RENATO SANTOS 01/04/2019 O nosso Presidente Jair Messias Bolsonaro em visita a Israel é o primeiro a visitar o muro das lamentações de Jerusalém.
Apesar de dizer que a visita era pessoal e não política, a tradição é de que chefes de Estado visitem o Muro das Lamentações sem a presença de autoridades israelenses, de forma a se manter distantes da relação do conflito entre Israel e Palestina. O Muro encontra-se na parte oriental de Jerusalém, reivindicada por palestinos como a capital de seu futuro Estado, mas que hoje está sob ocupação de Israel.
O muro das Lamentações ou Muro Ocidental (Qotel HaMa'aravi הכותל המערבי em hebraico) é o segundo local mais sagrado do judaísmo, atrás somente do Santo dos Santos, no monte do Templo. Trata-se do único vestígio do antigo Templo de Herodes, erguido por Herodes, o Grande no lugar do Templo de Jerusalém inicial.
Bolsonaro visita Muro das Lamentações ao lado de Netanyahu #BolsonaroEmIsrael pic.twitter.com/g6XCrSGaoY— Paula (@paulacamara_) 1 de abril de 2019
Você tem razão: o que fazem os judeus no "Muro das Lamentações" não tem nada a ver com a morte de Cristo. É um lugar de oração, onde os seguidores do judaísmo se reúnem, celebram suas festas e fazem suas orações, principalmente no dia do sábado, que começa na sexta depois do pôr do sol. Tal muro é a única coisa que sobrou do templo que existia no período em que viveu Jesus, destruído cerca de 50 anos depois da morte de Cristo pelos romanos. O templo foi o centro da fé para os judeus, nossos irmãos maiores na fé, pois partilham conosco a fé no Deus que se revela no Antigo Testamento. O muro é, para eles, santo como era o Templo.
"Muro das Lamentações" é uma expressão errada, usada somente por pessoas que não são judeus. Eles, invés, chamam tal muro de "Muro Ocidental".
O termo "lamentações" deriva, primeiro de tudo, do fato que o templo foi destruído e isso representa uma tragédia para o judaísmo, um modivo de choro, de lamentação. Outra razão pode ser encontrada na maneira usada pelos judeus para rezar. De fato, enquanto rezam fazem gestos e demonstram uma expressão de "lamentação".
Em relação à morte de Cristo, sabemos já através dos evangelhos, que a sua condenação não deve ser atribuída a um povo em geral. Essa identificação causou muita desgraça na história da humanidade. Tal visão, graças a Deus, foi superada e nós devemos ver os judeus como nossos irmãos maiores na fé.