“Nós queremos uma Unasul renovada, fortalecida e atuante, e sabemos que ela contribuirá para a integração e o convívio harmônico entre nossos povos, consolidando a América do Sul como exemplo de paz, de união, em um mundo cada vez mais conturbado pelas incertezas de ordem política e econômica”, afirmou Dilma em discurso na Reunião de Cúpula. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
A unidade técnica de coordenação eleitoral concentraria as atividades de observação de processos eleitorais na América do Sul. O objetivo é criar uma profissionalização das missões da Unasul, estabelecendo um padrão de observação.
A Escola Sul-Americana de Defesa se trata de um centro articulado de altos estudos para formação de civis e militares, com cursos compartilhados e troca de experiências de defesa.
De acordo com a presidenta, na Cúpula foi definido o plano de ação da Unasul daqui para frente. Dilma falou também sobre a expectativa gerada com a nova sede e a atuação do novo secretário-geral, Enesto Samper.
Eu gostaria de registrar que com o secretário-geral, com essa nova sede, haja, a partir de agora, uma sistemática atuação da Unasul. O ex-presidente Ernesto Samper, ex-presidente da Colômbia, qualifica a Unasul para uma ação muito mais vigorosa. E ele fez uma proposta, apresentada para os chanceleres, mas ainda não aprovada por nós, por uma agenda de vários pontos”, relatou a presidenta.
Dilma listou então os principais projetos que comporão uma agenda de avaliação pelos 12 países da Unasul: a definição de sete projetos multinacionais de infraestrutura; a instauração de um banco de preços de medicamentos, viabilizando a melhor compra possível pelos países do bloco; a criação de um fundo para bolsas de estudo entre os países do bloco, tendo a ciência e tecnologia como questão fundamental; o estabelecimento de cooperação na gestão de riscos de desastres naturais, a exemplo do Cemaden no Brasil; e discussão sobre a possibilidade de abertura do espaço aéreo dentro daUnasul.
Durante seu discurso na Cúpula, mais cedo, Dilma assegurou apoio às propostas de Ernesto Samper, quando defendeu o fortalecimento do protagonismo do continente no cenário internacional a partir da valorização da agenda intrarregional e pela intensificação dos processos de integração.
Segundo Samper, devem ser discutidos projetos de desenvolvimento multinacional, sobretudo na área de infraestrutura, como a revitalização do Rio da Prata, construção de ferrovias e rodovias para ligação com o Brasil.
Parte desses projetos foram apresentados à presidenta Dilma durante reunião no mês passado, em Brasília. “Eu pedi apoio à presidenta Dilma para a aprovação desses projetos, pois o Brasil é um membro muito importante para a Unasul, posto que os interesses brasileiros contam muitíssimo em toda a região”, garantiu.
Para o secretário, também será o momento de discutir a aproximação dos países do grupo com outros parceiros comerciais, para enfrentar os desafios que vêm sendo impostos pela crise internacional.
“Nós não temos que buscar fora da América do Sul as possibilidades de enfrentar a crise. De alguma maneira, a América do Sul tem algumas condições mais favoráveis do que as que estão vivendo os Estados Unidos, ou que estão vivendo os países da União Europeia.
Creio que os nossos parceiros naturais estão para o lado da Ásia, e dentro da Ásia, a China e outros países. Mas nesse sentido, a aproximação que os outros países têm feito pelo Oceano Pacífico, com a Ásia, ou pelo Oceano Atlântico, é uma aproximação que poderia ir em uma mesma direção, que é consolidar um bloco sul-sul, de países emergentes, entre os quais se colocam os países sul-americanos”, analisa.
Mas a principal discussão desta Cúpula, segundo o secretário-geral, deverá ser a criação da cidadania sul-americana, que pretende facilitar a circulação entre os 12 países que compõem a Unasul. Segundo estimativas da entidade, cerca de 400 milhões de cidadãos devem ser beneficiados com a medida.
“Temos que construir uma identidade futura e esta identidade futura é a cidadania sul-americana, por isso será um dos mais importantes temas deste encontro”, garantiu.
Samper também destacou a importância do encontro de hoje com a transferência da presidência da Unasul para o Uruguai. Segundo ele, José Mujica deverá contribuir muito para o fortalecimento da entidade.
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