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domingo, 28 de setembro de 2014

DENUNCIA: NICOLAS MADURO PODE TER DADO UM PREJUÍZO A PETROBRAS E A PSDVA, JUNTAS 50 BILHÕES DE REAIS, JUSTIÇA FEDERAL AUTORIZA QUEBRA DE SIGILO NO CONTRATO ENTRE O BRASIL E VENEZUELA

PETROBRAS E PSDVA JUNTAS  PREJUÍZO  AOS  COFRES PUBLICOS   DE  50  BILHÕES DE REAIS, HÁ INDICIOS DE LAVAGEM DE DINHEIRO NO GOVERNO DE  NICOLAS MADURO, CONTRATO  FRADULENTO


Vamos  entender o  seguinte: 

MATÉRIA  ATUALIZADA 
DATA ANO  2011/06

  
Os especialistas da Petrobras e da estatal venezuelana, Petróleos de Venezuela (PDVSA), reúnem-se nos próximos dias 9 e 10 para retomar as negociações sobre o repasse de recursos para a construção da Refinaria Abreu e Lima. A Venezuela tem até agosto para fazer os aportes de recursos para se tornar sócia do Brasil na refinaria. 

O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, confirmou também nesta segunda-feira que a data de agosto está mantida. A refinaria que está sendo erguida na região metropolitana de Recife deverá custar R$ 26 bilhões. No projeto básico as estimativas indicavam custo final de US$ 4 bilhões. 

Dos R$ 26 bilhões, a Petrobras investiu R$ 7 bilhões na unidade e informou que encerra o pagamento de R$ 10 bilhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), até agosto. 


Pelo acordo entre a Petrobras e a PDVSA, a refinaria vai processar 230 mil barris por dia, sendo metade produzido na Bacia de Campos e metade vindo da Venezuela. A diferença entre esses dois tipos de petróleo obrigou a Petrobras a separar o processamento do óleo, o que encareceu a planta


Mas  os estragos  não  param  por  ai, como ja foi antecipado  em uma de  nossas  edições, o podre da petrobras é  mais sujo  do que  se  pensam, desta fez  INTERNACIONAL, por que,  envolve BRASIL e VENEZUELA, se a  PSDVA  se quebrar a PETROBRAS vai junto  ao fundo  do mar, e se  a PSDVA, se quebrar, afunda tudo  nos  dois  PÁISES.


A  quadrilha  da  Petrobras e  a  quadrilha  da PSDVA, trabalharam juntas, de desvio de  recursos, naturais e  financeiros,  calcula-se  juntas trilhões  de dólares, de prejuízo  tanto  no BRASIL  como  na VENEZUELA.

A  EPOCA  DA  DILMA  COMO MINISTRA

Quando era ministra da Casa Civil, a presidente Dilma Rousseff foi informada em 2009 sobre “indícios de irregularidades graves” nas obras da refinaria Abreu e Lima, obra superfaturada da Petrobras.  

Havia  Documentos que  mostravam, segundo a publicação, que Dilma chegou a pedir para a Controladoria Geral da União (CGU) apurar o caso, mas o processo acabou arquivado em janeiro de 2014, sem punições. Outro processo havia sido arquivado pela CGU em 2012.


Mas  porque?  o  processo  foi  arquivado  em 2014. 

O Tribunal de Contas da União (TCU) afirmou nesta quarta-feira que a Petrobras fez um pagamento indevido de 242,8 milhões de reais para empreiteiras responsáveis por executar quatro contratos da refinaria de Abreu e Lima, da Petrobras. Mas na realidade  por  debaixo dos panos  o valor  foi  pago  pasmem  senhores  ao governo de NICOLAS MADURO  fazendo  contratos frios  com as emprreiteiras  que  hoje  estão envolvidas  nos escanda-los da PETROBRAS.

A informação consta do relatório apresentado pelo ministro-relator José Jorge, que destacou a refinaria como um "caso péssimo" na história da estatal. 

Além do valor já pago, ainda existe um saldo de 124,9 milhões de reais devido às empreiteiras e que, segundo o TCU, se refere a um reajuste de preços feito em "condições inadequadas". Com isso, a soma apontada como superfaturamento é de 367 milhões de reais.

