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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

A Europa vive a II Guerra Mundial<<>> Depois da Ucrânia agora será a vez da Suécia e a Filandia <<>> Vladimir Putinn ameaçou enviar tropas " nazistas" para as duas Nações <<>> A OTAN Secretário Jens Stoltenberg enviará unidade de força para a Europa Oriental <<>>

 




RENATO  SANTOS  25/02/2022  Até  quando?  A   Russia  vai  continuar  querer  mostrar a  sua  força,  diante da  situação  a  qual  a  terra  fragilizada  por  COVID-19, não  tem  forças  para  reagir? 


Continua a invasão russa à Ucrânia com o presidente Putin a pedir apoio aos militares ucranianos   -   Direitos de autor  Vadim 

São os dias mais dramáticos que a Europa vive desde a II Guerra Mundial. As tropas russas estão já na capital da Ucrânia. Tiros e explosões, que se ouviam já muito perto do parlamento, em Kiev, acabaram com o sossego da população que vivia, há muito, com esta ameaça a pairar sobre a cabeça. As imagens que chegam do terreno mostram prédios danificados pelos bombardeamentos aéreos e populações em fuga.


O Presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, relatava cinco explosões numa área perto de uma grande central eléctrica, na periferia oriental da cidade. Ainda assim, não tinham sido comunicadas falhas de energia eléctrica.


As mortes e deslocados provocadas por uma guerra anunciada

Fala-se em centenas de baixas mas as informações que chegam do terreno são pouco precisas e divergem entre a informação veiculada pelas forças russas e as ucranianas. As segundas, oficiais, falavam em pelo menos 137 mortes do seu lado e reclamavam centenas do lado russo. Moscovo não fala em números. Funcionários das Nações Unidas reportavam pelo menos 25 mortes entre os civis, na sua maioria devido aos bombardeamentos e ataques aéreos, e diziam acreditar que 100.000 pessoas deixaram as suas casas, o número de deslocados pode chegar, dizem aos quatro milhões se os combates se intensificarem.

Esta sexta-feira, o presidente ucraniano mostrava-se desapontado pela forma como a comunidade internacional está a reagir. As sanções dos EUA e União Europeia são tardias e nesta altura não chegam. Volodymyr Zelenskyy afirmava que "quando as bombas caem sobre Kiev", estão a cair sobre a Europa, não apenas na Ucrânia", "Quando os mísseis matam os ucranianos estão a matar todos os europeus".


O presidente russo apelou ao exército ucraniano para retirar o apoio ao governo ucraniano, parar de resistir e tomar o poder, isto quando as tropas de Kiev se batem, na capital do país, contra as tropas russas e em defesa da Ucrânia, naquele que é o segundo dia do maior conflito terrestre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e que já terá matado dezenas de pessoas.


Ainda assim, e depois de falar com o presidente dos EUA Zelenskyy mostrava-se mais confiante.


Durante a reunião de sexta-feira do Conselho de Segurança Vladimir Putin afirmava, sem apresentar provas, que a maioria das unidades militares ucranianas estão relutantes em se envolverem com as forças russas, acrescentando que as questão a oferecer resistência são, na sua maioria, batalhões de voluntários compostos por "nacionalistas ucranianos de direita". O chefe de Estado acusava as forças ucranianas de enviarem armamento pesado para áreas urbanas de várias grandes cidades, incluindo Kiev e Kharkiv, para usar civis como escudos.

O presidente russo Vladimir Putin nessa sexta-feira ameaçou a Suécia e a Finlândia com “consequências militares” se eles se juntarem à OTAN. Enquanto isso, o ministro da Defesa alemão, Lambrecht, disse na sexta-feira que teme que o presidente russo, Vladimir Putin, não hesite em atacar os parceiros da OTAN. “Ainda temos alguma esperança de que ele não cruze nenhuma outra fronteira [não invada mais algum pais[es]. Mas tenho que dizer honestamente: isso não é uma certeza! 

Enquanto isso, o secretário da Otan, Jens Stoltenberg, disse nessa sexta-feira que a Otan enviará ‘unidades de força de resposta’ para a Europa Oriental para reforçar as defesas dos países membros do tratado.

Embora parecesse um tiro no escuro desde o início, a perspectiva de abertura de negociações entre a Rússia e a Ucrânia foi colocada em dúvida quando o Kremlin disse que a Ucrânia parou de responder depois de rejeitar a oferta inicial de Moscou de uma reunião em Minsk, a capital da Bielorrússia.

Em vez disso, a Ucrânia pediu uma reunião na capital polonesa, Varsóvia, disse o Kremlin, acrescentando que não ouviu mais nada vindo da Ucrânia. Não houve nenhuma palavra imediata da Ucrânia sobre os comentários russos. As idas e vindas diplomáticas acontecem enquanto os combates continuam no terreno com as forças russas entrando na capital Kiev.


