RENATO SANTOS 05/02/2018 Estamos prontos para morrer? Será? O fato que ocorreu nessas semanas do mês de janeiro nos mostra o quanto somos frágeis em qualquer situação, não temos uma segurança, se afastamos de Deus o criador do Universo, as vezes esquecemos que tudo esta na sua vontade e por isso que não confiamos mais em Deus, é assim que o homem se sente na carta de Efésio Paulo já nos alertava em seus seis capítulos.
A cidade de Éfeso
Era uma das maiores cidades do Império Romano, capital da província chamada Ásia Menor, cujo território pertence hoje à Turquia. Localizava-se às margens do rio Caístro. Entre suas construções, destacava-se o templo da deusa Diana, também conhecida como Artêmis.
Os cultos ali realizados incluíam a prostituição em seus rituais. Tal edifício estava entre as sete maravilhas do mundo antigo. O templo foi incendiado no dia em que nasceu Alexandre Magno.
Posteriormente, o próprio Alexandre ofereceu-se para reconstruí-lo. Contudo, sua oferta foi recusada pelos efésios, os quais reconstruíram o santuário, tornando-o mais esplêndido do que antes.
Quando escreveu a primeira carta aos coríntios, Paulo estava em Éfeso. Talvez por isso, diante da grandiosidade daquela construção, o apóstolo fala sobre a igreja de Cristo, comparando-a a um edifício. Ele menciona o processo de edificação, o fundamento, os construtores e o material utilizado (I Cor.3.9-17). Mais tarde, quando escreve aos Efésios, Paulo volta a essa comparação (Ef.2.19-22).
Havia em Éfeso uma grande biblioteca e um teatro com lugares para 25 mil pessoas assentadas. A cidade possuía o principal porto da Ásia, colocando-se, assim, na rota comercial do Império. Foi construído naquela cidade um templo para a realização de cultos ao imperador romano. Hoje, existem apenas ruínas daquele grande centro urbano, entre as quais se destaca a fachada da antiga biblioteca.
Fundação da igreja
Paulo fundou a igreja em Éfeso por ocasião da sua primeira visita, durante a segunda viagem missionária (At.18.19). Na segunda vez em que foi à cidade (At.19.1), permaneceu lá durante um período superior a dois anos. Éfeso tornou-se o centro dos trabalhos missionários do apóstolo. Naquele período, toda a Ásia Menor foi evangelizada (At.19.10). Pode ser que nessa ocasião tenham sido fundadas as sete igrejas mencionadas no Apocalipse (2 e 3).
A permanência de Paulo em Éfeso foi interrompida por uma grande perseguição. Através de suas pregações, muitos se converteram a Cristo. Com isso, o comércio das imagens da deusa Diana estava se enfraquecendo.
Tomados de ira, os fabricantes de ídolos provocaram grande tumulto, tentando fazer com que Paulo fosse publicamente condenado por pregar uma doutrina que estaria "prejudicando" a cidade (At.19.21-40; I Cor.15.32).
Afinal, o turismo e o comércio estavam estabelecidos sobre a idolatria. Diante de disso, Paulo se retira. Depois de algum tempo, mandou chamar os líderes da igreja de Éfeso para se encontrarem com ele em outra cidade, Mileto. Ali, Paulo se despede deles, dizendo que não mais o veriam (At.20.16-38).
Timóteo, Apolo, Áquila e Priscila trabalharam na igreja de Éfeso (At.18.18,19,24; I Tm.1.3; II Tm.4.19). De acordo com a tradição, o apóstolo João também exerceu ministério naquela cidade e ali morreu. A bíblia não confirma isso. O que temos de concreto é que João escreveu uma carta à igreja de Éfeso assim como fez a outras seis igrejas da Ásia (Apc.2.1).
SOMOS FRÁGEIS PRECISAMOS CONFIAR EM DEUS
Na fragilidade do mundo atual, ninguém se sente seguro. Pessoas passeando à noitinha por Copacabana são atropeladas por carro desgovernado.
