RENATO SANTOS 17/04/2020 A pergunta que não quer calar: O QUE PODEMOS ESPERAR DO NOVO MINISTRO DA SAÚDE? Que haja harmonia entre o Governo Central e o Ministério da Saúde e que possamos ouvir os dois lados juntos.
O médico oncologista Nelson Luiz Sperle Teich foi escolhido por Jair Bolsonaro como o novo ministro da Saúde. Ele vai substituir Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido do cargo na tarde desta quinta-feira (16).
Bolsonaro demite ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, esse foi tarde demais, é uma cobra do Rodrigo Maia, que fique com seu " dono", há dois meses vinha denunciando isso, a sua saída da pasta foi a decisão mais certa que o Presidente fez. OBRIGADO POR TER NOS OUVIDO PRESIDENTE BOLSONARO.
Teich é carioca e formado em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Ele chegou a ser cotado para a pasta da Saúde antes da posse de Bolsonaro na Presidência.
O oncologista foi consultor de saúde durante a campanha eleitoral de Bolsonaro e assessorou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, de setembro de 2019 a janeiro de 2020.
Teich fundou o Grupo COI (Clínicas Oncológicas Integradas) em 1990. Em 2005, o grupo foi adquirido pela UHG/Amil.
Também fundou e é presidente do Instituto COI de Educação e Pesquisa, uma organização sem fins lucrativos criada em 2009 para fazer pesquisas clínicas e trabalhar com programas de formação nas diversas áreas de tratamento do câncer, como hematologia, oncologia, radioterapia, física da radiação, enfermagem e farmácia.
Teich coordena a parceria com o programa de consultoria MD Anderson, criada com o objetivo ser um centro integral de câncer no Rio de Janeiro.
O médico tem mestrado em economia da saúde pela Universidade de York, MBA em saúde pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPEAD) e em gestão e empreendedorismo pela Harvard Business School.
Em um artigo publicado na rede social Linkedin em 3 de abril com o título COVID-19: Como conduzir o Sistema de Saúde e o Brasil, Teich destacou que "estamos vivendo um tempo de guerra e tempos de guerra, apesar de todas as dificuldades e perdas, são períodos onde grandes inovações acontecem, inclusive na saúde".
Ele ponderou sobre isolamento horizontal (para todos) e vertical (apenas para grupos de risco).
Disse que "diante da falta de informações detalhadas e completas do comportamento, da morbidade e da letalidade da covid-19, e com a possibilidade do Sistema de Saúde não ser capaz de absorver a demanda crescente de pacientes, a opção pelo isolamento horizontal, onde toda a população que não executa atividades essenciais precisa seguir medidas de distanciamento social, é a melhor estratégia no momento.
Além do impacto no cuidado dos pacientes, o isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país."
"Outro tipo de isolamento sugerido é o isolamento vertical", escreveu. "Essa estratégia também tem fragilidades e não representaria uma solução definitiva para o problema.
Como exemplo, sendo real a informação que a maioria das transmissões acontecem a partir de pessoas sem sintomas, se deixarmos as pessoas com maior risco de morte pela covid-19 em casa e liberarmos aqueles com menor risco para o trabalho, com o passar do tempo teríamos pessoas assintomáticas transmitindo a doença para as famílias, para as pessoas de alto risco que foram isoladas e ficaram em casa. O ideal seria um isolamento estratégico ou inteligente."
Teich defendeu em seu artigo que o isolamento social "deveria ser personalizado". "Um modelo semelhante ao da Coreia do Sul.
Essa estratégia demanda um conhecimento maior da extensão da doença na população e uma capacidade de rastrear pessoas infectadas e seus contatos.
Estamos falando aqui do uso de testes em massa para covid-19 e de estratégias de rastreamento e monitorização, algo que poderia ser rapidamente feito com o auxilio das operadoras de telefonia celular.
Esse monitoramento provavelmente teria uma grande resistência da sociedade e demandaria definição e aceitação de regras claras de proteção de dados pessoais."
O presidente Jair Bolsonaro demitiu o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, filhote do Rodrigo Maia.
O médico oncologista Nelson Luiz Sperle Teich foi escolhido por Jair Bolsonaro como o novo ministro da Saúde. Ele vai substituir Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido do cargo na tarde desta quinta-feira (16).
Bolsonaro demite ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, esse foi tarde demais, é uma cobra do Rodrigo Maia, que fique com seu " dono", há dois meses vinha denunciando isso, a sua saída da pasta foi a decisão mais certa que o Presidente fez. OBRIGADO POR TER NOS OUVIDO PRESIDENTE BOLSONARO.
