RENATO SANTOS 29/01/2019 O Brasil precisa de um sinal de urgência para segurança pública senhores senadores precisam ter a consciência da responsabilidade deste assunto. Que aliás esta a cima dos interesses dos caciques de partidos e a população precisa ser atendida urgentemente mesmo que a OAB seja contra o plano de segurança.
Ressaltando a urgente necessidade de medidas efetivas no combate à violência, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, fez nesta segunda-feira (29) destaques ao pacote Anticrime, do Ministro da Justiça e Segurança Pública. Moro.
"Apesar da prioridade do Brasil neste momento ser questões econômicas, o nosso governo não está esquecendo que o País tem urgência também na área da Justiça e da Segurança Pública em função do nível de violência que temos em várias cidades e que tem afetado outras áreas como a própria Saúde e a Educação", disse o porta-voz durante briefing à jornalistas no Palácio do Planalto.
Um dos pontos destacados do projeto de Lei Anticrime é a inclusão do Cadastro de Registros Biológicos no Banco Nacional de Perfis Genéticos.
Aos jornalistas, o porta-voz disse que a medida vai conferir maior eficiência no processo de investigação e de prova criminal. “O Banco Nacional de Perfis Genéticos, além de ter um lado acusatório, pode comprovar a inocência de um suspeito ou, ainda, interligar um determinado caso com outras investigações das demais esferas policiais”.
RENATO SANTOS 29/04/2019 A agro é pop agro é noticia, falou em agro falou na gazeta central blog, o governo federal vai dispor de R$ 1, bilhão de reais para o setor, a qual estava precisando depois de trinta anos do poder dos socialistas que deixaram o setor em completa ruína, quase entramos em estado " vegetativo".
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta segunda-feira (29) o montante de R$ 1 bilhão para o Seguro Rural do Plano Safra 2019/2020.
O anúncio foi feito durante abertura da Agrishow 2019, em Ribeirão Preto.“O agronegócio, a agropecuária, é um dos setores que está dando certo desde há muito e nós devemos valorizar quem trabalha nessa área.”, destacou.
Em seu discurso, o presidente destacou o alinhamento entre o governo e o Legislativo. “Nunca tivemos na historia do Brasil uma oportunidade de ter um governo, de ter grande parte da Câmara e do Senado irmanados com os interesses maiores do nosso Brasil. Juntos, colocaremos o Brasil no local de destaque que ele merece”, pontuou o presidente.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, também destacou a sintonia entre os ministérios. “O presidente mudou a história ao pôr um ministro do Meio Ambiente (Ricardo Salles) e da Agricultura em perfeita sintonia, em prol do desenvolvimento e da sustentabilidade do país”.
Agrishow
A Agrishow é a maior feira de tecnologia agrícola do Brasil e uma das maiores do mundo. Ela reúne soluções para todos os tipos de culturas e tamanhos de propriedades, além de ser reconhecida como o palco dos lançamentos das principais tendências e inovações para o agronegócio.
RENATO SANTOS 28/04/2019 Bolsonaro compartilhou um vídeo no twitter de uma aluna que gravou uma discussão com a professora do curso a qual a mesma ( professora) estava desqualificando Olavo de Carvalho na aula de gramática.
Parece não ser nada apenas uma opinião de uma educadora que esta sendo paga para ensinar aula de gramática, más, não é tão inocente assim.
Na Cidade de Guarulhos estamos recendo denuncias de alunos de Universidades que estão sendo " coagidos" por que os professores universitários estão querendo doutrinar os alunos nos cursos superiores.
Esse fenômeno se espalhou depois da chamada reforma da Previdência, eles afirmam em tom " suave" que essas reformas vão tirar os direitos dos trabalhadores e dos aposentados dentro de um único tema, é só prestar atenção nas baboseiras que falam, veja, não é tão inocente assim.
Com a medida, Campagnolo ecoa um dos principais pontos defendidos por Jair Bolsonaro (PSL) em seu programa de governo para a educação: o de implementar métodos de ensino que acabem com uma suposta “doutrinação e sexualização” em sala de aula. Ele também promete alterar a BNCC (Base Nacional Curricular Comum) e expurgar a “ideologia” do pedagogo Paulo Freire.
A liberdade de expressão de um professor é garantido pela Constituição, como é o direito do aluno não querer ser mais idiotizado pelos educadores,.
Há uma divergência nessa questão, uma deputada do PSL de Santa Catarina pediu aos alunos do Estado a filmar o professor que estiver doutrinando as potencialidades da vítimas, lugar de escola é ensinar os conteúdos programáticos durante o ano, piorou na Universidade Particular a qual os alunos pagam com sacrifícios para serem ensinados e não doutrinados.
Já que citei a deputada vamos lembrar quem ela é Campagnolo tem 27 anos, é professora e historiadora, e tem o combate a uma suposta “doutrinação ideológica” nas escolas como uma de suas principais plataformas políticas. Ela ganhou notoriedade ao processar uma professora da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), Marlene de Fáveri, de 58 anos, por suposta “perseguição ideológica e discriminação religiosa” por um caso que se deu em 2013, quando Fáveri orientou um projeto de mestrado de Campagnolo chamado “Virgindade e Família”.
Segundo uma reportagem de outubro de 2018 do jornal Folha de S.Paulo, durante uma aula da disciplina “história e relações de gênero”, a então aluna foi confrontada por colegas de classe sobre opiniões que vinha expondo online.
Ela gravou a discussão, em que foi chamada de “fascista”. O áudio foi exposto, posteriormente, por Campagnolo em conferências. A professora Fáveri desistiu de orientá-la, alegando incompatibilidade “teórico-metodológica”.
A aluna foi orientada por outros dois docentes, e defendeu uma dissertação com o nome “Traços da violência” em maio de 2016, mas foi reprovada pela banca.
No dia 6 de setembro de 2018, o 1º Juizado Especial Cível de Chapecó julgou seu processo contra a professora “improcedente”. Campagnolo recorreu.
A polêmica vem sendo usada como exemplo pelo movimento Escola Sem Partido, que prega o fim da suposta “doutrinação ideológica” em escolas, e no qual Campagnolo é abertamente engajada e estão corretos.
A nota em que incentiva alunos a denunciarem professores traz o mote “por uma escola sem partido”. O processo contra a professora contribuiu para conferir visibilidade à deputada eleita, da mesma forma como este caso mais recente vem fazendo.
Está em trâmite na Câmara dos Deputados um projeto de lei que alteraria tópicos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e instituiria preceitos defendidos pelo movimento.
Há também dezenas de projetos de leis municipais que buscam proibir “doutrinação ideológica” em instituições de ensino.
Nelson Lehmann da Silva, pioneiro na luta contra a doutrinação ideológica nas escolas, grande incentivador do EscolasemPartido.org. A Constituição Cidadã de 1988 dá direito de voto ao jovem de 16 anos. ... A escola e seus professores “fizeram sua cabeça”, incutindo-lhes certas doutrinas carregadas de imprecisas emoções.
Pertence ao senso comum a ideia segundo a qual um ensino intelectualmente honesto deve fomentar nos alunos a aptidão para o pensamento independente dos vícios e das ideologias, ao passo que a chamada “doutrinação” consiste na imposição, pelo professor, de uma doutrina na qual ele acredita e para a qual deseja ganhar a qualquer custo.
