renato santos
25/10/2015
Mais uma polêmica no ENEM , que vai dar o que falar , antes vamos conhecer a mais nova personagem envolvida SIMONE BEAUVOIR.
Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, mais conhecida como Simone de Beauvoir (Paris, 9 de janeiro de 1908 — Paris, 14 de abril de 1986), foi uma escritora, filósofa existencialista e feminista francesa.
Escreveu romances, monografias sobre filosofia, política, sociedade, ensaios, biografias e uma autobiografia.
Simone de Beauvoir era a mais velha das únicas duas filhas de Georges Bertrand de Beauvoir, um advogado em tempo integral e ator amador, e Françoise Brasseur, uma jovem mulher de Verdun.
Nasceu em Paris como Simone (então um nome pomposo que seu pai gostava)-Lucie (por sua avó materna)-Ernestine (por seu avô paterno, Ernest-Narcisse) -Marie (pela Virgem Maria) Bertrand de Beauvoir (ela foi orientada enquanto criança a dar seu nome como simplesmente "Simone de Beauvoir").
Era uma criança atraente, mas mimada, teimando em obter o que queria, tendo sido o centro das atenções da sua família.
A mãe não foi uma grande costureira, e as roupas que costurou eram mal ajustadas.
Ao crescer, Beauvoir não tinha amigos além da irmã Poupette, que era dois anos e meio mais nova e de quem ela era próxima.
Em 1909, o avô materno de Beauvoir, Gustave Brasseur, presidente do Banco Meuse, faliu, jogando toda a sua família em desonra e pobreza. Georges não recebeu o dote devido, por casar-se com Françoise, e a família teve que se mudar para um apartamento menor.
Georges de Beauvoir teve de voltar ao trabalho, embora o trabalho não lhe agradasse. A família lutou durante toda a infância das meninas para manter seu lugar na alta burguesia, e Georges dizia frequentemente: "Vocês, meninas, nunca se vão casar, porque vocês não terão nenhum dote".
Beauvoir sempre esteve consciente de que seu pai esperava ter um filho, ao invés de duas filhas. Ele afirmava, "Simone pensa como um homem!" o que a agradava muito, e desde pouca idade Beauvoir distinguiu-se nos estudos.
Georges de Beauvoir passou seu amor pelo teatro e pela literatura para sua filha. Ele ficou convencido de que somente o sucesso académico poderia tirar as filhas da pobreza. (Hélène tornou-se uma pintora.
Educação
Ela tornou-se uma adolescente desajeitada, dedicada completamente aos livros e à aprendizagem, e preferiu ignorar os desportos porque ela não era nada atlética.
Ela e sua irmã foram educadas no Institut Adeline Désir, ou Cour Désir, uma escola católica para meninas, algo que era desprezado pelos intelectuais da época.
As escolas católicas para meninas eram vistas como lugares onde as jovens aprendiam uma das duas alternativas abertas às mulheres: casamento ou um convento. Sua mãe, que Beauvoir considerava uma intrusa espiando cada movimento seu, frequentou as aulas com elas, sentada atrás delas, como se esperava que a maioria das mães fizessem.
Lá Beauvoir conheceu sua melhor amiga, Elisabeth Le Coin (ZaZa nas memórias de Beauvoir), que influenciou de forma definitiva a personalidade de Simone. Simone adorou a escola e se formou em 1924 com "distinção".
Aos 15, Beauvoir já havia decidido que seria uma escritora. Jacques Champigneulle tornou-se seu mentor intelectual e amigo, aquele que sua mãe esperava que iria se casar com ela. Geraldine Paro (GéGé) e Estepha Awdykovicz (Stépha) tornaram-se suas amigas.
Depois de passar nos exames de bacharelado em matemática e filosofia, estudou matemática no Instituto Católico e literatura e línguas no Instituto Sainte-Marie, e em seguida, filosofia na Universidade de Paris (Sorbonne).
Em 1929, quando na Sorbonne, Beauvoir fez uma apresentação sobre Leibniz. Lá, ela conheceu muitos outros jovens intelectuais, incluindo Maurice Merleau-Ponty, René Maheu e Jean-Paul Sartre.
