renato santos
30/09/2015
Com reportagem de Paulo Trevisani e Rogerio Jelmayer
Os índices de aprovação do presidente do Brasil, Dilma Rousseff definhou em setembro, pressionado pelas crises econômicas e políticas do país, como a sua oposição no Congresso pondera abrir um processo de impeachment.
Apenas 10% dos entrevistados em uma pesquisa realizada pela agência de pesquisa Ibope lançado na quarta-feira disse que seu governo estava "excelente" ou "bom", ligeiramente acima dos 9% em uma pesquisa de julho, uma diferença dentro da margem de dois pontos percentuais do levantamento de erro. Dos 2002 entrevistados, mais de dois terços disse que seu governo estava "ruim" ou "terrível".
De Dilma popularidade despencou este ano como a economia do país tem lutado e um escândalo de corrupção na empresa estatal de petróleo Petróleo Brasileiro SA tem crescido. Dilma não tem sido implicado no escândalo, mas dezenas de políticos proeminentes, incluindo os de seu partido e partidos aliados, estão sob investigação.
"A combinação das duas crises tem sido terrível" para seus índices de aprovação, disse Renato da Fonseca, diretor-executivo de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria do Brasil, que patrocinou a pesquisa do Ibope. "A situação (econômica) Popular ainda é o mesmo que na pesquisa anterior."
Ratings baixos de aprovação de Dilma minaram a sua influência no Congresso, que se recusou a passar muitas das propostas do seu governo para reduzir o déficit orçamentário. Os aumentos de impostos e cortes de gastos têm definhava na legislatura bicameral, que preferiu passar facturas que iria expandir em vez do défice.
Dilma Rousseff vetou dezenas de essas propostas de despesa e na semana passada conseguiu uma pequena vitória quando o Congresso não conseguiu derrubar a maioria desses vetos. Seu relacionamento com os legisladores, no entanto, é ruim o suficiente que muitos ainda estão pedindo ao presidente para ser cassado por supostas manobras orçamentais em seu primeiro mandato. Dilma nega qualquer irregularidade ocorreu.
Aprovação da administração de Dilma entre as pessoas que votaram nela caiu ligeiramente, mas dentro da margem de erro, para 17% a partir de 19% na pesquisa anterior, disse Ibope. A leitura mais recente é abaixo de 63% em Dezembro de 2014.
Dilma ganhou a reeleição em outubro do ano passado com a margem menor na democracia pós-ditadura no Brasil. Desde a eleição, a investigação de corrupção na Petrobras, como a empresa estatal de petróleo é conhecida, se espalhou.
Chefes de várias das maiores empresas de construção do Brasil foram presos, acusados e condenados a penas de prisão para inflar o preço de contratos com a Petrobras, e usar o dinheiro para subornar funcionários políticos.
Ao mesmo tempo, a economia piorou, com produto interno bruto mal crescendo em 2014 e previsão para contratar cerca de 3% este ano. A taxa de inflação subiu para mais do que o dobro da meta do banco central de 4,5%, o desemprego aumentou e do défice orçamental do governo tem crescido.
O acúmulo de más notícias econômicas deixou a confiança na economia em mínimos históricos.
Confiança nos setores de varejo e serviços do país ambos alcançaram seus níveis mais baixos em suas respectivas séries em setembro, de acordo com relatórios também divulgados nesta quarta-feira, enquanto na semana passada um relatório mostrou que a confiança do consumidor também em uma baixa recorde neste mês.