RENATO SANTOS 13/08/2018 Uma história que ainda não acabou, existe a possibilidade da aeronave ter perdido a sua capacidade de orientação, provavelmente para não se chocar contra objetos não autorizado pela torre de controle do aeroporto de SANTOS.
Todos sabem, muito bem que uma aeronave de pequeno porte ainda a jato, pode ser derrubado por um drone ao se chocar na cauda do aparelho, combinando com a velocidade a qual estava ao remeter quando descia no aeroporto ao ver que se aproximava um objeto, os pilotos tentaram se desviar dele não deu tempo.
Segundo a FAA, dos Estados Unidos, segundo as regras da FAA, os drones não podem voar a menos de 8 km dos aeroportos. Os pilotos particulares de drones que descumprirem as regras podem receber multa de US$ 1.437 (R$ 4.655). Se o voo irregular for feito por alguma empresa, a multa sobe para US$ 32.666 (R$ 105,8 mil).
Além da multa, o piloto pode responder criminalmente pelo ato, com pena de até três anos de prisão e multa de US$ 250 mil (R$ 810 mil).
O delegado Rubens Maleiner — responsável por investigar acidentes aéreos como o que ocorreu com o ministro Teori Zavascki — esteve à frente das investigações.
Em nome das famílias de Eduardo Campos, dos assessores Carlos Augusto Leal Filho e Pedro Valadares, do fotógrafo Alexandre Severo e do cinegrafista Marcelo Lyra, o engenheiro João Campos, filho do ex-governador de Pernambuco, mencionou algumas das informações passadas pelo delegado na apresentação do inquérito.
Segundo João, foram apresentadas quatro hipóteses para explicar o que pode ter ocorrido no momento do acidente. "O delegado fala em possível colisão ou desvio de um objeto, desorientação espacial dos pilotos e de falha mecânica no compensador ou no profundor, peças que ficam na cauda do avião.
Dessas hipóteses, não há nenhuma prevalecente, ou seja, pode ter sido somente uma ou uma combinação de várias", afirma.
Ainda de acordo com o filho do ex-governador, o delegado descarta a hipótese de sabotagem na aeronave. "Cabe agora a cada família olhar os autos do inquérito e, com muita serenidade, entender o que pode ser feito para evitar que outros acidentes como esse aconteçam", diz.
Irmão de Eduardo, o advogado Antônio Campos também participou da reunião e conta que a hipótese principal é a de falha mecânica. "A mais provável é a falha no compensador do profundor, mas, como familiar de Eduardo, pretendo aprofundar esses detalhes e saber se essa falha técnica pode ter sido previamente preparada, o que não foi apontado aqui", afirma.
A previsão da PF apresentou o inquérito seja apresentado às famílias do piloto da aeronave, Marcos Martins, e do copiloto do jato, Geraldo Magela Barbosa da Cunha, em São Paulo. Apenas após esse encontro, a Polícia Federal deve se pronunciar oficialmente. O inquérito também deve ser remetido ao Ministério Público. Na quarta-feira (8), a PF apresenta o relatório à imprensa no Aeroporto Internacional de Brasília.
Sem apontar um motivo que causou a queda do avião, oficiais do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), divulgaram, em janeiro de 2016, quatro fatores que contribuíram para a queda do avião: a atitude dos pilotos, as condições meteorológicas adversas, a desorientação espacial e a indisciplina de voo.
A morte de Eduardo Campos em um trágico acidente aéreo completou quatro anos nesta segunda-feira (13).
Então candidato à Presidência da República, Campos estava em terceiro lugar na corrida presidencial: tinha 8% das intenções de voto, atrás de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), segundo o Datafolha.
A morte provocou uma reviravolta na disputa e fez com que sua vice, Marina Silva, assumisse a chapa e liderasse por um tempo as pesquisas de intenção de voto. Dilma e Aécio acabaram indo ao segundo turno e Marina apoiou o tucano.
Considerado um dos políticos mais promissores de sua geração, Campos, então com 49 anos, estava em um avião com assessores que caiu sobre um prédio em Santos, no litoral paulista. Ele já havia sido governador de Pernambuco e ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo Lula.
O avião Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, voava do aeroporto Santos Dumont, no Rio, para a base aérea do Guarujá (SP). Campos teria três compromissos de campanha em Santos.
Marina embarcaria no avião, mas, na última hora, decidiu embarcar em um avião de carreira com assessores.
Além do presidenciável, estavam a bordo quatro assessores: Alexandre Severo (fotógrafo oficial da campanha), Marcelo Lyra (cinegrafista), Pedro Valadares (ex-deputado e assessor do candidato) e Carlos Percol (assessor de imprensa). Também morreram o piloto e o copiloto da aeronave.
Campos morreu num 13 de agosto, mesmo dia em que o avô, Miguel Arraes, faleceu em 2005, aos 88 anos. Perseguido pela ditadura militar, Arraes lançou o neto na política na década de 1980.
Eduardo Campos deixou a mulher, a economista Renata Campos, e cinco filhos: Maria Eduarda, João Henrique, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel, que nasceu no começo de 2014. Ele era filho de Ana Arraes, ministra do TCU (Tribunal de Contas da União), e do escritor Maximiano Campos (1941-1998).
INVESTIGAÇÃO
Após quatro anos de investigações, o inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar a queda do jatinho foi encerrado sem responsabilizar uma pessoa ou empresa pelo acidente, cuja causa principal pode ter sido tanto mecânica quanto humana.
A hipótese de sabotagem levantada à ocasião do acidente, foi descartada.
A investigação da PF, que produziu 26 volumes com 4,2 mil páginas, elencou quatro hipóteses principais.
Todas, contudo, não puderam ser nem descartadas nem confirmadas.
Entre os motivos que inviabilizaram a identificação da causa do acidente aéreo que vitimou o então candidato à Presidência da República está o mau funcionamento do gravador VCR.
Esse equipamento, que grava vozes e sons da cabine, poderia ter apresentado pistas sobre o que ocorreu com o avião no momento do acidente.