Enquanto na Sorbonne, Maheu deu a Beauvoir o apelido que lhe acompanharia ao longo da vida, Castor, dado a ela por causa do forte trabalho ético do animal. Em 1929, na idade de 21, Beauvoir se tornou a pessoa mais jovem a obter o Agrégation na filosofia, e a nona mulher a obter este grau. No exame final, ficou em segundo lugar; Sartre, 24 anos, foi o primeiro (ele havia sido reprovado em seu primeiro exame).
O júri do Agrégation discutiu sobre a possibilidade de dar Sartre ou Beauvoir primeiro lugar na competição. No final, concederam a Sartre. Sua amizade com Elizabeth Mabille ("Zaza") foi abruptamente rompida com a morte precoce de Zaza. Simone narrou esse episódio de sua vida, posteriormente, em seu primeiro livro autobiográfico, Memórias de uma moça bem-comportada, em que critica os valores burgueses.
Logo uniu-se estreitamente ao filósofo e a seu círculo, criando entre eles uma relação polêmica e fecunda, que lhes permitiu compatibilizar suas liberdades individuais com sua vida em conjunto.
Na verdade, é difícil caracterizá-los como casal, porque viveram longas relações amorosas cada um com outras pessoas; Beauvoir, por exemplo, teve uma forte relação com o escritor norte-americano Nelson Algren logo após a guerra, e na década de 1950 manteve outra relação duradoura com Claude Lanzmann.
No verão, era comum Beauvoir e Lanzmann viajarem com Sartre e sua amante Michelle Vian, ex-esposa do escritor Boris Vian.
Foi professora de filosofia até 1943 em escolas de diferentes localidades francesas, como Ruão e Marselha. Morreu de pneumonia em Paris, aos 78 anos. Encontra-se sepultada no mesmo túmulo de Jean-Paul Sartre no Cemitério de Montparnasse em Paris.
AGORA VAMOS QUESTIONAR A PROVA DO ENEM DE 2015.
Quem elaborou a questão fez sem conhecimento do pensamento da autora, apenas distorcendo as palavras dela, e num só objetivo defender a igualdade de gênero, não no sentido biológico mas filosófico. Infelizmente " distorcem" o que é verdade em mentira, até o livro sitado abaixo da prova fala sobre o assunto, mas, como brasileiro não têm costume de ler, começam a questionar a frase, não lê na entrelinhas.
Uma das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015 que mais repercutiu nasredes sociais após o término da prova foi a que trouxe a citação da filósofa e escritora francesa Simone de Beauvoir: "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher.
Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o conjunto da civilização que elabora esse produto intermediário entre o macho e o castrado que qualificam de feminino". A pergunta pedia para o candidato caracterizar para qual movimento social da década de 1960 o pensamento de Beauvoir contribuiu.
A resposta correta era "organização de protestos públicos para garantir a igualdade de gênero", o item "C" no caderno de provas de cor branca.
A DIFERENÇA ENTRE A IGUALDADE DE GÊNERO E A IDIOLOGIA DE GÊNERO :
ENQUANTO A IGUALDADE DE GÊNERO TRATA DOS DIREITOS ENTRE A MULHER E O HOMEM A IDEOLOGIA TRATA DE TRANSFORMAR AS REGRAS BIOLÓGICA. MAS, O POVO CONFUNDEM AS DUAS COISAS, POIS NINGUÉM EXPLICOU ISSO NEM NAS ESCOLAS MENOS AINDA NAS IGREJAS.AÍ TORNA-SE UM CAMINHO PERIGOSO DE PRECONCEITO. COMO HAVIA NO SÉCULO 19.
Essa prova do ENEM mostra o quanto é necessário aulas de FILOSOFIA nas ESCOLAS BRASILEIRAS, o povo não sabe pensar, a resposta escrita na prova mostra o quanto a ignorância está destruindo a capacidade do raciocínio do brasileiro, vejamos a resposta " EU NASCI MULHER TENHO VAGINA".
Por essa razão em confundir a IGUALDADE DE GÊNERO E A IDEOLOGIA DE GÊNERO fez não só essa resposta mas talvez outras semelhantes, vejamos o causou isso :
Em 2013, foi proposto a introdução da palavra “gênero” no Plano Nacional de Educação (PLC 103/2012), mas que não foi aprovada. O que poderia parecer somente um simples acréscimo terminológico, na verdade esconde uma perniciosa ideologia, chamada de “Ideologia de Gênero”.