Mas, onde estão os doutrinadores esquerda, nas escolas de educação infantil, no ensino médio e fundamental e nas Universidades, todos sem exceção estão doutrinados por correntes dos extremos, seus objetivos são dois desconstruir a sociedade e criar " parasitas" idiotizados.
Uma das faixas na manifestação de domingo chamou a atenção de educadores pelo Brasil afora. Ela dizia "chega de doutrinação marxista: basta de Paulo Freire". ... Não foram os "esquerdistas", ou Paulo Freire, que inventaram isso. Ensinar é um ato político, a despeito de se ter ou não consciência disso. Aqui uma afirmação para confundir as pessoas despreparadas , sabe aquelas que " não gostam de políticas" essas são as presas mais fácil de serem conquistadas, elas acreditam em tudo que dizem não procuram avaliar, a esquerda sabe muito bem disso: " Ao afirmar que Lula é inocente" um exemplo claro disso a entrevista dele para folha de são paulo e o El país.
Ideologia é um conjunto de ideias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. A ideologia pode estar ligada a ações políticas, econômicas e sociais. O termo ideologia foi usado de forma marcante pelo filósofo Antoine Destutt de Tracy.
Gramsci se referiu ao fato de que o primeiro conceito de ideologia foi elaborado por filósofos franceses vinculados a um "materialismo vulgar", teóricos que pretendiam decompor as idéias até chegarem aos "elementos originais" delas, quer dizer, até chegarem às "sensações", das quais, supostamente, as idéias derivavam. Esse é o pior de todos.
Ideologia no pensamento Marxista (materialismo dialético) é um conjunto de proposições elaborado, na sociedade burguesa, com a finalidade de fazer aparentar os interesses da classe dominante com o interesse coletivo, construindo uma hegemonia daquela classe.
Infraestrutura e superestrutura em Marx. Há diversos conceitos importantes para a compreensão de todo o pensamento de Karl Marx. ... Ao se dedicar em compreender a organização da sociedade capitalista e sua estrutura social, Marx percebeu que a sociedade poderia ser dividida em infraestrutura e superestrutura.
Ao se referir à ideologia burguesa, Marx entende que as ideias e representações sociais predominantes numa sociedade capitalista são produtos da dominação de uma classe social (a burguesia) sobre a classe social dominada (o proletariado).
RENATO SANTOS 26/04/2019 Uma assinatura inédita! O primeiro parecer presidencial assinado ao vivo em rede social para dar fim ao sigilo bancário em operações de crédito que envolvam recursos públicos federais.
O Governo Bolsonaro acertou em por um fim na questão de sigilo bancário com isso todos os empréstimos feito pelos governos anteriores o fim de sigilo bancário coloca a disposição tudo que foi e será feito pelo governo federal.
O Presidente anunciou parecer vinculante que determina o fim do sigilo bancário em operações de crédito envolvendo recursos públicos.
Com a assinatura do presidente, o parecer elaborado pela AGU ganha efeito vinculante e tem que ser observado por todos os gestores do Poder Executivo Federal de agora em diante.
A partir de agora, os bancos públicos deverão divulgar os documentos sobre empréstimos. Órgãos de controle como terão acesso livre às informações sobre financiamentos feitos com o dinheiro do cidadão. Segundo o advogado-geral, é um novo patamar.
Com essa assinatura, não tem sigilo bancário em relação ao dinheiro público federal. A partir deste ato, todas as vezes, por exemplo, que o BNDES emprestar dinheiro para Cuba, construtoras ou outros bancos, os órgãos de controle vão ter acesso a toda documentação", disse o AGU.
RENATO SANTOS 26/04/2019 Em coletiva no Palácio no Planalto na terça-feira (16), o governo federal anunciou diversas ações em infraestrutura e a liberação de R$ 2 bihões para a pasta. Além de divulgar uma linha de crédito especial para caminhoneiros, no valor de R$ 500 milhões.
“Os caminhoneiros, no governo do presidente Jair Bolsonaro, serão respeitados e valorizados”, afirmou o ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
O ministro deu detalhes da linha de crédito que será aberta para os caminhoneiros. “Serão até R$ 30 mil para caminhoneiros autônomos, que tenham no máximo dois caminhões, para serem usados na manutenção do veículo, como troca de pneus e sistema de freios”, pontuou.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, elencou algumas ações prioritárias da pasta. “Faremos investimentos para melhorar as condições de vida e de trabalho dos caminhoneiros”, assegurou. “O que eles pedem é justo e todo a sociedade será beneficiada com essas ações”, acrescentou.
Objetivos
Melhorar as condições de vida e trabalho do caminhoneiro e família.
Aumentar a rentabilidade.
Fortalecer e aproximar a relação do Governo com o setor.
Simplificar e facilitar a operação de transportes.
Aprimorar a regulação.
Reduzir intermediários no processo.
Os eixos
Fomento
Social
Desburocratização
Cooperativismo
Comunicação
Regulação
Ações concretas
Cartão Diesel. (Ministério de Minas e Energia)
Linha de crédito no BNDES. (Ministério da Economia)
Construção de pontos de parada e descanso nas rodovias concedidas. (Ministério da Infraestrutura)
Documento de Transportes Eletrônico – DT-e. (Min Inf)
RENATO SANTOS 26/04/2019 A criação da Empresa Simples de Crédito (ESC) foi sancionada nesta quarta-feira (24) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto. A ideia é oferecer aos microempreendedores individuais e às micro e pequenas empresas uma alternativa de crédito mais barata e de fácil acesso. Com isso, a figura jurídica deverá atuar diretamente nos municípios.
Além disso, devem ser gerados novos empregos e, segundo Ministério da Economia, podem ser injetados R$ 20 bilhões, por ano, em novos recursos para os pequenos negócios no Brasil. O que representa um crescimento de 10% no mercado de concessão de crédito para as micro e pequenas empresas, que em 2018 alcançou o montante de R$ 208 bilhões.
Participaram da solenidade, além do presidente da República, o presidente do Sebrae, Carlos Melles; Guilherme Afif, assessor especial do Ministério da Economia e o senador Jorginho Mello, autor do projeto de lei e presidente da Micro e Pequena Empresa no Congresso Nacional.
Com a nova legislação, além da oportunidade de acesso a crédito com juros abaixo dos praticados no mercado, a expectativa é que os pequenos negócios encontrem facilidade na tomada do empréstimo. “Ele (o pequeno empresário) é totalmente livre pra emprestar e ele vai fazer o microcrédito. Não é grande crédito, é aquele crédito pequenininho, que é exatamente o que a pessoa do município precisa.”, explicou Guilherme Afif em coletiva à imprensa realizada após a solenidade de sanção da lei. Segundo ele, 84% das micro e pequenas empresas não conseguem acesso à microcrédito em instituições financeiras tradicionais.
Ao adotar a Empresa Simples de Crédito, o pequeno negócio terá uma regra clara para oferecer o financiamento: deverá ser feita exclusivamente com recursos próprios, e seu valor máximo de faturamento global não poderá ultrapassar os R$4,8 milhões.