A irregularidade foi identificada nos contratos de construção da unidade de coqueamento retardado, da unidade de hidrotratamento de diesel, da unidade de destilação atmosférica e das tubovias de interligação. 

Esses contratos foram alvos de reajustes contratuais acima da variação real de produção do custo de produção, segundo o TCU. Especialmente no quesito custo de mão de obra, que ganhou adicionais entre 70% e 80% dos valores contratados, acima da média de 56% verificados em outras etapas da construção pactuadas em outros contratos. 

"Esses reajustes estão superdimensionados", disse. O projeto da refinaria, no município de Ipojuca, Pernambuco, foi orçado inicialmente em 2,5 bilhões de reais. Mas, atualmente, apresenta orçamento de 20 bilhões de reais — o que a torna uma das refinarias mais caras do mundo.Em outras  palavras desvio  do dinheiro  Público.


A primeira suspeita de irregularidade que Dilma ficou sabendo se referia a um dos primeiros apontamentos feitos pelo TCU, ainda na fase de terraplanagem. 

O consórcio de empreiteiras responsável teria se beneficiado de um superfaturamento de 59 milhões de reais, segundo auditoria. 

Além de Dilma, o TCU também enviou ofícios para o presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, senador Fernando Collor (PTB-AL), em julho de 2009. Em agosto do mesmo ano, Collor enviou ofício a Dilma sobre o tema e, em setembro a Casa Civil repassou o caso à CGU para a abertura de processo. 

A CGU justifica o arquivamento com a falta de braço,  espera  um  pouco  falta de  braço, da parte  de quem?  mesmo?

Segundo consta em uma nota informativa do órgão de janeiro deste ano, há poucos funcionários - apenas três - para fiscalizar a Petrobras, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a Secretaria de Petróleo do Ministério de Minas e Energia e, por isso, auditorias em obras como Abreu e Lima não são prioridades.Não  são  prioridades , senhores são  bilhões  sendo  lavados  para a venezuela de NICOLAS MADURO,  como  não  são  prioridades. 

Outra justificativa é que a obra já tinha avançado bastante desde 2011 - 80% da refinaria já havia sido construída até o dia do arquivamento. Não  é justificativa  para deixar a continuidade dos roubos  aos  cofres  públicos  do Brasil.

Petrobras e PDVSA na Refinaria Abreu de Lima: negociações e acordos

Esta associação da Petrobras com a PDVSA é resultado de um total de 11 acordos firmados entre as duas empresas, que representam o resultado de um longo processo de negociações iniciado na primeira metade da década de 1990 (Governo Itamar Franco). 

A princípio a Petrobras será sócia majoritária (60%), tendo a PDVSA e a Renor Refinaria do Nordeste S.A. (empresa privada brasileira) respectivamente 35% e 5%, como sócias minoritárias.

Em 2008 foi fechado o primeiro acordo entre a Petrobras e a PDVSA prevendo que o petróleo utilizado na refinaria Abreu e Lima seja fornecido em partes iguais pelos dois países. As negociações entre a Petrobras e a PDVSA para a construção de uma refinaria no Brasil haviam sido iniciadas em 2003, quando chegou a ser discutido o projeto de criação de uma nova empresa petrolífera sul-americana, que não foi concluído.

O acordo firmado em 2008 previa ainda que a Petrobras receberia direitos de exploração de petróleo na principal região petrolífera da Venezuela, a Faixa do Orinoco. Após um novo e duro ciclo de negociações, em 2012, o diretor do Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, afirmou que o prazo da estrangeira vai até novembro deste ano. 

O acordo prevê instalações ainda maiores, com maior capacidade de refino. Sozinha, a estatal brasileira já construiu 50% do projeto e prevê início de operação para meados de 2013


PORQUE  ENTÃO  OS  BASTIDORES  DO PODER ESTA TÃO INCOFORMADA ?

O que acontece nos bastidores da politica no Brasil, tentam de todas as formas descobrir quem vazou as informações sobre os novos depoimentos de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e chefe da quadrilha montada na estatal para desviar recursos, beneficiando políticos da base aliada.

O Planalto considera que o vazamento das informações significa grave crime funcional, com agravante de ter ocorrido em período estratégico, às vésperas da eleição presidencial. 

