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sexta-feira, 24 de abril de 2020

As arbitrariedade do governador de São Paulo pode virá processo de Impeachment por crimes " Ilegalidades, Imoralidades e Condutas pouco republicanas Dória esta " viajando" pensando que esta numa ditadura bolivariana <<>> Além de usar o helicóptero Indevidamente da Policia Militar do Estado se São Paulo <<>> E ainda espalha fake news com a implantação de medidas profiláticas ( Kit com ácool gel,luvas e mascaras contra a infecção pelo COVID-19 <<>> Quanto ao distanciamento social a denúncia afirma que " há contradição entre palavras e atos







RENATO SANTOS 24/04/2020  A situação do governador João Dória, ainda pega fogo, um grupo de deputados entrou na Assembléia Legislativa o pedido de Impeachment, de fato São Paulo quer dar um basta nas atitudes arbitrárias do governador, tudo tem limites.





Os Deputados do PSL Valéria Bolsonaro, Gil Diniz Douglas Garcia, Major Mecca e Frederico D’Ávila protocolaram nesta quarta-feira, 22, na Assembleia Legislativa de São Paulo,  pedido de impeachment contra o governador do estado, João Doria (PSDB).


No documento são elencados 19 pontos que ressaltam como “ilegalidades, imoralidades e condutas pouco republicanas”, ações do Governador, acusando Dória da prática de “crimes de responsabilidade”.


No texto, os parlamentares citam como indevida e ilegal a disponibilização de um helicóptero do Comando de Aviação da Policia Militar do Estado de São Paulo, que estava empregado na proteção de matas e rios no estado, para uso do gabinete do governador.


Registram ainda utilização de propaganda oficial do governo para propagar fatos e ações inexistentes, com relação a implantação de medidas profiláticas (kit com álcool em gel, luvas e mascaras) contra a infecção pelo COVID-19 das guarnições em serviço, e em todas as viaturas da Policia Militar do Estado de São Paulo, propaganda essa que teria sido retirada após denúncia. 


Distanciamento social


Com relação ao distanciamento social, a denúncia afirma que “há contradição entre palavras e atos, ferindo a dignidade, a honra e o decoro do cargo,”, reiterando que em diversos pronunciamentos públicos o governo estadual disse que estava preparado para enfrentamento do COVID-19, sugerindo o distanciamento social, e a não aglomeração de pessoas, no entanto fomentou o que disse ser o maior carnaval do Brasil em São Paulo, onde o governador teria, segundo a denúncia, participado ativamente, aliás, não somente em São Paulo, mas também no Rio de Janeiro, estados em que lideram disparado o número de contagio e mortes por coronavírus;


A denúncia traz ainda a Corrida da Mulher SP, realizada em 08 de março, onde mais de 16 mil mulheres teriam participado das provas de corrida de rua e aproximadamente 40 mil pessoas estiveram durante o dia para acompanhar a programação de shows. 


“Depois de três dias ele esteve em evento de entrega de casas populares em Registro/SP, com a presença de mais de 10 mil pessoas, evento esse também realizado em nome do Governo do Estado de São Paulo,” relata a denúncia.


Reunião paralela


Outro fato relatado no documento como ilegal teria sido uma reunião paralela organizada com 26 governadores de estados, mais o presidente da Câmara de Deputados, “para tratar de assuntos que pertencem ao Governo Federal, e desautorizar o Presidente em suas decisões relativas ao enfrentamento e combate do COVID-19, ou seja, a tentativa de criação de um governo paralelo e conspiratório contra os maiores interesses da nação”


“O que presenciamos hoje no Brasil é uma verdadeira conspiração contra a própria soberania brasileira, ocorrendo nos bastidores e sob-roupagens outras que não as verdadeiras por atrás de referidas "alianças," relataram os parlamentares. 

Uso indevido do dinheiro público


Outros itens do protocolo questionam ações do Governo quanto ao uso do dinheiro público. 

Na denúncia, os parlamentares citam o caso das apostilas de Ciências do "São Paulo Faz Escola", destinado ao uso de professores e alunos do 8º ano da rede pública estadual de ensino, no 3º Bimestre de 2019, onde segundo os parlamentares tal encarte trazia conteúdo impróprio para a respectiva idade e série, trazendo como material didático o tema "identidade de gênero", e assim que denunciado este material foi recolhido pelo Governo do Estado.


