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renato santos
24/12/2015
No apagar das luzes de 2015, o Brasil do PT está vivendo um surpreendente surto de transparência. De súbito, nossas eminentes figuras públicas foram acometidas de uma sinceridade sem precedentes. Como assim? O governo da mentira e do estelionato resolveu ser honesto? Explico.
A grande notícia no país, depois do esdrúxulo golpe aplicado pelo STF, que rasgou a Constituição em rede nacional – e não podemos abdicar de frisar isso quantas vezes forem necessárias, já que o país parece submerso em um mar de anestesia profunda diante do que aconteceu -, foi a saída do ministro Joaquim Levy e a posse de Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda.
Apesar de uma receita que desagradava aos espíritos mais liberais, apostando em aumento de impostos e volta da CPMF, Levy era um economista com formação em Chicago, de mentalidade mais moderada, mais ortodoxa, com maior respeito por parte dos mercados.
Seu ajuste fiscal, a bem da verdade, fornecia munição às esquerdas, mesmo às alas mais radicais do próprio PT, para acusarem o “neoliberalismo” pela crise oriunda do populismo feroz e, por natureza, irresponsável do governo do partido.
Barbosa, em vez disso, é um dos pais da desastrosa “Nova Matriz Econômica”, que levou o país em direção ao precipício em que se debate hoje, sob o tacão do excelentíssimo Guido Mantega.
Nome recomendadíssimo, certo? Pois, após uma teleconferência de que tomou parte, o dólar disparou e a Ibovespa despencou. Credibilidade zero perante o mercado.
Em meio a greve dos trabalhadores do transporte coletivo em Blumenau, três ônibus da empresa Nossa Senhora da Glória foram apedrejados na fim da manhã desta quinta-feira.
De acordo com um dos diretores da Glória, Humberto Sackl, os funcionários da empresa teriam se reunido e decidido voltar a trabalhar aos poucos, para que o dinheiro arrecadado com as tarifas fosse destinado ao pagamento do 13º salário atrasado.
Durante a manhã pelo menos sete ônibus saíram da garagem, mas três veículos foram atacados com pedras em frente à sede da empresa.
Segundo Sackl, os ônibus estavam saindo da garagem quando um carro branco passou e as pessoas que estavam dentro apedrejaram três veículos, quebrando vidros laterais e parabrisas.
– Por conta dessa insegurança vamos ter que recolher todos os ônibus agora – afirmou o diretor.
Apenas uma parcela dos ônibus da Rodovel continuam circulando em Blumenau, atendendo alguns horários dos troncais 10, 12, 15 e 32. As empresas ainda aguardam uma medida judicial solicitando a retomada do serviço.
A prefeitura de Blumenau finalizou nesta quarta-feira o edital de chamamento público, que prevê a contratação de empresas e pessoas físicas para operar o transporte público em caráter temporário.
As propostas começarão a ser analisadas a partir desta quinta-feira. O documento diz que só serão admitidos veículos com capacidade superior a 16 passageiros, incluindo o motorista.
As principais linhas, operadas pelos ônibus troncais, devem ser priorizadas. Ainda não há detalhes de como esse sistema temporário irá funcionar.
A prefeitura só deve montar um modelo depois de avaliar as propostas e considerar o número de veículos disponíveis. Este trabalho será feito independentemente da volta de ônibus das três empresas responsáveis pelo serviço, já que o estado de greve persiste. Por enquanto, só um ponto está definido: segundo o edital, a tarifa poderá ser paga apenas em dinheiro e será feita no embarque do passageiro.
— Enquanto isso a prefeitura continua trabalhando com o Ministério Público do Trabalho para tentar uma medida que garanta a cota mínima de 30% do transporte. É uma pena que ontem (terça-feira) na reunião de conciliação as empresas e os funcionários não chegaram a uma decisão — declarou Napoleão.
O prefeito também adiantou na quarta-feira que os transportes alternativos não estarão nas ruas de maneira imediata.
Ele (o prefeito) tinha que ter preocupação maior em resolver o problema, não apenas em adotar uma medida paliativa.
Tanto o Consórcio Siga quanto as empresas Nossa Senhora da Glória, Rodovel e Verde Vale têm até o dia 4 de janeiro para apresentar um plano de ação para a retomada do serviço. Uma comissão criada pela prefeitura vai avaliar as propostas para viabilização do sistema.
Se considerar que elas não são suficientes para garantir a operação do serviço, o Executivo deve romper o contrato de concessão.
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