Mas há controvérsias jurídicos, porque todo servidor público está obrigado a denunciar qualquer irregularidade de que tome conhecimento e ninguém pode prever como terminaria um processo desse tipo.

IMPOTÊNCIA

De início, a presidente Dilma Rousseff convocou diretamente o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que ficou em péssima situação ao confessar que não tem condições de pressionar a Polícia Federal, que se limitou a informar ter aberto uma sindicância interna. 

Na verdade, a PF está unida contra ele desde quando foi negado o aumento salarial reivindicado pela corporação, vetado pelo trio Dilma Rousseff, Guido Mantega e Miriam Belchior. 

A conversa com Dilma foi ríspida e Cardoso perdeu qualquer esperança de nomeação para ministro do Supremo.


Ao mesmo tempo, a presidente mandou acionar o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Roberto Trezza, que também informou não ter condições de se imiscuir nos serviços internos da Polícia Federal e caiu na bobagem de sugerir que procurassem o Ministério da Justiça, ao qual a Polícia Federal é subordinada, fazendo com que Dilma ficasse ainda mais irritada, ao constatar que em determinadas situações a Presidência da República não manda nada e tem de se curvar ao poder da máquina administrativa.


A estratégia que restou ao Planalto é de tentar alguma informação através da equipe da Veja, que está preparando a continuação da reportagem, para fornecer detalhes sobre os políticos e empresários envolvidos no maior escândalo da história da Petrobras. 

Há informações de que o número de envolvidos vai aumentar. Quem sabe chega àqueles 300 picaretas denunciados por Lula nos anos 80? 

Somente saberemos no sábado, porque o assunto está sendo tratado na revista sob sigilo absoluto.


VAMOS  VER, A  FERIDA  SE ABRIR  NAS DUAS EMPRESAS PSDVA DA VENEZUELA E  PETROBRAS


O juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, aceitou denúncia do Ministério Público Federal contra o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, acusados de serem os "comandantes da organização criminosa" que desviou dinheiro público na construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. 

De acordo com denúncia feita por uma força-tarefa do MPF, responsável pela investigação do caso ao lado da Polícia Federal, Paulo Roberto, quando era diretor da Petrobras, assinou contrato superfaturado com um consórcio liderado pela empreiteira Camargo Correa, que ganhou cerca de R$ 3,4 bilhões para construir uma unidade da refinaria. Segundo o TCU, houve superfaturamento de R$ 446 milhões na obra.

AGORA  O CAMINHO  CHEGA  NA VENEZUELA A CAMARGO CORREIA  ATUA  NA VENEZUELA  DESTE  2009, MAS A CIMPOR VALIU  EM PORTIGUAL

Accionista da Cimpor firma acordo para obras de saneamento na Venezuela, no valor de 1,7 mil milhões de euros, o maior contrato do grupo brasileiro no país.

O contrato com o Governo venezuelano inclui a construção de uma estação de tratamento de água, de esgotos e de projectos de irrigação na bacia do rio Tuy, região próxima de Caracas.


A Camargo Corrêa, um dos maiores grupos privados brasileiros, actua na Venezuela desde 2009, com um projecto de saneamento em Caracas. O novo contrato, que beneficiará uma população de cerca de cinco milhões de habitantes, terá 60% do custo financiado pelo BNDES, o banco estatal de fomento do Governo brasileiro.


Em Julho, a Camargo Corrêa anunciou a construção de uma fábrica de cimento em Angola, em parceria com a angolana Gema e a Escom, do grupo Espírito Santo, num investimento de 400 milhões de dólares. 

O grupo brasileiro anunciou também recentemente a aquisição de uma cimenteira em Moçambique, com capacidade de produção de 350.000 toneladas por ano.

No início do ano, o grupo brasileiro adquiriu uma participação de 33% na Cimpor, após o lançamento de uma Operação Pública de Aquisição (OPA) da também brasileira CSN, em Dezembro de 2009. 

A Camargo, que chegou a apresentar uma proposta de fusão com a cimenteira portuguesa, detém as marcas de cimento Cauê, no Brasil, e Loma Negra, na Argentina, onde lidera o mercado local.


A  CIMPOR

Perdeu metade das fábricas, concentrou a atividade na América Latina e em África. Os quadros de topo estão a ser substituídos por altos responsáveis do novo acionista e o centro de decisão já está a caminho do Brasil. 

