RENATO SANTOS 17/12/2021 Qual é o verdadeiro papel do cristão diante da democracia? Se isolar se torna um cristão acomodado com o presente século, na hora de escolher um presidente da república tomar muito cuidado pois não há voltas, e aprender sobre a Missologia e Politica seria uma saída pois ambas não podem ser separadas de seu contexto.
Em 1939, Bonhoeffer se aproximou de um grupo de resistência e conspiração contra Hitler, constituído entre outros pelo advogado Hans von Dohnanyi (seu cunhado), pelo almirante Wilhelm Canaris e pelo general Hans Oster. O teólogo constituiu um elo fundamental entre o movimento ecumênico internacional e a conspiração alemã contra o nazismo. A sua atividade para ajudar um grupo de judeus a fugir da Alemanha levou à sua prisão em abril de 1943.
Em setembro de 1933, quando o parágrafo ariano foi aprovado pelo Sínodo Nacional da Igreja Evangélica, Bonhoeffer se comprometeu a informar e sensibilizar o movimento ecumênico internacional sobre a gravidade da questão. Ele também recusou um posto de pastor em Berlim, por solidariedade com aqueles que eram excluídos do ministério por razões raciais, e decidiu se mudar para uma congregação de língua alemã, em Londres.
Dietrich Bonhoeffer, nasceu em Breslau (Alemanha), em 04 de fevereiro de 1906 e morreu em 09 de abril de 1945, foi um pastor luterano, um professor universitário com doutorado em Teologia, um pioneiro do movimento ecumênico, um escritor prolífico, um poeta e uma figura central na luta contra o regime nazista.
Com a ascensão de Hitler ao poder no fim de janeiro de 1933, a Igreja Evangélica Alemã, a qual Bonhoeffer pertencia, entrou em uma fase difícil e delicada. Muitos protestantes alemães acolheram favoravelmente o advento do nazismo. Em particular, o grupo dos chamados “cristãos-alemães” (Deutsche Christen) tornou-se porta-voz da ideologia nazista dentro da Igreja, chegando até a pedir a eliminação do Antigo Testamento da Bíblia.
Inspirando-se nas leis arianas do Estado, esses “cristãos” propuseram um “parágrafo ariano” para a Igreja, segundo o qual era impedido que os “não arianos” se tornassem ministros de culto ou professores de religião. A disputa que se seguiu daí provocou uma profunda divisão dentro da Igreja: a ideia da “missão para os judeus” era muito difundida, mas agora os cristãos-alemães defendiam que os judeus fossem uma raça separada que não podia se tornar “ariana” nem mesmo mediante o batismo, negando assim a validade do Evangelho.
Bonhoeffer se opôs firmemente ao parágrafo ariano, afirmando que a sua ratificação submeteria os ensinamentos cristãos à ideologia política: se aos “não arianos” fosse impedido o acesso ao ministério, então os pastores teriam que renunciar em sinal de solidariedade, também sob o custo de fundar uma nova Igreja, livre da influência do regime.
Se você acredita que Deus foi responsável por colocar Bolsonaro na Presidência, por exemplo, então você deve concordar que todos os eleitos e não eleitos democraticamente são autoridades constituídas por Deus, pois foi Ele quem colocou, inclusive os ministros do Supremo Tribunal Federal, que são indicados pelo Presidente da República. Reforço que não sou adepto dessa concepção de que Deus é quem escolhe nossos representantes, mas quero destacar uma incoerência que presenciamos em nossos dias de pessoas impondo o imperativo “a Bíblia manda sermos submissos às autoridades, pois são constituídas por Deus”, no entanto, essas mesmas pessoas participam de manifestações que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do STF, levando até ao desacato das autoridades que compõem tais instituições.
Precisamos voltar aos fatos históricos do século XX, não para comparar uma ditadura nazista com a democracia que vivemos, mas para entendermos a noção de constituição das autoridades sob os aspectos do Cristianismo. Vale-nos as seguintes perguntas: Como podemos compreender a figura de Hitler enquanto autoridade constituída ou não por Deus? Você acredita que existiram “cristãos alemães” que compactuaram com as práticas do nazismo?
