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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Na entrevista a TV Record Bolsonaro disse que o PT não fez lição de casa no caso Venezuela <<>> Prometeu fazer uma faxina no MST <<>>Adversário Politicos prontos a conversar <<>>Mais médico vai mudar o dinheiro ficará no Brasil<<<>>Controle da Imprensa Ele é a favor da Liberdade quem vai impor limites é o leitor <<>> Uma entrevista coerente






RENATO  SANTOS  31/10/2018  A  entrevista  do Presidente  Jair  Bolsonaro  a  TV  Record,  deu  para  entender  como  vai  ser  o seu  Governo  e  terá  mudanças no  Brasil  a  qual  precisamos  e  muito.



A RecordTV veiculou a primeira entrevista do presidente eleito Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (29). Durante os 30 minutos do bate-papo, liderado pelo repórter Eduardo Ribeiro, fez a emissora de Edir Macedo bater recordes em São Paulo.

Entre 19h às 19h33, faixa em que ocorreu o encontro, o canal paulista marcou média de 17 pontos, com pico de 18 pontos, bem como share de 24%. A saber, esses números mantiveram a Record isolada na vice-liderança do Ibope.

Eleito com 57,7 milhões de votos, Bolsonaro toma posse dia 1º de janeiro de 2019. Até lá, no entanto, o político deverá organizar sua estrutura política de governo e as entrevistas com planos, bem como decisões serão cada vez mais frequentes também.

Entrevistado pelo repórter Eduardo Ribeiro por aproximadamente 30 minutos, Jair Bolsonaro respondeu a uma série de questões acerca de suas declarações recentes, especulações e também em relação a fatores importantes de seu futuro governo.

Jair  foi  bem  questionado  sobre  todos  os assuntos, mas  defendeu  a  Constituição  Federal e  todos  nós  somos Iguais  perante  a   Carta  Magna, não  vai  permitir  invasões  nas  Propriedades  Privadas, e nem tão pouco  desvio  de condutas  de  seus  Ministros.

Mostrou  uma  maturidade  em assuntos  internos  como ninguém, trouxe  de  primeira  sintonia  boas  expectativas para  os  brasileiros  que  cansaram de  ver  seu  País  sendo  saqueados  por  pessoas  desqualificadas  no  poder.

Vai  trabalhar  em  comum  acordo  com  a  Câmara  de  Deputados  e  Senado  o que isso  traz um Governo alinhado  com  o Legislativo e  Judiciário respeitando  assim  as  normativas  de  cooperação e  harmonia  nos  três  poderes.

Não  somos  uma  Nação  dividida  e nem podemos  rotular  isso ,  e  ainda  Jair  Bolsonaro  esta  preocupado  com  a situação da  Nação  nesse  momento.



A seguir, os principais trechos da entrevista:

Nomes de governo

Nos próximos dias, ele disse que deve confirmar o nome do astronauta e major da reserva Marcos Pontes para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Já foram confirmados os nomes do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para Casa Civil, o general da reserva Augusto Heleno para Defesa e o economista Paulo Guedes para a Economia.

Minorias

Segundo o presidente eleito, é preciso buscar meios para que todos tenham as mesmas condições econômicas e financeiras e, não tratar determinados grupos como minorias. “Certas minorias podem achar que têm super poderes por serem diferentes dos demais”, disse. “Somos iguais, Artigo 5º da Constituição: sem diferença de gênero, cor da pele e região onde nasceu. O que se tem fazer é procurar a igualdade de patrimônio para todos e aí todos ficam satisfeitos.”

Mercosul

Bolsonaro afirmou que o Mercosul (bloco que reúne Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que está suspensa temporariamente) foi supervalorizado e que tal tratamento tem de ser modificado. De acordo com ele, isso ocorreu por questões ideológicas, que protegiam determinados países que, na sua opinião, “burlavam” regras. “Nós queremos nos livrar de algumas amarras do Mercosul”, disse.

Venezuela e imigrantes

O presidente eleito disse que vários líderes estrangeiros pediram que o Brasil mantenha a ajuda à Venezuela e também aos imigrantes. Ele negou a possibilidade de intervenção externa, apoiada por seu governo, na Venezuela. “O PT não fez a lição de casa com a Venezuela, sempre admirou o [o ex-presidente Hugo] Chávez e [o atual presidente Nicolás] Maduro e agora estamos vendo os mais pobres vindo a pé para o Brasil, sem ter o que comer.”

