renato santos
12/02/2016
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Mutação do vírus zika no Brasil pode explicar casos de microcefalia em bebês
A hipótese de que o vírus zika esteja na origem dos casos de microcefalia em recém-nascidos no nordeste do Brasil já é considerada “a mais forte” pelo Ministério da Saúde. Segundo pesquisadores, é possível que o vírus tenha sofrido mutações no país, onde desembarcou em 2014. Isso explicaria por que outros locais que sofreram com epidemias de zika no passado, como a Polinésia Francesa, não registraram casos de microcefalia.
Espécie de "primo" da dengue, o zika causa sintomas parecidos e também é transmitido por um mosquito. Médicos e pesquisadores brasileiros estão reunidos deste terça-feira (24), em Brasília, para discutir como lidar com a possível relação entre o vírus e a microcefalia.
Em apenas três meses, já foram registrados 400 casos de crianças nascidas com esta malformação do crânio, que pode levar a sequelas definitivas. O diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do minitério, Cláudio Maierovitch, diz que, no caso de Pernambuco, já é possível classificar a situação como epidemia.
Um ano antes do zika chegar ao Brasil, a Polinésia Francesa, no Oceano Pacífico, enfrentou uma epidemia do vírus, mas não foram registrados casos de microcefalia. A pesquisadora Claudia Nunes Duarte dos Santos, da Fundação Oswaldo Cruz no Paraná, que trabalha em conjunto com o Instituto Pasteur de Paris, diz que há duas hipóteses para explicar a diferença entre os casos brasileiro e francês.
É possível que, na Polinésia, por ter sido um surto de menor proporção, os pesquisadores não tenham relacionado o zika à microcefalia. “Pedi para colegas franceses fazerem um estudo retrospectivo com as amostras para ver se houve um aumento de casos que eles não tenham se dado conta”, afirma a pesquisadora, que, no primeiro semestre, liderou a equipe que identificou o vírus no Brasil.
A outra hipótese é que o vírus tenha adquirido mutações ao longo das passagens pelos mosquitos e corpos humanos no Brasil, e tenha então se “tornado mais virulento”. “Mas não sabemos. Isso é uma hipótese que teremos que confirmar no laboratório”, alerta Claudia dos Santos.
Análise da placenta
Para o médico Érico Arruda, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, o zika vírus “muito provavelmente” está relacionado à microcefalia. Ele acredita que a grande quantidade de casos e a estrutura de saúde podem explicar por que a microcefalia foi detectada no Brasil e não em outros países que sofreram com o zika.
“O nosso sistema de saúde não é de alta qualidade, mas é capilarizado, tem programa de atenção à mulher grávida e pré-natal razoavelmente bem estabelecido”, pondera Arruda. “De alguma maneira, conseguimos perceber, devido à grande quantidade de pessoas que desenvolveram a doença”. A outra possibilidade, segundo o médico, seriam as particularidades e o contexto de desenvolvimento do vírus no Brasil, além de “aspectos étnicos e regionais”.
A relação entre os casos de microcefalia e o zika começou a ser estabelecida quando mães de recém-nascidos com a malformação relataram ter tido sintomas do vírus nos três primeiros meses de gestação. A hipótese ganhou força recentemente, quando a Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro analisou amostras de placentas dessas gestantes e identificou o vírus no líquido amniótico de duas delas.
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