Às vésperas das eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou o envio de Forças Armadas ao Estado de Santa Catarina para garantir a segurança da votação. O pedido da Justiça Eleitoral catarinense foi aceito em meio à tensão em várias cidades e toque de recolher na capital, Florianópolis.
No pedido, o Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) indicou que a recente onda de violência organizada pelo crime organizado, que em nove dias já deixou ao menos três mortos em mais de 80 ataques, coloca em risco o bom andamento do processo de votação.
As origens e motivações da violência ainda são incertas. O governo catarinense e o Ministério da Justiça consideram os ataques uma retaliação dos criminosos a medidas de autoridades local contra atividades do crime organizado. O período eleitoral teria sido escolhido para ampliar a visibilidade das ações dos grupos.
O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, disse que as tropas devem ficar no Estado apenas durante o domingo, dia de votação.
"A atuação das tropas federais tem previsão apenas para o dia do pleito e se trata de medida exceopcional, necessária quando demonstrada a impossibilidade de o Estado garantir a segurança na votação e apuração dos resultados", disse o ministro em sua decisão.
Tensão e toque de recolher
A violência em Santa Catarina já matou um agente penitenciário aposentado e dois suspeitos, mortos em confrontos. As cenas de ônibus queimados por todo o Estado, além dos 19 ataques a casas de agentes da segurança pública e sete ataques a bases policiais deixaram a população assustada.
A decisão do TSE foi tomada na mesma tarde em que a polícia catarinense prendeu dois suspeitos no balneário turístico de Itapema com quatro bananas de dinamite e outros materiais explosivos. Segundo a polícia, os explosivos seriam detonados num ataque a um presídio da cidade.
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