Estados Unidos e Trump

Bolsonaro confirmou que sua conversa com o presidente norte-americano, Donald Trump, foi mais longa do que a que teve com os demais líderes – e trataram de iniciativas comerciais e militares. “Pretendo ir aos Estados Unidos para ampliar a pauta sobre comércio e área militar”, disse o presidente eleito, informando que deverá viajar na companhia do general Heleno e o economista Paulo Guedes.

Líderes estrangeiros

O presidente eleito disse ter conversado com líderes da América Latina e da Europa, o que para ele indica a importância do Brasil. “Estou muito feliz porque, apesar de protocolares, essas conversas mostram que nós podemos estar juntos com esses países.”

Vice-presidente da República

Segundo ele, o general Hamilton Mourão, seu vice, é um homem “muito qualificado e preparado”. “Nem eu quero um vice decorativo. Agora não sou capitão, nem ele general. Eu disse para ele: ‘General, nós somos soldados do Brasil’”, disse o presidente eleito, negando atritos com o oficial. “Será um conselheiro de primeira hora.”

Governo de transição

De acordo com o presidente eleito, os dados “são estarrecedores”, como a quantidade de funcionários e os gastos. “Não vamos fazer maldade com servidores. Não vamos simplesmente desfazer deste capital.”

Cargos na Câmara

Bolsonaro disse que não irá interferir no processo de sucessão na Mesa Diretora da Câmara, que inclui a presidência da Casa. Ele disse que se o presidente da República interfere “ganha um inimigo para o resto da vida”. O atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), aliado de Bolsonaro, tenta a reeleição e aguardava seu apoio. Para o presidente eleito, é preciso que os partidos políticos definam os cargos, não ele. “Eu gostaria que nós [o PSL] não lutássemos pela presidência da Câmara. Seria um início de gesto de humildade. Pela governabilidade, seria bom diversificarmos os partidos.”

Homens honestos

Lembrando que tem 28 anos de Parlamento, Bolsonaro disse que se relaciona bem com 95% dos parlamentares. “Eles têm consciência do que foi essa campanha e acreditam em mim. Eu acredito que a maioria quer o bem do Brasil. A maioria é de pessoas honestas e decentes.”

Estatuto do Desarmamento

Ele defendeu o direito de um cidadão acima de 21 anos – e não mais 25 anos –  comprar arma de fogo, sem ter de renovar o porte rotineiramente. O presidente eleito disse ser favorável ao porte definitivo. “Há um estado de guerra. A efetiva necessidade está comprovada pela violência.” Também afirmou que é preciso flexibilizar o porte de arma para que as pessoas possam se proteger melhor da insegurança presente em todos os locais. “Quem tiver uma arma vai ser responsabilizado por ela. Quem quer fazer a maldade não precisa comprar a arma, é fácil comprar a arma de fogo. Temos de abandonar o politicamente correto. Achar que não ter armas melhora o país, não é isso. Arma de fogo garante a liberdade de uma pessoa.”

Pacotão de Medidas

Sem detalhar, o presidente eleito mencionou que uma série de medidas específicas para o agronegócio, homem do campo e a segurança serão encaminhadas na sua gestão. “Todos se beneficiarão.”

Faxina e MST

Bolsonaro prometeu fazer uma “faxina” no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Segundo ele, os integrantes da entidade desrespeitam a lei e não podem por isso querer dialogar.
“Eu vou fazer a faxina. A faxina será em cima dos que não respeitam a lei, como o pessoal do MST”, afirmou. “O movimento social que invade, depreda e faz barbaridade não tem conversar. Por isso eu quero armar o fazendeiro.”

Adversários políticos

Bolsonaro afirmou que está “pronto para conversar” com os candidatos à Presidência Ciro Gomes, Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Fernando Haddad (PT), derrotados nas eleições. “Converso com eles apesar da campanha que fizeram para me desconstruir.”

Mais Médicos

Ele defendeu que os profissionais estrangeiros que quiserem atuar no Brasil se submetam à revalidação do diploma, fazendo provas para verificar suas habilidades. O presidente eleito afirmou que vai mudar o programa como está. Na sua opinião, o programa foi criado para favorecer os médicos cubanos.

Controle da Imprensa

O presidente eleito negou que pretenda controlar a mídia. Segundo ele, é favorável à liberdade de expressão. “Quem vai impor limite é o leitor. O controle é o controle remoto, nada além disso. O cidadão na ponta da linha é quem vai decidir.”

TV “Oficial”

Bolsonaro disse que pensa em privatizar ou extinguir a TV “oficial”.“Não queremos propaganda, não vamos usar TV oficial. Não podemos gastar R$ 1 bilhão para audiência traço; prefiro contar com a mídia tradicional.


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