O texto também aponta “montagem de hospital temporário de campanha com valor, segundo a denúncia, abusivo e desarrazoado” e traz as seguintes comparações:


HOSPITAL DE CAMPANHA DO IBIRAPUERA (ESTADO DE SP) HOSPITAL DE CAMPANHA DE ÁGUAS LINDAS (GOV.FEDERAL)

268 Leitos         200 Leitos
7.5 mil metros 10 mil metros
R$ 42 milhões R$ 10 milhões


Outra observação presente no protocolo é o monitoramento da população do Estado de São Paulo por meio de parceria com empresas de telefonia para entre outras coisas, “prender quem supostamente não respeitasse as recomendações do Decreto de Quarentena editado pelo denunciado”.


“A medida promovida pelo Governador do Estado de São Paulo se equipara a um “grampo generalizado” de toda a população, independentemente de seus consentimentos, e sem decisão judicial específica para cada um deles, com o claro intuito de rastreá-los em suas localidades, violando de morte garantias fundamentais,” registra o documento.


O protocolo cita ainda denuncia ao Ministério Público de São Paulo realizada pelo CREMESP que dá conta de que, em que pese o Instituto Adolfo Lutz tenha recebido, desde janeiro, até a data da realização da vistoria o montante de 39.918 amostras de materiais biológicos para teste de COVID-19, somente 7.888 foram consideradas realmente testadas. 


“Ou seja, de acordo com a denúncia do total recebido de testes, apenas aproximadamente 20% chegou a ser efetivamente testado, o que indica, segundo o documento, “entre outras ilegalidades, uma pré-disposição do Governo Estadual em adulterar a estatística de letalidade das ocorrências relacionadas ao coronavírus”, afirma o documento.

Sobre medidas restritivas


A denuncia dos parlamentares tratou ainda com rigor e como absurdas diversas medidas restritivas:


“Ao suspender o direito de qualquer reunião de pessoas, afrontou a Constituição Federal, pois não foi decretado estado de defesa ou estado de sítio pelo Presidente da República. 

Ao suspender as atividades e os serviços públicos não essenciais no âmbito municipal e federal, descumpriu o pacto federativo,” afirmam os parlamentares.


O documento registra que as referidas medidas violam o princípio da razoabilidade constitucional, uma vez que, para combater o vírus, o Governador “estaria mergulhando o Estado em uma crise econômica, social, política e, sobretudo, moral.


“Logo, o Governador ao editar normas fora de consonância com as diretrizes do Ministério da Saúde, e ainda extrapolando competência exclusiva do Governo Federal, com clara viés político e eleitoreiro, incorre no fato típico declinado nos termos do artigo 9º, da Lei 1.079/50, que indica crimes de responsabilidade contra a probidade na administração:


Essa visão micro desconsidera o enorme impacto humanitário e social de uma recessão econômica profunda, que afeta principalmente os segmentos mais vulneráveis da população.


Ou seja: o Governador do Estado de São Paulo, além de estar violando de forma explícita a privacidade das pessoas, está trazendo um temor social que inexiste possibilidade concreta de se verificar no mundo jurídico,” relata o protocolo.


Por fim o documento, entre outros itens, aponta como crimes de responsabilidade os atos citados e pede a condenação de perda do mandato e inabilitação do Governador João Doria, pedindo a junção de provas e a oitiva de testemunhas.

Confiança é uma via de mão dupla <<>>Sergio Moro errou e a PGR precisa abrir um processo criminal contra ele por calunia contra o Bolsonaro <<>> Economia abalou Ibovespa caiu mais de 8% <<>> O dólar subiu a mais de 3,171% , chegou a máxima R% 5,71 <<>> Uma coisa é você admirar uma pessoa, outra coisa é conviver com ela <<>> O Aproveitador da carniça já se manifestou Wilson Witzel já convidou Moro para ao seu governo estadual




RENATO SANTOS 24/04/2020 Quanto recebemos um cargo de confiança estamos abraçando não só a politica de uma organização, mas concordando com suas determinações e vestindo a sua camisa.

Atacar o governo do Bolsonaro é um ato de covardia e de falta conhecimento e também de traição, Sérgio Moro errou e muito, mas essa conta vai ser cobrada em alguns dias.