Apostolo Paulo escreveu: Diante do contexto, o que nos parece é que, quando Paulo escreve “sede submissos às autoridades, porque elas são constituídas por Deus”, ele fala a partir da concepção divina de autoridade. É como se ele estivesse se referindo a pessoa jurídica e não a pessoa física.
Então quando um pastor pregar nesse assunto saibam questiona-lo, se ele responder na pessoa isica, toma cuidado, esse pastor pode te jogar numa ditadura comunista nos tempos de hoje.
Temos que tomar muito cuidado com a esquerda e com a direita radical, outro agravante são aqueles que ficam em cima do muro, o cristão tem necessidade de se despertar o mais rápido possivel.
Se você acredita que Deus foi responsável por colocar Bolsonaro na Presidência, por exemplo, então você deve concordar que todos os eleitos e não eleitos democraticamente são autoridades constituídas por Deus, pois foi Ele quem colocou, inclusive os ministros do Supremo Tribunal Federal, que são indicados pelo Presidente da República.
Mas quero destacar uma incoerência que presenciamos em nossos dias de pessoas impondo o imperativo “a Bíblia manda sermos submissos às autoridades, pois são constituídas por Deus”, no entanto, essas mesmas pessoas participam de manifestações que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do STF, levando até ao desacato das autoridades que compõem tais instituições.
Isso é radicalismo, precisa ser combatido, um radical pode trair a todos nósm uma armadilha de pensamento, não sou adepto a essa linha.
Aqui entra a Missiologia e quando a Igreja erra não prática-la, quand isso acontece é um dos sinais de perigo para a democriacia, não existe igreja sem missiologia, obra de caridade não para salvação mas para alivio daqueles que estão passando por necessidade, seja ela qual for, a igreja não pode fechar os olhos para sua comunidade, se não a esquerda vai fazer e a direita traidora a mesma, depois não reclame.
Todos não querem o carnaval estou de acordo, mas liberar o culto presencial foi o maior erro que a Igreja aceitou, tinha que ser a primeira da dar o exemplo, ciu no próprio erro.
A carta do apóstolo Paulo expressa a maturidade de seu pensamento e de sua fé em Jesus. É considerada a carta mais longa e mais importante, na qual o autor demonstra a situação de pecado que vive a humanidade e a salvação que está em Jesus Cristo. Para entender a carta que foi escrita aos romanos mais ou menos em 57 d. C. precisamos considerar tais pontos:
· O capítulo 13 reflete a situação em que se encontrava a igreja em Roma. Basta ler todos os capítulos que o antecedem!
· O pano de fundo da carta aos romanos é a tensão entre os “cristãos judeus” e os “cristãos não-judeus”. Por isso que um dos objetivos, ao escrever a carta, é trazer conciliação a esses grupos;
A Biblia não trata apenas dos pecados, inferno,céu, ela vai mais além destes assuntos o papel da Igreja foi ser oposição contra as marzelas da corrupção politica,sociedade e justiça, sem a missiologia orremos o risco de ter uma ditadura, ao os cultos serão apenas lembranças mortas.
referência : de pesquisa
BÍBLIA SAGRADA — Harpa Sagrada. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1.536 p.
DULCI, Pedro Lucas. Perguntar não ofende. Título do vídeo: Por que os conservadores tem restrições de Bonhoeffer? Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=L8OOR2BTNd8&list=LLKHoYE9QBqLoT75U-2TxsGw&index=6 >. Acesso em: 09 de maio de 2020.
KIVITZ, Ed. René. Democracia: a Bíblia e a submissão às autoridades. Podcast Qohélet. Disponível em: < https://www.spreaker.com/show/qohelet-podcast-de-ed-rene-kivitz >. Acesso em: 07 de maio de 2020.
KOYZIS, David T. Visões & Ilusões políticas: uma análise e crítica cristã das ideologias contemporâneas. Tradução de Lucas G. Freire. São Paulo: Vida Nova, 2014.