RENATO SANTOS 26/03/2020 Precisamos ficar unidos, o mais fortes devem ajudar os mais fracos. Uma matéria especial sobre o COVID-19, no Brasil.O tombo econômico que o Brasil pode sofrer por causa do coronavírus é sem precedentes. O Brasil ainda vive uma situação econômica frágil que começava a melhorar, mas ainda sem força para segurar um tipo de baque que uma paralisação generalizada é capaz de gerar.
O impacto econômico de paralisar quase totalmente uma economia já frágil pode superar facilmente os danos gerados pela era petista, por incrível que pareça. Quando falamos que a cura pode ser pior que a doença é disso que estamos falando.
Os políticos sabem disso melhor que nós aqui, incluindo os políticos de oposição, que enxergam nesse impacto uma oportunidade única para derrubar Jair Bolsonaro, já que pela urna não rola. Exatamente por isso defendem uma quarentena irracional, generalizada e burra. Eles sabem o que estão fazendo.
Uma coletiva ( na íntegra) feita Atualização do boletim epidemiológico sobre #coronavírus TV Brasil 2
A fortíssima economia americana, com fôlego para muita coisa, inclusive para assinar cheques de trilhões de dólares para salvar o país num momento desse, voltará a crescer no dia seguinte que isso acabar. E voltará com força ainda maior que no período pré-corona. Meu palpite.
E o Brasil?
Medidas restritivas no Brasil, mais do que em muitos lugares do mundo, precisam ser inteligentes - o oposto de generalizadas - isolando quem precisa ser isolado e liberando quem pode “pegar em armas” e lutar pelos mais fracos, lutar por seus familiares e por seu país recentemente arrasado por velhos e conhecidos inimigos internos, que agora se disfarçam com plumagens sofisticadíssimas para arrasar novamente o Brasil.
Se é de guerra que estamos falando, é isso que precisa ser feito. Não se ganha guerra escondendo soldados fortes e saudáveis debaixo da cama.
Todo o país deveria estar junto nessa, mas parte dele é o próprio inimigo que deve ser vencido.
Se o apelo nessa guerra deve ser pela ciência, que não se excluam as ciências econômicas do campo de batalha.
Hoje (26) completa um mês do primeiro caso confirmado do novo coronavírus (covid-19) no Brasil. Durante este período a pandemia produziu 77 mortes, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada hoje (26). A taxa de letalidade é de 2,7%.
Ontem, as mortes já haviam se expandido para além de São Paulo e do Rio de Janeiro, com falecimentos em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e no Amazonas.
Considerando um mês após o primeiro infectado, o Brasil fica atrás da China (213 mortes e 9.802 casos) mas a frente da Itália (29 mortes e 1.694 casos).
O total de casos confirmados saiu de 2.433 ontem para 2.915 casos. O resultado de hoje marcou um aumento de 54% nos casos em relação ao início da semana, quando foram contabilizadas 1.891 pessoas infectadas.
Do total de mortes, 58 foram em São Paulo, nove no Rio de Janeiro, três no Ceará, três em Pernambuco, uma no Amazonas, uma no Rio Grande do Sul, uma em Santa Catarina e uma em Goiás.
Como local de maior circulação do novo coronavírus no país, São Paulo também lidera o número de pessoas infectadas, com 1052 casos confirmados. Em seguida vêm Rio de Janeiro (421), Ceará (235), Distrito Federal (200), Rio Grande do Sul (158) e Minas Gerais (153).
Também registram casos confirmados Santa Catarina (122), Bahia (104), Paraná (102), Amazonas (67), Pernambuco (48), Espírito Santo (39), Goiás (39), Mato Grosso do Sul (25), Acre (24), Rio Grande do Norte (19), Sergipe (16), Pará (13), Alagoas (11), Mato Groso (11), Maranhão (10), Piauí (nove), Roraima (oito), Tocantins (sete), Rondônia (cinco), Paraíba (cinco) e Amapá (dois).
