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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

GAZETA CENTRAL ALERTA GOLPE DO EMPRESTIMOS CUIDADO


Este golpe está na moda há um bom tempo e foi relatado até por alguns jornais. A mecânica é simples mas não por isso menos engenhosa.
Alguém se aproxima da vítima, que pode ser pessoa física ou pequena empresa, normalmente com dificuldades econômicas e/ou restrições de crédito. Explica que através de algum esquema "eles" têm como liberar um empréstimo a condições aceitáveis (sobretudo em vista da situação da vítima) e prazos razoáveis.




A Polícia Civil de Alagoas, por meio do delegado da distrital de Messias, Ivanildo Inácio de Brito, divulgou nesta quarta-feira (4) fotografia de um homem acusado de estelionato.

O acusado teria aplicado mais de seis golpes somente naquela cidade.
O homem, de cor morena, apresentava-se como advogado para aposentados e pensionistas do INSS (Instituto de Seguridade Social), dizendo que eles “tinham direito a um dinheiro liberado pela Dilma”.
Com essa conversa, ele enganou algumas pessoas, conseguindo que estas lhe fornecessem procurações para fazer empréstimos bancários.
A polícia calcula que o golpe chegou a render mais de R$ 15 mil ao estelionatário, que também estaria agindo em outros municípios alagoanos.
Ao divulgar a foto do suspeito, o delegado Ivanildo Inácio de Brito solicita a quem tiver informações sobre ele ligar para o Disque Denúncia – 181, ou para o telefone 3262-1619.
O anonimato será garantido.






As quantias normalmente não são muito altas mas em alguns casos podem chegar a mais de R$ 10.000. A condição para liberação deste dinheiro é o pagamento, supostamente NO ÊXITO, de uma comissão de X% (normalmente algo na casa de 10%). Ás vezes o X% que deve ser pago não é apresentado como uma comissão mas como um taxa, um seguro ou algum outro tipo de custo.

As explicações sobre a origem do dinheiro emprestado são as mais variadas, foram relatados esquemas fictícios de reciclagem de caixa dois, suposto dinheiro escondido de bancos, fundos estrangeiros, dólares convertidos no mercado paralelo, supostos funcionários de bancos públicos corruptos que liberam financiamentos indevidamente, programas de financiamento populares apoiados pelo governo etc... Obviamente tem também normais "novas" linhas de financiamento de bancos ou financeiras.

Até aí nenhum problema, a vítima vai assinar uma papelada que parece um contrato de empréstimo ou algo do tipo, depois disso (algumas horas depois) é informada que o dinheiro já foi depositado na sua conta, e que portanto já é devida a comissão, ou taxa, seguro, custo...
A vítima verifica no caixa eletrônico ou no computador e realmente aparece um depósito, não ainda liberado para saque, pelo valor contratado. Portanto ele, também apressado pelas cobranças e eventuais ameaças de anulação do empréstimo, paga imediatamente a comissão concordada.

O problema é justamente no depósito que, no dia seguinte, é cancelado sendo que tinha sido feito no caixa automático, depositando um envelope VAZIO mas indicando que continha o valor supostamente emprestado. Por esta razão o depósito aparecia na conta da vítima, mas ainda bloqueado (ou "sujeito a conferência"). O banco, obviamente, após verificar que o envelope era vazio, anula o depósito, estorna o valor da conta e a vítima fica com o prejuízo da comissão paga. Os golpistas, nem precisa dizer, desaparecem.

Recebi muitos relatos de golpes deste tipo partindo também de pequenos anúncios (classificados) em jornais e até de anúncios em rádios, sobretudo do interior.

Também já recebi vários relatos de outros golpes envolvendo "falsos" depósitos em conta, ou seja depósitos de envelopes vazios em caixas automáticos. Em alguns casos tratava-se de compras de mercadorias (via internet ou não), ou até de prestação de serviços.
Em alguns casos os golpistas efetuaram "pagamentos" com envelopes vazios e conseguiram receber em dinheiro o "troco" por supostos depósitos de valores em excesso (além de, em alguns casos, levar mercadorias ou serviços).

Existe, por fim, uma variante ainda mais perigosa na qual os golpistas, em vez de depositar um envelope vazio no caixa automático, depositam um cheque roubado ou clonado no caixa à vista. Depois de 1-2 dias (o prazo de compensação) o cheque volta, é estornado e pode ainda criar problemas pra vítima que, no caso em que o cheque fosse roubado, poderá ter que explicar de onde veio e como foi parar na sua conta.

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