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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Porque é que o terramoto foi tão devastador?<<>> Número de mortos nos terramotos ultrapassa 21.700<<>> Saskia Goes, professora de Geofísica no Imperial College de Londres, sublinha que grandes terramotos de magnitude sete na Turquia podem acontecer a cada cem anos

 




RENATO  SANTOS  10/02/2023 Terremoto  na  Turquia e  na  Siria já  ultrapassou 20.000 mortos  e  ainda  pode aumentar,  mas o  que  levou a essa  catástrofe? A Turquia já foi abalada por vários terramotos. Mas sismos desta magnitude, nesta região específica do sudeste do país e do norte da Síria, são raros.




Saskia Goes, professora de Geofísica no Imperial College de Londres, sublinha que grandes terramotos de magnitude sete na Turquia podem acontecer a cada cem anos. “São mais comuns no norte, ao longo da falha do norte da Anatólia, do que no local onde este terramoto foi registado. Aqui, os sismos podem ocorrer apenas de 500 em 500 anos ou mais”, revela.


Depois do sismo, milhares de edifícios desmoronaram. As estruturas modernas estão melhor equipadas, mas alguns dos edifícios mais antigos da região não resistiram. É um problema conhecido e os governos têm algumas decisões difíceis a tomar.





Sean Wilkinson, professor de Engenharia de Estruturas na Universidade de Newcastle, explica que através da técnica “retrofitting" é possível aumentar a capacidade de resistência destes edifícios. Mas trata-se de uma técnica muito cara.


Vários fatores estão em cima da mesa. Saskia Goes lembra que o próximo terramoto pode ocorrer daqui a 500 anos. Neste cenário, diz Goes, é preciso ponderar que tipo de investimento pode e deve ser feito.

São cada vez menos, mas ainda há momentos de esperança para os socorristas que procuram as vítimas dos terramotos na Turquia e na Síria


Depois de 88 horas debaixo dos escombros, um rapaz foi resgatado vivo, esta quinta-feira, na província turca de Hatay. Passado pouco tempo, o pai também foi salvo.


Em Antakya, três pessoas foram resgatadas 90 horas depois do sismo. Esta cidade do sudeste da Turquia foi uma das áreas mais atingidas pelo terramoto de segunda-feira.


As buscas também continuam na Síria. As Nações Unidas enviaram 23 milhões de euros para ajudar o país devastado pela guerra. Milhares de famílias passaram as últimas noites com temperaturas negativas em carros e tendas improvisadas.


Secretário-geral da ONU pede ajuda


O secretário-geral da ONU pede mais apoio para a Síria. António Guterres revelou que o primeiro "comboio humanitário" das Nações Unidas atravessou o norte do país através de Bab al-Hawa. "São seis camiões que transportam abrigos e outros materiais de socorro desesperadamente necessários. Mais ajuda está a caminho, mas muito mais, muito mais é necessário", alertou Guterres. 


Da Grécia partiram 80 toneladas de ajuda humanitária com destino a Adana, no sul da Turquia.


A Organização Mundial de Saúde está a enviar kits de emergência e equipamento médico para os dois países atingidos pelo terramoto.

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Mais de 45 países já responderam ao pedido de ajuda urgente da Turquia. Dezenas de nações e organizações ofereceram-se também para auxiliar nos esforços de salvamento no noroeste da Síria. Equipamento para remover escombros e equipas de busca e salvamento vão chegar de vários estados-membros da União Europeia.


Os soldados russos já prestam auxílio na Síria. Para a Turquia, Moscovo envia quatro aeronaves de salvamento e equipamento.


Os Estados Unidos garantem estar "empenhados" em ajudar as populações atingidas pelos sismos "de ambos os lados" da fronteira, mas Washington excluiu lidar diretamente com o governo sírio.


A Grécia, que tem frequentemente relações difíceis com a Turquia, enviou uma equipa de 21 operacionais, dois cães pisteiros, um veículo especial de salvamento, um engenheiro de estruturas, cinco médicos e especialistas em planeamento sísmico.


Israel também enviou uma equipa de resgate do exército para a Turquia. Com a Síria as relações são mais hostis, mas o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou ter aprovado um pedido de ajuda humanitária que recebeu de um funcionário diplomático de Damasco.

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