Esta manhã já poderá ter a nova versão do Windows pronta para instalar no seu PC. Se ainda não tiver, é só esperar. Saiba o essencial sobre esta atualização que promete ser a maior de sempre.
Gratuito para todos os utilizadores de Windows 7, 8 ou 8.1., o Windows 10 começa hoje, quarta-feira, a ser instalado em muitos milhares de computadores em todo o mundo, naquela que é uma das maiores operações de atualização alguma vez realizada.
Precisamente pelas dimensões do projeto, é impossível garantir que todos os utilizadores recebam o novo sistema operativo (SO) no mesmo dia.
A empresa norte-americana garante que todos os computadores que tenham as versões anteriores referidas receberão o Windows 10 - mesmo aqueles que têm instalado produtos pirateados, segundo disse à Reuters o diretor da unidade do Windows Terry Myerson.
Esta "borla" durará pelo menos um ano, ou seja, até surgir uma nova atualização profunda do SO. Segundo o The Guardian, essa atualização seguinte - para o próximo Windows ou equivalente - deverá ser paga.
Isto não quer dizer que seja necessário pagar atualizações fundamentais, de segurança ou para remoção de bugs. A Microsoft já garantiu que dará suporte ao Windows 10 durante uma década.
A atualização a que o jornal britânico se refere não será, no entanto, o Windows 11. A Microsoft anunciou já que o 10 será a "última" versão do Windows, ou seja, procederá a partir de agora a atualizações sucessivas ao SO.
Esta característica fez com que a Microsoft tenha optado por não permitir que os utilizadores domésticos desativem as atualizações automáticas - passando apenas a poder adiar a sua instalação.
O que criou já alguma polémica entre alguns utilizadores que sentem que lhes está a ser retirado controlo sobre a máquina (existe no entanto uma forma de evitar que isto aconteça).
Quem fez no seu computador a pré-reserva do Windows 10 (surgiu-lhe junto ao relógio, na barra de tarefas, o símbolo do Windows e seguiu as instruções que surgem após lá clicar) irá ser notificado de que o 10 está pronto para ser instalado. Após dar-lhe autorização para se iniciar, o processo deverá ser totalmente automático.
Todos os outros utilizadores de Windows 7 ou superior têm desde logo que garantir (através do Windows Update) que têm todas as atualizações fundamentais (nomeadamente service packs) instalados. Só assim poderão migrar para a nova versão.
O Windows 10 tenta responder a quase todas as críticas que a Microsoft recebeu com a versão 8, concebida para trabalhar com dois diferentes interfaces gráficos - o tradicional 'desktop' e uma versão "moderna" com mosaicos largos, mais indicada para ecrãs táteis.
O problema é que a maioria dos utilizadores acharam o sistema confuso. E a integração entre estes dois "mundos" nunca foi muito bem conseguida.
Com o 10, mantêm-se os dois interfaces, mas o sistema está desenhado para se adaptar automaticamente ao equipamento em que está a correr.
Assim, quando instalado num PC, o utilizador verá o tradicional 'desktop', estado de volta o menu Iniciar (que tinha desaparecido no 8). Os mosaicos animados do interface "moderno" surgirão dentro deste menu e as apps desenhadas para funcionarem em ecrã inteiro passam a correr numa janela.
Num 'tablet', o Windows dará prioridade ao interface "moderno", uma vez que a interação com estes aparelhos faz-se essencialmente através dos dedos no ecrã tátil.
Nos aparelhos híbridos, como a linha Surface da Microsoft, o Windows adaptar-se-á automaticamente à utilização que lhe estiver a ser dada: em modo tablet, estará em funcionamento o modo "moderno"; ao ligar-se um teclado e um rato, o sistema entra em modo 'desktop'.
Existirá ainda este ano uma versão Mobile do Windows 10 - que substituirá o atual Windows Phone - que prolongará esta experiência para os telemóveis.
A promessa é de que será possível ligar um smartphone topo de gama a um dispositivo (com monitor, teclado e rato) transformando-o instantaneamente num PC.
Apps universais numa única loja
Esta abordagem de um único sistema operativo para todas as máquinas permitirá aos programadores criarem apps verdadeiramente "universais". Ou seja, o mesmo programa será utilizável num PC, num tablet e (até ao fim do ano) num smartphone.
A ideia é o utilizador poder começar qualquer trabalho num aparelho e continuá-lo noutro com o mínimo de dificuldade.
Ao mesmo tempo, o Windows 10 deverá ser retrocompatível com a grande maioria dos programas desenhados anteriormente. Segundo a Microsoft, se um programa corre no Windows 7 deverá correr sem problemas no 10.
Já programas para SO mais antigos, como o XP, deverão não funcionar de todo.