RENATO SANTOS 24/09/2020 A politica e a sua cadeira giratória, temos aqui duas situações uma do Marcelo Crivella e a outra do Felipe Sabará do NOVO que tirou a sua candidatura.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) decidiu tornar o prefeito do Rio de Janeiro/RJ, Marcelo Crivella (Republicanos), inelegível até 2026.
A decisão se deu por unanimidade de 7 votos, nesta quinta-feira (24).
O julgamento havia sido interrompido com um placar de 6 a 0 na última terça-feira (22).
O desembargador Vitor Marcelo Rodrigues havia pedido vistas para analisar o processo, argumentando ter tido pouco tempo para se inteirar sobre o julgamento.
Recém-nomeado advogado de defesa, Rodrigo Roca, pediu uma questão de ordem no início da sessão, que não lhe foi concedida.
"O julgamento é nulo pelo cerceamento de defesa, já que o advogado não pôde usar a palavra nem mesmo pela ordem, como é da sua prerrogativa", afirmou.
A ação que pede a inelegibilidade, de autoria do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), diz respeito a um evento na Comlurb em que Marcelo Hodge Crivella, filho de Crivella, foi apresentado como pré-candidato a deputado.
O prefeito é candidato à reeleição e, segundo o Tribunal Regional Eleitoral, fica inelegível nesta eleição - a menos que a situação seja revertida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A defesa diz que vai recorrer e entende que ele está apto a participar do pleito.
Outro assunto não se pode confiar em partido mesmo, a situação muda nos cabarés dos partidos. Na última quarta-feira (23), o Partido NOVO suspendeu a candidatura de Filipe Sabará à prefeitura de São Paulo/SP.
A decisão tem caráter liminar e foi tomada pelo Conselho de Ética do Diretório Nacional. A legenda, contudo, não detalha o motivo.
Nesta quinta-feira (24), Sabará disse ser alvo de perseguição promovida por João Amoêdo, ex-presidente nacional do partido, e de "uma ala esquerdista minoritária" da sigla.
De acordo com ele, a perseguição se dá por por razões políticas e eleitorais, principalmente após ele declarar que o presidente Jair Bolsonaro era melhor que o governador João Doria (PSDB).
“Ele [Amoêdo] não aceita conversar. Está me perseguindo por eu não falar exatamente as coisas que ele quer. Falei que o Bolsonaro é melhor que o Doria. E também por eu ser uma pessoa de direita, conservador nos costumes e liberal na economia", disse.
Filipe Sabará, que é empresário, foi secretário municipal de Assistência Social na gestão de João Doria na prefeitura de São Paulo.
Na visão dele, o crescimento de uma ala do NOVO que simpatiza com Bolsonaro pode conflitar com os interesses de Amoêdo, que sonha em disputar novamente a Presidência em 2022.
Sabará aponta como verdadeira liderança do Novo o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, um dos pivôs dessa frente mais próxima ao chefe do Executivo dentro do partido.
“[Amoêdo] quer antagonizar com o Bolsonaro o tempo todo. Nunca elogia, apenas critica. O Zema é o verdadeiro líder do partido Novo. Ele é o Novo na prática. O Amoêdo fez um excelente trabalho fundando o partido. Mas parece que depois se perdeu”, declarou.