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quinta-feira, 13 de março de 2014

                                   FINALMENTE  O  MUNDO ACORDOU  MAS  A     DILMA  NAO



Há apenas um ano e meio a presidente brasileira Dilma Rousseff defendia com firmeza o rápido envio dos chanceleres sul-americanos para um país da região em crise política para zelar pela "ordem democrática".
"Tínhamos que cuidar para que houvesse o respeito aos princípios elementares de justiça que caracterizam a democracia", afirmou publicamente a presidente, em nome da Unasul (União de Nações Sulamericanas), em 22 de junho de 2012.
O país a que ela se referia era o Paraguai, cujo presidente esquerdista Fernando Lugo acabava de ser destituído em um julgamento político fulminante, qualificado de "constitucional" por alguns e de "golpe de Estado" por outros.
Mas agora que a Venezuela, outro país da região - e também membro do Mercosul -, vive sua própria crise política, com mais de 20 mortos e centenas de feridos nas ruas, o Brasil parece ter adotado uma atitude muito mais cautelosa.

A  GAZETA  CENTRAL  VIA  REDE  SOCIAL  CRITICOU  DURAMENTE




O governo brasileiro foi criticado por não se pronunciar sobre os grandes protestos na Venezuela.
"Não cabe ao Brasil discutir a história da Venezuela, nem o que a Venezuela deve fazer, porque isso seria contra o que defendemos em termos de política externa", afirmou Rousseff recentemente para a imprensa.
Depois, ela defendeu o "diálogo" e o "consenso", evitando qualquer tipo de crítica à forma como o governo de Nicolas Maduro reagiu aos protestos de rua e às denúncias de repressão contra opositores.
Toda essa discrição em relação a um país que Brasília promoveu a sócio comercial-chave e no qual possui interesses multimilionários rendeu críticas dentro e fora do Brasil à postura do governo Rousseff.

"O Brasil está atuando da pior forma, porque não está revelando liderança nenhuma", disse ao  enviar  o  email para  centralgazeta@ig.com.br o ex-chanceler brasileiro Luiz Felipe Lampreia.
"Não está propiciando nem o diálogo nem a intervenção de observadores internacionais", disse. "Pelo contrário, está favorecendo a repressão, não de uma maneira explícita, mas na prática isso é o que resulta da posição brasileira".

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