RENATO SANTOS 04/08/2018 Depois de tantas desinformações sobre a PM que desapareceu numa das favelas mais perigosas de São Paulo. Se tivermos mais atualizações serão publicadas aqui.
Com informações do portal g1
A Polícia Civil analisa imagens de uma câmera de segurança que registrou o momento em que um homem abandona uma motocicleta perto da Praça Panamericana, na Zona Oeste de São Paulo, na tarde desta quinta-feira (2). A moto é da policial militar Juliane dos Santos Duarte, de 27 anos, desaparecida desde quarta-feira (1º). Ela foi vista pela última vez em um bar em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo.
No vídeo é possível ver um homem estacionando a motocicleta. Enquanto isso, duas motocicletas passam na frente dele e a polícia suspeita que os ocupantes estivessem com o rapaz que deixou a moto da policial.
Em seguida, o rapaz que dirigia a motocicleta da policial desce e tira o capacete. Neste momento é possível ver o rosto dele.
Testemunhas que estavam no bar de Paraisópolis, comunidade da Zona Sul de São Paulo, onde a policial militar desaparecida foi vista pela última vez, disseram tê-la visto caída e sangrando perto da cintura.
As amigas que registraram o boletim de ocorrência (BO) disseram ter ouvido pelo menos dois disparos e terem corrido. Segundo elas, ao retornarem ao estabelecimento, encontraram Juliane belada, porém consciente, pedindo para não deixarem pegar sua carteira.
Elas contaram que foram ameaçadas, tiveram que sair do local e, na manhã seguinte, na padaria, ouviram relatos de que o grupo arrastou Juliane ferida para fora do bar.
Na quarta-feira, a policial participou de um churrasco com amigos na comunidade e, por volta da meia-noite, acompanhou um grupo de moças com quem havia acabado de firmar amizade para continuar a beber, de acordo com informações do boletim de ocorrência.
Por volta das 3 horas, ao retornar do banheiro de um bar, ela teria escutado alguém reclamar do sumiço de um aparelho celular. Neste momento, “sacou a arma da cintura e colocou sobre a mesa, dizendo que ninguém sairia do local até que o celular aparecesse, se identificando como policial”.
Investigações
A comunidade de Paraisópolis, na região do Morumbi, seguia cercada pelas policiais civil e militar na tarde desta sexta-feira, de acordo com o Jornal Hoje. Eles procuram a PM há mais de 24 horas.
Policiais do Grupo de Operações Especiais, do serviço de inteligência da PM, da corregedoria e do batalhão de área fizeram buscas na comunidade à procura de Juliane. Os policiais encontraram um corpo em uma área de mata, mas não era o da policial.
“A principal linha de investigação por hora é desaparecimento. Por quê? Porque não temos nenhum corpo ainda. Então a gente trabalha com a hipótese de estar viva”, explicou o delegado Antônio Sucupira.
Juliane mora em São Bernardo do Campo com a mãe e a irmã, trabalha na Polícia Militar há dois anos, no turno da noite, e havia acabado de sair de férias. Seus colegas dizem que ela é disciplinada, dedicada e muito querida por todos.