RENATO SANTOS 26/02/2017 Caracterizada como pessoa jurídica de direito privado, entidade filantrópica de assistência social, saúde e educação, a Fundação do ABC acaba de ser aprovada pelo município de Guarulhos para gerenciar quatro unidades de saúde: Policlínica do Jardim Maria Dirce, Policlínica do Jardim Paraíso e Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim São João Lavras, bem como a futura UPA do Jardim Cumbica – que será inaugurada neste ano, segundo informações da Prefeitura.
O comunicado foi encaminhado pela Secretaria de Saúde de Guarulhos à FUABC em 11 de fevereiro. “Entendo que a Fundação do ABC é a instituição apropriada para a celebração do convênio e o gerenciamento dos serviços”, relatou via ofício o secretário municipal Carlos Chnaiderman, que concluiu: “Autorizo a formalização de termo de convênio com a Fundação do ABC, com vigência a contar da data de sua assinatura até o dia 31 de março de 2018”.
QUASE 50 ANOS DE TRADIÇÃO
Criada em 1967 com intuito de viabilizar uma faculdade de medicina na região do ABC Paulista, a FUABC foi instituída como fundação sem fins lucrativos pelos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. É declarada instituição de Utilidade Pública nos âmbitos federal e estadual e na cidade-sede de Santo André, e reconhecida como Entidade Benemérita nas Câmaras de Vereadores de São Bernardo e São Caetano.
Prestes a completar 50 anos, a Fundação do ABC é mantenedora de 17 hospitais e 3 AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades), além da Faculdade de Medicina do ABC e de uma Central de Convênios que administra mais 40 planos de trabalho específicos – incluindo todas as UPAs de Santo André, São Bernardo, Mauá e Franco da Rocha. São mais de 19 mil funcionários diretos.
Entre as parcerias mais recentes, a entidade assumiu em novembro de 2014 a gestão de dois equipamentos estaduais: o Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário (CHSP) e o Hospital Estadual de Francisco Morato “Prof. Carlos da Silva Lacaz”. Em julho do mesmo ano, já havia incorporado a Maternidade Estadual de Caieiras e o Instituto de Infectologia Emílio Ribas II do Guarujá
Além de Francisco Morato, Caieiras, Guarujá, Capital paulista e agora Guarulhos, a Fundação do ABC também atua nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Mauá, Rio Grande da Serra, Franco da Rocha e Praia Grande.
ENSINO, PESQUISA E ASSISTÊNCIA
Com sede e foro na cidade de Santo André, a Faculdade de Medicina da Fundação do ABC foi autorizada a funcionar em fevereiro de 1969 e reconhecida em dezembro de 1975. Primeira unidade mantida da FUABC, a faculdade abriga hoje 8 cursos de graduação na área de Ciências da Saúde: Medicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Nutrição, Gestão em Saúde Ambiental e Tecnologia em Gestão Hospitalar.
Em 2014, ano em que completou 45 anos, a escola conquistou seu melhor resultado global de todas as edições das avaliações do Ministério da Educação. No Índice Geral de Cursos – IGC (avaliação institucional global), a FMABC manteve a nota 4 (o conceito máximo da avaliação é 5). Já nos cursos isolados, Medicina e Enfermagem obtiveram nota máxima 5 no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE). As graduações em Farmácia, Nutrição e Fisioterapia ficaram classificadas entre as melhores do país, todas com conceito 4.
Também em 2014, a Faculdade de Medicina do ABC contabilizou mais de 200 mestres e doutores formados, 1.600 residentes e 4.500 alunos diplomados na graduação. Atualmente a FMABC conta com mais de 30 cursos de pós-graduação “Lato Sensu”, 150 projetos de iniciação científica em andamento e “Stricto Sensu” – Mestrado e Doutorado – reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Foi instaurada terça-feira, 21, na Câmara uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar problemas enfrentados pelas Policlínicas Paraíso e Maria Dirce e pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São João, todas administradas pela Fundação ABC, contratada pela Prefeitura na gestão anterior. A CEI foi pedida pelo vereador Alexandre Dentista (PSDC).
Entre os alvos da investigação estão o fechamento das unidades à população, a falta de profissionais, atrasos no pagamento de funcionários e de serviços terceirizados, ausência de controle de frequência e a falta de insumos básicos. Os partidos têm duas sessões para indicar seus representantes.
Esta é a segunda CEI instaurada na Câmara em menos de um mês. A primeira visa investigar a aquisição de um terreno da Quitaúna pela Prefeitura. Também foram abertas duas Comissões Especiais de Estudos (CEE), uma sobre trabalho escravo na Fatec e outra sobre rachaduras no Portal Flora.
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