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terça-feira, 10 de março de 2015

15:00 AGORA POUCO DILMA É VAIADA NA FEIRA DA CONSTRUÇÃO EM SÃO PAULO

São Paulo, 10 mar (EFE).- A presidente Dilma Rousseff foi alvo de vaias e insultos ao chegar nesta terça-feira ao centro de convenções onde inaugurou o Salão Internacional da Construção, em São Paulo.

A governante recebeu vaias por parte de um grupo de trabalhadores da feira no Centro de Convenções Anhembi, na zona norte de São Paulo.
Dilma estava acompanhada nesse momento pelo ministro das Cidades e ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, entre outros funcionários.
A presidente chegou ao centro de convenções para inaugurar a 21ª edição do Salão Internacional de Construção, considerado uma referência da construção na América Latina, com expositores de 2.000 marcas nacionais e internacionais.
São Paulo foi, na noite de domingo, uma das cidades onde foram escutados mais panelaços e buzinadas contra a presidente enquanto Dilma pronunciava um discurso em rede nacional. Além do panelaço escutado em bairros de algumas cidades, vários protestos contra o governo estão previstos para o próximo domingo. EFE

Já no evento, a presidente Dilma Rousseffdiscursou e minimizou os efeitos da crise econômica dizendo que o país passa “por um momento difícil", mas, segundo ela, “nem de longe estamos vivendo uma crise das dimensões que alguns dizem”. No entanto, Dilma pediu para que os empresários da construção civil colaborem para que o país volte a crescer e tenha uma economia mais robusta, afirmando que o setor exerce papel fundamental para isso.

Ainda durante sua fala, a presidente destacou que os fundamentos da economia brasileira “são sólidos”. Ela afirmou que as medidas de arrocho anunciadas pela equipe econômica tem o objetivo de assegurar a correção de rumo para qie o país volte a ter resultados positivos. “Essas correções e ajustes têm propósitos muito claros: reforçam os fundamentos econômicos do país e constroem novas condições”.

Para ela, o acúmulo de medidas impopulares no começo do segundo mandato ocorre porque o governo segurou ao máximo os efeitos. “Absorvemos a carga negativa que começa em 2009 e vai até 2014. Conseguimos segurar, tanto é que tivemos um crescimento extraordinário”, afirmou. Pedindo compreensão, Dilma disse que não pretende voltar ao patamar de crescimento anterior, mas avançar. "Não estamos tomando essas medidas para voltar ao passado, mas para sermos melhores do que já somos", disse.

A presidente encerrou o discurso convocando os empresários para serem mais otimistas. “Por isso, não deixem que incertezas conjunturais determinem sua visão de futuro do Brasil”, disse.

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