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quinta-feira, 17 de julho de 2014

PROJETOS PARA UNIFICAR OS BANCOS CENTRAIS DE TODA AMERICA LATINA E CRIAR UMA UNICA MOEDA JUNTO COM A RUSSIA E O DOMINIO DE UMA GRANDE POTÊNCIA Até agora, costumava-se considerar a aliança dos países Brics, que respondem por 42% da população e 28% do produto interno bruto do planeta, como um grupo político dos mais importantes países do mundo não ocidental. Não se esperava desta associação negócios reais e iniciativas em escala mundial. A 6ª Reunião de Cúpula do Brics, que está sendo realizada em Fortaleza nesta terça e quarta-feira, visa a mudar essa situação e constituir não só uma agenda política, mas também desenvolver novas instituições econômicas internacionais. “Está totalmente claro que o Brics está voltado à modernização e renovação da arquitetura financeira global do mundo”, afirma Serguêi Luzianin, diretor-adjunto do Instituto de Estudos do Extremo Oriente da Academia de Ciências Russa. “O domínio de uma superpotência possui os resultados que estamos observando nos últimos 20 anos, e esses resultados estão deixando a sociedade horrorizada. Possivelmente, o Brics não poderá mudar algo radicalmente, mas terá como expressar a sua firme opinião”, acredita o especialista. Uma das principais iniciativas do Brics é a criação de um Banco de Desenvolvimento, que irá coordenar as políticas de investimento dos fundos soberanos dos países-membros (incluindo o Fundo de Bem-Estar da Rússia). “A criação do Banco de Desenvolvimento é o início de um processo sério de institucionalização do Brics”, afirma o professor catedrático Vladímir Davidov, diretor do Instituto da América Latina da Academia de Ciências Russa. Segundo ele, a organização deve avançar nas seguintes áreas: banco, aliança entre as bolsas de valores, fundo de reservas emergenciais, agências alternativas de classificação e mecanismos para pagamentos em moeda nacional. “A experiência mostra que não se pode agir lentamente. É necessário criar uma estrutura que irá permitir minimizar o caráter espontâneo do desenvolvimento, pois a cada 10 anos ocorre uma crise”, acrescenta Davidov. Além disso, espera-se que o banco se ocupe de projetos de infraestrutura, como a construção de portos, estradas e redes de telecomunicações – em primeiro lugar, no território dos países do Brics. Um dos primeiros projetos comuns poderá ser a construção de uma rede de estações terrestres para o sistema Glonass. O objetivo do projeto é melhorar a precisão do sinal e da navegação. Especialistas russos acreditam que a alocação das estações terrestres no território esses países tornará o sistema mais competitivo. Cabe lembrar que o grupo conta com uma vantagem única: estão localizados nos quatro continentes. Ajuda mútua O pool de moedas convencionais ou, mais precisamente, o Fundo de Reserva dos Brics, com capital de US$ 100 bilhões, irá prestar assistência financeira aos membros do grupo que enfrentam problemas com a balança de pagamentos. No contexto de volatilidade da economia mundial e da mudança rápida do fluxo de capitais dos países desenvolvidos para as economias emergentes, incluindo as economias dos países do Brics, e no sentido inverso, podem surgir problemas com a balança de pagamentos. O fundo de reserva pode se tornar um importante mecanismo de amortização nessa situação. Entre os Brics, a China irá assumir o principal encargo (US$ 41 bilhões), o Brasil, a Índia e a Rússia vão contribuir com US$ 18 bilhões cada, e a África do Sul vai entrar com US$ 5 bilhões. Mas o dinheiro do fundo será concedido ao país necessitado levando em conta um multiplicador. Para a China, o multiplicador é 0,5. Ou seja, em caso de necessidade, a China não receberá US $ 41 bilhões, e sim a metade. Para a África do Sul, o multiplicador é igual a dois e para os países restantes, equivale a um. Os Bancos Centrais dos Brics vão manter as suas quotas como parte de suas reservas de ouro. A disponibilização da ajuda financeira para o membro necessitado dos grupo será vinculado ao respectivo programa do FMI. A ideia de assistência mútua também está embutida em outro grande projeto que a Rússia pretende propor e promover – uma associação de energia dos Brics, e dentro dela, um banco de reserva de combustível. Isso é uma espécie de análogo aos depósitos de petróleo estratégicos dos EUA, mas em escala global. Os especialistas supõem que o país não necessita de um banco de reserva de combustível, mas, com a ajuda dele, será possível para o país firmar a posição de maior potência energética no mercado mundial. Juntamente com o Banco de Desenvolvimento do Brics, a Rússia poderá fortalecer significativamente a influência sobre o fluxo global de capital. “A criação de um novo Banco de Desenvolvimento e do pool de reservas cambiais convencionais dos países do Brics não é um objetivo, e sim um resultado visível da cooperação que está se desenvolvendo ativamente em trinta segmentos”, destaca o sherpa (termo utilizado em diplomacia para designar o principal articulador e negociador em cúpulas de chefes de Estado) brasileiro José Alfredo Graça Lima. Segundo ele, nesse caso, pode-se falar no nascimento de um novo sistema financeiro internacional, comparável ao que foi criado em Bretton Woods, em 1944, e que continua funcionando até hoje 

Até agora, costumava-se considerar a aliança dos países Brics, que respondem por 42% da população e 28% do produto interno bruto do planeta, como um grupo político dos mais importantes países do mundo não ocidental. 


