materia do dia 22 de maio de 2010
atualizado em 25 de agosto de 2014
NÃO ESQUECEMOS O QUE UM EX PREFEITO FOI CAPAZ DE FAZER EM JUAZEIRO DO NORTE.
O delegado da Polícia Civil de Juazeiro do Norte, Levi Leal, anunciou em entrevista coletiva, a solução parcial do crime de seqüestro seguido de tortura contra o jornalista Gilvan Luiz, do Jornal Sem Nome.
Foram indiciados dois guardas municipais – Cícero Fecundo Sampaio e Resilânio Jargeu dos Santos – que trabalhavam como seguranças do prefeito Manoel Santana (PT), segundo o delegado.
O terceiro indiciado, Ademilton Alves Vieira, é o dono do carro Corolla usado no seqüestro.
O jornalista fazia oposição ao prefeito em seu jornal.
A Polícia Civil resolveu o crime porque o guarda Cícero Sampaio deixou cair seu celular dentro do Corolla.
O empresário Gilvan Luis, dono do jornal Sem Nome, do município de Juazeiro do Norte (493,4 km de Fortaleza), foi sequestrado e torturado na noite da última quinta-feira, no Município, por supostas motivações políticas.
Segundo o seu sócio, Fábio Sousa, por volta das 19 horas, Gilvan estaria entrando numa escola de Juazeiro, quando foi abordado por três homens encapuzados e armados. Os criminosos teriam amarrado e sequestrado Gilvan em um veículo Corola, de cor branca e placa HWJ 8602, com registro no município de Porteiras (520 km de Fortaleza).
“Ele foi sequestrado e levado para um local esmo, na zona rural. Enquanto isso, no caminho, foi espancado violentamente”, afirmou Sousa.
De acordo com o sócio, uma professora teria visto toda a ação e acionado a Polícia. Quando uma viatura localizou o veículo, os criminosos teriam arremessado Gilvan para fora do carro. Os policiais o conduziram até o hospital e outras viaturas iniciaram a perseguição. Gilvan está internado na clínica São José, em Juazeiro. De acordo com Fábio seu estado de saúde é estável.
“Ele teve 49 pontos na cabeça e passou por uma série de exames médicos. Está falando, mas bastante machucado. A gente acredita que se a Polícia não o tivesse encontrado, hoje ele estaria sem vida”, declarou. Fábio atribuiu a autoria do atentado a pessoas ligadas à administração do Município e até ao prefeito, Manoel Santana (PT). [...]
Por meio de nota de repúdio, Santana afirmou que as autoridades policiais devem investigar o “odioso fato”, de forma “rápida e eficazmente”, para que os culpados sejam punidos “severamente”. “Minha índole não acalenta a imundície desse gesto nem qualquer tipo de atentado a vida alheia”. O advogado do prefeito, José Carlos Pimentel, disse que Santana não tem “a mínima relação” com o acontecido e adiantou que entrará com ação por denúncia caluniosa contra Gilvan e Fábio. [Trechos reproduzidas do O POVO, onde a matéria poderá ser lida na íntegra]
Dois dos candidatos a deputados estaduais do Cariri, o atual deputado Sineval Roque (Pros), com domicílio eleitoral no Crato, e o ex-prefeito de Juazeiro do Norte, Manoel Santana (PT), viveram nesse início de semana situações bem diferentes.
Na terça-feira, 22 de julho, Manoel Santana recebeu do Ministério Público Eleitoral um parecer favorável a sua candidatura. O procurador regional eleitoral Rômulo Conrado, esclarece, no parecer, que a denúncia não tem fundamentação jurídica e que as provas são insuficientes. Agora a pedido deve ser julgado pelo pleno do TRE.
O ex-prefeito Manoel Santana, disse que reconheceu o parecer do Ministério Público Eleitoral como um ato de justiça. “Na verdade, isso é uma perseguição política que visa tirar nossa candidatura porque temos densidade eleitoral. Isso atrapalha planos de poder de alguns políticos locais,” disse Santana.
Já o deputado Sineval Roque, teve indeferido o registro da sua candidatura pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), nessa quarta-feira, 23 julho. A sessão do TRE foi presidida pela desembargadora Iracema do Vale e Roque teve seis votos contra o seu registro e nenhum a favor.
A decisão ainda cabe recurso ao Superior Tribunal Eleitoral (STE).
Em conversa com nossa reportagem, ainda, antes da decisão, o deputado Sineval Roque, disse não entender como um fato ocorrido na eleição passada, onde, segundo ele, tudo já foi explicado, continue ganhando repercussão. Roque falou sobre a doação de um trio, motivo do processo, como uma questão superada. O deputado garante que vai recorrer da decisão para continuar candidato.
O TRE tem prazo até o dia 5 de agosto para julgar todos os processos de registros de candidatura. De acordo com o Calendário Eleitoral do TSE, os partidos e coligações ainda podem substituir ou registrar novos candidatos até o dia 6 de agosto.
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