Ministério da Saúde libera recursos
Mais R$ 600 milhões estão sendo liberados para estados e municípios a fim de reforçarem o plano de contingência para o enfrentamento da pandemia de coronavírus (covid-19). Além disso, R$ 400 milhões já haviam sido enviados a todos os estados este mês.
A orientação do Ministério da Saúde é que cada estado defina com as prefeituras os valores destinados a cada município. O dinheiro poderá ser utilizado em ações de assistência, inclusive para abertura de novos leitos ou custeio de leitos já existentes nos estados e municípios.
São Paulo anuncia repasse
O governador de São Paulo, João Doria, anunciou hoje o repasse de R$ 218 milhões para 80 municípios do estado com mais de 100 mil habitantes para ações que minimizem efeitos da pandemia do novo coronavírus. O repasse terá início no dia 3 de abril e não inclui a capital.
Para as cidades com menos de 100 mil habitantes, o governador disse que um novo valor de repasse deverá ser anunciado na próxima segunda-feira (30).
Contingenciamento no Rio de Janeiro
O governo fluminense determinou ontem (25) o contingenciamento de R$ 7,6 bilhões e a suspensão por tempo indeterminado de novas despesas de caráter não essencial. As medidas são emergenciais para fazer frente à queda na arrecadação provocada pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Na tarde desta quinta-feira (26), o Ministério da Saúde divulgou um novo balanço com dados atualizados sobre o novo coronavírus no Brasil.
Segundo a Pasta, os principais dados são:
77 mortes
2.915 casos confirmados
A taxa de letalidade está em 2,7%, e o Sudeste é a maior região de ocorrência, com 1.665 casos de pessoas contaminadas com o vírus chinês.
O presidente Jair Bolsonaro anunciou hoje (26) que o governo zerou o imposto de importação sobre medicamentos como cloroquina e azitromicina. Em publicação no Twitter, Bolsonaro explicou que a medida visa facilitar o combate ao novo coronavírus e que os medicamentos são para uso exclusivo em hospitais e para pacientes em estado crítico.
“Essa redução também se estende a outros produtos e vai fazer toda a diferença em nossa luta!”, escreveu.
De acordo com o Ministério da Economia, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou as tarifas de importação de mais 61 produtos farmacêuticos e médico-hospitalares utilizados no enfrentamento da emergência em saúde devido ao novo coronavírus.
A Resolução nº 22/2020, com a lista dos produtos, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (26). Entre eles estão álcool etílico, oxigênio e dióxido de carbono medicinais; gaze, água oxigenada, lençóis de papel, luvas, esterilizadores e agulhas; equipamentos de oxigenação e de intubação, aparelhos de respiração artificial, termômetros, instrumentos e aparelhos para diagnóstico.
Na semana passada, o governo já havia zerado a alíquota de importação de 50 produtos médicos e hospitalares e hoje (26) ampliou a medida. A isenção do imposto vale até 30 de setembro.
Hidroxicloroquina
Ontem (25), o Ministério da Saúde anunciou que passará a adotar a hidroxicloroquina, variação da cloroquina, em pacientes internados com a covid-19. Essas substâncias são utilizadas normalmente contra a malária, nos casos de lúpus e artrite reumatoide, e foram cercadas de expectativa e rumores depois de notícias de que elas estavam sendo usadas, ainda em caráter de pesquisa, no tratamento ao novo coronavírus.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos, Denizar Vianna, destacou que a substância pode ser usada apenas em unidades de saúde. “Não usem medicamento fora do ambiente hospitalar. Não é seguro. Durante o uso pode ter alteração do ritmo do coração e isso tem que ter acompanhamento hospitalar”, enfatizou, durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira.
No Brasil, o produto é fabricado em laboratórios privados, das Forças Armadas e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enquadrou a hidroxicloroquina e a cloroquina como medicamentos de controle especial para evitar que pessoas que não precisam efetivamente desse medicamento provoquem o desabastecimento do mercado.
Já a azitromicina é um antibiótico usado, entre outros, no tratamento de infecções respiratórias.