O conceito “Ideologia de Gênero” foi criado por sociólogos reunidos em uma conferência da ONU na cidade de Pequim, em 1995. Apesar de ser uma invenção dos últimos 20 anos, essa ideologia solidificou-se na cultura global de tal maneira que afeta a compreensão da família, repercute na esfera política e legislativa, no ensino, na comunicação social e na própria linguagem corrente.
Segundo esta ideologia, os papéis entre homens e mulheres, dentro do contexto do matrimônio e da família, devem ser substituídos por relações sexuais física e psicologicamente versáteis e que não obedecem uma ordem da natureza e dignidade que lhes é própria. Segundo essa teoria ideológica os dois sexos – masculino e feminino – são considerados construções culturais e sociais, de modo que, embora existindo um sexo biológico, cada pessoa tem o direito de escolher o seu sexo social (gênero).
Seus adeptos querem ensinar às crianças que elas, socialmente falando, não são homens ou mulheres, mas podem escolher qualquer opção sexual que quiserem. Para os seus defensores, quando a criança nasce ela não deve ser considerada do sexo masculino ou feminino, mas somente uma pessoa do gênero humano, que depois fará a escolha do seu próprio sexo.
Ao mesmo tempo, a Ideologia de Gênero ensina que a família, sempre considerada pela humanidade de todos os tempos como lugar autêntico onde se transmite as formas fundamentais de ser pessoa humana, passa a não ter um formato pré-estabelecido pela natureza, pois a construção do gênero despreza as diferenças dos sexos e as bases, tanto biológicas quanto psicológicas, da complementariedade entre o homem e a mulher.
Assim sendo, a criança e o adolescente perdem os referenciais éticos e antropológicos da construção da própria identidade e passam, arbitrariamente, a construir-se e definir-se como lhe agrade, refletindo um subjetivismo relativista levado ao extremo e negando o significado da realidade objetiva.
A igualdade entre homem e mulher é um dos maiores direitos da pessoa humana. Na Ideologia de Gênero, porém, não se trata de igualdade de diretos, mas do próprio nivelamento de qualquer diferença, inclusive a diferença biológica entre homem e mulher. Infelizmente, a maioria das pessoas, os pais principalmente, desconhecem o que significa o conceito “gênero”, a ideologia que está por detrás dele e as consequências que podem produzir na educação das crianças e dos adolescentes – confusão nas crianças, uso comum dos banheiros, promiscuidade, gravidez na adolescência, perda da autoridade paterna sobre a educação sexual dos filhos, impedimento do ensino da moral cristã mesmo nas escolas confessionais, etc.
Um olhar crítico seria suficiente para verificar a não plausibilidade de tal ideologia, como prova o norueguês Harald Eia, formado em Ciências Sociais, em uma série de programa televisivos por ele dirigida chamada “Brainwash” (Lavagem cerebral), onde demonstra a inconsistência e não razoabilidade da Ideologia de Gênero
Ações na Arquiocese de Goiânia
Na tarde do dia 9 de junho, no auditório da Cúria Metropolitana, o Bispo auxiliar e responsável pelo Vicariato da Comunicação da Arquidiocese de Goiânia, Dom Levi Bonatto, esteve reunido com vereadores da Câmara Municipal, a fim de estabelecer um diálogo e suscitar reflexão a respeito da Ideologia de Gênero proposta para fazer parte do Plano de Educação Municipal. Todos os municípios do País estão elaborando seus Planos de Educação, que deverão ser aprovados até o dia 24 de junho de 2015 e terão validade de 10 anos, o que significa que toda uma geração será educada segundo o modelo ético antropológico por ele estabelecido.
Após acolhida, Dom Levi salientou o intuito da Igreja em exercer sua missão de valorizar a família, defesa e promoção da dignidade humana e da vida em todas as suas instâncias. “A Igreja Católica, na pessoa dos bispos não pode se omitir quando percebe que um assunto tão importante para educação e principalmente para formação das crianças e jovens não está sendo discutido como deveria estar; com paz, serenidade e principalmente com tempo. A igreja não tem nenhum partido político, nosso intuito e preservar a família e a juventude. Neste encontro incentivamos que o diálogo aconteça para que as pessoas reflitam e principalmente entendam o que propõe o projeto e a ideologia de gênero".
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