Quem compra, manda, e o racional económico acaba por se sobrepor às promessas. É a lógica das fusões e aquisições e será assim em futuras operações Foi a nona maior cimenteira do mundo e uma das mais bem internacionalizadas empresas portuguesas, por isso, ao longo dos últimos anos a Cimpor foi cobiçada pelos gigantes mundiais do sector. 

Comprada este ano pela brasileira Camargo Corrêa, a Cimpor está em profunda transformação.


As suas fábricas, espalhadas por 12 países, foram divididas entre a Camargo e a também brasileira Votorantim. As decisões estratégicas começam a ser tomadas no Brasil, embora o presidente da comissão executiva (CEO), Ricardo Lima, esteja em Lisboa, onde se mantém ainda a sede. A OPA foi elogiada e apoiada pelo governo e por António Borges. O sim da CGD foi fundamental para que a oferta vingasse.

 "É uma ilusão acreditar que tudo fica na mesma quando uma empresa é comprada por outra ou há uma fusão. A história está aí para provar que não é assim. Só permanece como está o que tiver racional económico. Muitas vezes pelo caminho perdem-se empregos qualificados e diminui-se a concorrência", avança um gestor que já esteve ligado à Cimpor.

Foi agitada a vida da Cimpor após a privatização, concluída em 2001, com a venda dos últimos 10% à Teixeira Duarte.A cimenteira portuguesa foi sempre um alvo apetecível. No início do século, a suíça Holcim, o segundo maior grupo cimenteiro do mundo, lançou em parceria com a Semapa, de Pedro Queiroz Pereira, uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Cimpor. 

A oferta foi chumbada, apesar da luta travada junto do poder políticopor Queiroz Pereira. Uma década depois, surge uma nova uma OPA, a da brasileira CSN. O conglomerado presidido por Benjamim Steinbruch queria ganhar dimensão no mercado brasileiro de cimento - um sector dominado pela Camargo Corrêa e a Votorantim, onde a Cimpor tinha uma quota de mercado de 10%. 

Porém, a OPA foi considerada hostil, e por isso rejeitada.Mas foi a investida da CSN na Cimpor que acelerou a entrada da Camargo Côrrea e da Votorantim na cimenteira portuguesa - ambas empenhadas não só em travar o crescimento da CSN no Brasil, mas também em aproveitar as fábricas da Cimpor para expandir no exterior. Os dados estavam lançados.


Um ano e meio depois, a Cimpor passou a ser controlada pela Camargo, há dez anos com a Cimpor de baixo de olho. Hoje, aquela que já foi a maior cimenteira portuguesa está ser desmantelada e transformar -se numa empresa brasileira. 

E apesar de a sede ser em Lisboa, as grandes decisões estratégicas sobre o seu futuro são tomadas no Brasil, é lá que reúnem os líderes da InterCement, a empresa de cimentos do grupo que lançou a OPA sobre a Cimpor em abril deste ano.


Quem paga, manda

Quando no final de 2009, a Camargo e a Votorantim entraram no capital da Cimpor, comprando as participações dos fragilizados grupos portugueses, o destino da cimenteira tornou-se evidente. José Sócrates era então primeiro-ministro. Pouco a pouco começou a ficar claro que ambas estavam interessadas em dividir as fábricas da Cimpor entre si. 

A Camargo queria crescer em África e no Brasil - onde a Cimpor fazia alguma mossa na concorrência - e a Votorantim queria internacionalizar-se. A Cimpor assentava que nem uma luva nesta estratégia de dois grupos rivais e simultaneamente cooperantes. 

E pelo caminho anulava-se um concorrente no Brasil.Com os acionistas portugueses Teixeira Duarte e Manuel Fino (detentor de 20%, dos quais 9,6% tinham sido entregues à CGD como garantia de uma dívida) descapitalizados e endividados, era uma questão de tempo até a Cimpor se tornar brasileira. 

Num ápice, a Camargo comprou a participação de 22,17% da Teixeira Duarte e a Votorantim os 17% da francesa Lafarge. Passados poucos meses controlava cada uma, respetivamente, 32,94% e a 21,20%. Em setembro de 2010, a Camargo escolhe o socialista e ex-ministro Armando Vara, acabado de sair do BCP, para presidente do conselho de administração da Camargo Corrêa África.

