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quinta-feira, 23 de junho de 2016

MEU FEIJÃO MINHA VIDA <<<>>> A CRISE DO FEIJÃO <<<>>> Mesmo com importação, feijão deve continuar caro até novembro <<<>>> VOCE SABE A ORIGEM DO FEIJÃO CARIOCA ? <<>>> E NÃO VERÍDICO QUE POR CAUSA DO ENVIO DO FEIJÃO PRA CUBA HOUVE CRISE <<<>>> O MERCADO AGUARDA A PRÓXIMA COLHEITA <<<>>> ONDE ESTA A SOLUÇÃO DESSA CRISE ? CHINA E MÉXICO




RENATO SANTOS 23/06/2016    MEU FEIJÃO MINHA VIDA, o que aconteceu com o nosso feijão, que já virou motivos de piadas nas redes sociais, nem na época do SARNEY, o feijão era tão caro, como esta agora, seria a importação do produto para CUBA, que RAUL CASTRO mandou jogar  fora? Vamos ao fato.



Essa informação que esta ocorrendo nas redes sociais, não correspondem com a verdade, nada haver, portanto , os brasileiros precisam parar de compartilhar e curtir  com as falsas notícias e valorizar o que  é verdade, a GAZETA CENTRAL, passou nas maiores redes de SUPERMERCADOS,e comprovou que tem haver  com CLIMA no Brasil.

Feijão carioca é um problema para o Brasil

Por ser um produto genuinamente nacional, a má notícia é que os brasileiros são reféns de sua própria criação. Quando a produção supera a demanda, os preços despencam e os produtores de feijão amargam prejuízos, porque o carioca é desconhecido no mercado internacional e não é possível exportar o produto. 

Por outro lado, quando a produção de carioca fica abaixo do esperado, o Brasil não tem de onde importar o produto, o que provoca alta nos preços. “Os produtores já estão calejados, eles acompanham o mercado e sabem que o feijão tem essas oscilações malucas”, afirma Sandra, analista da Unifeijão.


Segundo o pesquisador da Embrapa, o ideal é que o mercado brasileiro substitua o consumo de feijão carioca por feijão preto e feijão branco, por exemplo. “No longo prazo, a melhor solução seria que os brasileiros tivessem o hábito de consumir grãos mais conhecidos e aceitos no mercado internacional”, afirma Wander. “Isso traria mais estabilidade e previsibilidade para o mercado.” 

Mas o que é feijão carioca ?

De acordo com Wander, esse tipo de grão é resultado de uma mutação natural que ocorreu em plantas de feijão na década de 1960. A partir dessa planta, surgiu o feijão carioca, que foi estudado e gerou inúmeras variedades que atualmente são cultivadas no País. “Essa é uma criação nacional”, diz Wander. 

“Não existe produção de feijão carioca em escala comercial em nenhum outro lugar no mundo. O que existe são produtores que levaram variedades brasileiras e estão tentando produzir lá fora com o objetivo de exportar para o Brasil.”

O mercado aguarda a próxima colheita

O feijão é uma cultura de ciclo curto, entre 90 e 100 dias. Por isso, é possível ter três safras em cada ano agrícola. A primeira e a segunda safras do ano agrícola 2015/2016 registraram redução de área plantada e foram prejudicadas por problemas climáticos, como chuvas excessivas e geadas. A esperança que resta para este ano é a terceira safra, estimada em 873,3 mil toneladas, que será colhida entre o fim de agosto e o dia 20 de setembro em São Paulo, Oeste de Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás e em algumas regiões de Mato Grosso.



“Essa é uma safra menor, que não representa o maior volume da produção nacional. Mas, vai garantir o abastecimento por um tempo e dar um alívio nos preços do feijão”, afirma o pesquisador da Embrapa. Porém, segundo os especialistas, os preços do feijão carioca só devem mesmo voltar à normalidade a partir de novembro, quando começar a colheita da primeira safra de feijão do ciclo 2016/2017 e se as lavouras estiverem em boas condições.

Onde podemos ter a solução para crise do feijão ? 

Parece piada pronta, mas , não é , A solução pode estar na China e no México

Para estimular a importação de feijão preto, o governo pode reduzir tarifas de importação da China e focar no México. “A mercadoria da China está compensando. A saca chegaria ao Brasil por R$ 180 incluindo todos os impostos, enquanto em São Paulo, a saca de feijão preto está custando R$ 300”, diz Sandra. 

Porém, segundo a analista, a mercadoria demoraria mais de 40 dias para ser transportada por navio até o Brasil. “E mesmo assim, a importação não vai baixar os preços, só pode aliviar a pressão e não deixar que o feijão fique ainda mais caro”, afirma Sandra.


Outra alternativa é o México, onde se produz uma variedade de feijão chamada “pinto beans”. Esse tipo de feijão é similar ao carioca, com a diferença que é colorido com “pintas”, em vez de rajado. “O México é um tradicional produtor de feijão que pode suprir um pouco da nossa demanda no futuro. O feijão pinto beans é maior e o sabor é um pouco diferente, mas é o que mais se aproxima do feijão carioca”, afirma Alcido Wander, chefe de pesquisa da Embrapa Arroz e Feijão.


Mais uma vez, a solução não é imediata. Para importar feijão do México, o Brasil precisa negociar protocolos fitossanitários, processo que leva meses. Essa negociação é fundamental por questões de segurança, para evitar que pragas e doenças encontradas nas lavouras mexicanas sejam trazidas para o Brasil.

Vai aliviar o mercado ? Sim, mas o resultado não será de curto prazo:

O governo anunciou redução a zero da alíquota de importação de feijão, de qualquer país, por prazo de 90 dias. A medida foi criada com o intuito de estimular as importações do grão, numa tentativa de baixar os preços do produto. 

Porém, o feijão carioca, que responde por mais de 70% do consumo nacional, é um produto genuinamente brasileiro e não é encontrado em outros mercados. 

Com isso, a importação de feijão preto e de outros tipos não deve solucionar a crise de abastecimento. A medida pode apenas baratear o feijão preto e forçar uma mudança de hábito, fazendo com que muitos optem pelo grão preto, em vez do feijão carioca.

Tradicionalmente, o Brasil importa entre 100 e 150 mil toneladas de feijão preto por ano, sendo a Argentina o principal fornecedor do produto. 

Como os países do Mercosul integram um mercado comum, o feijão argentino já é importado sem taxas. Além disso, segundo Sandra, a importação de feijão é irrelevante diante da produção brasileira, de 2,9 milhões de toneladas na safra 2015/2016. 

Mesmo assim, já houve um incremento nas importações. De janeiro a maio de 2016, foram importadas 69,3 mil toneladas de feijão (todos os tipos de feijão, secos e em grãos), contra 44,6 mil toneladas no mesmo período de 2015, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.



De acordo com Sandra Hetzel, analista da consultoria Unifeijão, a tonelada de feijão preto argentina está custando cerca de US$ 1.250, valor que somado ao frete e impostos ficará muito próximo do preço brasileiro. “Lá na Argentina também houve perdas por causa do clima e o feijão também está caro. 

Não vejo muita vantagem competitiva na importação”, diz. “Só é uma medida positiva do ponto de vista psicológico, porque o mercado está extremamente nervoso. Mas a gente não pode esperar feijão barato neste ano, o consumidor tem de ter consciência disso.”



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