O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) quer proibir as casas de recuperação mantidas por instituições religiosas de falar sobre fé durante o tratamento oferecido aos dependentes químicos, o que afetaria diretamente o trabalho social desenvolvido por diversas igrejas evangélicas.
O senador Magno Malta (PR-ES) criticou a portaria do Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (CONAD) – que é subordinado à presidente Dilma Rousseff (PT) -, dizendo que estava tentando “cortar o mal pela raiz”.
“Lamento que o Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas prepare uma resolução pela qual as comunidades terapêuticas não poderão mais falar sobre religião com os pacientes”, disse o senador durante discurso no Congresso Nacional.
A norma que o CONAD pretende publicar em breve visa proibir o que a direção do órgão chamou de “proselitismo religioso”. Malta disse que essa portaria trata-se, na verdade, de uma tentativa de censura religiosa, e foi objetivo em seu contra-argumento: “Sabe qual é o remédio [para dependentes químicos]? É Deus de manhã, Jesus meio-dia e o Espírito Santo de noite”.
Malta ainda lembrou que as atividades voluntárias realizadas pelos cristãos no país impedem que a sociedade entre em colapso: “Sem o terceiro setor, sem o apoio das religiões e dos movimentos sociais, os usuários de drogas estariam cada vez mais abandonados. O governo é omisso e não quer deixar os dedicados voluntários agirem em defesa da vida”.
Por fim, o senador ressaltou que em todos os anos que trabalha com recuperação de dependentes químicos, nunca viu a metodologia tradicional alcançar resultados: “Eu não conheço ninguém que o Conselho de Medicina recuperou. Eu não conheço ninguém que foi recuperado pelo Ministério Público. Eu não conheço ninguém que o governo Dilma recuperou. Eu não conheço ninguém que o SUS recuperou. Eu conheço milhões, milhares nesse país que foram recuperados pela fé, pela pregação do Evangelho”, concluiu.
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