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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

GENERAL VILLAS BOAS, BRASIL ESTÁ CORRENDO RISCO NA DEFESA NA CRE DO SENADO

renato santos
24/09/2015


A  situação no Brasil, passou a ser pior  quando a Dilma e  o Lula, dois  irresponsáveis começaram a fazer  acordos  com foro de são paulo, a qual deixou a  SOBERANIA  DO PAÍS, em risco, a qual o hangouts www.gazetacentral.blogspot.com.br,  vinha avisando, esses acordos escruchos  não passou  no SENADO E NEM NO  CONGRESSO, daí  traz ao Brasil, uma  linha de preocupação  com  a defesa, General Villas  Boas  também  falou  sobre a intervenção




A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realizou hoje (24) uma audiência com o comandante do Exército, o general Eduardo Vilas Bôas. Na pauta, o impacto do ajuste fiscal sobre os programas estratégicos da pasta.

O encontro partiu de iniciativa do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Indagado pelo parlamentar, Villas Bôas confirmou que todos os projetos vem sofrendo com fortes atrasos em suas implementações, em virtude de restrições orçamentárias. Por isso, existe o risco real de uma grande regressão nessa área.

- Podemos retornar a uma situação de 30, 40 anos atrás, quando éramos a 8a. maior indústria de Defesa do mundo, e tudo foi perdido. Mais 2 anos nessa situação e todo o esforço pode se perder - alertou.

O comandante da Força fez questão de defender o ministro Jaques Wagner, que a seu ver tem buscado articulações objetivando minimizar o impacto desses cortes. Garantiu que o ministro tem pleno conhecimento do quadro hoje existente.

Diante da gravidade desta situação, o presidente do colegiado, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), informou que vai buscar junto à pasta e ao próprio Exército definir quais projetos são os mais prioritários, para que recebam as emendas da Comissão no Orçamento 2016.

Ferraço critica Wagner

Já Ferraço, que é o relator do Livro Branco da Defesa, criticou Jaques Wagner por no seu entender estar hoje mais envolvido com a crise política do que com a crise que atinge esta própria indústria no país. Informou que há vários dias vem tentando se reunir com o ministro, "mas sem sucesso".

Um dos principais pontos abordados durante a reunião foi o atraso na implantação do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento das Fronteiras).

O programa começou a ser implantado em 2013 com um prazo de finalização em 10 anos, mas segundo Ferraço, se for mantido o cronograma atual de repasses, este projeto só estará finalizado daqui a 60 anos. O senador acredita que tudo que foi planejado e começou a ser realizado a partir da gestão de Nelson Jobim na pasta (2007-2011) está hoje "em colapso".

- O quadro hoje é de desemprego, atraso tecnológico e perda de mercados em virtude da orgia fiscal praticada pelo governo em outras áreas - lamenta.

Villas Bôas confirmou que o atraso no Sisfron também é o que mais lhe preocupa. Ele revelou que apenas 7,2% dos investimentos previstos até agora foram feitos.

Para ele, a atuação dos cartéis internacionais ligados ao tráfico de drogas é hoje a maior ameaça à sociedade brasileira. O Sisfron será um elemento forte de dissuasão e combate à atuação desses grupos quando estiver em funcionamento. E para o general, hoje milhões de brasileiros sofrem a conseqüência direta do desguarnecimento das fronteiras, por onde entra a droga responsável por 80% da criminalidade urbana, segundo dados da Polícia Federal.

De acordo com o comandante do Exército, já foi detectada a atuação desses cartéis na região amazônica, inclusive com a plantação e cultivo de drogas na região fronteiriça.

- Isso é extremamente preocupante, pois são grupos extremamente violentos e com um grande poder de corrupção das instituições - informou, temendo que ocorra em nosso país fenômenos que já fazem parte do cotidiano de outra nações latinas.

Todos os programas em atraso

Indagado pelos senadores, o general Eduardo Villas Bôas detalhou o atraso existente em outros programas.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) mostrou sua preocupação com a grande vulnerabilidade existente no país na área de defesa cibernética. Ela citou especificamente o caso de espionagem feita pela Agência Nacional de Segurança dos EUA sobre a presidente Dilma Rousseff e outras autoridades.

O general concordou, definindo esta área hoje como "fundamental". Informou que apenas durante a Copa do Mundo foram neutralizados 756 ataques contra o aparato cibernético utilizado na organização do evento. E disse que a maior utilidade de se preparar nessa área é o resguardo de sua infra-estrutura industrial.

VIllas Bôas também alerta sobre a grande ameaça que ronda hoje todos os programas relacionados ao desenvolvimento de mísseis, foguetes e blindados. O comandante deixa claro que um país que é a 8a. maior economia do mundo, relevante a nível mundial e com a presença de efetivos em diversas nações (Haiti, Líbano, Congo e outras) não pode ficar desguarnecida.

- E são áreas geradoras de empregos altamente qualificados e grandes exportadoras - frisou.

Compromisso com a democracia

O general ainda foi indagado por senadores sobre a presença de manifestantes em protestos populares que pedem o "retorno do regime militar". Para ele, a sociedade brasileira amadureceu democraticamente e "não precisa ser tutelada".

Entende que parte desses manifestantes na verdade clamam por gestões baseadas em valores, e que a classe militar seria percebida por eles como "portadores desses princípios".

- Temos compromisso com a legalidade e com a estabilidade, jamais seremos agentes de instabilidade. Nossa missão é clara e determinada pela Constituição.

Sua postura foi elogiada pelos senadores Aloysio Nunes Ferreira, Ana Amélia, Tasso Jereissati (PSDB-CE), Edison Lobão (PMDB-MA) e José Agripino (DEM-RN).

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