Nicolas Maduro, presidente da Venezuela, Fidel Castro de Cuba e Evo Morares, estão preocupados com a possível vitória de AÉCIO NEVES, em email enviado a centralgazeta@ig.com.br, a Historiadora relata a tal preocupação.
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“Se perdermos o processo de mudanças sociais que existe no Brasil, perderemos muito em toda a América Latina”, decretou Valeria Silva, nesta sexta-feira (10), em La Paz, Bolívia.
A historiadora, cientista política e representante da Generación Evo, “fenômeno” que tem agrupado de forma massiva a juventude engajada na transformação pelo qual passa a nação andina, avalia que “a volta do neoliberalismo significa o fim da soberania do povo brasileiro”.
Conforme defende a jovem – Valéria tem 24 anos e concorre, nas eleições gerais de 2014, a uma vaga como deputada suplente pelo Movimiento al Socialismo (MAS) –, o Brasil é referência no continente pela sua incidência internacional.
“O que acontece no país reflete em todos os vizinhos”, argumenta. “Hoje não temos presença ou ingerência estrangeira no Brasil, na Bolívia, na Venezuela, no Equador. Se o Brasil voltar a flertar com o imperialismo, o que fatalmente acontecerá caso a direita triunfe, tenham certeza de que tentarão derrubar a todos”.
Yeanet Villegas Oblitas, comunicadora da Confederação Sindical Única dos Trabalhadores Camponeses da Bolívia (CSUTCB) e apresentadora do canal Bolívia TV, faz análise similar.
Para ela, a interrupção do projeto popular brasileiro é um golpe à integração latino-americana. “Se não tivermos o Brasil ao nosso lado, perderemos em todos os sentidos.
Boa parte da integração do continente, política, econômica e cultural, passa pela importância do Brasil, principalmente pelas transformações promovidas por Lula e, depois, por Dilma Rousseff”, aponta. A volta do neoliberalismo seria trágica para todo o continente”.
Evo, Lula e o gás
Valeria Silva recorda o episódio envolvendo o governo de Evo Morales e a Petrobras para exemplificar a importância da solidariedade entre os governos e povos de ambos os países.
“O neoliberalismo fez contratos péssimos, que praticamente entregavam nosso gás aos compradores. O que o próprio Evo explicou para o povo boliviano foi que vendíamos o gás com determinados componentes que saíam praticamente de graça.
Então, pediu a Lula para renegociarem e que o país vizinho pagasse um preço justo, levando em conta todos os componentes que estavam adquirindo. Lula, que consideramos um irmão de nossa gente, concordou e disse a revisão era justa, de fato.
Na mesma linha política veio o governo Dilma, que manteve o acordo. No caso de uma guinada neoliberal, dificilmente os contratos serão renegociados.
“Somos internacionalistas”, declara a jovem boliviana. “Para nós, a revolução só é possível com articulação regional e o Brasil é imprescindível para os processos de mudança na Bolívia e em todos os países que desejam um mundo não unipolar, nem
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