RENATO SANTOS 18/08/2018 Estado de Roraima em pé de guerra, e a imprensa brasileira se é que podemos chama-la assim esta afirmando que os brasileiros provocaram os venezuelanos.
empresário agredido por venezuelanos |
Mas, a verdade é que os venezuelanos que estão na cidade foram os causadores da violência quando invadiram o supermercado da região e começaram a depredar tudo que estava na sua frente inclusive sequestrando e mantendo os reféns uma família de brasileiros a população foi a favor das vítimas, para piorar a situação o que essa Guarda das forças federais estavam fazendo la ao invés do Exercito Brasileiro defender primeiro os da casa.
DENUNCIA
Quatro suspeitos invadiram o local, bateram, roubaram e ainda trancaram a família da vítima em um dos quartos da casa.
Na manhã deste sábado, 18, moradores do município de Pacaraima, cidade brasileira que faz fronteira com a Venezuela (VE), estão realizando uma manifestação contra os imigrantes venezuelanos envolvidos em crimes e que residem naquela região.
Ele explicou ainda que a motivação do movimento ocorreu após o espancamento de um dos comerciantes de Pacaraima que foi removido as pressas para o Hospital Geral de Roraima (HGR) na noite de sexta-feira, 17.
Ele teria sido espancado por quatro pessoas que seriam de nacionalidade venezuelana, porém não há esta confirmação ainda junto as autoridade policiais.
“Vamos permanecer o dia todo, pois essa noite [17 de agosto] mais um morador de Pacaraima foi vítima do vandalismo de alguns imigrantes que atravessam a fronteira para cometer crimes. Eles renderam a família toda e o espancaram.
Ele foi mais uma vítima e precisamos que as autoridades tomem providências”, pede o morador fronteira.
Os manifestantes queimaram e destruíram barracas de imigrantes que residem em abrigos improvisados nas ruas de Pacaraima.
Mais de 30 brasileiros estão presos em um abrigo improvisado, numa quadra de esportes, e protegidos pela guarda venezuelana, contra ataques de venezuelanos revoltados por terem sido expulsos do país durante a manifestação que vem sendo realizada por lá desde a manhã deste sábado, 18.
De acordo com um dos reféns, Cledson Vieira da Silva, os venezuelanos expulsos começaram a quebrar veículos de brasileiros que estavam transitando pelas margens da fronteira. A confusão iniciou por volta das 11h. Ele relatou que chegou a ser agredido por alguns imigrantes e que pneus foram queimados.
“Estamos entre a bandeira da Venezuela (da fronteira) e o posto de gasolina. Todos os carros por aqui foram quebrados por eles. O pessoal está revoltado por voltar para cá e quer matar todo mundo. Até o momento, não chegou exército ou qualquer movimentação da força brasileira”, comentou.
Mais informações ao longo do dia, e na edição impressa desta segunda-feira, 20.
Com colaboração do repórter Pedro Barbosa
Em Pacaraima moradores fazem manifestação contra imigrantes .
Por nota, o Governo do Estado de Roraima que está enviando reforços para o hospital de Pacaraima, com profissionais de saúde e medicamentos. Além disso, também foi ressaltado que há reforço do efetivo policial.
A nota também ressaltou que o Governo de Roraima está assumindo a responsabilidade pela situação de forma isolada, sem o apoio do Governo Federal. “É preciso que o Exército Brasileiro garanta a ordem na fronteira com a Venezuela.
A governadora Suely Campos, informou em nota que pediu novamente ao Governo Federal reforço na segurança pública de Roraima, que enfrenta aumento na criminalidade em decorrência da crise migratória. Em ofício enviado ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, é solicitado o envio da Força Nacional de Segurança para atuar no policiamento ostensivo. Os pedidos de ajuda para a segurança vem sendo feitos desde 2016.
Dados da Polícia Militar apontam que o número de ocorrências envolvendo venezuelanos cresceu 132% de 2015 até agora e o estado de alerta das forças de segurança aumentou com os confrontos registrados desde a madrugada deste sábado, 18, em Pacaraima.
“Nosso estado está sofrendo com o aumento repentino da população. Com isso, registramos aumento também na criminalidade, mas para combater, precisamos também do apoio do Governo Federal”, disse a governadora Suely Campos, ao falar da medida emergencial.
Segundo ela, apesar do Governo do Estado das medidas para reforçar o quadro da segurança pública por meio dos concursos das Polícias Civil e Militar, ainda é preciso de auxílio federal, pois as forças de segurança já não dispõem de contingente nem de equipamentos como viaturas e armas suficientes para combater a criminalidade.
Além do reforço para somar esforços junto à Polícia Militar de Roraima, o documento pede, ainda, medidas emergenciais para controle mais rigoroso da entrada de estrangeiros na fronteira com a Venezuela.
Além do reforço para somar esforços junto à Polícia Militar de Roraima, o documento pede, ainda, medidas emergenciais para controle mais rigoroso da entrada de estrangeiros na fronteira com a Venezuela.
OFÍCIOS ANTERIORES - Em julho de 2016, o Governo de Roraima solicitou providências para reforço do efetivo da Polícia Federal, em Pacaraima. Expondo como o agravamento da crise na Venezuela, já naquela época Suely Campos registrava aumento no índice de criminalidade praticado por cidadãos venezuelanos, principalmente na sede do município de Pacaraima e na capital Boa Vista.
Um ano depois, em agosto de 2017, a governadora Suely Campos, reiterou o pedido ao presidente Michel Temer via telefone. Na ocasião, foi solicitado reforço das forças Armadas e da Polícia Federal na fronteira com a Venezuela, com objetivo de prevenir a criminalidade na região.
Um ano depois, em agosto de 2017, a governadora Suely Campos, reiterou o pedido ao presidente Michel Temer via telefone. Na ocasião, foi solicitado reforço das forças Armadas e da Polícia Federal na fronteira com a Venezuela, com objetivo de prevenir a criminalidade na região.
"Também foi solicitado que fosse expedido um decreto de garantia da lei e da ordem para que as Forças Armadas patrulhassem toda a faixa de fronteira do município de Pacaraima com o país vizinho, a fim de coibir a entrada de criminosos, o tráfico de drogas e de armas, além de solicitar reforço no efetivo da delegacia da Polícia Federal local, para maior controle da imigração e atendimento aos pedidos de refúgio", ressaltou a nota.
A equipe de reportagem da Folha de Boa Vista está no município de Pacaraima acompanhando os desdobramentos da movimentação de populares, iniciada pela manhã deste sábado, 18, que ainda está ocorrendo, apesar de reforços de segurança já terem contido conflitos mais extremos.
Uma reunião está ocorrendo neste momento no município com várias autoridades de segurança pública, abrangendo Polícia Civil e Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Exército Brasileiro, para definir sanções administrativa no controle da crise na fronteira.
O Tenente Coronel Max, Subcomandante do Comando de Policiamento do Interior (CPI) da Polícia Militar, ressaltou que não há feridos nas manifestações, e que, no momento, a melhor solução é o diálogo.
“A população ainda está com os ânimos exaltados, mas estamos fazendo a parte mais importante, que é o diálogo, a conversação, para que eles possam desobstruir a rodovia. Não há feridos”, ressaltou.
Como base para tal ato, os moradores utilizaram a última ocorrência que resultou no espancamento de um comerciante da localidade, conhecido como Raimundo da Churrascaria.
O homem teria sido brutalmente espancado por um grupo de quatro suspeitos que supostamente seriam de nacionalidade venezuelana. Ele foi removido de ambulância até o Hospital Geral de Roraima (HGR), e ainda está internado.
Segundo um dos mobilizadores das manifestações, Simeão Peixoto, o município está há dois anos sofrendo de problemas relacionados a migração em massa, e que já não tem mais estrutura para arcar com eles.
“Pacaraima está pedindo socorro há mais de dois anos com esse problema que vem acontecendo. Nós já tivemos audiência com Ministro da Justiça, Torquato Jardim, há 30 dias, alertando o problema que vem acontecendo aqui. O município é pacato, mas aconteceram três mortes por decapitação em uma semana. O exército só tem a visão do acolhimento. Não tem a visão da precariedade e da responsabilidade que nós estamos sofrendo aqui.”, afirmou.
Simeão também destacou que a população não desmerece o trabalho do exército no acolhimento de refugiados, mas diz que Pacaraima merece o mesmo nível de atenção.
“Parabenizamos a acolhida do exército, mas nós estamos com problemas enormes no município. A sede não aguenta pagar a conta com a invasão dos venezuelanos. Então, o que está acontecendo aqui nada mais é do que uma revolta da população contra as atitudes que estamos sofrendo”, ressaltou.
Com colaboração da repórter Tarsira Rodrigues e a fotógrafa Diane Sampaio.