Quem acabou por avançar com a OPA foi a Camargo. No decorrer da oferta, a Camargo chegou a acordo com a Votorantim - esta cedia-lhe os 21,2% que detinha e em troca recebia fábricas da Cimpor num valor equivalente. 


Ficou definido que à Votorantim seriam entregues as fábricas da China, Índia, Marrocos, Tunísia, Turquia, Peru e parte das espanholas. Para a Camargo ficariam as fábricas no Brasil, Moçambique, África do Sul, Egito e Cabo Verde. A OPA teve sucesso e, em junho deste ano, a InterCement garantiu 94,1% da Cimpor. 


Uma operação abençoada pelo Governo português e defendida publicamente por António Borges, o consultor contratado pelo Ministério das Finanças para as privatizações.Agora, cinco meses depois da OPA, a Cimpor é uma nova empresa: encolheu, saiu de metade dos países onde tinha presença e reduziu significativamente a diversificação geográfica que fazia dela uma multinacional.E apesar de a divisão das fábricas não estar formalmente feita - os ativos estão a ser avaliados pelos bancos Morgan Stanley e Rothschild - formalmente a Camargo e a Votorantim já dividiram entre si as empresas.


A Cimpor como era desapareceu, umas fábricas serão absorvidas pela Votorantim, outras pela Camargo. Não é surpresa, foi assim que ficou determinado na OPA.As mudanças não ficam por aqui. 


Ao contrário do que o presidente do conselho de administração (chairman) da InterCement, José Édison, tinha prometido durante a OPA, o grupo decidiu avançar com despedimentos na área administrativa. 


No início de setembro foram convidados a sair 14 quadros de topo da Cimpor, que eram responsáveis por países e áreas estratégicas da cimenteira - auditoria, finanças, desenvolvimento de negócios, comunicação.


Alguns destes reformaram-se ou demitiram-se porque perceberam que as funções que desempenhavam estavam a ser esvaziadas ou iam passar a ser executadas por outras pessoas, geralmente trabalhadores da InterCement. Muitos foram apanhados desprevenidos, afinal, durante a OPA a InterCement elogiou a competência e o conhecimento dos quadros da Cimpor.O processo de rescisão atinge para já 60 trabalhadores. São todos da área administrativa da Cimpor, SGPS, em Portugal. Por agora, estão excluídos os trabalhadores fabris, mas a administração já fez saber que tudo irá depender da forma como o mercado nacional e as exportações evoluírem. A Cimpor tem cerca de 600 trabalhadores em Portugal.E o consumo no mercado passou de 11 milhões de toneladas, em 2001, para 4 milhões, em 2011.
Ricardo Lima, o CEO da Cimpor, rejeita a ideia de que a InterCement esteja a deslocar o centro de decisão. E atribui as rescisões de contrato "a um processo de reajustamento" exigível "face à forte redução da atividade" em Portugal. Contudo, algumas das pessoas que saíram da Cimpor estavam ligadas a operações no exterior, nomeadamente no Brasil e em Moçambique. São as chamadas sinergias de grupo, sempre que uma empresa compra outra congénere há áreas que se sobrepõem e pessoas que passam a estar a mais.