Caso contrário, ou seja, se a empresa emprestar mais do que seu capital, ela poderá ser enquadrada na Lei de crimes contra a ordem financeira. Essa fiscalização será realizada pela Receita Federal
Segundo Carlos Melles, o Sebrae vai atuar como agente facilitador na abertura da Empresa Simples de Crédito e dar orientações ao pequeno empresário sobre como ele irá prestar contas à Receita. Para ele, a nova medida tem o diferencial de “humanização” e irá contribuir para reverter prejuízos causados aos pequenos negócios com a diminuição de postos bancários, principalmente nas pequenas cidades. “A gente espera que isso seja uma revolução no sentido de irrigação dos recursos no município”.
A lei que cria a Empresa Simples de Crédito (ESC), sancionada nesta quarta feira (24), vai permitir “humanizar” a concessão de crédito a micro e pequenos empresários no Brasil, segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
A empresa que atuar como uma ESC vai poder agir no mercado local, emprestando para micro e pequenas empresas, mas não pode ser um banco de fato ou usar o nome de instituição financeira. Qualquer pessoa física pode participar de apenas uma ESC e não são permitidadas filiais.
“Esse empresário vai fazer o papel de banco ali, fazendo a relação que ele conhece as pessoas, conhece a família de quem ele está emprestando, conhece se ele é bom pagador ou mau pagador. Nesse caso é uma relação de empréstimo muito mais boca a boca, olho no olho”, explicou.
Na prática, as partes farão um contrato, ficando uma cópia com cada interessado (a ESC e a empresa tomadora do crédito). A movimentação do dinheiro deve ser feita apenas por débito ou crédito em contas de depósito, em nome da ESC e da pessoa jurídica contratante. As operações precisam ser registradas numa entidade registradora autorizada pelo Banco Central ou pela Comissão de Valores Mobiliários.
O empresário Leonardo Nunes tem uma escola de idiomas e está otimista com as novas regras. “Eu quero ampliar a nossa escola e com juros de banco é muito alto. “Com essa medida, eu creio, que vamos ter mais facilidade com o empreendimento que nós queremos fazer com juros mais baixos”, afirmou . “Agora, eu fiquei mais motivado a fazer esse trabalho”.
O empreendedor imobiliário, Roberto de Castro, também acredita que a medida vá movimentar mais a economia. “Vai levar o crédito para aqueles que tem menos condições, reduzindo os juros. Expectativa de que movimento mais o mercado, que leve o dinheiro para o pequeno produtor, pequeno empresário, e que isso movimente mais o mercado”, afirmou.
Franklin Santos, diretor técnico do Sebrae Bahia, disse que a ESC vai gerar mais concorrência e possibilidade de formalização do empreendedor no Brasil. “É uma oportunidade de quebrar um pouco esse oligopólio dos cinco grandes bancos que vai gerar uma disponibilidade maior de crédito e de capital para a micro e pequena empresa”.
Para Samuel Almeida, diretor técnico do Sebrae Rondônia, o ESC é uma estratégia fundamental de promoção ao crédito em todas as regiões, além da criação de emprego e renda. “Hoje, há aquela possibilidade do cidadão contribuir com o desenvolvimento local, ele passa a ser um agente de transformação na sua região. Esse é o foco do Brasil, criar um ambiente favorável onde as pessoas possam empreender gerando ocupação e trabalho”.
RENATO SANTOS 25/04/2019 Quem é moderador de grupo whatsApp, sofrem e se os administradores não levar a sério os grupos de direita onde estão, vão ficar sendo ridicularizados pela esquerda que coloca pessoas se passando por direita na adms, como descobrir um esquerda é simples começa a falar de regras nos grupos, eles mesmo ou saim ou derrubam os grupos colocando sempre preços de notas,carteiras, como fake , logo se manifestam dizendo com bom argumento que vc publica fake para isso os adms precisam estar alinhados com moderador aquele que organiza o grupo.
https://chat.whatsapp.com/Bo7hEYV3ZjpIsDt4ofnKjs
CANSADA DE BRIGAR por causa de política com o pai, um ferrenho eleitor de Jair Bolsonaro, a
estudante Brenda Silva decidiu adotar uma estratégia diferente.
Em vez de discutir com ele, passou
a agir onde sabia que o pai gastava boa parte do tempo: em grupos de WhatsApp pró-Bolsonaro.
Tudo começou quando Silva foi convidada a entrar nos grupos de que o pai participava. Ela comprou
um chip novo, para que não fosse reconhecida pelo número de telefone, e passou a enviar notícias
e vídeos – reais – que expunham os problemas do president
pessoas – eleitoras de Ciro Gomes, Fernando Haddad, Guilherme Boulos, Marina Silva e Geraldo
Alckmin – que resolveram se entregar à tarefa.
É estafante: são até oito horas diárias com os olhos fixos no WhatsApp. “Cada um mantém a
sanidade como consegue”, ela desabafou.
É o caso dos 20 editores de uma página de esquerda no Facebook. Durante a campanha eleitoral,
eles entraram em grupos bolsonaristas para entender o que pensavam os apoiadores do capitão
reformado.
Passado o pleito, decidiram continuar por ali, na esperança de mudar opiniões.
A tática escolhida é curiosa, mas vem surtindo efeito: fingindo ser eleitores de extrema direita, eles
lançam mão de argumentos ainda mais radicais que os que habitualmente circulam nos grupos.
Um dos participantes, um bacharel em filosofia que mora em São Paulo e pediu para não ser
identificado para não ser descoberto nos grupos, posta coisas como: “Bolsonaro não é só um
político, ele é Melquisedeque, a presença do Senhor na Terra, o patriarca de uma nova geração de
governantes”. Ou: “A Amazônia está pronta para receber o povo de Israel, meu pastor disse que
aqui será a nova Jerusalém”.
‘Eles não percebem o humor e a caricatura.
Mas, se desenvolvem senso crítico, pra mim está bom.’
Ouve, como resposta, habitualmente, que está louco, que Bolsonaro não é Deus e nem poderia
entregar a Amazônia a quem quer que fosse.
Alguns ficam tão revoltados que saem do grupo. É
quando o paulistano se considera vitorioso.
“Eu uso citações da Bíblia, de Handmaid’s Tale, Game of Thrones e outros livros sobre regimes
autoritários. Já mandei as máximas do Grande Irmão de [1984, romance clássico de George] Orwell
para defender a ditadura militar.
Eles não percebem o humor e a caricatura. Mas, se desenvolvem
senso crítico, pra mim está bom”, me disse.
Segundo ele, o trabalho do grupo chega a afugentar uma média de 100 pessoas por semana de
grupos que espalham fake news pró-Bolsonaro. “Nós vimos que não dá para dialogar com algumas
pessoas, então tentamos assustá-las com o próprio radicalismo.
É gente a que só conseguimos
chegar assim”, prosseguiu.
Os Agentes das Fanfics
Após dinamitar os grupos de que o pai participava, Brenda Silva percebeu que descobrira uma
maneira de enfrentar as notícias falsas e postagens intolerantes que infestam os grupos próBolsonaro.
E resolveu ir adiante, ao lado de pessoas que encontrou no Twitter para somar esforços.
A equipe que ela reuniu, chamada de Agentes das Fanfics, tem integrantes no Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Paraná e Distrito Federal. Ninguém se conhece pessoalmente, mas todos conversam
diariamente em redes sociais.