Teve um clima pesado sim com o Moro. Cobrei dele uma decisão sobre a prisão e algemas em mulheres na praia entre tantos outros. Ele tinha que mostrar sua cara. A resposta dele foi o silêncio”, lembrou o Presidente

 A Economia que já não andava muito bem, devido ao covid-19, agora desandou de vez, com a saída do ex ministro Sérgio Moro,o Ibovespa chegou a cair mais de 8% após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou sua demissão.




Às 12h45 (horário de Brasília), o benchmark da bolsa brasileira registrava queda de 8,60%, aos 72.825,14 pontos.

Enquanto isso, o dólar comercial sobe mais de 3,171 %, cotado a R$ 5,703 na compra e R$ 5,7031
na venda, chegando a R$ 5,71 na máxima.


O dólar futuro para maio, por sua vez, avança 2,88%, a R$ 5,697. O presidente da República, Jair Bolsonaro, discursou  no Palácio do Planalto.
Bolsonaro iniciou destacando a excelente atuação do então juiz à frente da Lava Jato. Ele destaca que o Brasil passará a conhecer Moro a partir de hoje.
Ainda segundo ele, Moro saiu do governo disposto a colocar uma separação entre ele e a população brasileira.
O Ministério da Economia afirmou, nesta sexta (24), que é falsa a informação que o ministro Paulo Guedes irá conceder uma entrevista coletiva hoje.
De acordo com a Pasta, as informações sobre o assunto que circulam nas redes sociais são falsas.
– ESCLARECIMENTO. O Ministério da Economia informa que, ao contrário de informações que circulam nas redes e em grupos de troca de mensagens, não foi agendada nenhuma entrevista coletiva com o ministro Paulo Guedes para esta sexta-feira. Busquem informações oficiais sempre em nossos canais – disse.
ESCLARECIMENTO | O @MinEconomia informa que, ao contrário de informações que circulam nas redes e em grupos de troca de mensagens, não foi agendada nenhuma entrevista coletiva com o ministro Paulo Guedes para esta sexta-feira. Busquem informações oficiais sempre em nossos canais pic.twitter.com/nDJotu1lp3. Ministério da Economia (@MinEconomia) April 24, 2020.
Em seu pronunciamento sobre a saída de Moro, Bolsonaro afirmou:
“Uma coisa é você admirar uma pessoa, outra coisa é conviver com ela”.
E acrescentou:
“Avisei no café da manhã que todos conheceriam uma pessoa que tem compromisso consigo próprio e seu ego”.
Moro, se complicou: PGR pede inquérito ao STF para investigar declarações de Moro sobre Bolsonaro
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal para instaurar inquérito sobre os fatos narrados pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Entre as providências, o PGR solicita ao Supremo a oitiva de Sergio Moro em razão da abertura do inquérito. O ministro anunciou um pedido de demissão do cargo na manhã desta sexta, após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Mauricio Leite Valeixo.
Caberá a um ministro relator – ainda a ser definido na Corte – dar o aval e abrir a investigação.
A PGR aponta, em tese, crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra.
“A dimensão dos episódios narrados revela a declaração de Ministro de Estado de atos que revelariam a prática de ilícitos, imputando a sua prática ao Presidente da República, o que, de outra sorte, poderia caracterizar igualmente o crime de denunciação caluniosa”, aponta o procurador-geral.
“Indica-se, como diligência inicial, a oitiva de Sergio Fernando Moro, a fim de que apresente manifestação detalhada sobre os termos do pronunciamento, com a exibição de documentação idônea que eventualmente possua acerca dos eventos em questão".
Moro fazendo chantagem com o presidente Bolsonaro por cargo no STF, isso é ridículo, ele enterrou sua história , nós Brasileiros estamos cansados de sermos chantageado.
O presidente Jair Bolsonaro reiterou que prometeu ao moro carta branca para o ministério.
Contudo, segundo ele, a posição não seria exatamente questão de soberania.
“Sempre acertei com todos os ministros que eles teriam autonomia nos seus ministérios. Autonomia não é soberania”, afirmou. 
E acrescentou:
“Os nomes passaram por mim e eu aprovei 90% deles. Todos os cargos chave da Justiça são de Curitiba e isso me surpreendeu, mas dei um voto de confiança”.
Já estão sendo revelado que Sérgio Moro é um traidor, vejamos: Após o pedido de demissão de Sergio moro do cargo de ministro de estado, o governador do Rio de Janeiro publicou em seu Twitter que teria o privilégio de ter Moro em seu governo e afirmou que lá ele teria "carta branca".
"Assisto com tristeza ao pedido de demissão do meu ex-colega, o Juiz Federal Sergio Moro, cujos princípios adotamos em nossa vida profissional com uma missão: o combate ao crime. Ficaria honrado com sua presença em meu governo porque aqui, vossa excelência, tem carta branca sempre".
Confira a publicação:
Assisto com tristeza ao pedido de demissão do meu ex-colega, o Juiz Federal Sergio Moro, cujos princípios adotamos em nossa vida profissional com uma missão: o combate ao crime. Ficaria honrado com sua presença em meu governo porque aqui, vossa excelência, tem carta branca sempre
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) April 24, 2020
Sergio Moro, que faz um pronunciamento ao vivo, fez um balanço de sua gestão, destacando a atenção para os números de apreensão de drogas e para a prisão à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Ele também destacou que nesta semana, a PF prendeu o “Fuminho”, líder do PCC.
Moro também falou sobre o fortalecimento do Coaf — depois transferido para o Ministério da Economia.
“Enquanto o Coaf esteve no Ministério da Justiça, nós o fortalecemos. Depois ele acabou sendo transferindo para outros órgãos”.
A esposa do ex ministro afirma: A esposa do agora ex-ministro da Justiça Sergio Moro, Rosângela Moro, comentou a decisão de Moro em forma de agradecimento à equipe que trabalhou junto a ele no Ministério da Justiça.
A declaração foi feita por meio do Instagram.
“À toda a equipe do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em especial os que mudaram suas vidas e rotinas para morar em Brasilia, meu abraço e reconhecimento pela equipe brilhante que vocês são” , escreveu ela.
A demissão, segundo o próprio Moro, foi motivada pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
Bolsonaro, em discurso, diz ter ficado chateado com o fato do ex-ministro Sergio Moro ter exposto conversas pessoais em coletiva.
Para se defender, o presidente também disse que teria que informar conversas que ambos tiveram.
O presidente afirmou que Moro condicionou a troca de Valeixo, ex-diretor-geral da PF pela indicação para o Supremo.
“Você pode substituir o Valeixo, mas só em novembro, depois que me indicar para o Supremo Tribunal Federal”, disse Bolsonaro.
Durante o pronunciamento, o presidente Jair Bolsonaro destacou que Moro é desarmamentista.
Ele disse:
“É um ministro, lamentavelmente, desarmamentista. Dificuldade enorme com decretos para facilitar para aqueles que têm uma arma a compra de equipamentos, de munição.”
E acrescentou:
“Aquilo que eu defendi durante a campanha… os ministros têm obrigação de estar junto comigo.

