RENATO SANTOS 30/12/2021 O que irei relatar aqui neste blog vai por em xeque a direita, será que na China está levantando uma direita diferente de tudo o que estamos acostumados a ver? Qual a sua opinião:Seria no caso do Brasil a chamada terceira via? então vamos entender o que esta acontecendo na CHINA . Vida de blogueiro o quanto somos humilhados, perseguidos e reicularizados tanto na China como no Brasil, o Google também exclui algumas postagens e no whatsApp os grupos fazem censura, cortam as nossas publicações ainda temos que enfrentar pessoas despreparadas como administradoras.
Uma salada misturada que fica difícil ao Ocidente entender o que está acontecendo, mas acreditem lá também existe a terceira via, mas ficou louco Renato Santos? Posso responder com certeza, não!, então não entendi explico:
O aumento do seu protagonismo é surpreendente, já que a China vem impondo regras cada vez mais rigorosas sobre as publicações na internet, que resultam em forte censura dos ativistas e também de cidadãos comuns.
Então nos explique como blogueiro o que está acontecendo na China é o mesmo que ocorre no Brasil? Sim!
Postagens sobre temas "sensíveis" costumam ser frequentemente excluídas de plataformas como o Weibo e WeChat. O mesmo ocorre aqui, até youtube está excluindo temas " sensíveis".
Por outro lado, as vozes que promovem o discurso oficial do governo chinês sofrem menos controle, segundo os observadores, e chegam até a ser amplificadas pelos meios estatais, que republicam seus textos ou compartilham seu conteúdo nas redes sociais.
Não se sabe se esses blogueiros "ziganwu" possuem ligações diretas com o governo, mas alguns vêm sendo convidados a comparecer a eventos ou recebem títulos honoríficos dos governos provinciais.
Guyanmuchan, cujo nome real é Shu Chang, notabilizou-se pela primeira vez em 2014, quando seu texto intitulado "Você é uma pessoa chinesa" foi amplamente difundido pela imprensa convencional.
Desde então, ela participou de um evento de blogueiros promovido pelo governo da cidade de Yantai e deu uma palestra organizada pelo portal noticioso estatal Youth.cn. Além disso, em julho, foi nomeada "embaixadora na internet" pela província de Guangdong, junto com vários outros blogueiros.
A China impõe censura mas liberta blogueiros, que mágica estão usando?
Porém os blogueiros estão mudando tudo por lá, depois da pandemia, arece que em matéria de jornalismo como conhecemos no mundo está morrendo, devido às suas ligações com radicalismo a China está dando seus primeiros passos pequenos e quase desaparcebidos mas na verdade da 3.ª Via parece que veio para ficar.
Os "ziganwu" são apenas uma parte de um ecossistema complexo.
Grande parte dos discursos nacionalistas nas redes sociais chinesas, particularmente no Weibo, ainda é promovida pela imprensa estatal, que costuma incentivar discussões, criando e promovendo "hashtags" (palavras-chave) próprias.
Mas existem também muitos grupos menores de influenciadores que alimentam essa "máquina de gerar indignação", incluindo artistas digitais, meios de comunicação menores, professores universitários respeitados e até "Blogueiros" (blogueiros produtores de vídeo) internacionais.
As regulamentações de internet da China incentivam os usuários a promover ativamente a propaganda, de forma que muitos desses influenciadores estão simplesmente explorando esse sistema, segundo Harper Ke, analista do think tank (centro de pesquisa e debates) Doublethink Lab.
"Eles são oportunistas. Se você quiser fazer carreira como influenciador nas redes sociais, esta é uma forma de ganhar fama nesse ambiente nacionalista tóxico", afirma Ke.
Embora esses influenciadores talvez não sejam pagos diretamente pelo governo, eles ainda se beneficiam com a promoção dos seus perfis na imprensa nacional e usam esse reconhecimento para construir suas marcas pessoais, segundo os analistas.
Com o aumento do número de seguidores, eles podem ganhar valores significativos com publicidade ou conteúdo pago.
O especialista em jornalismo e comunicações Fang Kecheng estima que uma conta em rede social com mais de um milhão de seguidores poderá ter ganhos equivalentes a algumas centenas de milhares de dólares (mais de um milhão de reais) por ano.
E o governo também se beneficia, segundo os especialistas.
Ao convidar os "ziganwu" para dar palestras, por exemplo, o governo delega a eles "o trabalho ideológico, convertendo os blogueiros em ícones bem sucedidos e modelos [de propaganda] a serem seguidos", acrescenta Harper Ke.
Plataformas como o Weibo e WeChat desempenham seu papel promovendo as postagens que incentivam a lealdade ao Partido Comunista Chinês, segundo o Dr. Fang, e também se beneficiam comercialmente: "isso aumenta a participação e as atividades dos usuários, de forma que é uma boa estratégia para eles", acrescenta.
Mas existe uma linha muito tênue que, em certas vezes, alguns influenciadores cruzaram com seu fervor.
Nos últimos meses, foram excluídas algumas postagens de "ziganwu" que especulavam que a covid-19 seria um vazamento de um laboratório norte-americano e outras atacando o epidemiologista Dr. Zhang Wenhong.
Um texto inflamado reivindicando reformas radicais do regime comunista também viralizou e foi difundido pela imprensa estatal, mas foi rapidamente censurado após controvérsias online.
"Às vezes, as regras sobre o que pode e o que não pode ser dito são muito nebulosas", afirma Manya Koetse. "Uma única postagem no Weibo pode ser suficiente para que esses influenciadores desapareçam."
"Eles podem ser úteis para o discurso oficial enquanto suas convicções pessoais estiverem alinhadas com a posição governamental, mas, assim que eles não forem mais considerados úteis ou forem percebidos como contrários ao discurso [do governo] - eles sumirão", segundo ela.
Mas muitos estão preparados para participar desse jogo de alto risco.
No final de setembro, Guyanmuchan foi proibida de postar conteúdo novo na sua página do Weibo por 15 dias. A plataforma afirmou que ela havia "violado as normas da comunidade".
Ela imediatamente promoveu uma publicação antiga conduzindo os leitores para uma página alternativa, onde ela continuou a postar sua enxurrada diária de mensagens inflamadas.
"Criei esta conta pequena", segundo ela, "apenas para o caso de que algo aconteça."
Texto Original BBC news
Comentário Renato Santos