É claro que, como acrescenta a agência Bloomberg, qualquer conversa provavelmente terá dificuldades para encontrar um terreno comum sobre a questão da “neutralidade” para a Ucrânia, que procurou se juntar à OTAN e se aproximar da Europa e por esse motivo, alega o Kremlin, foi atacada pela Rússia, que não aceita a entrada da Ucrânia na Otan.

KREMLIN DIZ QUE PUTIN CONCORDOU EM ORGANIZAR NEGOCIAÇÕES APÓS ZELENSKIY DIZER QUE ESTÁ PRONTO PARA DISCUTIR A NEUTRALIDADE DA UCRÂNIA

KREMLIN DIZ QUE NOTIFICAMOS OS UCRANIANOS DE PROPOSTA PARA REALIZAR PALESTRAS EM MINSK

KREMLIN DIZ QUE PUTIN LIGOU PARA LUKASHENKO DA BIELORRÚSSIA PARA ORGANIZAR MINSK TALKS COM A UCRÂNIA

As ações do rublo e da Rússia, assim como as ações dos EUA e da Europa, ampliaram os ganhos depois que o assessor de Putin, Dmitry Peskov, transmitiu a oferta de negociações em Minsk, capital da Bielorrússia, aliada da Rússia. O Kremlin também observa que, embora a Ucrânia tenha inicialmente proposto negociações em Varsóvia, em seguida, interrompeu o contato.


Separadamente, o Kremlin disse que os nacionalistas ucranianos implantaram sistemas de mísseis em áreas residenciais nas grandes cidades, um movimento que o Kremlin chamou de “muito perigoso”.


Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que Moscou só falará se o exército da Ucrânia se render. “Estamos prontos para negociações a qualquer momento, assim que as forças armadas ucranianas responderem ao chamado de nosso presidente, parem de resistir e deponham suas armas”, disse Lavrov na capital russa.


Embora Zelenskiy também tenha pedido negociações com Putin, não havia indicação de que a Ucrânia acedesse às exigências russas de rendição. Nem havia qualquer sinal de interrupção da luta. As sirenes alertaram os moradores de Kiev para se abrigarem desde o início da manhã, pois as forças armadas da Ucrânia disseram que suas unidades estavam enfrentando blindados russos ao norte DA CAPITAL QUE APARENTEMENTE PARECE ESTAR CERCADA PELAS FORÇAS DA RÚSSIA.


Zelenskiy disse que aviões russos estavam atacando áreas residenciais da capital. O prefeito Vitali Klitschko disse que “entrou na fase de defesa”, com tiros e explosões ouvidos em toda a cidade. “O inimigo já está em Kiev”, disse ele.


Conforme observado anteriormente, o presidente chinês Xi Jinping disse a Putin em uma ligação nessa sexta-feira que apoiava as negociações entre a Rússia e a Ucrânia, segundo a Televisão Central da China. Citou Putin dizendo que estava pronto para conduzir conversas de alto nível.


A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, descartou Zelenskiy e seu governo como “marionetes” [do ocidente]. Putin disse que quer substituir a liderança da Ucrânia, chamando-a de “junta”. Apesar da oferta de negociações, o ataque à Ucrânia está em andamento para garantir a “desmilitarização” do país, disse Zakharova.


Em um discurso, Zelenskiy disse que a Ucrânia não tem medo de “falar sobre o status neutro”, mas passou a exigir garantias de segurança e a dizer que o destino do país depende de seu exército. Mais cedo, ele disse que seus serviços de inteligência o identificaram como o principal alvo da Rússia, mas que ele está em Kiev e sua família permanecerá no país. “Eles querem destruir a Ucrânia politicamente destruindo o chefe de Estado”, disse ele. 

Em uma videochamada ontem à noite, o presidente da Ucrânia disse aos líderes da UE que “Esta pode ser a última vez que você me vê vivo”, a Axios informou acrescentando que “eles estão vindo para mim, mas eu vou ficar” (é claro, o ex-líder do Afeganistão Ashraf Ghani também disse a todos que ficaria até desaparecer).


O presidente ucraniano pareceu bastante irritado com o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, criticando o fato de que o ex-chefe do BCE aparentemente minou ou criticou Zelensky por ele não ter comparecido à ligação que eles concordaram em fazer esta manhã. Segundo relatos, Draghi garantiu com sucesso uma divisão de bens de luxo italianos do pacote de sanções econômicas da UE contra a Otan, que um diplomata da UE teria dito:


‘Aparentemente vender mocassins Gucci para oligarcas é mais uma prioridade do que revidar Putin’.


Como lembrete, a Itália foi uma das nações (junto com a Alemanha, Hungria e Chipre) que se recusou a concordar em expulsar a Rússia do sistema SWIFT.


Após as notícias de que a Rússia está pronta para enviar uma delegação a Minsk para negociações com a Ucrânia, momentos atrás o Kremlin anunciou que Putin concordou em organizar negociações depois que Zelensky disse que estava pronto para discutir o “status neutro” da Ucrânia ( ou seja, não aderir à OTAN). Aqui estão as últimas manchetes da Reuters: