RENATO SANTOS 11/06/2023 ACADÊMICO DE DIREITO N.º1526 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou suas redes sociais para se manifestar contra a extradição e prisão do jornalista fundador do WikiLeaks Julian Assange. “Sua prisão vai contra a defesa da democracia e da liberdade de imprensa”, escreveu o presidente. “É importante que todos nos mobilizemos em sua defesa.” O jornalista é acusado de vazar informações confidenciais dos Estados Unidos, e, na definição do presidente, “fez um importante trabalho de denúncia de ações ilegítimas de um Estado contra outro”.
Nesse ponto o jornalismo perde o direito a expressão, há outra , voc ê não precisa gostar do PRESIDENTE Mas termos uma falha perigosa, os brasileiros continuam com radicalismo isso não pode acontecer.
Não é a primeira vez que Lula defende o jornalista. Durante a campanha eleitoral de 2022, ele já havia cobrado “pressão mundial” pela libertação do fundador do WikiLeaks. “Nós que estamos aqui falando de democracia precisaríamos perguntar: que crime o Assange cometeu?”, disse para apoiadores em um discurso em Maceió. Em novembro, depois de eleito, Lula recebeu representantes do WikiLeaks e voltou a defender a libertação do jornalista, dizendo que sua prisão é “injusta”.
Já em maio deste ano, durante a coroação do rei Charles 3º, Lula voltou a criticar a prisão de Assange. “É uma vergonha que um jornalista que denunciou as falcatruas de um Estado contra outro esteja preso, condenado a morrer em uma cadeia”, disse, em entrevista coletiva em Londres.
Assange é alvo de 18 acusações nos Estados Unidos por revelar documentos confidenciais, principalmente na área militar. Entre os documentos vazados por meio do WikiLeaks, há denúncias de crimes de guerra e espionagem realizados pelo governo norte-americano em outros países, incluindo o Brasil. Segundo documentos revelados pelo site, os Estados Unidos grampearam a então presidente Dilma Rousseff e mais 29 telefones do governo, entre ministros, diplomatas e assessores.
A defesa de Assange marca mais um ponto de divergência entre Lula e o governo dos Estados Unidos. O mandatário brasileiro, que se encontrou com o presidente norte-americano Joe Biden em fevereiro, já demonstrou discrepâncias com interesses da nação estrangeira, como ao questionar a hegemonia do Dólar no comércio internacional. Desde a posse, por exemplo, Lula fortaleceu relações com a China, criticou a postura dos Estados Unidos na guerra da Ucrânia e posicionou-se contra as sanções dos EUA contra a Venezuela.