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terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Pensem Bem Você Confiaria Numa CTI que Mata Seu Parente de Fome ? Há Uma Pesquisa Feita Pela Maria Isabel Correia da UFMG






RENATO  SANTOS   02/01/2017 Uma  denuncia  muito  gravíssima,  pacientes   podem  estar  correndo  risco  de  vida  nas  CTI  da  América  Latina e pode  estar  ocorrendo  no  Brasil,  precisamos  ficar  alerta  mas  muito  alerta  , inclusive  por  conhecimento  de causa  não  deixem  seus  familiares  sozinhos  nos  Hospitais .




O  assunto  é  sério  não se trata  de  noticias  falsas,  foi  publicada  pelo jornal  folha  de  são  paulo,  confirmada  pelo  Leude  Costa  jornalista  do  portal  Cristal Vox e  republicado  na íntegra  pelo  blog  gazeta central.



Um centro de tratamento intensivo (CTI) é um dos lugares com maior vigilância e assistência médica dentro dos hospitais. Mesmo assim, a desnutrição e a falta de ingestão calórica adequada são problemas nessas unidades, de forma semelhante ao que ocorre em outras alas de unidades de saúde.

Ao analisar os CTIs de 116 hospitais (públicos, privados e hospitais-escola) da América Latina, pesquisadores descobriram que 70% dos 1.053 pacientes estudados apresentavam desnutrição moderada ou grave mesmo recebendo terapia nutricional –procedimentos que auxiliam na nutrição do paciente internado.
Além disso, em cerca de 40% dos pacientes a ingestão calórica era inadequada.
“Eles recebiam a nutrição, mas havia um deficit. Ela era dada, mas não era suficiente para atingir o que o paciente precisava”, afirma Maria Isabel Correia, médica especialista em nutrição da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e uma das autoras da pesquisa, publicada na revista “Critical Care”, que analisou a situação nos hospitais.


Quadros de desnutrição que não recebem os cuidados necessários podem agravar o risco de morte, diminuir a eficácia e aumentar o tempo de tratamento dos pacientes, além de elevar a chance de reinternações –e consequentemente os custos hospitalares.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, os cuidados com o estado nutricional dos pacientes –tanto os que entram quanto os que já estão nos hospitais– costumam ser considerados como secundários.
“A equipe de saúde dá muito mais importância para outros medicamentos, coisas ligadas à sobrevivência aguda dos pacientes do que propriamente à dieta”, diz Paulo Ribeiro, coordenador da equipe multiprofissional de terapia nutricional do Hospital Sírio-Libanês.
No caso dos CTIs, contudo, há outro fator agravante –que, pelo menos em parte, pode explicar o elevado nível de desnutrição encontrado pela pesquisa.
Ribeiro, que não participou do estudo, diz que pacientes com quadros graves de inflamação ou doenças agudas têm uma resistência sistêmica que dificulta a recuperação de massa muscular e tecidos. De forma geral, o corpo destina a nutrição recebida à defesa imediata do organismo.
O especialista afirma que, nesses casos, há dificuldades em balancear a carga calórica que o paciente recebe. “Conhecemos muito pouco desses mecanismos para poder burlá-los de forma efetiva.”
De toda forma, “a doença mais prevalente nos hospitais no Brasil se chama desnutrição, algo que conseguimos tratar de uma maneira prática e muito menos cara do que outras terapias”, diz Correia, que vem repetindo o alerta há anos.
Conteúdo Folha de São Paulo, assinado pelo jornalista PHILLIPPE WATANABE – A foto é de Adriano Vizoni

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