Não se esperava desta associação negócios reais e iniciativas em escala mundial. A 6ª Reunião de Cúpula do Brics, que está sendo realizada em Fortaleza nesta terça e quarta-feira, visa a mudar essa situação e constituir não só uma agenda política, mas também desenvolver novas instituições econômicas internacionais.

“Está totalmente claro que o Brics está voltado à modernização e renovação da arquitetura financeira global do mundo”, afirma Serguêi Luzianin, diretor-adjunto do Instituto de Estudos do Extremo Oriente da Academia de Ciências Russa. “O domínio de uma superpotência possui os resultados que estamos observando nos últimos 20 anos, e esses resultados estão deixando a sociedade horrorizada. Possivelmente, o Brics não poderá mudar algo radicalmente, mas terá como expressar a sua firme opinião”, acredita o especialista.

Uma das principais iniciativas do Brics é a criação de um Banco de Desenvolvimento, que irá coordenar as políticas de investimento dos fundos soberanos dos países-membros (incluindo o Fundo de Bem-Estar da Rússia). “A criação do Banco de Desenvolvimento é o início de um processo sério de institucionalização do Brics”, afirma o professor catedrático Vladímir Davidov, diretor do Instituto da América Latina da Academia de Ciências Russa.

Segundo ele, a organização deve avançar nas seguintes áreas: banco, aliança entre as bolsas de valores, fundo de reservas emergenciais, agências alternativas de classificação e mecanismos para pagamentos em moeda nacional. “A experiência mostra que não se pode agir lentamente. É necessário criar uma estrutura que irá permitir minimizar o caráter espontâneo do desenvolvimento, pois a cada 10 anos ocorre uma crise”, acrescenta Davidov.

Além disso, espera-se que o banco se ocupe de projetos de infraestrutura, como a construção de portos, estradas e redes de telecomunicações – em primeiro lugar, no território dos países do Brics. Um dos primeiros projetos comuns poderá ser a construção de uma rede de estações terrestres para o sistema Glonass. 

O objetivo do projeto é melhorar a precisão do sinal e da navegação. Especialistas russos acreditam que a alocação das estações terrestres no território esses países tornará o sistema mais competitivo. Cabe lembrar que o grupo conta com uma vantagem única: estão localizados nos quatro continentes.
Ajuda mútua

O pool de moedas convencionais ou, mais precisamente, o Fundo de Reserva dos Brics, com capital de US$ 100 bilhões, irá prestar assistência financeira aos membros do grupo que enfrentam problemas com a balança de pagamentos. No contexto de volatilidade da economia mundial e da mudança rápida do fluxo de capitais dos países desenvolvidos para as economias emergentes, incluindo as economias dos países do Brics, e no sentido inverso, podem surgir problemas com a balança de pagamentos.


O fundo de reserva pode se tornar um importante mecanismo de amortização nessa situação. Entre os Brics, a China irá assumir o principal encargo (US$ 41 bilhões), o Brasil, a Índia e a Rússia vão contribuir com US$ 18 bilhões cada, e a África do Sul vai entrar com US$ 5 bilhões. Mas o dinheiro do fundo será concedido ao país necessitado levando em conta um multiplicador. Para a China, o multiplicador é 0,5. Ou seja, em caso de necessidade, a China não receberá US $ 41 bilhões, e sim a metade. Para a África do Sul, o multiplicador é igual a dois e para os países restantes, equivale a um.


Os Bancos Centrais dos Brics vão manter as suas quotas como parte de suas reservas de ouro. A disponibilização da ajuda financeira para o membro necessitado dos grupo será vinculado ao respectivo programa do FMI.


A ideia de assistência mútua também está embutida em outro grande projeto que a Rússia pretende propor e promover – uma associação de energia dos Brics, e dentro dela, um banco de reserva de combustível. Isso é uma espécie de análogo aos depósitos de petróleo estratégicos dos EUA, mas em escala global. Os especialistas supõem que o país não necessita de um banco de reserva de combustível, mas, com a ajuda dele, será possível para o país firmar a posição de maior potência energética no mercado mundial. Juntamente com o Banco de Desenvolvimento do Brics, a Rússia poderá fortalecer significativamente a influência sobre o fluxo global de capital.


“A criação de um novo Banco de Desenvolvimento e do pool de reservas cambiais convencionais dos países do Brics não é um objetivo, e sim um resultado visível da cooperação que está se desenvolvendo ativamente em trinta segmentos”, destaca o sherpa (termo utilizado em diplomacia para designar o principal articulador e negociador em cúpulas de chefes de Estado) brasileiro José Alfredo Graça Lima. Segundo ele, nesse caso, pode-se falar no nascimento de um novo sistema financeiro internacional, comparável ao que foi criado em Bretton Woods, em 1944, e que continua funcionando até hoje 

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