RENATO SANTOS 26/02/2022 Bom dia a todos, se assim podemos dizer, espero que sim, a invasão da Ucrânia está no quinto dia após a ordem de Vladimir Putin. A comunidade internacional uniu-se durante o fim de semana, como nunca antes, e largou uma "bomba de sanções" sobre a economia russa. Intagran gazetacentral .
A pressão aumenta sobre o Kremlin, que aceitou retirar as exigências iniciais para entrar em negociações com o Governo de Kiev, que rejeita ceder um centímetro do território.
O executivo liderado por Volodymyr Zelenskyy sublinha que o único objetivo desta reunião é acordar um cessar fogo e a retirada da Ucrânia das forças fiéis a Putin.
O Presidente ucraniano emitiu uma nova mensagem, esta destinada aos soldados russos, a quem apelou ao fim da lealdade a Vladimir Putin: "Deponham as armas, partam. Não acreditem nos vossos comandantes nem nos propagandistas. Salvem-se, simplesmente."
Em dia de conversações anunciadas para a zona de fronteira junto do rio Prypiat e da fronteira com a Bielorrússia, a ofensiva das forças fiéis a Putin abrandou o assalto à capital da Ucrânia.
A delegação ucraniana já chegou ao local das conversações com a delegação do Kremlin, mas o Presidente da Ucrânia mostra-se cético em relação às conversações que vão ter lugar entre delegações enviadas por ambos os ministérios dos Negócios Estrangeiros, ainda assim Volodymyr Zelenskyy mantém a esperança de se conseguir travar a invasão.
O Presidente de França participa hoje à tarde numa videoconferência com os líderes dos Estados Unidos, do Canadá, da Alemanha, de Itália, do Japão, da Polónia e da Roménia, e com outros representantes da União Europeia e da NATO, para coordenar os passos seguintes dos aliados na respetiva defesa e no apoio possível à resistência ucraniana contra a invasão russa.
Emmanuel Macron recebe de seguida, no Eliseu, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Invasão russa em várias frentes
A ofensiva, no entanto, parece ter-se intensificado no sul da Ucrânia, na cidade portuário de Mariupol, ponto estratégico terrestre entre a fronteira da Rússia e a península anexada da Crimeia.
As imagens difundidas pelas agências internacionais mostram crianças a receber cuidados intensivos de reanimação após terem sido feridas em bombardeamentos sobre zonas residenciais de Mariupol.
Os deslocados pela guerra
A tragédia humanitária provocada pela invasão russa da Ucrânia agrava-se. Além dos mais de 350 civis ucranianos e mais de três mil soldados russos mortos nesta guerra, anunciados por Kiev, haverá já mais de 400 mil deslocados pela guerra em países da União Europeia vizinhos, sobretudo na Polónia e Roménia, também membros da NATO.
As Nações Unidas anunciaram esta segunda-feira de manhã ter confirmado entre as vítimas civis desta invasão russa da Ucrânia 192 mortos, incluindo sete crianças, e 304 feridos, mas o balanço real será "muito consideravelmente mais elevado", alerta Michelle Bachelet, a Alta Comissária para os Refugiados.
O número de pessoas em fuga continua a aumentar e a Comissão Europeia receia a maior crise humanitária em território europeu desde a II Guerra Mundial com mais de sete milhões de deslocados pela guerra só dentro da Ucrânia.
"As necessidades estão a aumentar rapidamente", alertou no domingo Janez Lenarcic, o Comissário Europeu para a Gesto de Crises e Ajuda Humanitária.
A "bomba de sanções" sobre a Rússia
Diversos países europeus acordaram enviar armas e financiar a compra de mais equipamento de defesa para as forças armadas ucranianas, incluindo pela primeira vez a União Europeia. A Lituânia deu autorização aos respetivos cidadãos para poderem viajar para a Ucrânia e entrarem na luta contra a invasão russa.
A União Europeia fechou o espaço aéreo aos aviões com quaisquer ligações à Rússia e excluiu diversos bancos russos do sistema internacional SWIFT. Putin respondeu com a colocação em alerta máximo das apelidadas forças de dissuasão, que se presume incluírem as mais de cinco mil ogivas nucleares existentes no país.
A moeda russa, o rublo, desvalorizava cerca de 30% ao início desta segunda-feira face ao dólar americano depois das sanções económicas, que incluem também os Estados Unidos, o Japão, o Canadá, o Reino Unido e outros países externos à União Europeia.
"Juntos, mais fortes", resumiu Zelenskyy, na publicação onde deu conta de ter falado este domingo com o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
Em Moscovo e noutras cidades russas a contestação à invasão russa da Ucrânia sobe de tom. O Kremlin tem ordenado a opressão dos principais instigadores dos protestos, provocando a detenção de mais de quatro mil pessoas que se opõe à invasão da Ucrânia.
O Kremlin proibiu ainda o uso das palavras "invasão", "ofensiva" e "guerra". Os meios de comunicação têm de se referir ao que está a acontecer na Ucrânia como uma "operação especial".
Diversas plataformas de internet estão a tentar filtrar a desinformação russa e algumas, como o Youtube, já bloquearam mesmo os meios de comunicação afetos à Rússia em território ucraniano.
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