RENATO SANTOS 15/07/2018 Seria mais uma vez colocar a esquerda brasileira no fim, a seis meses a gazeta central publicou as mudanças em CUBA, depois da eleição de um novo presidente muitas pessoas não deram crédito, porém, as mudanças serão devagar mas já dá sinais que algo realmente esta mudando, como por exemplo voô para Havana pela gol, e principalmente mudanças política ainda retrograda mas necessárias.
Ainda não é uma democracia, mas tem visão da Russia, devido as eleições nos Estados Unidos, Donald Trump tem interesses tanto pessoais como governo, assim como ele esta fazendo na Russia, é um começo importante.
MODELO DE MERCADO
Cuba reconhecerá o papel do mercado e da propriedade privada em seu modelo de gestão econômica de estilo soviético, mas sem modificar a "irreversibilidade" do Estado socialista, informou neste sábado (14) a imprensa local, ao revelar pela primeira vez os detalhes do anteprojeto para uma nova Constituição para o país.
O debate sobre a proposta de reforma da Constituição cubana será um dos mais esperados do próximo sábado. A sessão da Assembléia Nacional anunciará, além disso, a reestruturação do novo Gabinete de Ministros que acompanhará o presidente Miguel Díaz-Canel nos próximos cinco anos.
"O sistema econômico... mantém como princípios essenciais a propriedade socialista de todo o povo... ao que se soma o reconhecimento do papel do mercado e de novas formas de propriedade, incluindo a propriedade privada", disse o Granma, o jornal do Partido Comunista, em um artigo intitulado "Visão para o Presente e o Futuro da Pátria".
O chefe do Partido Comunista de Cuba, Raúl Castro, encabeça uma comissão desde junho que prepara o documento que busca atualizar o texto da Constituição, adotado em 1976 durante a Guerra Fria, embora modificado em 2002 para decretar o socialismo como "irrevogável" na ilha.
O ex-presidente Castro, de 87 anos, anunciou pela primeira vez a necessidade de emendar a Constituição em 2011, depois de se concentrar em uma série de reformas econômicas com maior abertura aos investimentos estrangeiros e a pequena empresa privada.
VÔOS DO BRASIL PARA HAVANA
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) autorizou a Gol a realizar três voos semanais entre Brasil e Cuba — rota que não é feita atualmente por nenhuma companhia aérea —, segundo decreto publicado nesta terça-feira (14) no Diário Oficial da União.
A maioria dos voos internacionais da Gol são para destinos nos países do Cone Sul, mas a companhia também voa para destinos no Caribe (República Dominicana e Aruba), que são procurados principalmente por turistas em busca das praias.
A empresa até agora não definiu em que dias e horários operará seus voos até Havana nem desde que cidades brasileiras partirão os aviões com destino a Cuba. A Cubana de Aviación, a única empresa que oferecia viagens diretas entre Brasil e Cuba, suspendeu em fevereiro o voo que realizava semanalmente entre São Paulo e Havana. Os turistas brasileiros que desejam visitar Cuba atualmente têm que viajar com escalas na Cidade do Panamá ou Bogotá.
Com o processo de abertura econômica em andamento, o ministro de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro de Cuba, Rodrigo Malmierca, fez uma apresentação na semana passada, na sede da Fiesp, em São Paulo. Ele falou para um grupo de empresários brasileiros e tentou convencê-los de que há diversas oportunidades para se investir no país. Malmierca reconheceu algumas dificuldades como problemas de liquidez financeira na ilha caribenha, mas reforçou que há segurança jurídica no país e destacou a necessidade de realizar projetos em infraestrutura.
— Há estabilidade política, social e jurídica em Cuba e uma localização privilegiada.
A VISITA DO MINISTRO CUBANO EM SÃO PAULO
O ministro minimizou os efeitos da retomada das relações comerciais entre Cuba e os Estados Unidos e disse que o fim do bloqueio, anunciado no ano passado, "precisa acontecer efetivamente".
— Nada mudou até agora. O presidente Barack Obama reconheceu que a política (de bloqueio) fracassou, tomou algumas decisões que vão na direção correta, mas que ainda são insuficientes.
Malmierca disse que o primeiro passo efetivo será o restabelecimento diplomático, com a instalação das embaixadas. — Isso está em andamento e vai ser um começo efetivo.
Ele disse que a decisão anunciada pelo presidente norte-americano, de aprovar o restabelecimento de serviços de transporte naval de cargas e passageiros entre os Estados Unidos e Cuba, é importante, mas limitada.
Em sua apresentação, Malmierca detalhou a lei cubana que regulamenta investimento estrangeiro na ilha e destacou dados macroeconômicos do país.
— Promoção do investimento estrangeiro é uma das ações de maior destaque no processo de atualização econômico de Cuba. Estamos promovendo as exportações, queremos que o capital estrangeiro nos ajude a exportar.
Ele destacou também que hoje Cuba mantém relações comerciais com 75 países e o intercâmbio triplicou nos últimos dez anos.
Segundo ele, Cuba tem crescido a uma média de 4,9% ao ano e para 2015 a expectativa é de um avanço do PIB nesse patamar, em torno de 4%.
— Aos poucos, vamos nos recuperando da crise dos anos 1990, temos taxas de inflações aceitáveis e temos feito um esforço grande nos últimos anos para manter nossos compromissos financeiros internacionais.
Malmierca destacou que Cuba precisa de projetos em diversas áreas, como infraestrutura, agronegócio e energia. Ele reforçou ainda que o projeto do marco legal que trata do investimento estrangeiro prevê um regime tributário especial para aumentar a atratividade da ilha. Entre os itens previstos está, por exemplo, a isenção de imposto aduaneiro durante o processo de investimento.
referências:
EFE, ESTADÃO E AGÊNCIAS INTERNACIONAIS jornais cubanos
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