A saída de Sérgio Moro <<>> Obrigado Sérgio Moro que Deus o abençoe <<>> Presidente Bolsonaro fará uma coletiva hoje as 17 horas direto do planalto <<>>






RENATO SANTOS 24/04/2020 Antes de mais nada em nome da Gazeta Central Blog quero registrar o agradecimento pelo papel importante do nosso ex ministro e que Deus o abençoa na sua nova jornada. 



A Repercussão da demissão/exoneração do ex Ministro Sérgio Moro contina pegando fogo tanto nos bastidores do planalto como nas redes sociais.

E ao tratar disso o Presidente vai conceder uma entrevista hoje às 17 horas direto do centro do Poder.



O presidente da República, Jair Bolsonaro, fará um pronunciamento às 17 horas desta sexta-feira, no Palácio do Planalto.

O assunto será sobre a exoneração do diretor-geral da PF, além da saída de Sergio Moro do governo.

Por meio do Twitter, Bolsonaro escreveu:

“Hoje às 17h, em coletiva, restabelecerei a verdade sobre a demissão a pedido do Sr. Valeixo, bem como do Sr. Sérgio Moro”.


— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 24, 2020.

A exoneração é uma prerrogativa do Presidente, a esquerda e os traidores vão passar o dia todo atacando a decisão, sendo uma perca por um outro lado, porém, um ganho, isso mostra a liberdade de escolha.

O ministro da Justiça, Sergio Moro, confirmou nesta sexta-feira a saída do governo Jair Bolsonaro.

Por volta das 11h, o pronunciamento foi iniciado em Brasília.

Moro alegou tentativa do presidente de interferir politicamente na Polícia Federal.

