RENATO SANTOS 16/05/2018 O inferno causado pelos políticos da esquerda está aumentando e ninguém faz nada,
"Uma menina alegre, prestativa e de bom coração". As palavras são de um amigo de Soraia Macedo de Lemos, de 17 anos.
Estudante do último ano do ensino médio, a jovem não resistiu aos ferimentos depois de ser baleada na cabeça, num assalto na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, na noite desta terça-feira. Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital municipal Evandro Freire, no mesmo bairro, mas morreu na unidade. Aos amigos e parentes da vítima, ficou a tristeza e a perplexidade deixadas pelo assassinato. Homenagens também foram postadas nas redes sociais.
— A Soraia era extremamente animada. Muito alto astral e extrovertida. Não tinha quem não gostasse dela. Era prestativa e de bom coração. Sempre pronta a ajudar. Ninguém acredita ainda no que aconteceu — disse um amigo da vítima, de 21 anos, que pediu para não ser identificado.
Segundo relato de pessoas próximas à adolescente, ela estava na Rua Estocolmo, via que faz esquina com colégio estadual em que estudava. Acompanhada de outra jovem, ela fora abordada por dois criminosos. Soraia estava com fones de ouvido naquele momento. Um dos criminosos, então, teria puxado o aparelho dela. Fizeram o mesmo com a moça que a acompanhava Soraia.
O disparo ocorreu em seguida. Há relatos de que Soraia teria reagido o assalto. Amigos da adolescente, no entanto,negam essa versão. Os bandidos não levaram o telefone da vítima, modelo fácil de ser rastreado — acabaram roubando apenas aparelho da jovem que estava com ela no momento do assalto. Os assaltantes conseguiram fugir.
O caso está sob os cuidados da Delegacia de Homicídios da Capital (DH). Agentes da especializada estiveram no hospital para onde Soraia foi levada e, posteriormente, foram até a Rua Estocolmo, onde ocorreu o crime, na busca de vestígios do crime que possam auxiliar as investigações.
COMOÇÃO NAS REDES SOCIAIS
A julgar pelas fotos postadas por Soraia em suas redes sociais, pode-se dizer que era uma menina alegre e que vivia rodeada de amigos. Muitos deles, inclusive, utilizaram imagens em que posam junto à vítima para prestar as últimas homenagens à adolescente. Uma das mensagens foi da mãe da jovem:
"Nem tenho palavras para expressar tanta dor em meu peito. Perder uma filha linda que sempre pensou em mim em primeiro lugar. Choramos e rimos juntas, te aconselhei em tudo em sua vida. Sempre tive orgulho de ter você como filha. Sou muito apaixonada por você. Parece que é mentira que vou acordar e não te ver mais; a ficha ainda não caiu. Meu eterno chorinho, minha menina boba e levada. Arrancaram um pedaço de mim. Não sei o que vai ser de mim agora", consta de um trecho postado pela mãe da menina na internet.
Em outra postagem, uma pessoa próxima à Soraia desabafou pelo fato de o crime ter sido motivado por um celular:
"Uma menina incrível, com planos, objetivos, sonhos e tudo. Como pode alguém tirar uma vida por conta de um celular? Um objeto sem valor algum. Tiram uma vida sem pena, uma crueldade só! Nossa menina , nossa soso , vai estar sempre em nossos corações. Que a justiça seja feita.
"Que o nosso bom Deus lhe receba de braços abertos, minha flor. Que ele venha confortar os corações de todos que te amam. Descanse em paz, e que daí de cima, junto com o Pai, você venha nos proteger desses monstros", dizia outro texto postado na página de Soraia.
VIA RECORRENTE EM CRIMES
Foi na mesma Rua Estocolmo em que a jovem Soraia foi baleada que, em fevereiro deste ano, morreu o professor de jiu-jítsu Állex Gonçalves Passos, de 27 anos. Ele foi atingido atacado a tiros por bandidos durante um assalto. O jovem estava de moto e passava na altura da esquina da Rua Compenhague quando foi rendido pelos criminosos, que dispararam contra ele.
Os criminosos fugiram do local levando a mochila de Állex. O caso também foi registrado pela Delegacia de Homicídios.
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