Resultado: pânico, morte de um bebê, 16 feridos. Automóvel sobe numa calçada e mata casal em Brasília. Caminhando por uma grande cidade e ser vítima de bala perdida, isso pode acontecer e acontece em qualquer lugar do mundo.
Outro exemplo. Havaí é o estado americano mais próximo da Coréia do Norte. Sua população vem sofrendo com a hipótese de um ataque do regime de Kim Jong-un. Recentemente, os havaianos creram ter chegado o dia. Uma mensagem falsa anuncia ameaça iminente de um míssil! Resultado: confusão generalizada até o desmentido quase 40 minutos depois[i].
Para o “Los Angeles Times”[ii], as crescentes tensões entre os dois países forçaram o Havaí a se preparar para a possibilidade de um real ataque nuclear. A TV alerta os habitantes para que nessa eventualidade entrem nos abrigos e ali permaneçam. E eis que uma sirene de alerta nuclear [foto abaixo], relíquia da Guerra Fria, acenou em dezembro último para um teste em mais de três décadas.
Com efeito, os títulos e subtítulos do jornal “Los Angeles Times”, em letras garrafais, foram muito chamativos: “Por quase 40 minutos, o Havaí achou que o fim estava próximo. Por que demorou tanto tempo para se darem conta de que o alerta de mísseis não passava de um erro?”
O influente diário narra que os habitantes do arquipélago, em lágrimas, começaram desesperadamente a buscar abrigo removendo tampas de poços, chegando a descer crianças em bueiros numa tentativa de protegê-las da ameaça candente. A insegurança tornou-se generalizada.
O Governador David Ige [foto ao lado] definiu o episódio como “um pesadelo”, e oficiais disseram que suspenderiam o sistema de testes internos da Agência de Gerenciamento de Emergência do Havaí, até que novos protocolos entrem em vigor, para evitar que isso se repita.
Em comunicado, o governador disse à população que se tratou de um dia inesquecível. Dia terrível, quando os piores pesadelos pareceram se tornar realidade: “Dia em que agarramos freneticamente o que pudemos, tentamos descobrir como e onde nos abrigar e nos proteger”.
Desculpando-se do melhor modo que pôde, o governador ainda afirmou: “Sei de primeira mão como a falsa notícia afetou todos nós aqui no Havaí, e sinto muito a dor e a confusão que isso causou. Muito desagradado, farei de tudo para melhorar os sistemas de emergência”.
O espantoso foi a facilidade da ocorrência de erro tão desastroso. Segundo a mesma fonte, o falso alarme aconteceu em decorrência de um funcionário ter apertado um botão por engano durante testes de rotina, e só foi alertado muito tempo depois pelo seu próprio celular.
Há males que vêm para bem, diz o adágio. Notícia publicada no site Life Site News[iii] afirma em seu titular que o medo do míssil concorreu para encher as igrejas do Havaí, tendo provocado filas imensas de pessoas para a confissão que chegaram a se estender até fora de suas portas.
O alerta do míssil fez inúmeras pessoas entrarem em pânico, e com o pensamento da morte iminente, acabou por obter algo difícil, ou seja, levar os fiéis à frequência dos sacramentos, de modo particular ao da Confissão. No dia seguinte, era domingo, as Missas foram muito concorridas.
Uma amostragem do estado de espírito das pessoas, Life Site News entrevistou Dallas Carter, um habitante de Honolulu que, com a mulher e cinco filhos, ao ouvir o alarme, teria exclamado: “Oh! Não! Eu ainda não me confessei!” Pelo visto, essa teria sido a atitude de muitos dos católicos no arquipélago.
Dallas Carter disse ter aprendido uma lição com o susto: “Não podemos brincar com a graça. Temos de nos achar em estado de graça, portanto preparados. Não significa ficar de joelhos e não se abrigar. Mas ter a parte espiritual em dia. O maior recurso para situações como essa é a oração, especialmente à Santíssima Mãe, que não deixa seus filhos sofrerem e passarem por algo que não seja a vontade de Deus”.
De fato, um bom sacerdote não poderia ter dado um conselho mais apropriado.
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[i] O Globo, domingo, 14 de janeiro de 2018.
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