“[O] presidente me disse mais de uma vez que ele queria ter uma pessoa do contato pessoal dele [na Polícia Federal], que ele pudesse ligar, colher relatórios de inteligência. Realmente não é o papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação”, afirmou.

Ainda segundo Moro, é inaceitável a condição de contato com qualquer responsável pelo órgão da PF.

“As investigações têm que ser preservadas. Imaginem se durante a própria Lava Jato, o ministro, um diretor-geral, presidente, a então presidente Dilma, ficassem ligando para o superintendente em Curitiba para colher informações sobre as investigações em andamento.”

E acrescentou:

“A autonomia da Polícia Federal como um respeito à autonomia da aplicação da lei, seja a quem for isso, é um valor fundamental que temos que preservar no estado de direito.”

Sérgio Moro jamais escondeu a sua preferência em honrar a sua Instituição da Policia Federal, mas, o que chamo atenção é outra maneira de interpretação.

 Lei 13.047/2014

“Art. 2º-C. O cargo de Diretor-Geral, NOMEADO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, é privativo de delegado de Polícia Federal integrante da classe especial.”


O ex-juiz federal Sergio Moro pediu demissão do cargo de ministro da Justiça e da Segurança Pública na manhã desta sexta-feira (24).

Confira as principais declarações do pronunciamento

“Foi prometido na ocasião [da minha nomeação] carta branca para nomear todos os assessores desses órgãos, inclusive policiais da Polícia Rodoviária Federal e da própria Polícia Federal.”

“Tem um única condição que eu coloquei. Eu não ia revelar, mas agora acho não faz mais sentido manter em segredo, e isso pode ser confirmado tanto pelo presidente [Jair Bolsonaro] quanto pelo general [Augusto] Heleno. Eu disse que como estava abandonando 22 anos de magistratura, contribui 22 anos para a Previdência e perdi, saindo da magistratura, essa previdência. Pedi apenas, já que íamos ser firmes contra a criminalidade, especialmente a organizada, que se algo me acontecesse, minha família não ficasse desamparada, sem uma pensão. Foi a única condição que coloquei pra assumir essa posição específica no Ministério da Justiça."
Moro disse que o presidente Jair Bolsonaro gostaria de ter uma relação mais próxima com as pessoas nomeadas para a Polícia Federal, como alguém que “que ele pudesse ligar, que ele pudesse colher informações, que ele pudesse recolher relatórios de inteligência”. "Eu disse que seria uma interferência política. Ele disse que era mesmo".

"Não haveria uma causa e está claro que estaria havendo uma interferência política na Polícia Federal, o que gera um abalo da credibilidade, não só minha, mas também do governo. Desse compromisso maior que temos que ter com a lei."

"[A troca do diretor-geral] ia gerar uma desorganização. [Isso] não aconteceu durante a Lava Jato, a despeito de todos os problemas de corrupção os governos anteriores."

“Eu realmente assumi esse cargo, fui criticado e entendo essas críticas, mas a ideia era buscar um nível de formulador de políticas públicas, de aprofundar o combate à corrupção”.

“A partir do segundo semestre do ano passado, passou a ter uma insistência do presidente para a troca do comando da PF. Isso, inclusive, foi declarado publicamente pelo presidente. Houve primeiro o desejo de trocar um superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro”.

“Eu não indico superintendentes. A única pessoa que indiquei foi o diretor Maurício Valeixo”.

“Assim tem sido o Ministério como um todo. Sempre tenho dado autonomia para que eles façam as melhores escolhas. Assim se valorizam os subordinados e as escolhas técnicas”.

“[Recebi] a notícia quando assumi o Ministério da Justiça de que havia rumores que a Polícia Rodoviária Federal tinha algumas superintendências com indicação política. O que não é aceitável de maneira nenhuma são as indicações políticas”.

“Quando se preenche esses cargos técnicos por motivos partidários, o resultado não é bom pra corporação”.

“O presidente também passou a insistir na troca do diretor-geral. O que eu sempre disse: ‘presidente, não tenho nenhum problema em trocar o diretor-geral da PF, mas eu preciso de uma causa normalmente relacionada à uma insuficiência de desempenho, um erro grave”.

“A exoneração que foi publicada, eu fiquei sabendo pelo DOU na madrugada, não assinei decreto. Em nenhum momento o diretor-geral [Maurício Valeixo] apresentou um pedido formal de exoneração”.

