticos a Marielle representavam apenas 7% do total de menções ao caso nos últimos dias, de acordo com o levantamento da FGV Dapp. 

Já o número de menções de luto e trajetória de Marielle respondeu por 88% do debate.


"Os dados mostram que o apoio é muito mais em relação ao que ela representava — como pessoa de origem humilde, que representava diversas bandeiras — do que um discurso contra a defesa do direitos humanos", avalia.

Os tais direitos humanos

Os tais direitos humanos

FGV Dapp

O apoio à defesa dos direitos humanos parece ter transcendido as filiações partidárias no debate surgido a partir da morte de Marielle, argumenta Azevedo.


"O que vimos foi que não só políticos, meios de comunicação, partidos ou celebridades influenciaram esse debate, como costuma acontecer. 

Vimos muito uma mobilização popular de pessoas comuns, cidadãos falando sobre o assunto", diz.


"O fato de esse debate não estar concentrado em um grupo específico mostra que 'direitos humanos' é algo que vai além de partido, mobiliza a sociedade."


Para o psicanalista Tales Ab'Saber, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), é latente, na sociedade brasileira, a crítica aos defensores da garantia incondicional aos direitos humanos. Esse é um tema que, em momentos como este, tende a vir à tona.


"Podemos dizer que o Brasil tem origem numa forma social que desconhece os direitos humanos, com uma grande população trabalhadora excluída de direitos, que foram os escravos. E ao longo do século 20 tivemos vários episódios autoritários que reforçaram isso", pondera.


"No Brasil existe uma ambiguidade muito grande em que a democracia é discutida por uma estrutura autoritária profunda, que tem a ideia de que os direitos não são para todos. Marielle era tendência oposta à essa."


Reprodução/Facebook
Nos últimos dias, até mesmo figuras ligadas a grupos liberais e conservadores, à direita do espectro político, se manifestaram contra a "comemoração" da morte de uma defensora de direitos humanos nas redes sociais.


O economista e integrante do programa televisivo Manhattan Connection Ricardo Amorim disse em seu perfil de Facebook que, apesar de discordar das posições políticas da vereadora, não consegue "aceitar que tanta gente diga que 'ela defendia bandidos, merecia morrer'".


"Se discordar do que eu acredito fosse razão para alguém merecer morrer, não sobrava ninguém no mundo; nem eu mesmo, que toda hora aprendo algo novo e, muitas vezes, mudo minhas crenças."


De acordo com Ab'Saber, é importante mostrar com dados, como no levantamento da FGV Dapp, que "muito do pensamento autoritário na rede e também da produção de mentiras públicas vêm de grupos muito pequenos que tem suas produções muito ampliadas".





"Isso mostra nossa incapacidade de estar no debate, mas respeitar esse momento trágico. 

Vamos lembrar que podemos brigar, mas vamos terminar todos lá no cemitério. Temos opiniões diversas, mas temos um problema comum que se chama Brasil."


'Estardalhaço'?


De outro lado, críticos da esquerda e do PSOL, partido de Marielle, argumentam que o "estardalhaço" em torno do assassinato seria uma manobra para galvanizar opiniões contra o governo Temer e a intervenção militar.


"A morte da vereadora Marielle deveria reforçar a discussão sobre o enfrentamento do narcotráfico e da bandidagem, bem como da necessidade de se manter a intervenção federal no RJ. 


Estes críticos dizem, ainda, que a comoção "esquece" as mais de 60 mil mortes violentas que ocorreram no Brasil em 2016, incluindo as de policiais — dado mais recente divulgado pelo Fórum Nacional de Segurança Pública.


Uma montagem de fotos de duas policiais militares negras mortas em ataques de criminosos a UPPs do Rio em 2012 e 2014, Fabiana Aparecida de Souza e Alda Rafael Castilho, circula com a mensagem: "Mulheres, negras, pobres e brutalmente assassinadas no Rio. Se você nunca ouviu falar delas, é porque não eram militantes de esquerda, eram policiais".


À época, os crimes contra as duas policiais foram amplamente noticiados por meios de comunicação locais e nacionais.

O  que  a GAZETA  CENTRAL  (  BLOG)  publicou  é que  não teve  tanta  repercussão como a  morte da  vereadora.  Apenas  números.

Reprodução/Twitter
Outros já compartilham da teoria conspiratória de que a vereadora teria sido morta pelo narcotráfico de modo a simular uma execução perpetrada por policiais ou milicianos, com o intuito de minar o apoio popular à intervenção federal no Estado do Rio.


"Marielle seria um alvo escolhido por reunir características que gerariam comoção nacional e questionamento da intervenção, e passar a mensagem de que o comando do tráfico ainda está no comando e há questões que não devem ser mexidas", diz uma mulher no Twitter.


A proliferação de suposições, teorias da conspiração e notícias falsas a respeito do caso Marielle Franco é, segundo Ana Luisa Azevedo, da FGV Dapp, esperada pela repercussão do evento nas redes sociais.


O grau de penetração destas publicações, no entanto, ainda não foi medido pela equipe.


"Ainda não tivemos tempo hábil de fazer busca por informações falsas, mas em um evento com essas proporções é importante termos a responsabilidade de verificar a procedência de informações ao retuitar algo", alerta.


Reprodução/Twitter