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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Outro erro histórico que cabe esclarecer: abre as Comemorações do Dia da Independência do Brasil artigo de Loryel Rocha





RENATO SANTOS  06/09/2017  Com  a  aproximação do  do  dia  7  de  setembro, a  gazeta  central  (  blog), publicará  comentários, artigos, publicados  na rede social  do facebook,  claro  sempre dando  o  nome da fonte,   no  artigo  de hoje  é  de Loryel  Rocha.  




O DRAGÃO NÃO É O TIMBRE DAS ARMAS DOS BRAGANÇA DO BRASIL E SIM DAS ARMAS NACIONAIS DA COROA PORTUGUESA.


O Dragão NÃO É, como afirmam muitos equivocadamente, o símbolo heráldico da Casa de Bragança. 

Sua origem como timbre nas Armas Nacionais de Portugal encontra-se referendada desde os lusitanos já com Viriato e pode ser visto em uso na primeira dinastia de Borgonha e com a segunda dinastia de Avis D. João I o assume como timbre das Armas Nacionais. 



Os Braganças herdam essa tradição da Coroa Portuguesa. E mais, o Dragão de Portugal é uma variante da SERPENTE DE BRONZE de Moisés cuja imagem está no Adro da Igreja de Nossa Senhora da Lapa em Vila Viçosa, terra dos Braganças.

E qual é a origem da Casa de Bragança? D. Afonso, Conde de Barcelos e 1º Duque de Bragança era filho natural de D. João I, nascido quando este tinha 14 ou 15 anos, “em tempo em que ElRey (...) ainda não tinha empunhado o Sceptro, e era Mestre da insigne Ordem de Cavallaria de S. Bento de Aviz” ( in António Caetano de Sousa , op. cit, Livro VI, Cap. I, p. 3). 




Foi educado por Gomes Martins de Lemos, no círculo dos frades franciscanos de Convento de Leiria. Durante os anos da crise D. João manteve-o, junto com uma irmã, D. Beatriz, oculto, mas depois de aclamado rei, viveu sempre próximo da corte. 

Acompanhou o pai nas lutas pela independência, e foi armado cavaleiro pelas mãos do novo monarca, em Tui, no ano de 1398. 


D. João I sempre o protegeu e teve por ele especial afeição – “... se não era o mais herdado, era o mais querido” (in Frei Rafael de Jesus, Monarchia lusitana, Tomo I, Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, 1958). 




Ao casar foi perfilhado e nobilitado sendo-lhe atribuído o título de Conde de Barcelos, até aí pertença do sogro que o transfere para o novo genro, com o acordo régio. 

O título de Duque de Bragança foi-lhe atribuído bastante mais tarde pelo Infante D. Pedro, em 1442, durante o período de regência após a morte de D. Duarte. Cf. J.T. Montalvão Machado, D. Afonso, primeiro duque de Bragança, Edição do autor, Lisboa, Depositária: Livraria Portugal, 1964, p. 103 e D. Afonso 8º conde de Barcelos e fundador da Casa de Bragança, Separata da Revista Guimarães, Vol. LXXIII, Guimarães, 1963, p. 10; e Joel Serrão e A. H. Oliveira Marques, “Portugal na crise dos séculos XIV e XV”, Nova história de Portugal, Vol. IV, Lisboa, Editorial Presença, 1987, p. 553. Fonte: Alexandra Leal Barradas. D. Afonso, 4º Conde de Ourém, viagens, cultura visual e formação de um gosto.


Anexo imagens do DRAGÃO DE PORTUGAL antes de ser usado como timbre das armas da dinastia de Bragança que se inicia com D. João IV, em 1640.


Imagem 1- Lusitania Liberata
Imagem 2- Armas do rei D. Manuel, Rainha D. Maria no "Livro da nobreza e perfeiçam das armas" de António Godinho. 
Arquivo Nacional da Torre do Tombo [ANTT].
Imagem3- Sala dos Brasões no Palácio Nacional de Sintra. 
Imagem 4- Retrato do Imperador D. Pedro I em trajes majestáticos, c.1822. Urbain Massard, onde se pode ver que o mesmo Dragão encima o Cetro Imperial.

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