“O fato é que não existe nenhum pedido feito de maneira formal, eu fui surpreendido, achei que isso foi ofensivo”.

“[Penso no] impacto que isso vai ter na corporação. Uma substituição orientada por causas que possam ser sustentadas não haveria nenhum problema específico. Valeixo nunca sairia voluntariamente da PF.”

“Para mim, esse último ato é uma sinalização de que o presidente me quer fora do cargo. Essa precipitação da realização da exoneração, não vejo muitas justificativas”.

“Meu entendimento foi que eu não tinha como aceitar essa exoneração. Respeito a lei e o Estado de Direito.Tenho que preservar o compromisso que fiz com o presidente, que iríamos combater o crime organizado. Temos que garantir o respeito à lei e a própria autonomia da Polícia Federal contra interferências políticas”.

“Ele assumiu um compromisso comigo, de que seria uma escolha técnica, percebendo que essa interferência política pode levar à relações impróprias dos superintendentes e diretores com o presidente da República.”

“De todo modo, eu agradeço o presidente pela nomeação que foi feita lá atrás. No futuro, vou começar a empacotar as minhas coisas e vou providenciar a minha carta de demissão.”

“Que seja indicado alguém que possa realizar um trabalho autônomo e independente. Eu abandonei esses 22 anos de magistratura, infelizmente é um caminho sem volta. Vou descansar um pouco.”

“Independente de onde eu esteja, eu sempre vou estar à disposição do país. Sempre respeitando o mandamento do Ministério da Justiça, que é fazer a coisa certa, sempre.”

Segundo nossos observadores no Planalto os demais Ministros vão continuar dando apoio ao Presidente Bolsonaro.

Segundo informações internas em Brasília, os ministros do governo Bolsonaro almoçaram juntos nesta sexta-feira, 24.

O encontro aconteceu no Ministério da Cidadania para discutir e foi para discutir a reação em torno da saída de Sergio Moro.

Onyx Lorenzoni, Paulo Guedes, Abraham Weintraub, Ernesto Araújo estiveram no almoço.

Outros ministros também marcaram presença.

A ideia do grupo é manter o apoio ao presidente Jair Messias Bolsonaro.


O Racha entre Bolsonaro e Sérgio Moro em relação a Maurício Valeixo Bolsonaro atropelou toda a hierarquia do ministério comandado por Moro <<>> A saída do ex Ministro Sérgio Moro demonstra um arrefecimento no combate ao desvio de dinheiro público do país" Palavras do Ministro Luis Roberto Barroso do STF




RENATO SANTOS 24/04/2020  A queda do braço direito do Bolsonaro, o ex ministro Sérgio Moro, o que levou  desistir de seu cargo, sabemos que sempre houve pressão da esquerda e das pessoas que se diziam da " direita", mas e o verdadeiro motivo?



Corre boatos nos bastidores do Planalto que sua saída pode revelar algo de estranho, será que os chamados traidores sabotaram já o governo de Bolsonaro?

Nesse mundo da politica tudo é possível. Uma dessas sabotagens pode ser, em pronunciamento feito nesta sexta-feira, 24 de Abril, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro disse que há uma preocupação por parte do presidente da República nos inquéritos em curso.

Segundo ele, trata-se dos inquéritos referentes ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“O presidente também me informou que tinha preocupação com inquéritos em curso no Supremo Tribunal Federal e que a troca também seria oportuna da Polícia Federal.”

Ainda de acordo com Moro, isso ainda assim não justificaria a substituição do diretor-geral da PF.

“Por esse motivo, também não é uma razão que justifique a substituição. Até é algo que gera uma grande preocupação.”

E completou:

“Enfim, eu sinto que eu tenho o dever de tentar proteger a instituição, a Polícia Federal. E por todos esses motivos, eu busquei uma solução alternativa, para evitar uma crise política durante uma pandemia. 

Acho que o foco deveria ser o combate à pandemia. Mas entendi que eu não podia deixar de lado esse meu compromisso com o estado de direito.

A demissão já era conhecida nesta quinta-feira, 23, quando Bolsonaro informou ao então ministro da Justiça que trocaria o comando da Polícia Federal – atropelando toda a hierarquia do ministério comandado por Moro.

