CONFIRMADO NÃO HÁ SOBREVIVENTES
DESTROÇOS ENCONTRADOS PERTO DA AUSTRALIA
O avião desaparecido da Malásia caiu nos mares ao largo da Austrália e
não há sobreviventes, anunciou nesta segunda-feira (24) o
primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak em entrevista coletiva.
"Eu devo informar a vocês agora que, de acordo com novos dados, o voo MH 370 terminou no sul do Oceano Índico", disse Razak.
Pouco antes, uma mensagem de texto foi enviada para os parentes das
vítimas dizendo que o avião foi "perdido" sem deixar sobreviventes.
"Devemos agora aceitar o que todas as evidências indicam: o avião caiu
no Oceano Índico", dizia o texto, segundo a CNN.
Duas famílias dos passageiros do voo MH 370 haviam dito que a companhia aérea Malaysia Airline as chamou para uma reunião meia hora antes do pronunciamento do premiê malaio. Paramédicos foram enviados para o hotel em Pequim onde estão várias famílias. A imprensa chinesa disse que algumas famílias estão se preparando para viajar à Austrália.
Duas famílias dos passageiros do voo MH 370 haviam dito que a companhia aérea Malaysia Airline as chamou para uma reunião meia hora antes do pronunciamento do premiê malaio. Paramédicos foram enviados para o hotel em Pequim onde estão várias famílias. A imprensa chinesa disse que algumas famílias estão se preparando para viajar à Austrália.
Pouco antes, autoridades australianas afirmaram que um navio partiu
na noite de domingo (23) em direção ao local no Oceano Índico onde um
avião de vigilância avistou dois objetos que podem ser destroços do
avião desaparecido.
Um dos objetos é "verde ou cinza e circular" e o outro é "retangular e
laranja", disseram as autoridades marítimas da Austrália.
Uma aeronave militar da China que participa das buscas pelo avião
malaio desaparecido há mais de duas semanas também localizou na
segunda-feira objetos flutuantes "suspeitos" nos remotos mares ao largo
da Austrália, elevando as esperanças de que o Boeing seja encontrado
logo.
No fim de semana, tripulantes australianos já haviam avistado um
pallet de madeira e cintos de segurança numa área do gélido sul do
Índico, que foi identificada depois de satélites terem registrado
imagens dos possíveis destroços.
O voo MH370 sumiu dos radares civis menos de uma hora depois de
decolar de Kuala Lumpur para Pequim com 320 passageiros a bordo, em 8 de
março. Nos últimos dias, as buscas vêm se deslocando para o sul do
Índico, a milhares de quilômetros da rota original.
O avião militar chinês identificou dois objetos flutuantes
"relativamente grandes" e vários outros menores, brancos, dispersos por
uma área de vários quilômetros quadrados, segundo a agência de notícias
Xinhua.
Mas a China reagiu com cautela ao achado. "No momento, ainda não
podemos confirmar se os objetos flutuantes estão vinculados ao avião
desaparecido", disse Hong Lei, porta-voz da chancelaria, em Pequim.
A China despachou seu quebra-gelo Xuelong ("dragão do mar") para a
área onde os destroços foram vistos. Uma flotilha de outras embarcações
chinesas também está rumando para o sul, devendo chegar à área na
terça-feira. Mais de 150 passageiros a bordo do avião são chineses.
Em mais um sinal de que as buscas podem estar dando resultados, a
Marinha dos Estados Unidos está levando seu avançado detector de
caixas-pretas para a região. Há grande pressa para detectar as
caixas-pretas do MH370, pois o feixe sinalizador que ele emite se
extingue após 30 dias.
O equipamento norte-americano, que viaja lentamente, a reboque de uma
embarcação, é capaz de detectar a sinalização de uma caixa-preta que
esteja a até 20 mil pés (6.096 metros).
No domingo, um satélite francês avistou possíveis destroços de um
avião de passageiros da Malaysian Airlines ao sul do Oceano Índico.
"Esta manhã, a Malásia recebeu novas imagens de satélite de
autoridades francesas que mostram objetos potenciais nas imediações do
corredor sul", disse o Ministério dos Transportes da Malásia, em
comunicado. "A Malásia retransmitirá imediatamente estas imagens para o
centro de resgate de coordenação da Austrália."
O comunicado não deu detalhes sobre se os objetos estavam na mesma
área de outros potenciais restos do avião em uma vasta faixa de parte
mais inóspita do mar no planeta.
Explicações
Os investigadores suspeitam que o Boeing 777, que decolou de Kuala
Lumpur com destino a Pequim pouco depois da meia-noite em 8 de março,
foi deliberadamente desviado milhares de quilômetros de sua rota
programada. Eles dizem que estão se concentrando em sequestro ou
sabotagem, mas não descartaram a possibilidade de problemas técnicos.
A investigação aumentou as tensões entre a China e a Malásia, com
Pequim pressionando repetidamente a nação do Sudeste Asiático a
intensificar a sua missão e fazer um trabalho melhor em consideração aos
parentes dos passageiros chineses, que são maioria no avião.
Hishammuddin rejeitou as denúncias de que o país não estava se
esforçando e se recusando a compartilhar informações vitais com outros
governos.
Para as famílias dos passageiros, o processo provou ser uma batalha
emocionalmente desgastante para obter informações - a angústia deles tem
sido alimentada por um fluxo constante de especulação e pistas falsas.
Alguns especialistas argumentam que a relutância em compartilhar
dados sensíveis de radar e capacidades em uma região repleta de
suspeitas em meio à ascensão militar da China e disputas territoriais
pode ter prejudicado as buscas.
ESSE É UMA NOVA AERONAVE DE SUBSTITUIÇÃO |
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