O lema é “resistência e deboche”, me disse a bacharel em Direito
Stefany Oliveira, de Juiz de Fora.
A trupe concebeu uma estratégia peculiar, que até aqui tem se mostrado praticamente infalível:
ganhar a confiança dos participantes, conquistar o posto de administrador e deletar o grupo.
Montei um passo a passo para explicar como ela funciona:
Ao receber o convite para entrar num grupo bolsonarista, um dos integrantes da equipe entra e
começa a conversar, de modo amistoso, com os demais participantes.
Com o passar dos dias, a pessoa constrói uma imagem confiável no grupo. Segundo Silva, isso requer
tempo, dedicação e muito sangue frio para ler notícias falsas ou opiniões radicais, machistas,
misóginas etc.
Nesse meio tempo, outros integrantes da trupe são chamados a entrar no grupo.
Após algumas semanas, começa a ação combinada. Geralmente, o integrante há mais tempo no
grupo é atacado por um colega de equipe. O “veterano” então procura o administrador do grupo
para reclamar da bagunça e das brigas constantes e pede poderes de moderador para retirar
pessoas “mal-intencionadas” da conversa.
Assim que se torna administrador, o infiltrado avisa os companheiros. É a senha para o grupo ser
invadido e ter início um bombardeio de figurinhas (stickers) – geralmente depreciativas a
Bolsonaro.
Em seguida, o administrador infiltrado deleta todos os integrantes, matando o grupo.
‘Uso as coisas que escuto do meu pai para me passar por
minion nos grupos.’
Desde janeiro, quando o trabalho começou, que a trupe de Silva ostenta cerca de 30 grupos
desmantelados, a maioria deles com centenas de participantes.
Entre eles, estão agrupamentos
batizados de Apenas direita, 100% Bolsonaro, Olavo x Mourão, Mulheres Conservadoras, Brasil com
Bolsonaro, Avante Capitão, Mulheres de Direita, O Filho Pródigo (em homenagem a Carlos
Bolsonaro), Aliança Israel Brasil, Solteiros Cristãos e Direita unida com Bolsonaro.
Enquanto eu escrevia este texto, eles empreendiam a estratégia noutros dois. “Uso as coisas que
escuto do meu pai em casa para me passar por ‘minion’ nos grupos e conseguir virar
administradora”, me contou Silva.
No começo, os Agentes das Fanfics usavam o emoticon de um cérebro para se reconhecerem em
grupos bolsonaristas. O símbolo ficava camuflado em meio a bandeiras de Israel e Estados Unidos,
que costumam ser usados por bolsonaristas no nome do perfil.
Hoje, eles dizem que é possível diferenciar quem é infiltrado ou não só pelo jeito que a pessoa fala.
Segundo eles, ‘minions’ não costumam debater os assuntos das postagens e têm uma obsessão
particular pelo PT. Infiltrados tentam dialogar e preferem falar do governo Bolsonaro.
A trupe elabora as próprias fake news, sempre contra o governo. É infalível sugerir que um
integrante do primeiro escalão do presidente “é de esquerda”, o mais grave dos pecados capitais
para os bolsonaristas radicais.
Com requintes de ironia, os Agentes das Fanfics sugeriram que
“esquerdistas” iriam invadir grupos de bolsonaristas para acabar com eles – que era justamente o
que eles estavam fazendo.
↑ Requinte de ironia: Agentes das Fanfics sugerem que “esquerdistas” iriam invadir e
destruir grupos bolsonaristas – justamente o que eles mesmos estavam fazendo Reprodução
“Percebemos que muita coisa que inventamos saía dos grupos de que participávamos e voltava
depois como mensagem encaminhada.
Então, sabíamos que tinham ‘passeado’ por outros grupos”,
me contou o auxiliar administrativo Fábio Alexandre, que vive em Brasília.
“Num dos grupos, eu dei a letra de que só compartilhavam notícias sem fonte e nunca discutiam
nada relevante para o país.
Claro que muitos me rechaçaram, mas outros tantos concordaram”,
comemorou Douglas Godoy, do Rio Grande do Sul, que pediu para não revelar a profissão.
O “resultado”, claro, é muito pequeno se considerado o imenso universo de grupos do WhatsApp.
“Mas é um trabalho que alguém precisa fazer.
A gente sabe que é enxugar gelo. Mas algumas
pessoas já deixaram de ser afetadas pela toxicidade desses grupos”, diz Alexandre. “Se pelo menos
10% dos integrantes de cada grupo que implodimos não entrar pra outro, já estou satisfeita”, falou
Oliveira.
A “guerrilha” não se restringe a grupos organizados. Há “lobos solitários” fazendo a mesma coisa,
ela me contou. “Tempos atrás eu estava trabalhando em um grupo, e alguém de fora começou a
destruí-lo. Até hoje não sei quem era.”
RENATO SANTOS 25/04/2019 É louvável as homenagens que a Daniela Perez, vem recebendo nas redes sociais, principalmente no youtube, porém a vida continua e a luta também, precisamos acabar com a impunidade, regressão de pena, saída de datas comemorativas e regalias de assassinos, principalmente de mulheres, ricas, famosas, negras, podres, seja quem for elas não merecem. Dezembro de 1992, o brasil perdia Daniela Perez, graças a uma Lei fracassada do nosso Código Penal velho e ultrapassado e ainda por um crime criado agora com nome de Femicídio que não resolve absolutamente nada, os nossos políticos tem uma preguiça mental de fazer funcionar nesse país prisão perpetua para os assassinos de tantas Daniela da vida, sejam famosas ou não, são mulheres e merecem respeito de todos inclusive dos senhores Senadores.
Quem esta inscrito no grupo no whatsApp Imprensa da Direita deve esta se perguntando porque? tanta postagens sobre DANIELA PEREZ, ela já morreu! Não, ela esta presente em nossas memórias chega de matar tantas " DANIELAS" da vida, criaram tantas Leis que não esta funcionando a saída é pena perpétua .
Seus assassinos precisam voltar para prisão e cumprir o resto da pena e não andar desfilando pelo País.
Daniella Ferrante Perez Gazolla foi uma atriz e bailarina brasileira. Filha da autora de telenovelas Glória Perez, foi casada com o ator Raul Gazolla e foi morta durante a produção de sua quarta novela, De Corpo e Alma.
Nascimento: 11 de agosto de 1970, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Falecimento: 28 de dezembro de 1992, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Sepultamento: Cemitério São João Batista, Rio de Janeiro
Cônjuge: Raul Gazolla (de 1990 a 1992)
Programas de TV: De Corpo e Alma
Pais: Glória Perez, Luiz Carlos Saupiquet Perez
" ... Quanto mais o tempo passa, mais dói esse dia!
Fica a impunidade dos assassinos.
Fica a primeira emenda popular da História do Brasil, a lei que introduziu o homicídio qualificado entre os crimes hediondos, através da campanha que, passando de mão em mão, reuniu em 3 meses apenas, numa época sem internet e sem apoio de nenhum grande órgão da imprensa, o número de assinaturas exigidas pela constituição para fazer passar uma lei proposta pelo povo.
A aprovação pelo senado correu riscos, com senadores bem conhecidos se esgueirando para evitar que tivéssemos quorum.