A chefia da PF estava a cargo de Maurício Valeixo, homem indicado por Moro e de sua confiança. Sua exoneração foi publicada hoje no Diário Oficial, segundo o decreto, "a pedido" do próprio Valeixo.

Na coletiva desta sexta-feira, Sergio Moro disse que sua saída se deu porque Bolsonaro tentou se imiscuir na atuação da Polícia Federal.

Moro citou ações anteriores de Bolsonaro, como trocas de superintendentes, situações que foram vistas por Moro como técnicas. "O presidente, no entanto, insistiu na troca do diretor-Geral."

Para o então ministro, não haveria problema, contanto que houvesse uma causa. Foram três os grande problemas sobre a troca: não foi cumprido o combinado de que o ministro teria carta branca no comando do ministério; que não houve uma causa; e que estaria havendo uma intervenção política no cargo, “o que gera perda de credibilidade”.

Ele destacou que houve, no passado, tentativa de troca política, que não durou mais de três meses porque a própria instituição rejeitou a possibilidade.

"O presidente me quer realmente fora do cargo."

Ele destacou que há outras divergências com o presidente da República - e que houve também convergências.

"De todo modo, meu entendimento foi que eu não tinha como aceitar essa substituição. (...) Tenho que preservar o compromisso que assumi, com o próprio presidente, de que seriamos firmes no combate à corrupção. Temos que garantir o respeito à lei e a própria autonomia da PF contra interferências políticas. O presidente tem competência para indicar o diretor-Geral, mas ele assumiu compromisso comigo de que eu faria essa escolha. Pode ser alterado o diretor-geral desde que tenha uma causa consistência. Percebendo que essa troca pode levar a relações impróprias, não posso concordar."

Concluiu o pronunciamento dizendo que, independentemente de onde eu esteja, sempre vou estar à disposição do país.

Discurso

Moro também reforçou seu discurso anticorrupção, lembrando atuação na operação Lava Jato.

Destacou que, diferentemente do que divulgado erroneamente, ele nunca estabeleceu como condição para assumir o ministério uma nomeação ao STF. “Nunca houve essa condição. Aceitar um cargo pensando em outro não é da minha natureza.”

O ex-ministro revelou que, como estava abandonando uma carreira de 23 anos na magistratura, com perda de previdência, a única condição que impôs, à época, seria de que, “se algo me acontecesse, que minha família não ficasse desamparada, sem pensão".

Dentro do ministério, disse que a equipe tem atuado de forma integrada."Trabalhamos duro contra a criminalidade organizada. Não houve combate tão efetivo como houve nessa gestão. Trabalhamos não contra, mas com o governo."

Citou sua produtividade no cargo e que houve redução expressiva da criminalidade em 2019.

Entrevero semelhante se deu, novamente, em setembro passado. Moro já anunciava que, se uma canetada de Bolsonaro tirasse Valeixo, abandonaria o governo.

Além disso, no fim de janeiro, o presidente incentivou um movimento que pedia a recriação do Ministério da Segurança Pública. A mudança poderia impactar diretamente a pasta da Justiça, tirando a polícia de seu comando. Mas, ao menos até o momento, Bolsonaro desistiu da ideia.

Estopim

A gota d'água parece ter sido uma investigação que pega as milícias digitais. Dizem que houve um encontro fortuito entre o inquérito das fake news e a recém aberta investigação sobre ataques à democracia.

Inquérito

A troca de comando da PF acontece justamente em meio ao andamento de inquérito, cuja abertura foi autorizada pelo Supremo, para investigar atos em favor do AI-5. A investigação está em sigilo, mas há indicativos de que mirem deputados.

As manifestações pró-ditadura aconteceram em Brasília no último domingo, 19, provocando aglomerações em meio à pandemia do coronavírus, e contaram com a participação do presidente da República.

Opinião

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, afirmou, nesta sexta-feira, 24, que o pedido de demissão do ministro da Justiça, Sergio Moro, demonstra um" arrefecimento no combate ao desvio de dinheiro público no país ".

“Eu acho que a Lava Jato e a luta contra a corrupção simbolizaram uma sociedade que deixou de aceitar o inaceitável. Há pessoas que gostam mais e pessoas que gostam menos do ministro Sergio Moro, mas o fato é que ele é o símbolo desse processo histórico. E, portanto, eu acho que isso revela, como fatos já vinham revelando, um certo arrefecimento desse esforço de transformação do Brasil.”