Começou há pouco, com as galerias vazias, a sessão do Congresso em que se pretende votar dois vetos presidenciais para liberar a votação do projeto de mudança na meta do superavit (PLN36/14).
Os trabalhos foram reiniciados do ponto onde foram interrompidos ontem após o tumulto, e o vice-presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que é vice do Congresso, vai dar um prazo de 30 minutos para que estejam presentes os senadores e deputados necessários para a votação.
O regimento diz que após 30 minutos do início da sessão, se não houver 257 deputados e 41 senadores, a reunião precisa ser encerrada. A oposição desde ontem argumenta que a regra deveria ser aplicada imediatamente, mas a mesa fará a verificação a partir de decorridos os 30 minutos.
Enquanto isso, parlamentares negociam para reverter a determinação do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, de que o acesso às galerias onde ontem aconteceram os túmulos seja proibido. Na entrada do Congresso, conhecida como Chapelaria, cerca de 30 pessoas protestam e aguardam essa liberação.
A sessão de ontem foi encerrada depois intenso tumulto entre policiais legislativos, parlamentares de oposição e manifestantes que estavam nas galerias do Plenário. Essa será a terceira tentativa do governo de votar o projeto que desobriga o cumprimento da meta fiscal atual.
A suspensão da sessão foi motivada pela interferência das galerias – com gritos, palmas e palavras de ordem contra o governo. O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, ordenou a retirada dos manifestantes e denunciou a “partidarização” das galerias. O clima de confronto durou cerca de 40 minutos e acabou impedindo o andamento da sessão.
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