Interveio o presidente da casa, Humberto Lucena, que diante da ameaça, lançou mão do recurso de urgência urgentíssima e fez passar o projeto!
#ImpunidadeMata #JoceliaBrandão #ValeriaVelasco #mãesDeAcari...." Declaração da Glória Perez
Em 1990 e até hoje criaram uma Lei ridícula como as demais que só piorou a cena de termos mulheres mortas por qualquer motivo, graças a incompetência dos Senadores.
Chega de Leis para os inglês ver. O que precisamos é a aplicação da pena perpétua no País para os seus algoses não ficarem rindo da nossa cara, como é o caso da Daniela onde seus assassinos estão soltos brincando conosco por que a JUSTIÇA É VELHA ULTRAPASSADA, agora chegou a hora de mudar essa história negra e burra, matou tem que apodrecer na cadeia e não tem conversa, cabe ao Senado esse dever , não queremos que seus assassinos fiquem impunes, eles não merecem nenhum beneficio ou pena, quanto executam friamente as suas vítimas fazem de caso pensado, tem que entender os senadores que a pena perpétua é a única saída para essa carnificina contra as mulheres, o numero de assassinatos é maior do que uma população inteira da VENEZUELA comparando-se de 1990 até 2018.
Num ponto todos nós da Imprensa somos corretos e unidos, vejamos:
O Dia (RJ): Rio acima da média nacional na violência contra a mulher Jovens, negras e com baixa escolaridade são as principais vítimas, segundo pesquisa Maria Luisa Barros Rio - A cada 90 minutos, duração de uma partida de futebol, uma mulher é morta no Brasil. Negras, jovens e pouco escolarizadas são as principais vítimas da violência.
No Estado do Rio, a taxa de homicídios é de 6,03 para cada grupo de 100 mil mulheres, acima da média nacional, que é de 5,82. As mortes ocorridas nos municípios fluminenses superam os índices de onze estados brasileiros, à frente do Maranhão e Amapá.
Os dados fazem parte do estudo 'Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil', elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 2009 e 2011, com base em dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.
No período, foram assassinadas 16.993 mulheres. Por ano, ocorrem, em média, 5.664 mortes de causas violentas. Vários tipos de agressão Segundo os pesquisadores, a violência contra a mulher é praticada sob diversas formas, desde a agressão verbal, passando pelo abuso emocional, até a violência física ou sexual.
Os crimes cometidos contra elas, em sua maioria, envolvem armas de fogo e são praticados em vias públicas. Grande parte dos homicídios ocorre nos finais de semana, sendo que 19% dos homicídios acontecem aos domingos. O levantamento mostra que, sete anos após a criação da Lei Maria da Penha, as taxas permaneceram estáveis.
Houve um sutil decréscimo da taxa em 2007, logo após a entrada em vigor da lei, mas depois voltou a crescer. Os estados com os maiores índices são Espírito Santo, Bahia, Alagoas e Roraima.
No outro extremo, estão o Piauí, Santa Catarina e São Paulo. Para o Ipea, é necessário reforçar as ações previstas na Lei Maria da Penha e adotar medidas de enfrentamento à violência doméstica com proteção às vítimas.
Maioria tem até 39 anos A região com as piores taxas de violência contra a mulher é o Nordeste, que apresentou 6,9 casos a cada 100 mil mulheres, de 2009 a 2011; Mulheres jovens foram as principais vítimas: 31% estavam na faixa etária de 20 a 29 anos e 23% de 30 a 39 anos; Enforcamento ou sufocação foi registrado em 6% dos óbitos.
Maus tratos - incluindo agressão por meio de força corporal, força física, violência sexual, negligência, abandono e outras síndromes de maus tratos (abuso sexual, crueldade mental e tortura) - foram registrados em 3% dos óbitos; A cada mês são assassinadas no país 472 mulheres, ou 15,52 por dia. Os companheiros delas são os principais assassinos Três em cada dez mulheres assassinadas foram atingidas dentro da própria casa, o que reforça o perfil de violência doméstica ou familiar. De acordo com o levantamento do Ipea, 40% de todos os homicídios são cometidos pelos companheiros das vítimas.
"Os parceiros íntimos são os principais assassinos de mulheres", constata a coordenadora do estudo, Leila Posenato. Um exemplo disso foi o caso da vereadora suplente Márcia Leocádio de Souza (PDT), 49 anos, que, em janeiro, foi morta em casa, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O marido é o principal acusado de tê-la esfaqueado.
Normalmente, os crimes envolvem situações de abuso, ameaças, intimidação e violência sexual. A morte da mulher é intencional e, na maioria dos casos, sem chance de defesa para as vítimas. " Os crimes são eventos evitáveis, que abreviam as vidas de mulheres jovens, causando perdas inestimáveis, além de consequências adversas para as crianças, para as famílias e para a sociedade", conclui a pesquisadora do instituto.
11162. O Globo (RJ): Em Recife, mãe relata descaso policial, apesar de denúncias
O Globo (RJ): Em Recife, mãe relata descaso policial, apesar de denúncias "O que aquele demônio fez não foi só matar minha filha. Ele acabou com a vida de três" Por Letícia Lins A dona de casa Antônia Cavalcanti, 58, relata um exemplo do que mostram os números do Ipea, segundo o qual o Nordeste tem o maior percentual de feminicídios do país (6,9 por 100 mil mulheres). Em dezembro de 2011, sua filha, a professora Izaelma Cavalcanti Tavares, então com 36, foi assassinada com oito tiros pelo marido, Eduardo Moura Mendes, 52, ex comissário da Polícia Civil. Ele não aceitava a segunda separação, fez os disparos na frente do filho do casal, então com cinco anos.
Em seguida, desapareceu com a criança, que agora mora com a avó materna. O menino não consegue disfarçar o trauma da realidade brutal que o destino aprontou: é agressivo, tem medo de ficar só, dificuldade para cumprir a rotina de criança normal e se encontra sob tratamento psicológico. — O que aquele demônio fez não foi só matar minha filha. O crime foi triplo, porque ele acabou com a vida de três: a dela, que matou de verdade. Mas depois disso, eu e meu neto também ficamos como mortos.
Nunca mais fomos os mesmos. Izaelma já havia denunciado o marido por violência, várias vezes. A família possui os registros dos termos circunstan ciados de ocorrência, mas a polícia nunca tinha lhe dado apoio, de acordo com seus parentes. Há registros entre 2004 e 2005, sendo que um último havia sido feito em outubro de 2011, dois meses antes da professora ter sido assassinada. O acusado refugiou-se em Alagoas, onde, segundo a ex-sogra, dopava o filho no esconderijo. O ex policial entregou o menino aos avós paternos, que chamavam a avó materna para visitá-lo esporadicamente.
Em uma dessas visitas, ela deparou com o ex-genro, avisou à polícia e ele foi preso. Casos como o de Isaelma engordam a crônica policial em Pernambuco, onde, entre janeiro e agosto, 164 mulheres foram assassinadas, 9 mil 292 ameaçadas e 6 mil 007 sofreram algum tipo de lesão corporal. O Espírito Santo é estado que lidera o número de crimes, com uma média, entre 2009 e 2011, de 11,24 assassinatos a cada 100 mil mulheres. As autoridades, no entanto, afirmam que os dados de 2013 apontam redução.
