Páginas

quarta-feira, 15 de março de 2023

Esta na hora de você conversar com LEÃO !<<>> Dia 31 de maio prazo final <<>> IR 2023: veja dicas para não cair na malha fina<<>> Prazo para entrega da declaração inicia nesta quarta<<>>A declaração neste ano é obrigatória aos cidadãos que tiveram, em 2022, rendimentos tributáveis com valor acima de R$ 28.559,70.

 




RENATO  SANTOS  15/03/2023 ACADÊMICO  DE  DIREITO N.º 1526   Estamos próximo do  dia  falar  com Leão,  você já procurou um contador? Se  não   então faça  não  deixe  pra  ultima hora  . A entrega da declaração do Imposto de Renda 2023 começa na quarta-feira (15). A Receita Federal espera receber até 39,5 milhões de declarações até o dia 31 de maio. Para não cair na temida malha fina, o especialista em direito tributário e consultoria contábil, Renato Nery, dá dicas para os contribuintes. 





Neste ano, a Receita dez algumas mudanças para facilitar a entrega do documento, como a disponibilização da declaração pré -preenchida desde o primeiro dia do prazo de entrega.


Entretanto, mesmo com essas alterações, Nery destaca para a importância de esclarecer que a retenção da declaração em malha fina aponta um possível erro em auditoria eletrônica efetuada pelo órgão, onde são efetuados os cruzamentos eletrônicos entre as informações declaradas pelo contribuinte e as informações prestadas por terceiros (empregadores, bancos, cartórios, imobiliárias, médicos etc). 

“Quando há alguma divergência apurada na auditoria eletrônica, a declaração é retida em malha e o contribuinte recebe uma notificação sobre a situação, além de orientações para regularização. Por isso, o contribuinte deve ter em mãos todos os informes de rendimentos e recibos de despesas, além dos documentos de compra e venda de bens. Caso não tenha recebido o informe, deverá cobrar do responsável por sua emissão e entrega”, orienta o especialista. 

Além disso, Nery alerta para possíveis dados incorretos ao preencher o cadastro de informações. Já o contribuinte que possui dependente, deve ficar atento. “É normal muitos contribuintes terem a declaração retida por não informar se o dependente teve alguma renda no ano”, explica.

A declaração neste ano é obrigatória aos cidadãos que tiveram, em 2022, rendimentos tributáveis com valor acima de R$ 28.559,70. Em caso de rendimentos considerados “isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte”, fica é obrigado a declarar valor acima de R$ 40 mil.

Nery ressalta que para restituição do IR o contribuinte deve ficar atento aos dados bancários, pois em caso de preenchimentos incorretos há risco de não receber o crédito do imposto. Neste ano, a restituição pode ocorrer por PIX, cuja chave será o CPF do contribuinte. O advogado ainda aconselha que quem optar por essa forma de recebimento terá prioridade na fila com os demais casos definidos pela lei (idosos maiores de 80 anos e os maiores de 60 anos que possuem deficiência ou doença grave, bem como os profissionais do magistério).

Fonte Agência Brasil)

Não sejam escravos das grandes mídias<<>> O jornalismo além da objetividade<<>> Leiam o Blog e sintam a diferença dê seu apoio<<>> Para a exígua parcela do improvável leitorado que ainda se interessa pelos estudos de jornalismo, acaba de sair um documento de leitura obrigatória

 RENATO  SANTOS  15/03/2023 ACADÊMICO DE  DIREITO N.º1526   Fazer  jornalismo  no Blog,  não  é uma tarefa  fácil tem  que  ter  uma objetividade na  redação  e  uma  linguagem  fácil  sem  ideologias de partido,mas  com credibilidade.



Chegar  da  Faculdade  todos os  dias  às 23: 30  não é  uma tarefa  fácil  e  preparar  a matéria através  das  pesquisas  para  o  nosso público é uma tarefa  que trodos poderiam ajudar  pensando  nos  outros, mas brasileiros  tem  uma  deficiência  de  leitura e  uma  pobreza  de cionteúdo, são  escravos  das  mídia  velhas.

O jornalismo digno de confiança respeita as expectativas de veracidade das suas fontes e de seus públicos.

Para a exígua parcela do improvável leitorado que ainda se interessa pelos estudos de jornalismo, acaba de sair um documento de leitura obrigatória: Além da objetividade – produzindo noticiário confiável nas redações atuais (Beyond objectivity – producing trustworthy news in today’s newsrooms). Publicado pela Escola de Jornalismo e Comunicações Walter Cronkite (Walter Cronkite School of Journalism and Mass Communication), da Universidade do Estado do Arizona (Arizona State University), em parceria com a Stanton Foundation, o livreto mostra que o conceito que tínhamos de relato objetivo entrou em crise.


