O líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), leu matéria de 2001 em que o então presidente da Câmara, Aécio Neves, decidiu limitar a 60 pessoas a entrada de manifestantes no Plenário. “Foi feito da mesma forma que o presidente Renan fez ontem, com senhas para os partidos, mas a situação ficou impossível”, disse.
Mais cedo, Aécio ocupou a tribuna e criticou a decisão que proibiu as pessoas de entrarem no Congresso para acompanhar a sessão nas galerias.
Fontana defendeu a decisão do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, de impedir a ocupação das galerias, porque ontem houve um tumulto que ele considerou grave. “O que vimos foram deputados subirem às galerias e de lá comandarem uma manifestação”, disse.
Aécio disse que, naquela ocasião, mesmo com restrições, as galerias estavam abertas, mas hoje estão vazias. Já Renan foi breve, e disse apenas que agiu para garantir os trabalhos dos parlamentares.
O deputado Sibá Machado (PT-AC) lembrou que houve momentos em que o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) ocupou a Câmara, índios já invadiram o Plenário, e cabe à Mesa garantir os trabalhos. “É direito da oposição tentar impedir as votações no debate, mas vence quem tem a maioria, e não pode esse direito se estender às galerias”, disse.
O líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), disse que é um precedente ruim para o Congresso reunir-se sem a presença de pessoas que vêm assistir às votações. Para ele, era preciso negociar com os manifestantes que têm o direito em qualquer votação, e não apenas as que agradam o governo. “Nunca vi pessoas se manifestarem antes por mais superavit, por arrocho e economia de gastos. Se manifestam por saúde, por educação, mas é um direito de quem se manifesta”, disse.
O deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) disse que além do acesso às galerias o próprio acesso à Câmara está restrito, e lamentou essa decisão.
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