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quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Em Davos, o Brasil precisa combater o extremismo<<>> No Fórum Econômico Mundial, ministro da Fazenda encerra participação com painel ao lado de líderes da Colômbia, Equador, Costa Rica e República Dominicana<<>> Fernando Haddad sublinha a importância da integração de países da América Latina

 



RENATO SANTOS 19/01/2023   Interessante  os brasileiros  que   dão  créditos as fake news, do  que  a verdade!  Estou  me  referindo  ao  Ministro da economia tomaram  a fala  dele  fora  do  contexto  para  fazer  pretexto. 


 


As reformas econômicas no Brasil caminham junto com os objetivos de sustentabilidade. Esta é uma das principais mensagens que o Governo Federal pretende passar à comunidade internacional durante o Fórum Econômico Mundial, que tem início nesta segunda-feira (16/1) em Davos, na Suíça. Representando o Brasil – juntamente com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva – o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou em conversa com jornalistas que o modelo de economia defendido pelo Brasil é o da "retomada do crescimento com sustentabilidade fiscal e ambiental e justiça social".

De acordo com Haddad, o Brasil pode contribuir muito no crescimento aliado à sustentabilidade e está preparado para assumir o lugar que a comunidade internacional espera do país. "A sustentabilidade ambiental ganhou uma dimensão na qual o Brasil tem muito a oferecer, não apenas em termos da retomada dos compromissos históricos, com o combate ao desmatamento e [o uso de] energia renovável, mas, também, na pauta do desenvolvimento", afirmou o ministro.

ATAQUES À DEMOCRACIA — A respeito dos ataques aos prédios dos Três Poderes, ocorridos em Brasília (DF) no dia 8 de janeiro – quando o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto foram invadidos, vandalizados e depredados –, Fernando Haddad reafirmou "o compromisso do Brasil com o combate a todo tipo de extremismo que vem dando a tônica no último período". Haddad enfatizou a resposta imediata dada pelas instituições brasileiras em relação aos ataques.

"No dia seguinte, houve uma intervenção na segurança pública do Distrito Federal, o afastamento judicial do governador do DF, a visita dos 27 governadores a Brasília, que se reuniram com os Três Poderes da República – Executivo, Legislativo e Judiciário – num gesto de compromisso com a Constituição e com a agenda democrática. Acredito que a própria maneira como o presidente Lula vem se comportando, e a receptividade que ele vem tendo tanto no Congresso, quanto no Judiciário, é a prova de que nós estamos no bom caminho", considerou Haddad. O ministro ressaltou, ainda, o compromisso do Brasil em dar suporte às jornadas democráticas que o mundo está vivendo, sobretudo na América do Sul.

 Fortalecer a integração entre os países da América Latina é a chave para a retomada do processo de desenvolvimento na região. Esse argumento serviu de base para a análise, feita pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) nesta quarta-feira (18/1), sobre o papel que o Brasil tem no contexto do crescimento econômico latino-americano. Ele encerrou sua participação no Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos (Suíça), em um painel ao lado da vice-presidente da República Dominicana, Raquel Peña, e dos presidentes Gustavo Petro (Colômbia), Guillermo Lasso (Equador) e Rodrigo Chaves (Costa Rica).


Haddad ressaltou que o Brasil teve destaque ao longo dos dois primeiros mandatos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, justamente por promover uma grande integração com os vizinhos. Segundo o ministro, os mecanismos democráticos para que o Brasil e os países vizinhos fossem ouvidos em todos os fóruns internacionais foram ativados. "Nós entendemos que essa integração regional com os países da América Latina é absolutamente necessária", afirmou.


O presidente Gustavo Petro exaltou o potencial que a América Latina tem para contribuir no combate às mudanças climáticas, em especial pela capacidade de geração energia limpa. Haddad mostrou afinidade com o tema: "conforme o presidente Petro destacou, nós temos a mesma visão no que diz respeito à geração de energia limpa, já que temos um enorme potencial para a produção de energia solar, eólica, e para a produção de hidrogênio verde", frisou.


O ministro da Fazenda ainda participou de reuniões bilaterais, entre elas uma com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann. Ao conversar com jornalistas brasileiros antes de embarcar de volta ao Brasil, Haddad destacou a importância da participação no Fórum Econômico Mundial e disse que essa representação nos grandes eventos internacionais é fundamental.


"O Brasil precisa ter representantes em todos os fóruns e aqui não é diferente. Você precisa mandar alguém pra cá. Se não veio o presidente da República, vem um ministro, dois ministros — mas sempre é importante ter alguém representando o Brasil, porque você dissemina informações relevantes, perspectivas sóbrias sobre o que vai acontecer", explicou. Nesse sentido, o ministro voltou a destacar que a presença dele e da ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) em Davos foram importantes, particularmente, devido à preocupação mundial com o momento político brasileiro após os atentados de 8 de janeiro em Brasília (DF).


"Saio daqui satisfeito sobre o que eu ouvi sobre o Brasil. Eu cheguei aqui surpreso com o grau de preocupação com o Brasil e eu penso que a mensagem da Marina e a minha foi no sentido de mostrar que o Brasil segue forte. As pessoas ficaram felizes em ouvir isso da nossa parte. Não há nenhuma razão para o mundo ter preocupação com o Brasil. O que o Brasil demonstrou, nesse ataque, foi que as instituições se uniram, todos os governadores, todos os poderes da República, em torno da mesma causa: preservar as liberdades democráticas do Brasil", afirmou Haddad.