O coronel Gustavo Debortoli, subsecretário de Segurança Pública, lembra que o Espírito Santo é o segundo estado do Brasil em número de homicídios. Segundo ele, o alto número de mortes de mulheres também se deve, portanto, a uma relação de proporcionalidade. A promotora Sueli Lima e Silva, da Promotoria de Defesa da Mulher, vê distorções no sistema de proteção aos crimes desse gênero. Ela diz que, por questões legais, é impedida de cuidar de casos de homicídio.
11163. O Globo (RJ): Apesar de lei mais dura, morte de mulheres caiu pouco
O Globo (RJ): Apesar de lei mais dura, morte de mulheres caiu pouco Ipea aponta média de cinco assassinatos por 100 mil habitantes; para governo, norma serve à prevenção -Brasília- Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre violência contra as mulheres concluiu que, apesar da Lei Maria da Penha, foi pequena a redução no número de mortes desde 2006, quando a punição mais dura entrou em vigor.
A partir de dados do Ministério da Saúde, o Ipea demonstrou que o número de mortes de mulheres por agressões de maridos, companheiros e parceiros nos últimos onze anos — entre 2001 e 2011 — pouco alterou.
A taxa média de mortalidade por grupo de 100 mil mulheres entre 2001 e 2006, antes da lei, foi de 5,28. Entre 2007 e 2011, depois da lei, a taxa média ficou em 5,22.
O Ipea calcula que, nesse período, ocorreram mais de 50 mil feminicídios no Brasil, o que equivale a 5 mil por ano, 15 por dia e uma mulher morta a cada uma hora e meia. Para a coordenadora do trabalho, a pesquisadora Leila Garcia, a Lei Maria da Penha não mostrou a que veio até agora. — São inúmeros inaceitáveis.
Demonstra que a Lei Maria da Penha, sozinha, não resolveu e não vai resolver o problema — disse Leila Garcia, que defendeu a aprovação da lei que tipifica o feminicídio como crime. Parte do estudo do Ipea gerou reação dentro do próprio governo. A Secretaria de Política Para Mulheres, do governo federal, divergiu da conclusão do Ipea. Â secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, Aparecida Gonçalves, disse ao GLOBO que a função da lei é prevenir e não, a curto prazo, reduzir número de mortes de mulheres. —
Considero meio erradas algumas conclusões da pesquisa. A Lei Maria da Penha em nenhum momento, ou a curto prazo, vai incidir sobre número de assassinatos.
A lei protege as mulheres. Ao longo desses anos, foram adotadas mais de 300 medidas protetivas, frutos da Lei Maria da Penha. Portanto, a lei deu certo e está protegendo as mulheres.
A função dela é evitar, é prevenir — disse Aparecida Gonçalves. Em março deste ano, a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) divulgou que, em 2012, os relatos de violência contra as mulheres chegaram a 88.685 registros — dez a cada hora, de acordo com denúncias apresentadas à Central de Atendimento à Mulher.
Em comparação a 2011, houve crescimento de 18,2% dos casos, que no ano anterior haviam somado 75.019 ocorrências. Frente a 2006, quando foi criado o Ligue 180 e promulgada a Lei Maria da Penha, o registro desses casos cresceu sete vezes ou 633% (foram 12.664 registros de violência em 2006).
11164. O Globo (RJ): Impunidade: Violência contra mulher não caiu
O Globo (RJ): Impunidade: Violência contra mulher não caiu Lei Maria da Penha, em vigor há 7 anos, não reduziu índice de mortes de mulheres, diz estudo. Morrem 5 mil por ano. Apesar de lei mais dura, morte de mulheres caiu pouco Ipea aponta média de cinco assassinatos por 100 mil habitantes; para governo, norma serve à prevenção -Brasília- Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre violência contra as mulheres concluiu que, apesar da Lei Maria da Penha, foi pequena a redução no número de mortes desde 2006, quando a punição mais dura entrou em vigor. A partir de dados do Ministério da Saúde, o Ipea demonstrou que o número de mortes de mulheres por agressões de maridos, companheiros e parceiros nos últimos onze ános — entre 2001 e 2011 — pouco alterou. A taxa média de mortalidade por grupo de 100 mil mulheres entre 2001 e 2006, antes da lei, foi de 5,28. Entre 2007 e 2011, depois da lei, a taxa média ficou em 5,22.
O Ipea calcula que, nesse período, ocorreram mais de 50 mil feminicídios no Brasil, o que equivale a 5 mil por ano, 15 por dia e uma mulher morta a cada uma hora e meia. Para a coordenadora do trabalho, a pesquisadora Leila Garcia, a Lei Maria da Penha não mostrou a que veio até agora. — São inúmeros inaceitáveis. Demonstra que a Lei Maria da Penha, sozinha, não resolveu e não vai resolver o problema — disse Leila Garcia, que defendeu a aprovação da lei que tipifica o feminicídio como crime. Parte do estudo do Ipea gerou reação dentro do próprio governo. A Secretaria de Política Para Mulheres, do governo federal, divergiu da conclusão do Ipea.
 secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, Aparecida Gonçalves, disse ao GLOBO que a função da lei é prevenir e não, a curto prazo, reduzir número de mortes de mulheres. — Considero meio erradas algumas conclusões da pesquisa.
A Lei Maria da Penha em nenhum momento, ou a curto prazo, vai incidir sobre número de assassinatos. A lei protege as mulheres. Ao longo desses anos, foram adotadas mais de 300 medidas protetivas, frutos da Lei Maria da Penha. Portanto, a lei deu certo e está protegendo as mulheres. A função dela é evitar, é prevenir — disse Aparecida Gonçalves. Em março deste ano, a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) divulgou que, em 2012, os relatos de violência contra as mulheres chegaram a 88.685 registros — dez a cada hora, de acordo com denúncias apresentadas à Central de Atendimento à Mulher. Em comparação a 2011, houve crescimento de 18,2% dos casos, que no ano anterior haviam somado 75.019 ocorrências. Frente a 2006, quando foi criado o Ligue 180 e promulgada a Lei Maria da Penha, o registro desses casos cresceu sete vezes ou 633% (foram 12.664 registros de violência em 2006).
11165. O Globo (RJ): Brasil fica para trás em produtividade
O Globo (RJ): Brasil fica para trás em produtividade Distância para países avançados era de 180% nos anos 1980. Hoje, é de 300% Por Henrique Gomes Batista A economia brasileira tem avançado pouco em sua produtividade. Segundo Marcelo Neri, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nas nações mais desenvolvidas, a produtividade do trabalho está crescendo a um ritmo mais rápido: — Na década de 1980, a produtividade do trabalho das nações mais avançadas era cerca de 180% e 200% maior que a brasileira. Agora, ela está em cerca de 300% — disse.
A SAE vai elaborar um mapa das iniciativas públicas para incentivar a produtividade. O trabalho deverá ser finalizado em março, coincidindo com a reunião dos Brics, grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, China, índia e África do Sul. Neri afirmou que, na última década, hoüve um avanço no crescimento econômico e na redução da pobreza e da desigualdade, em parte, pela política do salário mínimo e pelas políticas sociais.
Agora, em período de quase pleno emprego, os desafios são maiores. Ricardo Paes de Barros, subsecretário da SAE, afirmou que há cerca de cem políticas públicas para a produtividade, mas acredita que falta ações coordenadas: — O mapa será importante para identificar os problemas, pois temos políticas, e até a produtividade da Argentina cresce mais que a nossa. Ontem, o Dieese informou que o desemprego em sete regiões metropolitanas pesquisadas pelo instituto caiu de 10,9% em julho para 10,6% em agosto. Essa foi a quarta queda consecutiva. A renda média dos trabalhadores subiu 1,2%, para R$ 1.632.
11166. O Estado de S.Paulo (SP): Lei da Maria da Penha não reduz mortes
O Estado de S.Paulo (SP): Lei da Maria da Penha não reduz mortes A Lei Maria da Penha foi incapaz de reduzir a taxa de mortalidade de mulheres por agressão. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado ontem mostrou que a proporção de feminicídios por ioo míl mulheres em 2011 superou o patamar de 2001 - 5,43 vítimas, ante 5,41. A lei, de agosto de 2006, estabeleceu uma série de medidas de proteção e tomou mais rigorosa a punição contra a violência. Ao comparar a taxa de mortes por agressão nos períodos anteriores e posteriores à lei, o Ipea constatou um retrocesso. De 2001 a 2006, foi verificada uma taxa de 5,28 feminicídios por 100 mil mulheres - praticamente a mesma encontrada entre 2007 e 2011, de 5,22.
Em 2007, primeiro ano da lei, observou-se decréscimo de 5,02 para 4,74 - revertido no ano seguinte. O relatório tabulou os dados de 2009 a 2011 por região. O Nordeste lidera, com 6,90 feminicídios por 100 mil mulheres. Em seguida, estão Centro-Oes-te (6,86), Norte (6,42), Sudeste (5,14) e Sul (5,08). Na divisão por Estado, Espírito Santo apresenta o maior número (11,24) e Piauí, o menor (2,71), São Paulo aparece em 25.0 lugar, com 3,74.
O Ipea estima que entre 2001 e 2011 ocorreram mais de 50 mil feminicídios no Brasil - aproximadamente 5 mil mortes por ano e mais de dez por dia. Para a coordenadora do Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem), Ingrid Leão, a lei é um instrumento importante, mas não o único, no combate à violência contra a mulher. "Não é só por ter uma delegacia que um homem vai deixar de matar urna mulher. E necessário movimentar a sociedade por uma cultura de não violência, por uma educação não sexista", explica. Segundo Ingrid, a taxa é um indicativo de que os governos estaduais e federal precisam assumir um compromisso maior com políticas públicas de proteção das mulheres. Metodologia.
O Ipea esclarece que não há estimativas nacionais sobre a proporção de mulheres que são assassinadas por seus companheiros no Brasil, Por isso, foi considerado no estudo o total de mortes de mulheres por agressões, um indicador aproximado de feminicídios.
Os dados foram recolhidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, Os pesquisadores apontam que os registros não documentam a relação entre vítima e agressor nem o motivo do crime. A pesquisa conclui que há a "necessidade de reforço nas ações previstas na Lei Maria da Penha, bem como a adoção de outras medidas voltadas ao enfrentamento à violência contra a mulher, à efetiva proteção das vitimas e à redução das desigualdades de gênero no Brasil. O Ipea defende também a aprovação de projeto de lei que tipifica o crime de feminicídio. Dessa forma, seria possível aumentar a pena do agressor.
11167. Brasil Econômico (SP): Lei Maria da Penha não reduz número de mortes
Brasil Econômico (SP): Lei Maria da Penha não reduz número de mortes Ipea aponta manutenção da taxa de homicídios de mulheres após a promulgação da lei A Lei Maria da Penha não teve impacto sobre a quantidade de mulheres mortas em decorrência de violência doméstica, constatou um estudo sobre feminicídio divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea).
De acordo com os dados do instituto, entre 2001 e 2006, período anterior à lei, foram mortas, em média, 5,28 mulheres a cada 100 mil. No período posterior à sua promulgação, entre 2007 e 2011, foram vítimas de feminicídio, em média, 5,22 mulheres a cada 100 mil. Feminicídio é o homicídio de mulheres em decorrência de conflitos de gênero, geralmente cometidos por um homem, parceiro ou ex-parceiro da vítima. Esse tipo de crime costuma implicar situações de abuso, ameaças, intimidação e violência sexual. Entre 2001 e 2011, estima-se que cerca de 50 mil crimes desse tipo tenham ocorrido no Brasil, dos quais 50% com o uso de armas de fogo.
O Ipea também constatou que 29% dos óbitos ocorreram na casa da vítima, o que reforça o perfil das mortes como casos de violência doméstica. Para o Ipea, o decréscimo em dez anos é "sutil" e demonstra a necessidade da adoção de outras medidas voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher, à proteção das vítimas e à redução das desigualdades de gênero. Em relação ao perfil das principais vítimas de feminicídio, o Ipea constatou que elas são jovens e negras. Do total, 31% das vítimas têm entre 20 e 29 anos e 61% são negras. No Nordeste, o percentual de mulheres negras mortas chega a 87%; no Norte, 83%.
Entre os estados brasileiros, o Espírito Santo é o que mais registrou assassinatos de mulheres entre 2009 e 2011, com um índice de 11,24 a cada 100 mil - muito superior à média brasileira no mesmo período. Outros estados com alta incidência foram Bahia (9,08), Alagoas (8,84) e Roraima (8,51). Já os estados com a incidência mais baixa foram Piauí (2,71), Santa Catarina (3,28), São Paulo (3,74) e Maranhão (4,63). De acordo com o Ipea, 40% de todos os homicídios de mulheres no mundo são cometidos por um parceiro íntimo. Em relação ao homem isso não ocorre.
Apenas 6% dos assassinatos de homens são cometidos por uma parceira. Ao fazer um balanço do período, a ministra Eleonora Menicucci apontou a demora do Judiciário em expedir medidas protetivas em favor das mulheres como um dos gargalos a resolver. Ela lembrou que, em alguns casos, a medida para determinar que o agressor se mantenha à distância da vítima é expedida quando a mulher já foi agredida ou até morta. "Eu conclamo todos os juizes a olhar com cuidado e severidade, mas com determinação para a violência contra as mulheres expedindo, o mais rápido possível, as medidas protetivas". " Não é necessário apenas a alteração legislativa, é necessário também uma mudança de comportamento. É um processo de mudança demorado", acrescentou o integrante do CNJ, Ney José de Freitas.�
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11169. Correio Braziliense (DF): Marcadas para morrer
Correio Braziliense (DF): Marcadas para morrer A lei brasileira de combate à violência contra a mulher ainda peca na prevenção.
Embora aclamada por membros do governo e especialistas, estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a legislação não foi eficaz para reduzir o número de mortes. O levantamento indica que só no primeiro ano de vigência da lei houve uma leve redução da taxa de homicídio. Entre 2001 e 2006, o índice de mortes era 5,28 por grupo de 100 mil mulheres.
