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Com as informações
de Danilo Girodo Santos
renato santos
22/11/2015
MORADOR DESPEJA A IMOBILIÁRIA CONTINENTAL NO BAIRRO CENTRO RESIDENCIAL
O vereador Paraíba Car (PSDC) foi acionado para acompanhar um despejo no bairro Centro Residencial, em Arujá. Mas desta vez não era a Imobiliária Continental que estava despejando algum morador, por incrível que pareça, era ao contrário, um morador é que estava despejando a Imobiliária Continental.
Uma reintegração de posse ganho pela Continental em 2011 foi anulada pelo Tribunal de Justiça, e agora a casa vai ser devolvida ao antigo dono, ou seja, a reintegração de posse, por determinação da justiça, agora é favorável ao antigo proprietário, Florisvaldo de Jesus Souza.
Florisvaldo disse que reside há mais de 21 anos no Centro Residencial. Ele explicou que sofreu uma ação de despejo por parte da Continental em 2011. “Sofri o despejo, apesar de ter tentado um acordo com a Continental para pagar o lote onde está minha casa, mas a Imobiliária não aceitou e ajuizou uma ação de reintegração de posse contra minha pessoa”. Florisvaldo disse que a Ariane Luongo (ex-vereadora do município e filha do dono da Imobiliária Continental), colocou para morar na casa (dele), a ex-assessora parlamentar dela, de nome Daniela Rossini.
Ele disse que a Daniele Rossini, também trabalhou com a Ariane quando ela comandava o Pró-Menor, e hoje é assessora do deputado federal Roberto de Lucena.
ADVOGADOS DA CONTINENTAL TENTAM IMPEDIR REINTEGRAÇÃO DE POSSE
Apesar de a Daniele já estar ciente de que haveria a reintegração de posse no dia 16 de novembro, o Oficial de Justiça aguardava a presença dela para abrir a casa para os antigos moradores.
Cansado de esperar, o oficial de justiça telefonou para a Daniele, e como resposta, ela disse que ia demorar uns 40 minutos para chegar.
Nesse intervalo, o representante da justiça recebeu um telefonema da advogada da Imobiliária Continental, Lídia Maria de Araújo, que tentou dissuadir e protelar o trabalho do oficial de fazer cumprir a decisão judicial, afirmando que era para suspender o despejo, pois ela havia protocolado uma petição junto à juíza de Arujá, que autorizava suspensão da reintegração de posse, fato desmentido alguns minutos depois, quando o oficial de justiça conversou por telefone com a Juíza de Arujá.
Por fim, como a “despejada” não chegou, o representante da justiça autorizou a entrada da família à residência; o cadeado do portão foi quebrado e a família do seu Florisvaldo teve acesso à casa que eles haviam construído há mais de uma década atrás.
Quando o oficial de justiça se preparava para ir embora, chegou ao local um advogado da Imobiliária Continental bastante alterado, que tentou impedir a todo custo à reintegração de posse.
O advogado alegou que a reintegração ocorreu de forma ilegal, pois a juíza não previa no despacho o arrombamento da casa.
Disse ainda que estavam mexendo nos pertences da “despejada” que estavam dentro da residência. Por via das dúvidas, num excesso de zelo, o oficial de justiça deu um pulo rápido até o Fórum da cidade, conversou com a juíza, que mandou finalizar o despejo.
Mas o caso não parou por aí. Enquanto o advogado da Continental, de forma patética tentava impedir a ordem judicial, chegou uma viatura da polícia militar.
Quem teria chamado a PM, foi o advogado que alegou que uma residência havia sido invadida no bairro Centro Residencial. O oficial de justiça explicou para os PMs que se tratava de uma reintegração de posse, e depois de mostrar o documento do Poder Judiciário, os PMs se retiraram.
CONTINENTAL E PREFEITURA, “DESPEJAVAM” MORADORES SEM DECISÃO JUDICIAL
O vereador Paraíba Car, disse que desde que começou o loteamento do Parque Rodrigo Barreto e também do bairro Centro Residencial em Arujá, a Imobiliária Continental se acostumou ao longo dos anos, a “despejar” os moradores sem decisão judicial, sem nenhum amparo na lei.
Agindo de forma arbitrária e usando até da força bruta, os capangas da Continental intimidavam as famílias dos referidos bairros, que desamparados, sucumbiam à truculência e às arbitrariedades da Continental.
Muitas vezes os despejos ilegais tinham o apoio da prefeitura de Arujá, através de tratores, caminhões, viaturas da Guarda Municipal e servidores municipais.
Não precisa puxar muito a memória para relembrar um caso que ocorreu recentemente no Residencial. No início deste ano, a prefeitura de Arujá compareceu na Rua José Faustino da Silva, acompanhada por viaturas da Guarda Municipal e da Polícia Militar para realizar despejo de duas famílias, sem uma decisão judicial.
Também se faziam presentes uma máquina (pá carregadeira) e caminhões caçambas da prefeitura. Começou um bate boca entre os moradores e o fiscal Gilvan da prefeitura, que não apresentou nenhuma decisão judicial para expulsar as famílias e demolir as casas.
O vereador Paraíba Car foi chamado. “Eu disse ao fiscal da prefeitura (Gilvan) que sem uma decisão judicial, eles não iriam derrubar as casas, só se passassem com o trator por cima de mim”. Diante da postura do vereador, a prefeitura desistiu de despejar os moradores.
Essas famílias, alguns meses depois foram de fato despejadas, agora de forma legal, através de uma decisão judicial, mas devido à postura firme do vereador Paraíba Car, a prefeitura fez através de caminhão municipal a mudança das famílias, e os moradores passaram a receber R$ 500,00 reais por mês, a título de aluguel social.
O aluguel vale por um ano, prorrogável por mais um ano. De lá pra cá, não se soube até hoje de outros casos de tentativa, tanto da Continental como da prefeitura de Arujá de “despejar” famílias sem uma decisão da justiça.
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