 Centro de decisão importaO impacto da mudança de acionistas começa a ser visível. Vários cargos de decisão e estratégia da Cimpor estão a ser assumidos por quadros do grupo brasileiro. Um comunicado da InterCement, de 13 de setembro, sobre a nova estrutura organizacional do grupo revela parte das mudanças em curso. Nele pode ler-se, por exemplo, que o brasileiro Ricardo Barbosa, diretor corporativo de planeamento estratégico e desenvolvimento de negócios da InterCement, além de assumir este cargo na Cimpor, foi nomeado presidente da comissão executiva da cimenteira no Egito.Sérgio Bandeira, diretor-geral da Inter-Cement Angola, assume o cargo de CEO da Cimpor Moçambique, em substituição de João Nunes Pereira, um dos quadros que saiu. Cleber Machado passa a diretor-geral da InterCement Brasil e da Cimpor Brasil, cujo CEO, Alexandre Lencastre, na cimenteira portuguesa há 35 anos, se demitiu. O comunicado é claro sobre a transferência de poderes: "A diretoria da Cimpor Brasil (responsável por mais de 40% das vendas da Cimpor) passa a ser a mesma da Inter-Cement Brasil." Segue-se a lista dos novos diretores: são seis, todos eles brasileiros, e cinco já estavam na InterCement.O centro de decisão Cimpor está paulatinamente a transferir-se para o Brasil, asseguram várias fontes. É no Brasil que está o presidente da InterCement, José Édison, e os responsáveis pelas áreas financeiras e de recursos humanos do grupo. Em cinco administradores da comissão executiva da InterCement, quatro estão no Brasil.E apenas um em Lisboa: Ricardo Lima.Afinal qual é a importância dos centros de decisão? Muita, acredita o economista Pedro Pita Barros. "Quem tem o poder de decisão tem a capacidade de decidir investimentos e de afetar os recursos disponíveis das empresas. 


A prazo determina onde crescem, como crescem e quem recebe o retorno desses investimentos. Há outros efeitos que podem referir-se, mas para mim estes são os principais", afirma. "Quem tem dinheiro manda", acrescenta. E o investimento tem pátria?, "No final, o retorno do investimento é o aspeto mais marcante, falará sempre mais alto a questão económica", assegura o professor da Universidade Nova de Lisboa. Porém "em condições de igualdade, o sentimento de pertença ao país poderá decidir investimentos".Pedro Camões, economista e professor da Universidade do Minho, concorda: "Não tenho dúvidas de que há solidariedade nos negócios, mas só se concretizará se for no interesse estratégico das empresas. Isto é, com mais-valias económicas." E prossegue: "A argumentação sobre a importância dos centros de decisão é mais política do que económica. Diz-se que são instrumentos de soberania, mas isso só acontece se o poder de decisão estiver nas mãos do Estado. 

No caso das empresas privadas não faz sentido discutir a questão. O uso desse tipo de argumentos tem sido, na verdade, um expediente para exigir protecionismo ao Estado e muda em função da oportunidade." "O que interessa é assegurar que as empresas são eficientes, criam valor, eficiência e emprego", diz. 


A Cimpor é apenas um exemplo de como a mudança de controlo, e de nacionalidade do capital, tem consequências.



JUIZ  FEDERAL  DO PARANA  AUTORIZA QUEBRA DE SIGILO DO ACORDO  ENTRE BRASIL E VENEZUELA

A refinaria foi concebida em um acordo entre Brasil e Venezuela pelo qual a Petrobras teria 60% do capital e a companhia petrolífera venezuelana PDVSA os 40% restantes, mas a empresa do país vizinho nunca fez qualquer contribuição e terminou excluída do projeto.

A quebra do sigilo bancário sobre as operações para a construção da Abreu e Lima foi determinado em desenvolvimento do processo de investigação contra uma organização acusada de ter lavado cerca de R$ 10 bilhões de dinheiro ilícito.

A polícia deteve no último mês de março o doleiro Alberto Youssef, conhecido por sua amizade com importantes políticos, sob a acusação de ser o chefe dessa organização criminosa.

No marco das investigações sobre lavagem de dinheiro, a polícia também deteve o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que durante muitos anos foi um dos principais executivos da empresa.

Costa foi detido pelos supostos vínculos que uma empresa de consultoria de sua propriedade tinha com membros dessa máfia, acusada de lavar dinheiro procedente da corrupção, evasão de divisas, contrabando de pedras preciosas e tráfico de drogas, entre outros delitos.

O executivo da Petrobras, além disso, era o responsável por todos os contratos para a construção da refinaria Abreu e Lima.

A polícia suspeita que algumas transferências de terceirizadas da Petrobras a empresas de propriedade de Youssef correspondem a propinas pagas para acessar os contratos.

A ordem judicial contra Petrobras também quebra o sigilo bancário de Costa, de quatro de seus parentes e das empresas GFD Investimentos e Sanko Sider e Sanko Serviços de Pesquisa.

Segundo o juiz que ordenou a medida, o objetivo é rastrear o destino de todos os recursos usados na construção da refinaria e determinar se alguma parte alimentou a rede de corrupção investigada.


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