Teich é carioca e formado em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Ele chegou a ser cotado para a pasta da Saúde antes da posse de Bolsonaro na Presidência.
O oncologista foi consultor de saúde durante a campanha eleitoral de Bolsonaro e assessorou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, de setembro de 2019 a janeiro de 2020.
Teich fundou o Grupo COI (Clínicas Oncológicas Integradas) em 1990. Em 2005, o grupo foi adquirido pela UHG/Amil.
Também fundou e é presidente do Instituto COI de Educação e Pesquisa, uma organização sem fins lucrativos criada em 2009 para fazer pesquisas clínicas e trabalhar com programas de formação nas diversas áreas de tratamento do câncer, como hematologia, oncologia, radioterapia, física da radiação, enfermagem e farmácia.
Teich coordena a parceria com o programa de consultoria MD Anderson, criada com o objetivo ser um centro integral de câncer no Rio de Janeiro.
O médico tem mestrado em economia da saúde pela Universidade de York, MBA em saúde pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPEAD) e em gestão e empreendedorismo pela Harvard Business School.
Em um artigo publicado na rede social Linkedin em 3 de abril com o título COVID-19: Como conduzir o Sistema de Saúde e o Brasil, Teich destacou que "estamos vivendo um tempo de guerra e tempos de guerra, apesar de todas as dificuldades e perdas, são períodos onde grandes inovações acontecem, inclusive na saúde".
Ele ponderou sobre isolamento horizontal (para todos) e vertical (apenas para grupos de risco).
Disse que "diante da falta de informações detalhadas e completas do comportamento, da morbidade e da letalidade da covid-19, e com a possibilidade do Sistema de Saúde não ser capaz de absorver a demanda crescente de pacientes, a opção pelo isolamento horizontal, onde toda a população que não executa atividades essenciais precisa seguir medidas de distanciamento social, é a melhor estratégia no momento.
Além do impacto no cuidado dos pacientes, o isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país."
"Outro tipo de isolamento sugerido é o isolamento vertical", escreveu. "Essa estratégia também tem fragilidades e não representaria uma solução definitiva para o problema.
Como exemplo, sendo real a informação que a maioria das transmissões acontecem a partir de pessoas sem sintomas, se deixarmos as pessoas com maior risco de morte pela covid-19 em casa e liberarmos aqueles com menor risco para o trabalho, com o passar do tempo teríamos pessoas assintomáticas transmitindo a doença para as famílias, para as pessoas de alto risco que foram isoladas e ficaram em casa. O ideal seria um isolamento estratégico ou inteligente."
Teich defendeu em seu artigo que o isolamento social "deveria ser personalizado". "Um modelo semelhante ao da Coreia do Sul.
Essa estratégia demanda um conhecimento maior da extensão da doença na população e uma capacidade de rastrear pessoas infectadas e seus contatos.
Estamos falando aqui do uso de testes em massa para covid-19 e de estratégias de rastreamento e monitorização, algo que poderia ser rapidamente feito com o auxilio das operadoras de telefonia celular.
Esse monitoramento provavelmente teria uma grande resistência da sociedade e demandaria definição e aceitação de regras claras de proteção de dados pessoais."
O presidente Jair Bolsonaro demitiu o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, filhote do Rodrigo Maia.
O ato oficial de exoneração está sendo preparado e será publicado em edição extra do Diário Oficial da União ainda nesta quinta-feira (16) e foi anunciado pelo próprio Mandetta em rede social.
Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde.Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e
— Henrique Mandetta (@lhmandetta) April 16, 2020
A permanência de Mandetta no cargo se tornou insustentável após uma série de críticas do presidente à sua atuação no enfrentamento ao coronavírus.
Em entrevista com profissionais de saúde na manhã desta quinta-feira (16), o próprio ministro já havia reconhecido que sua exoneração sairia entre "hoje ou amanhã".
Com a saída do cargo, Mandetta poderá voltar à Câmara, já que foi reeleito deputado federal em 2018. Seu partido é o DEM.
SUCESSOR
No lugar de Mandetta, assume o oncologista e empresário Nelson Teich, que esteve com Jair Bolsonaro mais cedo no Palácio do Planalto.
Teich é formado na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), com especialização em oncologia pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva), tem MBA em Gestão de Saúde pela Coppe e mestrado em Economia na Universidade de Nova York. É fundador do Centro de Oncologia Integrado.
Teich atuou como um dos consultores da campanha eleitoral de Bolsonaro para a área de saúde e chegou a ser cotado para o Ministério na época, com o apoio de Paulo Guedes. Mas o presidente optou por Mandetta, que tinha o apoio de Onyx Lorenzoni e Ronaldo Caiado.