Os dois autores são nomes consagrados na profissão. Leonard Downie Jr., professor da Escola Walter Cronkite, fez carreira no jornal Washington Post, onde chegou a editor executivo. Andrew Heyward, docente na mesma faculdade, foi presidente da CBS News entre 1996 e 2005. Depois de consultarem uma respeitável bibliografia, a dupla entrevistou 76 pessoas que exercem cargos-chave na imprensa dos Estados Unidos e chegou a uma conclusão nada trivial: a palavra “objetividade”, tão cara à tradição dos jornais, anda fora de moda (outmoded). Repórteres e editores não têm mais o mesmo gosto em pronunciá-la. O termo já não nomeia o requisito central da credibilidade, pois “perdeu seu poder de definir os padrões mais altos da excelência jornalística”.


É claro que Leonard Downie Jr. e Andrew Heyward não recomendam desprezar os fatos. O projeto deles é ir além – não aquém – da objetividade. As novas gerações de jornalistas, que desconfiam desse substantivo, jogam suas melhores energias em outros, como “acurácia” e “verdade”.


O ponto de partida continuam sendo os fatos verificáveis – nesse ponto, nada de novo sob o sol –, mas ninguém dá conta de contar a verdade apenas arrolando fatos. Mais do que investigar o que aconteceu, o jornalismo precisa iluminar o contexto escondido sob a superfície e levar em conta as múltiplas perspectivas de análise, sem cair na armadilha das narrativas enviesadas.


Sim, ficou mais difícil. A função jornalística, que já não era simples, agora é mais complexa. A cobertura deve reportar os eventos, é lógico, mas não pode parar por aí; precisa fugir da atitude burocrática de somente anotar o que se passou e, depois, coletar um depoimento contra e outro a favor. Downey Jr. e Hayward são categóricos: “Evite a abordagem preguiçosa do ‘outroladismo’ (both-sides-ism)”.


Não se trata de negligenciar a realidade, de jeito nenhum, mas de olhar mais longe. Trata-se de examinar o pano de fundo e de decifrar as opiniões fundamentadas que entram em conflito. O texto jornalístico só é bom de verdade quando, além de narrar o acontecido, transpira pensamento. Só assim vai refletir o real e refletir sobre o real.


Para resumir, o que entrou em crise não é a tentativa de captar os dados objetivos da realidade, mas a empáfia com que muitos desfraldavam a bandeira da objetividade. Não dá para continuar assim. Já não tem serventia o repórter que descreve olimpicamente um episódio qualquer, ouve uma fonte favorável e outra contrária e, com isso, dá o trabalho por encerrado – o cidadão que se vire para encontrar a conclusão. A imprensa responsável não tem parte com a indiferença. Ou ela vibra junto com a audiência ou ficará isolada.


É nesse sentido que a boa redação jornalística procura desvelar as forças que se batem para fazer prevalecer uma interpretação ou outra, deixa claro seu método de trabalho, abre os olhos para a diversidade e compartilha com o público os valores e princípios que a orientam. Tudo se resume a uma questão de honestidade, em três frentes simultâneas: honestidade para relatar o que aconteceu, para esmiuçar o contexto e, em terceiro lugar, para não esconder seus próprios compromissos.


O ideal da precisão fria – que sempre foi uma forma de impostura positivista – caducou. Acima dele deve estar a relação franca com a audiência. O jornalismo digno de confiança respeita as expectativas de veracidade das suas fontes e de seus públicos, igualmente, do mesmo modo que respeita sua coerência interna. Assim, tece o diálogo entre sujeitos ativos num padrão civilizado e pacífico. Em outras palavras, o jornalismo se faz na intersubjetividade racional.


Num livro publicado no ano 2000, Sobre Ética e Imprensa (Companhia das Letras), eu mesmo tratei do tema. Cito uma única frase: “Quando o jornalismo busca a objetividade, está buscando estabelecer um campo intersubjetivo crítico entre os agentes que aí atuam: os sujeitos que produzem o fato, os que o observam e o reportam e os que do fato tomam conhecimento”. A ideia continua valendo.


A objetividade na imprensa se traduz em intersubjetividade ativa. Nada de discurso militante, longe disso. O bom jornalismo tende a ser mais caloroso – mais engajado, se quisermos –, mas não há de se confundir com propaganda, com panfleto ou com proselitismo partidário. O primado da verdade factual segue vivo, muito mais que objetivo. O que ele quer de nós é independência e inteligência.

Publicado originalmente no jornal O Estado de S. Paulo.

CO.MENTÁRIO RENATO SANTOS