Nos cinco anos seguintes à aprovação da Lei Maria da Penha, no fim de 2006, o índice ficou praticamente estável, em 5,22. Só em 2007 houve declínio: 4,47 por 100 mil mulheres (veja quadro). Entre 2009 e 2011, a média nacional ficou em 5,82/100 mil. No Distrito Federal, o indicador está ligeiramente abaixo da média, em 5,53/100 mil. Segundo especialistas, a falta de uma rede qualificada de amparo a mulheres ameaçadas é o principal motivo para que a Lei Maria da Penha — considerada um marco fundamental pelas entidades de defesa dos direitos da mulher por dar mais rigor às punições — não consiga reduzir os índices de mortes.
A pesquisadora do Ipea Leila Garcia argumenta que faltam medidas complementares capazes de dar suporte à medida. "É preciso ter mecanismos que ajudem a lei a ser cumprida", diz. Ela destaca que é necessário cobrar medidas efetivas das secretarias estaduais de segurança, do Ministério Público e do Poder Judiciário. Em muitos casos, ao denunciar uma agressão, a mulher acaba ficando ainda mais vulnerável à violência. "O fato de buscar auxílio faz com que a resposta do agressor seja ainda mais forte", comenta a pesquisadora. O levantamento do Ipea mostra que 40% de todos os homicídios de mulheres no mundo são cometidos por um parceiro íntimo. Como comparação, entre os homens assassinados, esse percentual fica em torno de 6%.
Leila Garcia também destaca que os indicadores estão relacionados com diferenças culturais e desigualdades de gênero da sociedade. "As diferenças regionais também são mais latentes onde as mulheres têm menos escolaridade e a desigualdade na renda é maior. Os óbitos são a pontinha do iceberg de violências muito maiores que as mulheres sofrem e que refletem as desigualdades de gênero reproduzidas na sociedade", ressalta. Triste diagnóstico O Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFemea) já vinha fazendo o alerta de que só a lei não é suficiente.
A advogada e assessora do centro Luana Natielle esclarece que o resultado da pesquisa não representa o fracasso da lei. "Significa que o Estado não está conseguindo garantir a efetivação dela. A lei é uma das melhores do mundo, mas, quando você olha na ponta, falta estrutura", adverte. Segundo Luana, o diagnóstico é triste, pois faltam delegacias especializadas, juizados especiais e equipes com psicólogos. "A lei é muito boa e teve um impacto social importante, mas, sem que o Estado crie mecanismos que garantam o enfrentamento de fato do problema, esses resultados vão se repetir."
A secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Secretaria de Política para as Mulheres (SPM), Aparecida Gonçalves, rebate. Para ela, a Lei Maria da Penha fortaleceu a prevenção. "Cerca de 250 mil medidas protetivas foram expedidas desde 2006. A lei previne e protege, mas, em sete anos, não vai dar conta de séculos de machismo", ressalva. Uma medida que pode reforçar a eficácia da lei, na avaliação da secretária, é a inclusão do feminicídio (assassinato de mulheres) como um qualificador penal. Em nota, a secretária da Mulher do DF, Olgamir Amancia, também defendeu a inclusão desse agravante na legislação penal.
11170. Portal G1.Com: Taxa de homicídio contra mulheres no Paraná é a maior do Sul do país
Portal G1.Com: Taxa de homicídio contra mulheres no Paraná é a maior do Sul do país Ipea diz que a cada 100 mil mulheres, 6,49 morrem por agressão doméstica. Presidente da FDIM acredita que Lei Maria da Penha precisa ser divulgada. O Paraná é o estado do Sul do país com a maior taxa de feminicídio - assassinato de mulheres. Segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (25) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a cada 100 mil paranaenses, 6,49 morrem em decorrência de agressões. A proporção é significativamente maior do que a registrada em Santa Catarina, 3,28, e no Rio Grande do Sul, 4,64. Além disso, também é maior do que a do país. Este número foi aferido, entre 2009 e 2011, após a promulgação da Lei Marina da Penha que pune com maior rigor a violência doméstica.
Nacionalmente, a taxa é de 5,22 e, segundo o Ipea, não esboça uma mudança de comportamento da sociedade, já que antes da da Lei Maria da Penha a taxa era de 5,82 a cada 100 mil mulheres. De acordo com o levantamento, o número destaca que é preciso reforçar as ações da Lei Maria da Penha e adotar outras medidas para o combate à violência contra mulheres. O estudo demostra ainda que 40% dos homicídios contra mulheres são cometidos pelos parceiros da vítima.
A presidente da Federação Democrática Internacional das Mulheres (FDIM) e da Confederação das Mulheres do Brasil, Márcia Campos, faz uma leitura diferente da realizada pelo Ipea. Para ela, pode-se considerar que os números diminuíram. "Hoje, é difícil o homem matar a mulher e simplesmente dizer que ela foi assassinada. Nunca tinha testemunha. As pessoas tinham medo. Além disso, a mulher não pode mais retirar a queixa e tem mais dados copilados.
A manutenção do índice tem a ver que você não consegue jogar por baixo do tapete. Então, poderia fazer uma leitura que diminuiu", avalia. A presidente diz que é preciso dar "um tempo" para a lei e que concorda com o Ipea no aspectos de ações mais efetivas no combate à violência doméstica. Campos também menciona que as questões de renda e de vulnerabilidade social, tanto de agressores quanto das vítimas, precisam ser consideradas. Ela acredita que as pessoas com menor poder aquisitivo e vidas menos estruturadas avaliam que não têm o que perder com a agressão à companheira. "Para alguém mais consciente, com algum grau de escolaridade e renda, o castigo 'interessa'. Quanto mais as pessoas pensa que não tem nada a perder, o grau do castigo não abala o cara", explica.
"Essa lei entra mais em determinado segmento [ da sociedade] do que em outro. Onde não entra tanto, a punição não interfere no medo da pessoa [do agressor]. É preciso atuar mais no sentido de prevenção, divulgação da lei, realizar campanha nessas determinadas regiões. Para enfrentar uma situação como essa, tem que ir fundo também na questão sociológica. Caso contrário, a gente não consegue", argumenta. Para ela, é falho o argumento de que a violência contra as mulheres não tem relação com aspectos sociais. Campos exemplifica com o caso do Paraná, considerado um dos estados mais ricos do país, e que a taxa de feminicídio é mais alta do que a nacional. Ela menciona ainda que a sociedade tem que participar deste processo.
"É uma consciência não só do atacante, mas de toda uma sociedade trabalhando para isso: vizinhos, amigos e parentes. Se não houve uma hostilidade social, a lei não resolve tudo". Campos finaliza enfatizando que é preciso punir os agressores com prisão severa. Perfil das vítimas Segundo o estudo do Ipea, mulheres jovens foram as principais vítimas --31% na faixa etária de 20 a 29 anos e 23% de 30 a 39 anos. Mais da metade dos óbitos (54%) foi de mulheres de 20 a 39 anos, e a maioria (31%) ocorreu em via pública, contra 29% em domicílio e 25% em hospital ou outro estabelecimento de saúde. A maior parte das vítimas era negra (61%), principalmente nas regiões Nordeste (87% das mortes de mulheres), Norte (83%) e Centro-Oeste (68%). A maioria também tinha baixa escolaridade (48% das com 15 ou mais anos de idade tinham até 8 anos de estudo).