Insumos
O presidente Jair Bolsonaro também anunciou hoje que foram suspensos, temporariamente, os direitos antidumping para importações de seringas descartáveis e tubos para coleta de sangue. “Assim, poderemos adquirir esses equipamentos essenciais por preços menores e deixá-los acessíveis para a população mais vulnerável”, escreveu em publicação no Twitter.
O dumping é uma prática de concorrência desleal que acontece quando uma empresa vende seus produtos em um outro país por um preço reduzido, a um nível que prejudique as empresas locais. Em vários países, medidas antidumping são tomadas para a proteção de produtores nacionais seja por meio da taxação ou cotas.
De acordo com a Resolução nº 23, também publicada no DOU, estão suspensos até 30 de setembro os direitos antidumping aplicados às importações de seringas descartáveis de uso geral, de plástico, com capacidade de 1 ml, 3 ml, 5 ml, 10 ml ou 20 ml, com ou sem agulhas, originárias da China, e às importações brasileiras de tubos de plástico para coleta de sangue a vácuo, originários da Alemanha, China, dos Estados Unidos e do Reino Unido.
- Com o objetivo de facilitar o combate ao coronavírus, zeramos o Imposto de Importação da cloroquina e da azitromicina, para uso exclusivo de hospitais em pacientes em estado crítico. Essa redução também se estende a outros produtos e vai fazer toda a diferença em nossa luta!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 26, 2020
O Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) vai doar pelo menos 70 mil litros de álcool etílico, hidratado a 70%, ao Sistema Único de Saúde (SUS), para colaborar no combate ao novo coronavírus. A entidade representa o setor produtivo da cachaça no país. De acordo com o diretor-executivo do Ibrac, Carlos Lima, o movimento é recente e tende a aumentar.
“A gente fez um chamamento aos associados para que eles avaliem tecnicamente se têm condições de produzir esse álcool a 70% e, gradativamente, a gente vem tendo resposta de empresas que estão se engajando nesse processo”, disse Lima à Agência Brasil. Os primeiros doadores são as oito maiores empresas produtoras de cachaça de grande, médio e pequeno porte, incluindo multinacionais.
Cada empresa, individualmente, está contactando as prefeituras para atender a demandas locais. "Cada empresa está fazendo essa gestão do processo e entregando o álcool de acordo com a demanda da prefeitura ou do parceiro local que pretende receber isso”, informou o diretor do Ibrac.
Logística
Carlos Lima explicou que, em alguns casos, a prefeitura não tem condição de estocar o produto. Então, a entrega é fracionada. Já em outros casos, a entrega é feita em sua totalidade. Uma empresa de São Paulo, por exemplo, já tem fechada para amanhã (27) a entrega de 3 mil litros. “Realmente, é uma situação de governança local. As empresas e os governos avaliam a melhor forma de logísticas”, explicou.
De acordo com o diretor, o instituo quer fazer contato com entidades representativas do setor de embalagens para convidar seus membros a doarem embalagens plásticas para envazar o produto e participarem, assim, da iniciativa de combate à pandemia.
Anvisa
Carlos Lima conta que antes de entrar em contato com as mais de 300 empresas associadas, o Ibrac consultou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura, uma vez que produtores de bebidas alcóolicas não podem produzir o álcool a 70% sem licença.
“A gente conversou com a Anvisa sobre isso, o Ibrac chegou a apresentar um pedido formal à agência para que os associados tivessem uma autorização emergencial e excepcional para a realização dessa atividade”. No último final de semana, a Anvisa publicou nota técnica estabelecendo os critérios para que as empresas fizessem essa produção, atrelada à doação do produto. A nota foi atualizada na última terça-feira (24). A iniciativa também foi comunicada ao Ministério da Agricultura.
“O Ibrac vem orientando seus associados a seguirem à risca a nota técnica da Anvisa e as demais legislações vigentes para produção desse álcool a 70% e a consequente doação”, contou o diretor-executivo.
Com informações, Agência Brasil.
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